O caminho para as estrelas e a coroa do guerreiro

Durante alguns dias que se passaram, desde o contato que tive com o rei serpente, e o sonho que me guiou a Órion, sinto que sofri alguns ataques energéticos. Meus centros energéticos estão enfraquecidos, eu sentia como se alguns dos meus pontos energéticos tivessem sido atacados, cada um em especial. Venho combatendo os sintomas físicos com remédios caseiros, tentando me desviar da indústria farmacêutica, isso por motivos pessoais que não vou adentrar hoje aqui. As plantas, o reino vegetal em geral me está sendo um grande parceiro no combate aos reflexos físicos dos ataques energéticos que venho sentindo. Os ataques aconteceram nestes dias que se sucederam ao contato com o rei serpente. Como é sabido por muitos aqui, o ato mágico e alquímico de juntar palavras em textos coerentes, juntar fragmentos do conhecimento silencioso em palavras é algo magistral, e nos enfraquece sobremaneira. Outro ato que nos enfraquece são os contatos com o incomensurável, as viagens a outros mundos nos consomem jorros de energia, que demoramos um tempo para reagrupar em nossos corpos. Somos seres de energia finita, uns tem um pouco mais e outros menos, mas é finita, e ela se esgota depois de grandes jornadas. Esta última que empreendi me consumiu uma grande quantidade e por conta disso fiquei vulnerável, fui atacado por alguma energia, e esta energia, que vejo me perseguindo durante alguns dias, tinha realmente o interesse de me exaurir por algum motivo. Não tentarei adentrar nos motivos, resta-me pensar que apenas por eu ter me posto a disposição, fui atacado por este ser, afinal, este mundo de inconsciência contra o qual lutamos diariamente é o mantenedor de forças que se interessam muito mais por seres inconscientes como é o nosso normal do que guerreiros, que é o caminho que tentamos pregar aqui nesta senda de conhecimento.

Não esmorecer é o caminho que nos sustenta nesta jornada. E desta forma o fiz. Confiei e ainda confio em minha impecabilidade nesta caminhada. Apesar de doente, os pulmões cheios com uma substância viscosa, coisa que há mais de 8 anos não me acontecia, apesar da imunidade enfraquecida, eu sigo estes dias a minha vida como se nada acontecesse. Teimoso e reticente como sou, não uso a medicina tradicional, uso a meditação, os fitoterápicos que eu produzo (um xarope de mel, guaco, hortelã, própolis, cebola e alho), e muito intento em minha cura. Inicialmente eu havia pensado ser uma gripe apenas o que me havia atacado, mas nada no mundo de um guerreiro é “apenas” alguma coisa. No nosso caso, para nós que abrimos as portas do desconhecido a cada passo, tudo tem um propósito, tudo tem uma lógica própria. Mas minha rotina não alterou-se com a minha enfermidade, sempre lido com ela como se fosse algo que não é meu, e assim vou passando por esta fase. O que me aconteceu no entanto foi que percebi durante estes dias de enfermidade que uma energia estranha me perseguia, um inorgânico poderoso, que antropomorfizei como um homem magro, de olhos brilhantes e as vezes escuros como a noite, que fica sorrateiro me olhando pela mata. Em uma de minhas corridas matinais, vi este homem em meio a uma área escura do parque que corro, uma área que as pessoas evitam por medo, mas eu entro pelo prazer de estar no desconhecido. Nesta área vi os olhos deste inorgânico me espreitando, e como o local era próximo ao meu local de poder pude ver, o local me ajudou a ver o que me havia acontecido. Durante a visão que se apoderou de mim vi esta energia pulando por sobre as minhas costas, senti isso com a dor inicial antes de minha enfermidade, uma dor na base da coluna, uma dor que me impedia de realizar o passo da serpente com perfeição. Depois senti a energia enfiando as mãos nos maus pulmões, e depois atravessando o meu corpo na área entre o campo de energia do timo e do plexo solar. Incrivelmente a energia, o inorgânico na visão havia atacado três de meus pontos energéticos. Depois o vi, muito tempo antes, atacando meus joelhos, e meus pés, quando eu havia confidenciado ao Darshan sobre uma dor que me afligia. Era um ataque sintonizado, que me havia desestruturado os pontos energéticos, e agora ressoava no último ponto, meus pulmões, fazendo com que meu ponto do pescoço ficasse sobrecarregado com minhas tosses. Então na visão entendi que era um ataque espiritual, e que eu havia de defender-me no campo energético e não físico, este que apenas refletia o que havia acontecido a minha energia.

