A teia universal da realidade - todos somos um.
O que está
por detrás de nossa mente? Por baixo de toda a catalogação que temos em nossa
vida, por debaixo de toda capa de nome existe a realidade, esperando para ser
descoberta. O que é o véu que forma-se a nossa frente e nos separa de forma tão
dura da realidade? Como podemos retirar o véu que não nos deixa contemplar a
verdadeira vida, e porque este véu nos foi colocado a nossa frente?
Começo este
texto com essas palavras para ilustrar um sonho que tive esta noite. Por entre
realidades mil eu me transportei, lidando com seres de diversos planos,
diferentes - de formas -, que a minha mente via inicialmente como energia, e
logo depois catalogava, antropomorfizava, tonalizava de acordo com o que
conhecemos em nosso mundo cotidiano. Neste sonho eu via energia
transformando-se em itens conhecidos, era impressionante, via mulheres que
suscitavam o meu desejo inicialmente pelas formas, e se desfaziam em energia
brilhante e atraente. Eu via que conforme me sentia atraído por uma forma
antropomorfizada, esta atração não era mais que a energia sendo atraída por
outra energia, um fluxo energético que precede interpretações mentais. As
formas modificavam-se, em mulheres atraentes para cenas que me chamavam a
atenção, para objetos que me atraíam, mostrando que o véu apenas tenta
interpretar à medida que tonalizamos as formas energéticas puras.
No auge do
sonhar eu não mais conseguia ver a energia antropomorfizada em termos
conhecidos, eram figuras disformes, mescladas em coisas sem sentido, miríades
de luz somadas a cores, a desenhos rabiscos a mão, a realidade que eu via e
pensava sólida se desfazia, era desfeita ponto a ponto para que eu entendesse
algo no fim. Então eu ouvia uma voz gritar em minha mente, enquanto eu via um
desenho que se confundia com o cenário da vida, que dizia em simples palavras:
- A realidade se faz de uma composição de
pontos de consciência somados.
Então
acordei de um ressalto. Acordei como havia acordado há tempos atrás, com a
temperatura do meu corpo bem abaixo do normal, uma hipotermia sem sentido, me
fazendo sentir o mundo como em rituais de ayahuasca, de alta espiritualidade,
onde o contato com seres faz a energia vibrar de forma tão sutil que a
temperatura cai bruscamente, foi um contato mágico com o infinito, e que me
deixou um presente mágico que venho aqui dividir. Faço uma ressalva, no
entanto: eu queria escrever sobre um assunto de suma importância, mas como
sabemos, não seguimos o fluxo de nossa vontade racional, mas o fluxo
energético, que muitas vezes nos leva a lugares não previstos, a locais e
tempos que devemos conhecer, e não que queremos conhecer então fica o assunto
pretendido para ocasião futura, e agora deixo aqui as linhas rotas do que me
sobreveio nesta especial visão de sonhar.
Quando
nascemos, vemos o mundo puro, mágico, antes da formação do domínio da mente
social, que nos faz ver o mundo ordenado linearmente, o mundo das palavras. O
mundo, à medida que crescemos, ordena-se de três formas, do mais irreal ao mais
real: as palavras, os objetos e a energia. Nos distanciamos da visão da energia
a medida que nos socializamos, à medida que somos doutrinados na visão do
mundo. Externamente o que acontece é um enfraquecimento de nossa visão
verdadeira e energeticamente o que acontece é uma operação cirúrgica e mágica
de implantação da mente social em nosso campo energético. Esta operação é feita
de forma sutil, como o treinamento de qualquer animal, enfraquecendo as nossas
barreiras naturais e mágicas e forçando que entremos na corrente do mundo
social. As crianças resistem como podem a este implante, não querem estudar,
gritam, são alegres, pulam, saltitam e não se importam com o mundo social das
palavras, importam-se pouco com o mundo dos objetos, e importam-se sobremaneira
com o mundo da energia pura. A dominação humana, a domesticação humana é feita
sempre por nossos iguais, pelos que mais nos amam. Gritos, escolas, berros,
televisões, comidas, modo de vida, relações sociais, brinquedos e tantas outras
são as ferramentas para a dominação. Mas afora todas as questões críticas acerca
deste tema, a dominação é necessária para a libertação, é o desafio de uma vida
para filtrar a verdadeira evolução que podemos ter como energia que somos, como
parte do universo.
