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Mostrando postagens de 2020

O pacto consigo mesmo

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                                       Enquanto perseguinava-me por dias melhores de alguns, mesmo sabendo que isso de nada adiantava, pensavam na sorte dos que encontraram com o Fausto e negociaram com Mefistófeles a sua vida. Um conto não tão moderno em que o ser humano negocia a sua alma, sua essência em troca do que acha, ou ao que foi tangido a achar ser a verdade, o que traria amor e felicidade. As escolhas, talvez a parte mais central e nevrálgica de todas as pessoas, de todas as caminhadas nesta Terra. O livre arbítrio e a autonomia da vontade, onde tudo pode ser feito dependendo unicamente da vontade da pessoa que faz os seus próprios desejos. Eu avisei tantas vezes, mesmo antes de ter a coroação do pensamento por verdades energéticas para além dos ditos, que os desejos se tornam prisões, são correntes invisíveis que aprisionam a alma livre, e que se feitos com o intento certo podem ser grilhões eternos, pois diferentemente do pacto antigo que não assinamos, os desejos de cada

A CHANCE MÍNIMA DO GUERREIRO VIDENTE

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Fui pego em uma onda, um puxão energético trazido pelos ventos que são muito comuns nesta época do ano, na terra onde moro. Este vento me levou lá para fora de minha casa, para o relento, me postando por sobre o maravilhoso e infinito céu de uma noite escura, cravejada de estrelas. O céu deste cerrado, por lindo que seja, não me chamou tanta atenção neste dia como o sentimento que se abriu nesta fisgada do Espírito. Me postei no chão, ou no ar, nem bem sei dizer pois me tornei uma sensação, a sentir o que já fui quando mais livre era, em um passado que a cada dia se torna mais distante, donde posso dizer que era outro eu, como somos, mudados a cada dia. Naquela sensação me foram ditas algumas coisas, sopradas pelo vento como emissário do Espírito, ou talvez eu tinha apenas sabido por ter me tornado, como outrora fazia com mais frequência, o próprio vento. “O amante, apaixonado, embriagado pelo seu sentir, não se importa com as coisas todas do mundo social: riquezas, poder, bens – ele s

A simplicidade do caminho

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Cada dia é uma sequência de escolhas, em cada uma das escolhas há energia ou a sua ausência. Para que se façam escolhas é preciso que exista consciência, para que haja consciência é essencial energia. A cada escolha consciente (não necessariamente correta) acumula-se mais energia (ou a preserva). A cada não escolha (automatismo), mais decresce a sua energia. Quanto menos energia, menos se consegue perscrutar o infinito, menos consciente se torna a caminhada, menos se fazem escolhas e há mais entrega ao piloto automático das escolhas sociais, pela mente social. Pode começar em um momento ao acordar, pode ser uma escolha boba, como qual roupa vestir ou qual caminho tomar para chegar ao seu destino. Mas pouco a pouco o automatismo toma conta da vida das pessoas, pouco a pouco a consciência se esvai, pouco a pouco a programação da mente social se solidifica interna e profundamente, afastando, pouco a pouco, a energia do centro energético e a levando para a borda. Ao vidente que consiga ver

Os inimigos e o cerne: juntando fragmentos

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A mente para ser domada, a primeira dos desafios, representa o primeiro passo do guerreiro a caminho do conhecimento. Percebam que o primeiro dos inimigos apresentado pelo donjuanismo é o medo. O medo é proveniente de onde, senão da mente. O medo é uma construção mental, uma disfunção da mente, um erro se visto sob a ótica da funcionalidade da mente como instrumento para busca do conhecimento. Contudo, se olharmos sob a ótica de seres que nos querem manter dominados, o medo é uma perfeita programação da mente social que nos impede de seguir, o medo é o inimigo paralisante que nos impede de dar os demais passos, uma ilusão que demonstra a condição miserável da maioria das pessoas que, dominadas por ilusões, não conseguem desprender as primeiras e mais rudimentares amarras no princípio da caminhada.  Certamente o medo é necessário, em uma mente saudável, mas o medo sob controle, aquele que nos aponta para questões que podem nos prejudicar, e que, por isso, precisam de maior aten

O VÍRUS E(É) A CURA !(?)

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O céu está menos poluído, as ruas menos entupidas de gente, as mentes menos entorpecidas pelos efêmeros desejos projetados de consumismo. O foco volta-se, ainda que por um efêmero de tempo à vida. Vejo nas redes sociais, agora janelas virtuais apontadas para o outro, pessoas comentando mais sobre o céu, sobre plantas, sobre a vida, sobre seus essenciais valores. Nos trabalhos, em alguns, as pessoas começam a ver a dispensabilidade de estarem presentes, vendo que as redes sociais permitem ir para além de divagações entre amigos, entre ideologias. De mais a mais, há ainda, e presumo que sempre haverá, divergências, embates, agora um tanto quanto menos violentos, ante ao distanciamento imposto. O tempo consigo, para alguns, parece amarga provação, conhecer-se é dolorido, ver-se sozinho consigo mesmo, redundância ao quadrado, faz com que pessoas antes desconhecidas de si comecem a conhecer-se e ver o quão é importante o diálogo consigo, agora oximoro. Quiçá o

Para além do véu da ilusão

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O comportamento em sociedade é um conjunto de ajustamentos do comportamento individual original, ditado energeticamente pela forma humana, para adequar-se aos padrões estabelecidos por grupos e instituições sociais. Desde muito cedo existem professores que apeiam o ser humano puro para que ele se molde às expectativas sociais. Trata-se de um conjunto de estratégias que visam cercar o campo ilimitado de possibilidades humanas em um conjunto limitadíssimo de possibilidades, dentro de um escopo pré-definido de escolhas socialmente aceitas. Logo cedo, em casa, se podam as primeiras penas das asas energéticas das possibilidades cognitivas humanas, por meio de estímulos positivos e negativos mostra-se o que é o “correto” e o “incorreto” sob a perspectiva social – não coma isso, não vista aquilo, não fale o que pensa, fale o que agrada, não se porte para se satisfazer, não acredite em sonhos, não acredite em visões, etc... Trata-se da estimulação primeira para a construção da fachada s