Retribuindo ao espírito do homem - sobre o presente de um guerreiro

A luz das novas revelações, sobre os aspectos das crenças, o entendimento se perde frente a descrença e a prudência, quando não perseveramos no caminho pode ser o incauto iludido por disformes conceitos advindos da própria imaginação, mas o que é por demais prudente pode, por força de tua cautela desperdiçar o que lhe é dado em determinado momento espiritual. Contudo, nunca perdemos o que nos é dado do verdadeiro mundo espiritual, a verdadeira lembrança sempre residirá em alguma parte de teu corpo energético, na memória divina que reside em cada um de nós, contudo, para acessarmos esse conhecimento muitas vezes é desprendido um jorro energético igualmente forte de quando o conhecimento foi recebido. Para tanto, tudo que nos é dado e puder ser de imediato guardado, deve o ser, pois muitas vezes somos só e somente só canais de percepções outras, não recebendo de outra forma que seja os ensinamentos que desta forma nos são passados. 

O canal de conversação com o mundo espiritual, a segunda atenção, se abre de diversas formas aos que se abrem a esse mundo, e como em uma espiral, quanto mais nos abrimos as mensagens mais elas surgem a nós, em uma corrente que se firma e cresce de acordo com a prática, não podemos nos fechar a esse mundo. O medo é parte necessária nos primeiros passos do crescimento e temos que enfrentá-lo tendo em vista que ele é o primeiro dos inimigos que temos com o que lidamos, sabendo sempre que independente do que vemos, sentimos e ouvimos tudo sempre esteve ali, está e sempre estará, o que acontece é que nos abrimos a este conhecimento a medida que caminhamos rumo a luz. O conhecimento é a palavra, percepção, devemos explorar os universos, sem nos apegarmos a eles, a percepção  é dada aos homens para conhecer, para aprender, para crescer e acredito que para compartilhar retribuindo as descobertas como luminárias no caminho dos guerreiros que por ali ainda não passaram, de forma suave, a quem quiser acessá-los, pois os verdadeiros ensinamentos são assim, brandos, suaves, sussurros de luz em meio ao tumulto da escuridão.

Contudo os ensinamentos não são para todos, pois o entendimento perfeito deles demanda de poder pessoal, para alguns umas poucas palavras serão esclarecedoras, para outros serão apenas histórias de poder, tudo vai depender do poder acumulado que a pessoa tenha. Houve um momento em minha vida que acreditei em merecimento e coisas do gênero, mas não é bem isso, na verdade é apenas uma questão energética, como tudo mais o é no que concerne a energia. Os esclarecimentos dos espíritos vem de forma suave, branda, acalentando e se abrindo de forma suave, pois a força dos ensinamentos deve ser dosadas de forma a permitir a compreensão, as duas andam, ou melhor, devem andar em paralelo, recebimento, esclarecimento e compreensão, apenas após a compreensão e somente apenas essa compreensão deve-se passar o conhecimento adiante, pois só assim não estará sendo narrado apenas um fato energético, mas sim a compreensão do que o fato gerou e poderá gerar em quem aquele caminho seguir. Pois não podemos ter o suposto que a quantidade de poder pessoal que temos hoje seja a mesma que se encontram os que nos cercam, e muitas vezes, pessoas com menos energia tem compreensões desacertadas acerca do mesmo fato energético,  que passam como simples mensagens sem trazer os efeitos desejados quando nos foi feita a revelação.

Apenas com o abandono do eu conseguimos a compreensão do nós. Somos elevados quando imergimos profundamente em nosso ser, mas sabendo que enfrentaremos homéricas provações até atingirmos o nosso ser interior, pois nos cerca um infinito de dúvidas, de provações, de energias que se incrustaram durante o caminhar de toda uma vida. Pois desde o nascimento aprendemos a fugir de nosso interior e focarmos o nosso ser nas coisas externas, na parte física, da carne, do ego, do eu que constantemente nos consome o dia, em conversas que se estendem em busca de auto afirmação, de auto propaganda, mas nunca de auto conhecimento. Pois em grupo temos que ser mais nós, nos preocuparmos mais com o outro, o que se senta ao nosso lado, aprendendo sempre a falar unicamente quando procurado, quando chamado ou questionado, ouvir por demais isso sim nos faz crescer, evoluir, para lá na frente em nossa vida aprendermos a falar.

Sempre que ouvimos, que prestamos atenção, aprendemos que os verdadeiros ensinamentos devem ser ditos apenas de forma suave a branda, pois quem tiver o espírito preparado irá receber, irá perceber a importância do que está sendo dito e acalmará para receber os ensinamentos, pois muitas vezes somos apenas canais do espírito, condutos, qua por estar com o elo um pouco que seja mais limpo, serve de canal para trazer uma mensagem para quem ela realmente é canalizada. Contudo, temos que pensar que para alguns o silêncio pode trazer mais contribuição pelo nível energético em que a pessoa se encontra, silêncio muitas vezes pode ensinar muito mais do que palavras.

Mas é normal no início do caminhar a euforia, o ímpeto de contar de abrir a caixa ao mundo, contudo o mundo pode não estar preparado ou simplesmente pode não querer ouvir, e quando não querem ouvir e você fala pode causar a pessoa efeito contrário ao esperado e distanciá-la do caminho. Não acredito ainda que o que é aprendido deva ser guardado, o novo Nagual mostrou que o caminho de nossa geração de guerreiros é abrir o conhecimento, dividir para juntos atingirmos a massa crítica necessária para uma tranformação global, esse é o meu intento, e por ele divido o que aprendo e rendo assim uma homenagem ao espírito do homem, como um pequeno preço pago para o que recebo do espírito.

Intento a todos que caminham em direção a liberdade,

Intento a todos que caminham em alguma direção,

Intento a todos que caminham,

Intento a todos,

Intento.