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Mostrando postagens de setembro, 2015

O deserto do reencontro

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A questão é muito séria que se avizinha, o guerreiro em uma hora tem que aceitar tal questão, ele então deverá afastar-se de tudo e de todos, exatamente todos, se tornando como nuvem, e sendo assim, como dizia Don Juan, matará a sua história pessoal. A história pessoal é um conjunto de coisas tão pesadas que torna-se uma prisão sem grades, um aprisionamento do ser em possibilidades antevistas de acordo com as relações, pessoas próximas, repetições sentimentais, repetições de dramas e de alegrias, um conjunto que envolve a história social e a história íntima. Nenhuma delas é verdadeira, ambas são forjadas como aparências que acabam encobrindo a verdade: o véu é tecido por cada um... Uma parte da história pessoal é a história íntima, a que guardamos só para nós, aquela que acreditamos mais fielmente ser verdade, aquela que nos entregamos na intimidade, naquilo que acreditamos serem nossos sonhos, nosso eu verdadeiro, mas isso também é uma construção. Uma parte ma

A encruzilhada no caminho

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Enquanto perseguinava-me por dias melhores de alguns, mesmo sabendo que isso de nada adiantava, pensavam na sorte dos que encontraram com o Fausto e negociaram com Mefistófeles a sua vida. Um conto não tão moderno em que o ser humano negocia a sua alma, sua essência em troca do que acha, ou ao que foi tangido a achar ser a verdade, o que traria amor e felicidade. As escolhas, talvez a parte mais central e nevrálgica de todas as pessoas, de todas as caminhadas nesta Terra. O livre arbítrio e a autonomia da vontade, onde tudo pode ser feito dependendo unicamente da vontade da pessoa que faz os seus próprios desejos. Eu avisei tantas vezes, mesmo antes de ter a coroação do pensamento por verdades energéticas para além dos ditos, que os desejos se tornam prisões, são correntes invisíveis que aprisionam a alma livre, e que se feitos com o intento certo podem ser grilhões eternos, pois diferentemente do pacto antigo que não assinamos, os desejos de cada um são pactos assinados com o

Um portal aberto para o infinito

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É libertador sonhar, não tenho dúvidas, é como se respirássemos o ar da liberdade por entre os mergulhos nesta falsa realidade, um privilégio que depende única e exclusivamente de nossa capacidade energética, de nossa disposição de ir além das convenções e de abdicar de certas coisas que para o mundo social são tidas como fundamentais. Abdicar, resistir, lutar – são todos verbos operativos do guerreiro que quer respirar estes ares. Para quem conheceu, sabe do que estou falando, para quem nunca conheceu, estas histórias de poder que narramos, como guerreiros que tiveram a chance de conhecer estes mundos, isto serve como um norte para as próprias jornadas que um dia farão, luminárias no caminho... Este noite tive uma destas possibilidades. Sonhei que estava em uma cidade, uma pequena cidade, com um grupo específico de pessoas, entre familiares e pessoas desconhecidas. Enquanto jantava em uma casa estranha, comecei a perceber que não conseguia comer, não conseguia digerir al