As crianças
veem tudo como um mundo novo, cada lugar, cada objeto que olham é algo novo e
maravilhoso. Cada um dos que aqui estão podem lembrar-se desta condição. A
grama é linda para uma criança, um inseto, uma árvore, o céu, o vento, a chuva,
tudo que nos passa hoje, domesticados, como objetos do mundo ao nosso serviço,
para as crianças é um mundo novo de descobertas e maravilhas. Vejamos o
processo mental de uma criança, ela vê os objetos e a energia alternando em
suas visões, o brilho mágico das coisas, ela não quer catalogar aquilo, não
quer saber o que é, porque é, mas quer admirar, brincar, o bebê que experimenta
tudo que vê, na boca, no tato, no cheiro, e emite o mais belo e puro sorriso,
apenas porque o bebê, a criança está e é, e não cataloga e lembra. Aos poucos o
mundo social doutrina, verga a árvore que seria frondosa, poda as folhas, e as
crianças começam a preocupar-se mais com as palavras que representam os objetos
que os objetos em si, e vem as perguntas sem fim, o que é isso? Para que serve
aquilo? Lembra daquilo outro? Ai a mente social já está instalada na criança, o
desafio está colocado, o desafio necessário a evolução.
No homem
formado, e não falo em gênero, mas em raça, não vemos mais os objetos - sejam
eles quais forem. Tudo quanto vemos catalogamos imediatamente. Se virmos uma
árvore não admiramos a suas belezas, passamos a vista rapidamente e já sabemos
ser uma árvore, para que serve, se nos tem utilidade ou se passamos direto por
ela. Tornamo-nos escravos mentais, reducionistas e funcionalistas, apenas
catalogamos as coisas, superficialmente a mente decide, se algo tem que ter a
nossa atenção ou não. Catalogando tudo o homem não vê nada, apenas pensa no
mundo. O mundo é o que pensamos, o mundo social é isso, apenas fragmentos de
nossa consciência, fragmentos necessários para formar o mundo social de objetos
e palavras, muito distante do universo real e energético. Sim, o mundo que
vemos é apenas um emaranhado de parcos fragmentos de atenção que damos a ele.
Nunca estamos completamente em algum lugar, observando algo, ou agindo, e por
isso apenas temos um fragmento de nossa energia disponível para cada ato. Se
estamos olhando um objeto a nossa mente logo começa a tomar a dianteira, ela
bloqueia a visão energética, cataloga a energia, nomeia o objeto, dá utilidade
a ele, descarta-o de nosso fragmento de atenção ou relaciona-o a uma utilidade,
ou ainda divaga sobre um passado relacionado àquele objeto específico, e no fim
deste processo, o real ficou por detrás do véu da mente social. O real é
energia pura, o irreal é a mente e os processos mentais, todos os processos
desenergizantes da mente que servem a dois propósitos básicos.
O processo
primário da mente social é retirar a nossa atenção do presente. O presente
destrói a mente, ela não funciona no agora, no aqui, a mente apenas é funcional
afastando-nos do momento. Fazendo isso a mente assume a nossa totalidade, o
primeiro passo da mente é tecer o véu da ilusão dos objetos e das palavras que
descrevem os objetos, este véu nos restringirá a maioria durante toda a vida a
um mundo restrito, um pequeno campo por detrás da verdadeira realidade, o véu
da ilusão deste mundo em que vivemos e que foi socialmente construído para nos
aprisionar.
