Inconfidencias de um guerreiro

Caros colegas de jornada, guerreiros incansáveis. Venho profunda e sistematicamente vendo o meu reflexo no espelho e ponderando sobre as mudanças que estão acontecendo durante a minha caminhada. Sinto hoje que mudei muito, mas que ainda muito tenho que mudar para me adequar ao mito da impecabilidade do guerreiro. Costumamos ser assim, nos transformar a medida que somos conscientes de nossas fraquezas, sem sabermos quais são elas não podemos nem cogitar a mudança. Hoje estou aqui para tentar relatar uma descoberta que tive, chamei a descoberta de mente social .  Vi, caros amigos, que quanto mais me aprofundava e quanto mais expando a minha consciência, mais fico instável emocionalmente, suscetível as alterações mínimas das pessoas que me cercam. Sinto o equilíbrio do silêncio da mente enquanto medito, mas esse silenciar se desfaz ao primeiro sinal de interação social. Sinto-me algumas vezes alheio a tudo que me cerca, com uma sensação de indiferença e outras vezes imerso em assunt

Lembrei-me hoje de minha infância, revivi na verdade diversos momentos. Eu estava caçando, buscando e me montando novamente, prática que venho fazendo há algum tempo. Pensei então no que significa a religião, que é derivada do latim religare, religação e pensei acerca de minha prática. Não vejo objetivo prático em querer se religar a essência de tudo se nós mesmos estivermos desligados, desmontados de nossa verdadeira essência. Nos desmontamos no decorrer de nossas vidas até no fim quando realmente cedemos a última força que nos visita. Por incrível que pareça essa última força, é desejosa de nos libertar, mas na verdade nos destroça porque já estamos totalmente incompletos quando ela nos visita. Nascemos completos, perfeitamente conectados com tudo que nos cerca. Somos de uma sensibilidade infinita até meados de nossa juventude. Contudo existem desconstrutores em nossas vidas, pessoas incompletas, desconectadas que tentam a cada instante nos desconstruir para fazer de cada cri

Hoje me entristeci ao ver a revolta da natureza a minha frente. O vento e o fogo bailavam em uma frenética dança. Redemuinhos de fogo se formavam frente a uma mata devastada pela ignorância e vaidade do homem, que se põe a margem e acima de tudo mais que o cerca. Eu havia tido o privilégio de ter contemplado uma das mais belas paisagens da minha região. Vi diante do caus da estiagem e das queimadas flores brotando, o mato germinando, a mata verdejante sobrepor-se ao cinza das queimadas impostas a natureza pelo homem. No caminho havia sido agraciado pelo meu amigo e irmão vento, sendo abordado por um forte redemoinho energético. Vi em seguida um gavião espreitando a morte de um pequeno pássaro e esperando a sua vez de abocanhar a sua presa que definhava, sua energia subindo pelos céus em seu último vôo contemplativo da bela serra que o cercava. Senti o deleite das montanhas me abraçando e me convidando a conhecê-las, sua energia querendo me chamar aos seus braços, vi que tenho po

A luz das novas revelações, sobre os aspectos das crenças, o entendimento se perde frente a descrença e a prudência, quando não perseveramos no caminho pode ser o incauto iludido por disformes conceitos advindos da própria imaginação, mas o que é por demais prudente pode, por força de tua cautela desperdiçar o que lhe é dado em determinado momento espiritual. Contudo, nunca perdemos o que nos é dado do verdadeiro mundo espiritual, a verdadeira lembrança sempre residirá em alguma parte de teu corpo energético, na memória divina que reside em cada um de nós, contudo, para acessarmos esse conhecimento muitas vezes é desprendido um jorro energético igualmente forte de quando o conhecimento foi recebido. Para tanto, tudo que nos é dado e puder ser de imediato guardado, deve o ser, pois muitas vezes somos só e somente só canais de percepções outras, não recebendo de outra forma que seja os ensinamentos que desta forma nos são passados.  O canal de conversação com o mundo espiritual, a

Baseando-me apenas no que venho vivendo vejo a verdade quando os grandes sábios dizem que apenas no isolamento descobrimos o que somos em nossa essência. Ao nosso redor as pessoas incessantemente nos cobram sobre o que fazemos, quando fazemos e como fazemos, por mais desapegadas que as pessoas sejam de nós. Não digo que devamos ser ermitões, pois esses buscam na obsessão pela solidão o que são em essência. Buda em sua visão sobre o caminho do meio deixou muito clara essa premissa. Não devemos nos abster do mundo por completo, nem podemos na ilusão da nossa realidade afundarmos, devemos pairar, conscientes que vivemos em um sonho incrivelmente lúcido e buscarmos incessantemente a corroboração dessa premissa, pois não adianta apenas acreditarmos com a nossa razão em uma premissa que está além de nossa própria razão. Devemos sim buscar o incessante acréscimo de consciência para com isso podermos saber, sentir e não apenas pensar no conceito que tento expor aqui, o conceito de realida