Aqui cabe pontuar o que está em jogo nesta etapa em que estamos vivendo. Portais estão abertos, e grandes maravilhas estão a nossa disposição, mas por outro lado, grandes perigos podem sobrevir a nós, pelos mesmo portais que hoje estão abertos. Assim aconteceu, analisando a sequência ilógica da energia, vi que estava há um tempo sendo atacado, e vi que esse inorgânico agia em sincronia com uma série de inorgânicos atacando pessoas que de alguma forma estão ligadas a minha caminhada. Vi ataques ao Darshan, a Jéssika, a Adaga, ao Tori, a DIl, ao Capitão, vi todos serem atacados, e peço aqui que pessoas que tenham sentido alguma coisa neste período entre 12-2012 e hoje relatem também. As vezes o ataque é sentido como uma apatia, uma falta de vontade em percorrer os ditames do caminho da impecabilidade, as vezes com um distanciamento destes assuntos, e as vezes, em casos mais graves, como o ataque que senti, mas de toda sorte é um ataque coordenado que sinto com este grupo de amigos que trocam informações aqui.

De qualquer forma, isso mostra que devemos seguir mais o intento, e tentar novamente estar mais conectados. O horário do intento que escolhemos tempos atrás pode ser um horário para uma troca energética entre os que por aqui passam, as 22:00, todos os dias lembro de trocar energia, e gritar alto intento, pois isso me mantém firme no propósito. Espero que voltemos todos a esta meta clara, para nos conectarmos ainda mais no propósito de libertação que seguimos.

Uma outra informação cabe ser postada aqui, esta que na verdade era o tema principal desta postagem, e que tornou-se secundária posto a mensagem que eu deveria passar.

No mesmo dia que eu passava pelo meu local de poder, e que tive a visão, resolvi ir a base de minha árvore conselheira, um ancestral pé de copaíba que bebe direto de uma nascente. Então vi algo impressionante, era como se ela me falasse sobre a mente social e uma das mais impressionantes facetas desta energia dominadora, a árvore disse assim, não literalmente, mas no que traduzo do bloco de informações que recebi aquele maravilhoso dia (leiam esta mensagem com atenção):

A mente social, como você bem já sabe, toma o lugar do que deveria ser a tua mente. Assim ela faz com todos. Mas a parte mais importante disso descobriu recentemente, que a instalação forânia faz com que a glândula pineal, a verdadeira visão do homem seja fechada e aquele ponto totalmente adormecido. Eu conheço bem àquele ponto de energia de todos vocês. É o ponto em que nos comunicamos mais claramente, é o ponto por onde não apenas vê, mas escuta, como hoje escuta o que tenho a te dizer. Todo o conhecimento é como uma escada, degrau por degrau ele vai edificando-se. Não adiantaria que um dia eu te falasse sobre este conhecimento se não tivesse visto o papel da mente social em fechar teus olhos da alma, o terceiro olho, a ponte para o infinito que guarda dentro de si, e que biologicamente chama de pineal. Desta forma hoje posso te falar sobre isso, pois acumulastes energia suficiente para compreender, e conhecimento suficiente para que mais este seja edificado por sobre todo o restante. Aquela glândula, aquele centro de energia, sempre é ativado no homem em situações especiais. O reino vegetal é especialmente ligado a este centro do homem, todas as plantas de poder que existem, nossas irmãs, ativam de alguma forma esta glândula, e ativando-a acontecem as visões, esta é a expansão da mente do homem. A mente do homem, o homem em si como ser total de luz e de energia apenas tem a capacidade de expandir-se com a abertura daquela visão, pois apenas através dela o mundo pode ser visto como é, o resto é apenas a projeção desta fase evolutiva, os olhos, ouvidos, boca, sentidos todos são apenas formas especializadas de se sustentar o mundo social como ele o é. Apenas o sentido puro da terceira visão, da pineal é capaz de dar ao home a verdadeira visão, lembre-se disso, esta é a essência do que te falo hoje.