O processo
secundário da mente é um processo econômico. Mantemos a realidade, conforme me
falou a voz no sonhar, com pinceladas de consciência, muito aquém de nossa
capacidade total. Einstein havia falado - e diversos outros pensadores -, que
usamos muito pouco de nossa capacidade total. Isso é a verdade que sentimos por
detrás de nossas vidas. Empreendemos pouco do que temos, e isso tem um
propósito, nada é o acaso. O processo secundário da mente é nos desviar o uso
total de nossa capacidade energética. Porque então a mente faria isso? Simples,
somamos um esforço conjunto como sociedade, como homens, para manter a nossa
realidade, para manter o tecido fino de nossa realidade de objetos. Cada pessoa
sozinha e a humanidade em conjunto asseguram a ilusão do mundo. Com isso usamos
muito pouco de nossa interação total, vemos apenas sombras na parece, como no
mito da caverna, e pouquíssimos saem ou tentam sair desta caverna que nos
aprisiona. Sentados, vendo o mundo de sombras, usamos pouco de nossa capacidade
para a ação no agora e no aqui. Digamos que usamos 10% de nossa capacidade
hipoteticamente, os 90% restantes são utilizados para catalogar objetos,
relacionar e rever infinitamente o passado e projetar futuros inteiros em
nossas divagações mentais. Esse processo divagatório da mente nos faz queimar
energia que é absolvida pela nossa mente social e alimenta o sistema, os
voladores. O processo é simples e matemático, para a nossas vida usamos 10% e
para manter o sistema e os voladores, gastamos os 90%, ou seja, energeticamente
nos desgastamos como se déssemos o nosso máximo a cada instante, mas na prática
somos apenas espectro de pessoas que deveríamos ser.
É sob este
aspecto que vemos porque as pessoas envelhecem tão rápido. Os processos
divagatórios nos desgastam sobremaneira, a fuga do presente, intencional pela
mente social, nos mantém apáticos a ganhos energéticos e servimos como pilhas a
um sistema que criamos e mantemos e a energias que aproveitam-se deste
desperdício que é gerado pela nossa acomodação.
Sair deste
processo é algo mágico e segue alguns passos básicos que repetem-se em igual
teor, em diferentes graus em cada caminhante, em cada guerreiro. Referem-se a
cernes do caminho do despertar, ou um mapa básico que descreve o rasgar deste
véu da realidade, e a requisição do guerreiro de sua energia para que ela seja
posta ao seu dispor, a sua utilidade mágica no caminho que se faz.
O primeiro
passo é o sussurrar. O guerreiro começa a ouvir, a sentir que algo está se
perdendo em sua vida, é o primeiro grau de desenvolvimento, o primeiro passo no
caminho do guerreiro, um caminho que se seguido durará toda uma vida. Este
chamado manifesta-se de diversas formas, como uma tristeza, uma euforia,
pensamentos de questões transcendentes, sincronias algo em geral que chame o
guerreiro a pensar por um instante na vida que ele está levando. Este passo eu chamo do vento de mudanças.
O segundo
passo é o choque do espírito. Este passo caracteriza com o rompimento de uma
cadeia de normalidade na vida do caminhante. Algo estoura, rompe-se, uma cadeia
de rotina se quebra. A realidade do véu da mente social não mantém-se por tempo
demasiado longo, a partir do momento que a atenção é focada na vida, no véu,
ele rasga-se em uma pequena porção. Este evento é marcado pela morte de alguma
coisa na vida do guerreiro, um acidente, uma reviravolta, a falência, a morte
de alguém, uma doença terminal, algo sacode as bases do mundo que até então
parecia sólido, este para mim é o passo definitivo do guerreiro, aqui
separam-se os que tentarão ser despertos dos que sucumbirão definitivamente ao
mundo. A diferença estará em manter o véu rasgado e traspassa-lo ou deixar que
a mente social o costure, e tudo volte a ser como antes. Esta parte do caminho
eu chamo do abismo entre mundos.
