O vazio e a essência de tudo que existe
O vazio, o
vácuo, o nada, assim se apresentou essa nova forma de conhecimento para mim, em
meio ao tudo estava sempre o nada, na dualidade eterna das substâncias,
dualidade aparente que reflete a unidade do universo, estava ali a resposta dos
sentimentos que eu vinha sentindo recentemente. Faço então a digressão acerca
dos acontecimentos que me levaram a tal fato, se é que algum acontecimento se
não a lembrança de algo fundamental não me sobreveio em meio ao mar de
conhecimento que nos está disponível no mundo.
Eu vinha
sentindo uma necessidade de desiludir-me quanto a todos os conceitos que
vestiam palavras, todos eles pareciam não caber em minhas descrições. Animais
de poder, seres transcendentais, nada me acalmava mais o sentir, eu sabia e sentia
com todo meu coração que havia algo mais, além das palavras indescritível, e
que vã é minha tentativa de descrever isso, até sorrio aqui ao tentar, mas sigo
pois as palavras, estas companheiras são as únicas capazes de amenizar o choque
do infinito. Palavras com amigos, palavras com desconhecidos, palavras, como
válvulas de escape para o peso infinito do desconhecido sobre nossa frágil
forma humana.
Nestas
sensações, me via desgostoso ao me repetir sobre seres mágicos, sobre qualquer
descrição que não fosse a energia pura, emanando em todos os corpos, isso me
dava tranquilidade, além das palavras. Pensar e sentir em tudo como energia
parece que respondia as minhas indagações todas, ou quase todas. Em um dia que
sobreveio a sensação de conexão inicial, como já havia vindo muitas vezes, mas
em um momento diverso. EU estava na sala de aula, desconectado em parte, não
sentia o redor, como a maioria dos homens estão na vida, estava disperso, uma
pequena parte minha estava na aula e outra grande parte dividia-se em
pensamentos, divagações, pensamentos e projeções, eu estava em pedaços de
consciência e nem sequer percebia. Somos assim a maior parte do tempo, não
sentir a respiração, não sentir o corpo, as sensações todas, inconsciência é a
marca maior de nossa domesticação, como cordeiros presos pela corrente da mente
social. Então nessa primeira consciência, no pensamento que tive em um lampejo,
no despertar instantâneo que temos a nossas faculdades iluminadas internas,
comecei a sentir-me pleno ali naquela sala de aula enfadonha. E percebi não ser
enfadonha a sala, nem a aula, mas enfadonha era a minha consciência que não
estava ali. Quando comecei a concentrar-me no momento comecei a conectar-me com
tudo, com as pessoas que ali estavam, comecei a senti-las, mas mentes
divagando, os sentimentos, a dispersão, eram tal e qual eu mesmo, estávamos
linearizados pelo grilhão da mente social, dispersos, mas conectados em nossa
inconsciência. O professor também estava assim, eu sentia por incrível fosse
todos ali, cada um pensando nos problemas domésticos, nos amores, nos sonhos,
no fim da aula, todos conectados e se somássemos todos ali naquela sala de 50
pessoas, não daria a consciência total de uma só. Sorri calado em meu canto, da
piada que eu era em meio a todos aqueles joguetes das mãos de um sistema,
entregues e pseudo felizes. Então a consciência me levou mais longe, comecei a
sentir o mato, a grama que nos cercava, ali havia consciência, os bichos,
pássaros dormindo empoleirados, o vento, o céu, os minúsculos seres, conseguia
ouvir os grilos lá fora, os morcegos e seus sonares, eu sentia tudo. De repente
fui assaltado pela consciência plena, me conectei, conseguia perceber as
palavras do professor, integralmente, as pessoas, os que caminhavam fora da
sala, toda universidade, todos estavam conectados na teia da vida, comigo, e eu
tinha consciência. Vi, senti, percebi o universo consciente de si em cada
pessoa, animal, planta, vento. Em níveis diferentes parece que a teia da
realidade se fazia. As vezes eu estava mais consciente do mundo dos pequenos
bichos na grama, imaginado os passos de
homens gigantes ao seu redor, os imaginando demônios ou deuses, outras eu via tudo do céu, ou
sentia tudo do sonar de um morcego, eu era parte de tudo, e como sendo o
universo conseguia sentir a consciência, o perceber universal de qualquer
janela de percepção, era algo mágico. Senti essa ligação até chegar em casa, e
dormi assim, com a sensação mágica de conexão, mas que ainda estava incompleta,
eu sentia que algo ainda faltava para ligar-me definitivamente, ou que eu sentisse
com completude o que poderia sentir.
