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Mostrando postagens de março, 2013

O lago da razão e as margens da imensidão

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Não sei se as palavras, o preto e branco recortado por signos, desenhos são suficientes para expressar os sentimentos. Sempre o tento, como sempre tentaram poetas, o tentam. Sinto-me por vezes como um ladrão de sensações, de emoções e de vivencias, por vezes nos deparamos com situações, histórias, pessoas, e isto nos faz emergir lembranças de hoje, de amanhã ou até lembranças que nunca existira, tudo devidamente possível dentro do espectro de impossibilidades do homem. Hoje me via perdido por entre um turbilhão de livros, de um conhecimento frio, de palavras que representam a falácia do mundo e queria eu entender se essa falácia do mundo social tem algum sentido. Eu queria tanto entender que me vesti completamente da veste da mente, pois era apenas assim que eu poderia compreender o mundo que me cercava em todas as suas nuanças. Entreguei-me neste texto as palavras, em meio ao mar de livros em que estava, no conhecimento marcado por teorias fundadas na razão, seja de Kant,

Poema proseado da realidade

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 Não havia mais deuses, não havia mais entidades, não havia mais nada que fossem palavras em um poema. Não havia tão pouco pessoas. Apenas existia a totalidade. O mundo não tinha ruído, não era o fim de uma era, não era a morte que havia chegado, era em fim o encontro com a vida, plena. Pela primeira vez havia visto a inteireza do mundo, e como era completo o mundo assim. A tristeza ainda permanecia, por algo intangível e desconhecido que lembrava que aquele poema não queria ser a realidade, mas apenas um simples poema. Primeiro veio uma respiração, profunda, rasa, sentindo o ar entrar a pleno pulmões. Não há recordação se o ar era seco, úmido, frio ou quente, era o ar. Junto com a golfada de ar vieram outras e outras, enquanto isso era regozijante sentir o ar, entrando e saindo. Parecia a uma primeira vista um ato banal, não fosse pela carga de realidade que trouxe à vida. Depois de tantos anos insone, sem mal saber o que era a respiração, este aspecto de sua vid

O vazio e a essência de tudo que existe

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O vazio, o vácuo, o nada, assim se apresentou essa nova forma de conhecimento para mim, em meio ao tudo estava sempre o nada, na dualidade eterna das substâncias, dualidade aparente que reflete a unidade do universo, estava ali a resposta dos sentimentos que eu vinha sentindo recentemente. Faço então a digressão acerca dos acontecimentos que me levaram a tal fato, se é que algum acontecimento se não a lembrança de algo fundamental não me sobreveio em meio ao mar de conhecimento que nos está disponível no mundo. Eu vinha sentindo uma necessidade de desiludir-me quanto a todos os conceitos que vestiam palavras, todos eles pareciam não caber em minhas descrições. Animais de poder, seres transcendentais, nada me acalmava mais o sentir, eu sabia e sentia com todo meu coração que havia algo mais, além das palavras indescritível, e que vã é minha tentativa de descrever isso, até sorrio aqui ao tentar, mas sigo pois as palavras, estas companheiras são as únicas capazes de amenizar