O terceiro
passo é a descoberta. Vendo a venda da realidade, chocado pela morte de um
mundo até então sólido, o guerreiro começa a buscar o saber, começa a buscar o
conhecimento. Esta busca geralmente dura uma vida. O homem aqui busca por
diversas religiões tentando achar uma resposta a suas dúvidas, passa, quebra a
cara, levanta e continua. Esta parte do
caminho é a montanha rochosa por onde o guerreiro terá que passar, um árduo
caminhar que dura uma vida.
Então que
chegando ao alto da montanha o guerreiro vê a maravilha da realidade além da
prisão. O véu está se desfazendo. A mente está começando a entrar no controle
da totalidade. Mas o guerreiro ainda não é forte o suficiente. Ele percebe que
em toda caminhada não precisava chegar a lugar algum, bastava abrir o olho e
ali estava a maravilha de tudo, ele começa a descobri, mas para isso tem que
deixar tudo que conhecia. Esta parte do caminho chamo de planícies do novo mundo.
Então o
guerreiro começa a caminhar nas planícies deste novo mundo, e com isso
fortalecer as suas ferramentas. Ele afia o corpo, a mente, o espírito, ele
entende que tudo é um bloco único e funcional de sua individualidade, e que
esta é indissolúvel da totalidade. Ele vê que é hora de parar, ele encontrou a
verdade que buscava. Não existem mais perguntas, não são necessárias respostas,
não há para onde caminhar, pois ele está onde deveria estar, aqui, agora,
pleno. Esta parte chama universo.
Apenas
assim, com o conhecimento mais simples que poderia ter o guerreiro atinge a sua
liberdade. No caminho a mente social, a forma humana foi deixada para trás, era
uma bagagem desnecessária. O guerreiro fortaleceu os músculos, a energia,
aprendeu a sorver da terra o necessário. Descobriu que não precisa buscar em
templos, religiões, palavras a verdade, não precisa vagar o universo em busca
de uma verdade, porque ele é indissolúvel de tudo, uma ferramenta do universo,
um pedaço, uma parte, individual e parte do total.
Sendo tudo,
ciente de ser parte de tudo, sendo ele, ciente de sua individualidade aparente,
o guerreiro vê a sua conexão com o todo. Então ele se vê nos grãos do chão, o
ar que ele respira aqui é o mesmo que respiram as plantas, as pessoas em todas
as partes do mundo. A água que ele bebe vem do gelo das montanhas, de gerações
congelado, circulou o céu, o mar, os rios, a terra que ele pisa vem dele e para
ele voltará. A veste humana, a forma humana é apensas uma aparência, uma forma
de ordenar o universo, mas não deixa de ser o próprio universo por isso. O
guerreiro vê, e pela primeira vez com a sua totalidade sente o universo. Agora
ele pode tudo, conectado pode os atos mais absurdos para a mente, voar, mover
objetos, mas nada disso é necessário. Ele deve cumprir a sua jornada, como
homem, e aguardar o tempo de seguir a sua viagem. Não existem momentos
especiais, todo momento é mágico, sentado em um escritório, na imensidão do
espaço, tudo é a existência manifestando-se em sua plenitude. E vendo isso, o
guerreiro sente os grilhões da ilusão caírem ao chão, os últimos que restava,
ele é livre, e mesmo livre rejubila-se pela oportunidade de estar vivo,
consciente, de ser homem e desta forma, expressar como parte da totalidade do universo
ao mesmo tempo a maravilha de ser, de estar, de sentir.
Quando
encontrou tudo que queria, viu que nada mais precisava, e segui a sua jornada.
Voltando para casa de sua jornada nada mudou. Era apenas um homem feliz. Não
haviam prêmios, não haviam faixas de felicitações. O guerreiro no entanto
emanava um brilho especial, que ninguém via perdidos nas divagações da mente. O
prêmio era a leveza que ele sentia, o brilho a mais nas coisas da vida, a
sensação que há muito havia esquecido, de ser leve, de ser criança, de ser
verdade.
