O SER É O NADA QUE É TUDO

De alguma forma, nós fomos lançados ao mundo — jogados, por assim dizer — sem que estivéssemos previamente preparados. Como seres humanos, chegamos ao mundo absolutamente vazios de qualquer coisa que se possa chamar “natureza” e que se permita definir, em essência. Somos, externamente, obviamente definidos, biologicamente marcados com características próprias. Internamente, como o ser, não somos definição alguma. Vou tentar iniciar essa reflexão com uma analogia a outros seres. Quando um cão nasce, ele já traz consigo seus instintos primários. Logo nos primeiros meses, ele já se comporta como um cão em sua integralidade. O cão não é apenas definido externamente em suas características próprias, mas também internamente. Do cão tudo se sabe o que poderá ser. O ser humano, por outro lado, não. Se aparentemente, no âmbito externo, é igual ao cão, e muito se sabe pel...