Uma outra forma de ativar-se esta glândula é pela meditação, pelas técnicas que homens antigos desenvolveram para suspender a utilização dos receptores especializados do mundo social, ou seja, os sentidos. O silêncio é capaz de apagar a influência, a rede de conexão que existe entre a mente alienígena, a instalação forânia e a pineal, e apagando essa conexão a pineal acorda de seu sono, e basta acordar para que o homem tenha um leve deslumbre do verdadeiro universo. O silêncio que se faz não é da mente verdadeira do homem, é da mente social, e ela silenciando-se, ou seja, desconectando-se do homem, a pineal reaprende a assumir a frente na visão do homem. A cada segundo em que a pineal acorda, mais energia o homem começa a ter, e mais a totalidade do ser começa a despertar, mais o corpo energético começa a desvencilhar-se da necessidade de ter a mente alienígena como a controladora de sua totalidade. A medida que é acordado o terceiro olho, a pineal, a medida que é reestabelecida a reconexão do homem com sua fonte primaz de sabedoria, mais o homem tem o controle de sua totalidade.

Mas a mente social tem as suas facetas de dominação. O que o homem chama de imaginação é o seu maior inimigo. É a imaginação a tentativa de a mente social criar um mundo visionário para substituir as visões reais dadas pela pineal. Então a imaginação é usada como ferramenta constante, e maior aliada da dominação. O homem em geral é preso pela imaginação de todas as formas. Imagina-se no seu passado modificando o que já foi feito. Imagina-se no futuro em ações que não são energizantes. Imagina-se com os desejos satisfeitos das formas mais loucas possíveis, imagina-se e a cada vez que ele se imagina ele fica mais imerso no mundo da mente social, a imaginação o tira do momento, e o imerge em uma ilusão ainda maior da vida. A imaginação diferente da verdadeira visão é sempre acompanhada de um intenso diálogo, um diálogo sem fim, de vitórias de derrotas, de lutas, sem nenhum mérito, sem nenhuma energia. A imaginação é o substituto arquitetado pela mente social para afastar o homem da busca pela verdadeira visão.

Faça com que a luz brilhe do chacra verdadeiro da cabeça do homem, do centro energético da pineal, faça isso como um exercício, talvez o único possível para a sua liberdade, e apenas exercitando a sua relação com este centro energético é que atingirá a liberdade. Não dá para tatear no infinito, não existem guerreiros que não tenham a verdadeira visão, esta é a condição única para se rum guerreiro, atingir a sua liberdade individual primeiro, e perceptiva. O exercício de liberar o terceiro olho, quando feito com afinco, gera uma corrente que em um momento não pode ser quebrada pela mente social, e então que ela começa a ser jogada para fora do campo energético do homem.

Estabeleça esta ponte, alimente este centro, e adquira a sua esperada liberdade.

A primeira liberdade que o guerreiro pode ter, e de tão doce o apaixona em sua jornada, é a liberdade de perceber sem as ferramentas especializadas do mundo social.

Liberte-se, é chegada a sua hora, é chegado o tempo da humanidade.

Então eu compreendi na hora o que acontecia. Vi-me perdido em imaginações mil, em divagações mentais, surfando na dominação social. Pensando em conquistas sociais, em conquistas materiais, em desejos corporais, em modificações do passado, tantas e quantas vezes assim não o foi, para mim, para qualquer um que aqui passa. Imaginar, imergir profundamente na prisão, escapar mais ainda da liberdade de perceber. Me senti perdido. Minha cabeça girava, então resolvi meditar, e vi que aquilo que eu tinha tido era uma visão, um produto do contato de minha pineal com aquela ancestral árvore. Assim era sempre a conexão, livre de especulações, pensamentos, o silêncio desligava a mente, e a pineal ativada nos deixa livremente conectados com o infinito, como eu nunca havia percebido isso. Lembrei-me na hora, ainda atordoado de alguma coisa que eu lera sobre a ayahuasca, sobre os cogumelos, e sobre a forma como ativavam a pineal. Ora, a relação não era química como diziam os cientistas, era apenas uma relação entre o silêncio causado pelas plantas de poder e a natural ativação de nossa percepção pura adormecida, o terceiro olho.

Então que eu gritei ao feladaputa daquele inorgânico que ele viesse que eu estava preparado para dar-lhe um chute no traseiro, se é que ele tinha algum. Senti-me forte, revigorado, senti-me irradiando. Mas nada aconteceu, o silêncio da floresta me fez acalmar-me, e vi que estava curado mais uma vez. O corpo renovar-se ia com o tempo, como o está renovando-se, e novamente eu estaria na minha completude em minha trilha constante para um destino da liberdade. Olhando para o lado vi que estava novamente sozinho, e inteiramente acompanhado, por tantas energias, amigos, aliados, inimigos, desafios, era um caminho cheio, era um caminho vibrante, era um caminho de luz, É um caminho de luz, e neste caminho voltei e permanecerei a caminhar, até achar no fim a estrada que me levará até as estrelas...

Luz, paz, intento.