O guerreiro
então sorri, sorri alto e é tido como bobo pelos que olham. Ele não é especial,
mas tem o maior de todos os tesouros, a sua plena consciência de ser parte de
tudo, de ser ele o próprio universo.
Luz, paz, intento.
Que lindo texto, Vento!
ResponderExcluirQuanto às etapas do Caminho que mencionou, consigo ver meu próprio caminho ali também, ainda que não necessariamente hajam momentos de ruptura entre eles. Creio que muitas vezes o guerreiro 'passeia' pelas montanhas, pelas planícies... Pelo Universo... Ainda que parece que um geralmente é predominante em relação ao outro em cada etapa da vida. Ou ao menos assim tem sido pra mim. Quantas vezes não fui do encantamento completo, da visão mais fascinante, de volta a uma carteira de sala de aula, ou a uma discussão familiar...? rsrs... Creio que todos passamos por isso. Mas como diria um ditado Zen - se não me engano - "A melhor espada é aquela que é forjada no fogo mais ardente e resfriada da mais gélida água."
Bom, e mais um item para a lista de Sincronicidades: Hoje pela manhã tive minha primeira aula sobre Comunicação. A aula em si era algo muito superficial e cansativa. Mas assim que entrei, tive a luz de anotar todos os meus pensamentos questionadores sobre aquele tema. Quando vi, tinha escrito duas páginas de divagações filosóficas sobre a Comunicação. A conclusão que cheguei, e que parece ser o que prevalece no dia a dia, é que não há uma interação verdadeira entre energias, entre seres. Mas sim uma pequena ponte, que abrange pontos superficiais desses seres, muito geralmente no ãmbito intelectual ou mental. Além disso, lembrando um pouco de Don Miguel e Osho, essas pessoas recebem uma informação X, catalogam isso em seu inventário como Y, concluem Z, e emitem uma resposta W. A pessoa do outro lado, fará o mesmo. Dessa forma, não há comunicação entre pessoas, mas sim uma comunicação dessas pessoas com suas próprias idéias daquilo. E assim constroem-se sociedades, relacionamentos, teorias... O diálogo interno não permite uma Comunicação verdadeira, pois ele sempre bloqueia a Percepção verdadeira. E sem perceber verdadeiramente, comunicar-se é inviável. É o que o Osho chama de "medo da intimidade", pois ela coloca em cheque todo nosso inventário, que é o que as pessoas comuns crêem ser seu próprio Ser. A mesma conclusão chegada com este texto...
Até a proxima, amigos!
Intento!
Buenos dias Guerreros
ResponderExcluirdesde o primeiro alento se inicia nossa domesticação. Uma verdadeira lavagem cerebral que sofremos desde o inicio.
Imposições, doutrinamentos, assim as pessoas a nosso redor vão nos ensinando a seu modo, criando um reflexo de si mesmos em nós e junto vão criando nossas imagens mentais com as quais criamos o mundo que olhamos. Na verdade só olhamos o mundo, "vemos" somente uma pequena fração dele. E assim vamos seguindo, empurrados pelo cotidiano, quase que no controle remoto. Acordar, levantar, tomara café, se preparar para o trabalho, etc.Assim como a voz falou a Hermano A realidade se faz de uma composição de pontos de consciência somados.Nossa herança: um fardo de pensamentos ensinados e pensamentos que nem são de propriedade de quem nos ensina, pois o mesmo que nos ensina foi ensinado assim sem se questionar. Não nos foi ensinados a vermos o mundo de uma maneira diferente Só conseguimos "ver" depois que paramos o mundo ou por um acidente, um trauma, ou por intento próprio e descobrimos quando paramos nosso dialogo interno que o Conhecimento é assustador, assombroso em sua enormidade e vai de encontro a tudo aquilo a que nos foi ensinado. Só assim nos damos conta que aqui é uma guerra. Uma guerra para nos libertamos dessas amarras impostas. è isso que torna o conhecimento tão assustador.