Alguns dias
depois fui assaltado. Cheguei a minha casa e repentinamente senti-me impelido a
comer um melão. Na hora que o peguei, senti que me faria mal, mas dei de ombros
e segui a minha comilança, relegando a voz interior e o aviso da mente real ao
esquecimento. Somos burros, e assumir isso é o primeiro passo para a
iluminação, se é que um dia chegaremos nela, se não, seremos burros que não
pensam ser cavalos, e autênticos em nossa pequenez. Mas então que depois de um
pequeno lapso de tempo senti-me derrotado, a energia derrubando-me, meu
estômago contraindo-se, e vomitando um vômito amarelo, que aos poucos, depois
de umas quinze vomitadas virou sangue. Estava derrotado temporariamente. Mas
algo aconteceu que me maravilha esta experiência, e que sou grato ao espírito
por me dá-la, sem que pensem que sou masoquista. Senti na perfeição todo o
processo de enfermidade que me acometia. Senti-me, à medida que ficava doente, enroscar
a consciência para dentro de mim, como uma concha, eu fechava-me para dentro,
me apartava de tudo. A medida que seguia para o hospital, me sentia
desconectado de tudo, o verso da experiência anterior. Desconectado via o mundo
e me sentia distante, pássaros, plantas, era tudo enfadonho e distante, longe,
eu era eu longe de tudo, e isso me adoentava, me desesperava. Cheguei ao
hospital, e lá esperando o médico, comecei a tomar um soro na veia, para me
reidratar. Deitado em um quarto duplo, eu em uma cama e uma criança desesperada
e chorosa na outra, dormi. Naquele sonho tive um sonhar consciente. Eu sentia a
energia de todo o hospital, em detalhes, eu via aquele lugar sendo construído,
o intento depositado ali, de que seria um local de cura. Pessoas que ali
chegavam buscando a cura, e pessoas que a ministravam, independente dos
interesses. Via médicos cercados por energia curadora mas ocupados demais para senti-la,
via toda uma egrégora de cura ali em volta. Na hora comecei a ver apenas
energia, não eram santos, animais de cura, anjos, era energia fluindo no
universo, com o propósito de cura, não era nada antropomórfico, não tinha
deuses a quem pedir, santos, deidade alguma, a energia fazia a cura de tudo.
Senti a energia que me lembrou um dos antigos, era energia no entanto, de um
brilho esverdeado maravilhoso, sentia a energia me chegar e me curar, entrar
pelos meus órgãos internos, estômago, fígado, bíles, e minha energia interna
fluir, me senti conectado, alegre, eu sorria também no corpo físico, sentia
isso. Me havia conectado àquela energia mágica, a tudo. A criança chorosa
parece que havia tomado consciência daquilo, começou a sorrir, brincar com a
mãe antes preocupada, havia se curado, eu sabia, e eu também estava curado. Com
a interação entrei em um sono escuro. Acordei com as mãos da enfermeira a me
chamar, era hora de minha consulta e meus exames estavam prontos. Levantei,
agradeci e fui embora, medico que nada, estava curado, pela energia mágica
daquele local. Cheguei em casa, todos preocupados, minha mulher xingando pois
não tinha consultado, mas não tinha cara ou jeito de ter estado doente. Corri ainda
em volta da quadra para gastar energia, que estava naquele momento transbordando.
Contudo, ao fim da maravilhosa experiência, ainda senti que algo faltava
naquela conexão, na euforia de minha corrida senti algo que me faltava, um
conhecimento que me estava na ponta dos dedos, mas que me escorrera. Cansado,
cheguei e entrei em outro sonho profundo e sem lembranças.
