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Mostrando postagens de 2022

A vida em atos

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Todos que já tiveram um leve vislumbre, seja ele racional ou energético, tonal ou nagual, sobre o mundo como energia, consoante ao pensamento passado por Castaneda, entende que o mundo que percebemos é apenas uma possibilidade cognitiva compartilhada, um aspecto pequeno da realidade que, por uma conveniente convenção, aceitamos como sendo a realidade. Sabemos também que essa realidade não é única, e que qualquer mudança no ponto de aglutinação permite que percebamos aspectos diferentes do mundo e, em último caso, quando os deslocamentos são maiores, é possível aglutinar novos mundos inteiros, ou talvez, melhor dizendo, percepções absolutamente novas em termos de leis (gravitacionais, quânticas, biológicas, etc), e digo leis no sentido de um conjunto de forças que regem a realidade. Se aqui, dentro desta cognição ordinariamente compartilhada e tida como realidade temos uma lei que diz que não podemos voar, em determinado ponto diverso perceptivo atingido a lei pode ser o contrário: que

Entregar-se ao fluxo da correnteza universal

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  “Senhor, seja feita a Vossa vontade.(Cristianismo)” ““Aquele que atravessou à outra margem já não deseja”.” (Dhammapada) “Nada acontece a menos que seja a vontade da Fonte.” (Ramesh Balsekar) “Deixa que todas as minhas canções se reúnam, com seus timbres diversos, numa só corrente, e se derramem no mar do silêncio...” (Gitanjali) “O verdadeiro renunciante é somente aquele que nada deseja e nada recusa, inantingido pelos opostos, tanto no seu agir quanto no seu desistir, não afetado nem por esperança nem por medo.” (Bhagavad Gita) “Insha'Allah” (Se Alá quiser, Al Corão)   Nas muitas e muitas sendas que se conhecem como caminhos há também um ponto que converge, o ponto que liga a unidade à totalidade no que concerne ao desejo e as ações. Dentro do nagualismo há também pensamento sincrônico, dentro dos cernes abstratos o derradeiro deles, aquele que aponta para o guerreiro que se livrou dos pensamentos, limpando totalmente o Elo com o Espírito, podendo tudo, mas não dese

A perda da forma humana

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  De todos os conhecimentos do caminho do guerreiro, um dos mais essenciais talvez é a perda da forma humana. Perder a forma humana é um exercício que talvez leve uma vida inteira, isso para a maioria das pessoas, e tem relação direta com algumas das temáticas centrais da obra, sendo elas: o movimento do ponto de aglutinação para um local específico; o acúmulo de energia; a loucura controlada. De forma sistemática, até o limiar do que compreendi, hermeneuticamente e na prática pessoal, o conhecimento envolto na ideia de perder a forma humana detém uma intrínseca relação com alguns conhecimentos orientais relativos ao controle efetivo da identificação com o mundo. Para o budismo existem as Quatro Nobres Verdades, parte do ensinamento do Dhamma, que é considerado para a filosofia budista como sendo o caminho da verdade. Nesta senda de conhecimento filosófico, tem-se um algo que pode ser correlacionado com os ensinamentos do nagualismo, que é o entendimento do Dahmma como algo a ser v

A jornada do autoconhecimento

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  Somos tocados, vez ou outra, por uma profunda vontade silenciosa, para além de qualquer interferência da mente, a buscar dentro de nós mesmos a verdadeira essência do que fazemos aqui, dentro da órbita inevitável das perguntas essenciais e fundamentais de todas as pessoas: de onde viemos, o que aqui fazemos e para onde vamos? De todas elas me deparo sempre, ao olhar para o agora presente, na necessidade de assumirmos este lapso infinitesimal de consciência que somos, de uma brevidade espantosa em face ao que nos cerca, para conjecturar, para além de saber o que aqui fazer, em uma ação de transformação para aqui SER. “Aqui ser” é um conjunto absolutamente complexo de nossas potencialidades, o que demanda em um primeiro lugar a observação de tudo o que a maioria das pessoas fogem: nós mesmos. Reconhecer-se é o primeiro passo, entender o que somos, em nossa completude, para entender, a posteriori, os próximos passos a se seguirem, que levarão a inevitável descoberta do que aqui faze