Darshan
08:04 06/03/2013
Uma outra coisa. Intentamos a morte desde que nascemos. Porquê?
ResponderExcluirSão nossas emanações que ficaram aprisionadas tentando se libertar do casulo luminoso em que foram aprisionadas.
`Por isso é importante que intentemos nos tornar conscientes de nossa eterna companheira pois só assim faremos valer o aqui e o agora.
Darshan
Viemos aqui com um propósito: Nossa evolução. Não viemos aqui só para fazer um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Estamos adormecidos.Ninguém pode evoluir por ninguém, pois isso é dever do próprio.Com nossa domesticação perdemos nossa agressividade. Não em termos de agressão e sim de luta. Vemos as batalhas de outros, esperamos receber tudo de mãos beijadas e quando recebemos achamos lindo e depois voltamos a nosso mundinho de contradições.
ResponderExcluirDevemos fazer despertar uma ambição abstrata de irmos atrás dessa Evolução.
Darshan
Com nossa domesticação fcamos reduzidos a andar como um bando de galinhas, enquanto poderíamos intentar voar como as Aguias. Me recordei de Napoleão quando seus colegas de colégio militar faziam chacocas sobre seu modo estranho:
ResponderExcluirOs perus "andam" em bandos enquanto as águias "voam solitárias".
Darshan
essa descrição de como acontece o processo na infância é muito sobria
ResponderExcluirArmas que um Guerrero deve usat para destronar a forma humana:
ResponderExcluirPecapitulação,
Passos de Poder,
Silencio Interior (quebrar o espelho da auto-reflexão)
Ser impecável
Desmascaramento da forma humana
Apagar a História Pessoal
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Darshan 08:15 08/03/2012
Todos os dias é dia das Mulheres, mesmo assim Feliz Dia Senoritas
UM CONTO DE PODER
ResponderExcluirGenaro começou a contar uma história muito desconcertante sobre um caipira que se tornou funcionário importante numa época de tumulto político. Dom Genaro disse que o herói de sua história foi nomeado ministro, ou governador, ou talvez até presidente, pois não se podia saber o que as pessoas fazem, em sua loucura. Em virtude daquela nomeação ele chegou a acreditar que era realmente importante e aprendeu a representar seu papel.
Dom Genaro parou e examinou-me com o ar de um ator canastrão exagerando seu papel Piscou o olho para mim e mexeu com as sobrancelhas para cima e para baixo. Disse que o herói da história era muito bom em matéria de exibições em público e sabia fazer discursos sem a menor dificuldade, mas que sua posição exigia que ele lesse os discursos e o homem era analfabeto. Ele então usou de sua esperteza para lograr todo
mundo. Tinha uma folha de papel com alguma coisa escrita nela, que ele mostrava de relance sempre que fazia um discurso. E assim sua eficiência e outras boas qualidades eram inegáveis para todos os caipiras. Mas um dia apareceu um forasteiro que sabia ler, e reparou que o herói estava lendo o discurso com o papel virado ao contrário. Começou a rir e desmascarou a mentira para todos.
Dom Genaro tomou a parar um instante e ficou a me olhar, apertando os olhos, e perguntou:
— Você pensa que o herói foi apanhado? Nada disso. Ele se virou para todos, calmamente, e disse: "Ao contrário? E que importa a posição da folha, quando a gente sabe ler?" E os caipiras todos concordaram com ele.
Dom Juan e Dom Genaro caíram na gargalhada. Dom Genaro me deu um tapinha de leve nas costas. Era como se eu fosse o herói da história, Fiquei encabulado e ri, nervoso, Achei que talvez houvesse um sentido oculto naquilo, mas não ousava perguntar.
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Darshan