Foi então que
aconteceu algo de mágico. Correndo pelos campos da manhã, em meio às árvores,
lago, vento, surpreendi o sol depois de uma curva nascendo. Era o brilho de
sempre, que nos aquece a todos igualmente. Na hora corria normalmente, e
resolvi fechar o olho direito, e com o olho esquerdo captar energia do sol. Corri
pelos quase dois quilômetros, não me lembro, meneando a cabeça para os lados
enquanto captava energia do sol com o olho. Comecei a sentir aquele calor do
sol me queimando internamente, mais expresso no meu abdômen. Era
impressionante, ao fim tentava desviar o olho do sol, mas não conseguia, ele me
invadia como se tivesse crescido de um simples ovo de luz no horizonte para a
totalidade de minha visão. Com o suor escorrendo nos olhos a luz transformava-se
em uma teia de energia que me inundava. Eu senti então vontade de gritar, de
parar de agradecer, de pular, estava inundado de energia, e isso me esvaziara
de pensamento de tudo, era apenas sentir. Recanalizei a sensação e continuei
correndo, sentindo a energia me percorrer todo o corpo, estava em frenesi, meu
abdômen tremia em espasmos involuntários, eu que corria normalmente a 10 km/h
comecei a acelerar, via o relógio e ele marcava 14, 16, 18 km/h, me sentia
voando por cima de tudo, não me cansava, me sentia alegre.
Comecei a
sentir as árvores, minha energia as tocava, sentia os animais, tudo, mas sentia
de forma diferente das outras vezes. Meu corpo sentia que uma grande descoberta
estava por acontecer. Eu estava em um estado de meditação dinâmica, sentia as
teorias todas que eu estudava correndo pelo meu corpo, fora dele. Em recente eu
estudava a origem comum dos seres vivos, o que os une sendo a mesma coisa,
lembrei ali do DNA, conforme Darwin havia previsto, uma molécula que nivelava
todos os seres vivos. Pensei nas descobertas da vida, da conexão e evolução
comum de todos os seres, pensei mas não era mais pensamento, eram imagens de
conhecimentos completos, na cadeia atômica, na menor partícula que compõe a
todas as coisas, e isso me respondia ali a conexão de todos os seres, animados
e inanimados, todos eram compostos por átomos, em diferentes arranjos em cada
corpo, mas todos compostos do mesmo quinhão. Mas isso ainda era incompleto, eu
via a imagem de um homem sorrindo de mim, jocoso pela minha quase descoberta,
havia algo ali que unia a todos os seres, além das teorias animistas,
vitalistas, era a própria teoria do universo, mais que isso, o conhecimento
universal.
De repente, eu
estava quase em catarse, não lembrava que corria, meu corpo funcionava de forma
autônoma do que eu conseguia ver, eu via o conhecimento brotando à minha
frente. Eu via então o espaço em branco, ali estava o conhecimento supremo de
todas as coisas. O vazio. Eu estava no fim de minha corrida, no relógio 16 km,
os batimentos a quase 190 bpm, eu estava em um frenesi, a corrida acima da
velocidade me havia esgotado, e meus pensamentos haviam esvaído-se com o suor.
