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Mostrando postagens de 2019

O ponto de inflexão

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Por um tempo andei distante deste local de catarse de minha própria caminhada. Entregar-se aos desígnios do caminho social é parte inevitável da caminhada que fazemos neste breve hiato da eternidade. Há um tempo atrás, quando ainda ativamente aqui dialogava, havia me proposto a condicionantes futuras para um tempo de dedicação exclusiva ao Espírito, e a caminhada do Nagual. Todas as condicionantes eram desculpas pautadas em expectativas sociais bem montadas, que aos poucos se tornam necessidade em nossa jornada, não necessidades reais, mas forjadas, teias que nos prendem pouco a pouco, e de tão finas de forma invisível, a trama do emaranhado do mundo social. Contingências que são a todo momento reforçadas nos papéis sociais de todos aqueles que nos cercam. Tudo nos acerca para premissas futuras: quando me formar amplio o tempo para mim mesmo; quando conseguir um emprego me dedico ao lazer; quando meus filhos crescerem terei tempo para o que gosto; quando conseguir um cargo vol

Caminhos do reencontro (in memoriam)

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Há muito não escrevo aqui as linhas de minhas próprias indagações sobre o mundo. As rotinas, que outrora eu desejava, e que chamei nas linhas do infinito com a minha voz e vontade, hoje parecem me soterrar em uma capa por sobre meu antigo EU. Sim, como todos e tudo eu mudei, reflexo esperado da impermanência que a tudo rege em nosso universo como regra quase que absoluta. Olho para trás com inevitável saudosismo, lembrando-me dos tempos em que, talvez por subterfúgios mneumônicos, os dias pareciam mais calmos, as coisas pareciam mais simples, e a conexão com o mundo ao meu redor parecia mais sólida. Não falo da conexão com os aspectos do mundo relacionados à nossa realidade, que outrora chamei aqui de “mundo social”, mas sim daquele mundo mais real e profundo, que se esconde por baixo dos confortáveis e pesados cobertores deste aspecto da realidade. Sim, pode ser, em uma análise retórica, que o mundo parecia mais simples e belo por consequência da natureza humana, que nos

O TÃO TÊNUE EQUILÍBRIO EM NOSSA TÃO BREVE CAMINHADA

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Venho pensando, ao largo de minha pequena caminhada, o que são todas as coisas, e a inefável divisão que fazemos, como infantes que ainda desconhecem o que nos cerca, entre o que é material e espiritual. Oras, se tudo que está manifesto é somente uma capa para o que está oculto, tudo é igualmente uma emanação da mesma fonte. Não há como distinguirmos o material e o espiritual se é tudo energia, ainda que vibrando em distintos padrões. Se é tudo energia é tudo igualmente manipulável, é tudo igualmente influente em nossa caminhada, é tudo algo a se depositar a nossa atenção para o entendimento de todos os fatores que nos abraçam e que abraçamos neste emaranhado de relações que fazemos ao abraçar a nossa existência ao mesmo tempo que somos abraçados por ela. Por isso me volto aos estudos da atenção plena, porque não termos atenção plena, e essencialmente indistinta com tudo que há. A medida que entendemos como diferente o que é uma relação orgânica, inorgânica, material ou imat