Senti as coisas ao meu redor, sentado ali, sob o sol, o mesmo sol que sempre
nos nutriu a todos aqui neste pedaço do universo, fechei os olhos e vi tudo,
mas o tudo era nada. Vi o DNA nos seres vivos, dos complexos aos simples, e era
tudo igual, homem, bichos, planta, vírus, do menor vi a composição daquela
molécula, era átomos unidos, dançando uma dança do universo, eu sorria porque o
microcosmos era como o macro, lembrava do próprio universo, planetas,
constelações, todas rodando com a mesma forma que atrai a rotação os átomos. A
voz do ver me falava, mas não era voz, não era nada, nem visão nem audição, mas
se não escrever aqui desta forma não conseguirei ser compreendido, sei que
talvez não seja de todo, mas é esta a minha predileção por isso o faço. Naquela
visão, de átomo de espaço, vi o espaço vazio entre nêutrons e elétrons, e
prótons, havia um enorme espaço vazio, a voz de uma velha professora me falava:
- Há muito mais vazio nos átomos que substância. Eu sorria das lembranças
todas, naquela aula talvez nem sequer havia prestado atenção, mas meu corpo
havia absolvido aquilo. Eu via aquilo naquele instante, então senti a voz me
dizer:
existe uma
substância, uma matéria que é composta da própria substância da águia, é a
matéria que não é matéria, compõe os seres orgânicos e inorgânicos, está no
espaço vazio dos átomos, entre nêutrons, elétrons, prótons, e os faz ficar em
movimento, está no vazio, no vácuo do universo, compõe o vento e os seres
inorgânicos, a voz me falou que isso não pode ser explicado em palavras, mas é
tudo que não é matéria, ou palavras, é a parte negra do yin e yang, e compõe a
maior parte de cada coisa no mundo
Entendi então o
que me faltava naquelas conexões, tudo estava ligado por uma substância que o
homem nunca se atrevera a pesquisar a fundo, o nada, o vazio. O vazio e o
chamamos assim, era o nome que dávamos a uma substância universal, que compõe a
tudo e a todos, compõe desde o vento, aos nossos sonhos, aos inorgânicos, estes
que não tem organismo, matéria, mas tem a não matéria, o vazio, a energia, essa
energia que liga os átomos, este espaço vazio entre as coisas que nunca se
tocam na matéria, mas são indissolúveis no vazio. A voz me disse que havia
apenas uma forma de abrir a chave deste conhecimento, o vazio era entendido
apenas com o silêncio.
Foi esse o
baque final, vi a imagem do velho sorrindo de minha cara de besta ali, o vazio
era entendido com o silêncio, e a matéria com o pensamento, apenas pensando
compreenderíamos a matéria, e compreendendo a totalidade da matéria, descobriríamos
falhas que nos apontariam para não matéria e esta não matéria é a chave que
abre os mundos, a não matéria e o seu entendimento perfeito, é o mundo que se
abre na terceira atenção, o vácuo eterno, o não ser, o não ver, o não existir,
a transcendentalidade de qualquer lugar, a não existência e por não existência
a própria imortalidade. Ali é o que Budha chama de a outra margem. A segunda
atenção é apenas um aspecto maior de nossa existência, ver energia é um aspecto
transcendente, e ver a não energia, o espaço entre tudo, a cola que liga e une
a tudo, este é o desafio supremo, a grande conexão com tudo.
Senti-me por um
instante dentro daquele universo, um instante apenas em que quase fui
dissolvido, catártica foi a sensação, ajudado pelo sol, conectado a tudo, senti
o que nos liga, o que nos nivela acima de todas as coisas, pela vacuidade, pelo
silêncio, pelo nada compreendemos o verso disto, o tudo é o ser e o não ser,
sabemos como ser, e agora rumamos para o não ser, a transcendência do ver, a
matéria suprema, a composição da própria águia. Agora compreendo a visão dos
que já viram a águia, apenas o negrume infinito, sob os relâmpagos, os
relâmpagos visto são os lampejos energéticos do ser, sobrepondo-se sobre a
sombra maior do não ser. Neste momento flutuamos sobre algo, estamos cercados
por este mesmo algo dentro e fora temos esta matéria que nos enche a todos, a
matéria escura, invisível, o nada, e quando nos conectamos com este tudo,
quando sentirmos totalmente este tudo, queimaremos no fogo interior e seremos
tragados para este verso do mundo em que vivemos, na desconstrução da ilusão,
no desfazer do fio da matéria, descobriremos a não matéria, e ali estará a
quintessência de tudo, a matéria prima do próprio universo, a voz pura do
espírito que nos sopra o conhecimento a todos nós.
Luz, paz,
intento.
Hermano. Sem palavras.
ResponderExcluirDarshan
13/03/2013 18:47
Não consigo deixar de rir de nossas sincronicidades...rsrs
ResponderExcluirNa manhã de terça-feira, li em um poderoso livro, chamado os "Quatro Ventos" [que aliás, recomendo fortemente para todos os amantes do xamanismo], uma frase que muito me tocou. Cheguei a copiá-la no meu caderno:
"O espaço entre as coisas é o mundo dos xamãs"
Deitada na grama à sombra de algumas enormes e antigas árvores, eu meditava sobre essa frase mais tarde... Olhava para os galhos das árvores em meu campo de visão, para o azul do céu, o verde da terra... De repente minha mente estava em silêncio, e eu via a energia de cada ser ali. Até das moscas que insistiam em pousar em meu rosto. Tentei não me irritar com elas. Se mantivesse o silencio, sabia que elas não poderiam me importunar. Mas não conseguia por mais que cerca de 4 ou 5 segundos. Eu estava em seu território e estava incomodada. Acabei por retirar-me, mas com vontade de voltar... Assim que o solo secar das águas de março, eu volto. rsrs
Intento!
CONTOS DE PODER II
ResponderExcluirVou contar-lhes a história de um bando de guerreiros que viveu em tempos idos
nas montanhas, em algum lugar para lá.
Sempre que achavam que um membro daquele bando de guerreiros cometia um ato
que contrariava os regulamentos, o destino dele era levado à decisão de todos. O
culpado tinha de explicar os motivos que o levaram a fazer o que fizera. Os camaradas
tinham de escutá-lo; e depois, ou eles debandavam, por terem achado
seus motivos convincentes, ou se enfileiravam com suas armas na orla de uma
montanha plana... prontos para executar a sentença de morte, por terem julgado
os motivos inaceitáveis. Nesse caso, o guerreiro condenado tinha de despedir-se
de seus velhos camaradas e iniciava-se sua execução
Na montanha da história, havia uma fileira de árvores. Além [dela] localizava-se
uma floresta cerrada. Depois de se despedir de seus camaradas, o guerreiro
condenado devia começar a descer a encosta em direção às árvores. Seus
camaradas então engatilhavam as armas e as apontavam para ele. Se ninguém
atirasse, ou se o espírito do guerreiro sobrevivesse aos ferimentos e
alcançasse a orla das árvores, estaria livre.
Dizem que houve homens que conseguiram sair ilesos. Digamos que seu poder
pessoal afetou seus camaradas. Uma onde percorreu-os enquanto faziam mira
sobre ele e ninguém ousou usar a arma. Ou talvez estivessem assombrados
com a bravura dele e não conseguiram fazer-lhe mal.
Havia uma condição estabelecida para aquela caminhada até a orla das árvores. O
guerreiro tinha de andar calmamente, sem se alterar. Seus passos tinham de
ser seguros e firmes, seu olhar devia estar fixo em frente, em paz. Ele tinha de
descer sem tropeçar, sem virar para trás e sobretudo sem correr.
Se você resolver voltar a esta terra terá de esperar como verdadeiro guerreiro ate
que suas tarefas estejam cumpridas. Essa espera parece muito com a caminhada
do guerreiro da história. Entenda: o guerreiro tinha acabado o tempo
humano, e você também. A única diferença é quem esta mirando sobre você.
Aqueles que estavam mirando o guerreiro eram seus camaradas guerreiros.
Mas o que está mirando você é o desconhecido.
A única chance de você é a sua impecabilidade. Deve esperar sem olhar para trás.
Deve esperar sem contar com recompensas. E deve dedicar todo o seu poder
pessoal a cumprir suas tarefas. Se você não agir impecavelmente, se começar
a se afligir e ficar impaciente e desesperado, será arrasado impiedosamente
pelos atiradores do desconhecido. Se, por outro lado, sua impecabilidade e
seu poder pessoal forem tais que você seja capaz de cumprir suas tarefas,
então conseguirá a promessa do poder. É uma promessa que o poder faz aos
homens como seres luminosos. Cada guerreiro tem um destino diferente, de
modo que não há meio de dizer qual será essa promessa
Você aprendeu que a espinha dorsal de um guerreiro é ser humilde e eficiente.
Aprendeu a agir sem nada esperar por recompensa. Agora eu lhes digo que, a
fim de suportar o que tem pela frente, além deste dia, você precisará de toda
a paciência possível.
do Portal para o Infinito:250
Buenos dias Guerreros
ResponderExcluirPostei o conto acima pois existem alguns contos nos livros do Nagual Carlitos que são verdadeiras pérolas
do Conhecimento
Darshan 07:55 15/03/2013
Testemunho de Arturo Gutieerrez em "Los testiguos del Nagual" (testemunhas do Nagual)
ResponderExcluir“Trabalhem e me terão batendo às portas da sua casa.”
Minha atenção de ensonho estava no profundo laranja do crepúsculo; uma longa estrada se perdia no horizonte; meu tio ia dirigindo, e somente o insistente chamado do telefone, e a voz que escutei ao atender, romperia com a aparente hipnose do momento:
“Alô, aqui fala o nagual.”
Como esquecer essa voz? Havia começado a me dirigir ao meu tio, disse a ele que tinha que vê-lo. Foi então que minha atenção se desviou para encontrar a maneira de estar com meu tio quando viesse o nagual. As únicas palavras que meu último resquício de atenção resgatou foram “Castelo” e “5 horas da tarde”.
Acordei, sentia-me surpreendido; de alguma maneira tinha a certeza de que este não havia sido um sonho comum.
Não tinha conseguido despertar completamente quando nisso me assaltou a dúvida, raciocinei que não havia maneira de vê-lo nesse mesmo dia, os únicos castelos para mim nesse momento eram os da Europa, e eu vivia na Cidade do México. Era ilógico. Não tinha a mais mínima oportunidade; certamente só havia sido um sonho, de modo que voltei a dormir.
Passaria o resto do dia inquieto por causa do estranho sonho; entretanto, qual seria minha surpresa e profunda desilusão quando, já passado o dia, tive o que agora acredito ser um genuíno e fugaz momento de sensatez ao me dar conta de que sim, havia um castelo no qual eu poderia estar às 5 da tarde: o Castelo de Chapultepec da Cidade do México.
Assim que houve oportunidade comentei meu sonho com Martha e Sandra; finquei pé no detalhe que mais havia chamado minha atenção e havia ficado profundamente impregnado em minha memória: a voz.
Uma parte de mim queria considerar impossível a possibilidade do contato com o nagual; no entanto, o mais curioso foi que tanto Martha quanto Sandra me disseram que a descrição da voz que eu escutei coincidia com o timbre que caracterizava o nagual Carlos.
Por fim, quando conheci pessoalmente o nagual pude corroborar que ele era o mesmo que me visitou em inumeráveis ocasiões em meu sonho.
Darshan 10:48
PARA A AUDIÇÃO INTERIOR
ResponderExcluirDisse-me para relaxar e respirar profundamente, pois ia mostrar-me como exercitar minha audição interior.
— Pois é com o ouvido interior — explicou — que se consegue discernir os convites do espírito. Quando respirar, permita que energia saia por suas orelhas.
— Como posso fazer isto? — indaguei.
— Quando expirar, fixe a atenção nas aberturas de suas orelhas e use sua intenção e concentração para direcionar o fluxo da respiração Ela verificou minhas tentativas durante algum tempo, corrigindo-me:
— Expire pelo nariz com a boca fechada e a ponta da língua tocando o palato — disse. — Expire sem fazer ruído.
Após algumas tentativas, pude sentir minhas orelhas estalarem e os seios nasais se desobstruírem. Orientou então para esfregar as palmas das mãos até ficarem quentes e colocá-las nas orelhas com as pontas dos dedos quase se tocando na nuca Fiz o que ela mandou. Clara sugeriu que eu massageasse minhas orelhas com uma suave pressão circular. Então, ainda cobrindo as orelhas e com os dedos indicadores cruzados sobre os dedos médios, eu devia dar pancadinhas leves em cada orelha, estalando os dedos indicadores ao mesmo tempo. Fazendo isto,ouvi um som semelhante a um sino abafado reverberando dentro de minha cabeça. Repeti os tapinhas dezoito vezes, como ela havia instruído. Quando retirei as mãos, percebi que podia ouvir nitidamente os sons mais indistintos na vegetação circundante, enquanto antes tudo parecera indiferenciado e abafado.
— Agora, com os ouvidos limpos, talvez você consiga ouvir a voz do espírito — disse Clara. — Mas não espere um grito da copa das árvores.
de Travessia das feiticeiras, Taisha Abelar
Darshan 11:55 15/03/2013
Parabens!
ResponderExcluirO maior experiência que um Ser Humano pode ter!
Chamamos isto de Iluminação.
Anand
ResponderExcluirseja benvindo !
Darshan