Um sonho de liberdade





Hoje tive um sonho peculiar. Acordei com um sentimento que me invadia as profundidades de minha energia. Sonhei com o amigo Darshan e a Jéssika. Com o amigo eu tive uma rápida interação, em que eu conversava com ele em sua morada. Ele me dizia que eu tinha uma missão com a Jéssika ali naquele sonho, enquanto ele deveria fazer algumas outras coisas. Foi impressionante vê-lo ali, eu senti por ele um amor inexplicável, comparado ao que dizia Castaneda, o amor dos guerreiros, o amor pelos que seguem a sua mesma trilha, um amor identificação, foi algo mágico.
Com a Jéssika o que aconteceu foi da mesma forma, contudo de uma intensidade diferente, pois ficamos juntos no ensonho por mais tempo. Eu a vi em seu corpo energético, ela era maravilhosa, aliá é, tinha os olhos mais estranhos do mundo, de três cores, a borda mais distante era verde, a de dentro azul e no centro a íris preta, era uma visão maravilhosa pois os olhos irradiavam uma energia mágica, intensa, irradiava consciência, eu sabia que ela estava consciente ali naquele sonhar, igualmente eu estava, era lindo, era a sensação pura de um amor que não existe em nosso mundo, não é um amor de homem mulher, amigo, pai, filho, não era uma mor físico, mas um amor energético de quem compartilha o mesmo destino, foi mágico, intrigante, apaixonante. Os olhos dela, cheios de energia contrastavam com a sua pele branca, cheia de pequenas sardas, era uma visão maravilhosa, os cabelos eram negros e flutuavam com vida própria, ali havia o reflexo de minha própria busca, e eu via a luz que irradiava o mesmo desejo que nutro nas profundidades de meu ser pela liberdade.
Não dá para entender com palavras, porque nem mesmo eu consigo expressar aqui o que foi aquele sonho. Estávamos em uma cidade estranha, desconhecida, mas imensamente conhecida para mim. Eu sabia no sonho que a cidade não era exatamente aquilo que eu via, eu apenas estava organizando a minha visão para algo interpretável pelo tonal, era apenas isso, e não me importava. No ensonho eu sabia que deveria por ordem as coisas enquanto nesta forma humana eu estivesse, e o que é o sonho que a forma humana mais tangenciada para captar as emanações da segunda atenção. Eu sentia perfeitamente que ali no ensonho meu tonal e nagual equilibravam-se e via que o da Jéssika também conseguia a mesma façanha. O equilíbrio deixava o sonho com um controle magnífico, e a realidade era muito maior que a realidade de qualquer dia de minha vida. Isso é a coisa mais impressionante nos ensonhos lúcidos, eles são de uma realidade muito maior que a vida cotidiana, porque ali conseguimos usar melhor as nossas capacidades, e equilibrar mais o nagual e o tonal.
Aquela cidade em que caminhamos por horas juntos, era a expressão de algum entreposto que passaremos em nossa jornada, sei que era uma representação de um futuro que virá, de alguma forma, um futuro em que senti ali que estaria eu e ela mais equilibrados energeticamente, mais balanceados entre tonal e nagual, e que a nossa própria realidade adquiriria as características de um sonho. Eu sentia perfeitamente naquele mundo, de forma não linear, a forma como os feiticeiros sem forma humana sentiam o mundo, com uma intensidade de consciência que não posso descrever aqui, porque é uma intensidade não linear, é uma intensidade que foge a nossa compreensão de visão de tubo, predatória, é uma intensidade de sentir com toda a nossa completude, e assim o mundo parece sob controle, parece entendível em tudo, em cada mínimo aspecto de sua existência. Assim os feiticeiros como Don Juan viam o mundo, eu via esse pensamento, ou visão cruzar em minha mente. Eu sentia o mundo como um mistério sondável, entendível, cognoscível e mágico, eu sentia que estava realmente conectado, eu via, ouvia, sentia, e além dos sentidos eu estava conectado de outras formas que não consigo aqui descrever.
Lembro-me que caminhava durante a noite na cidade, via pessoas, era uma cidade real de fato, com pessoas reais, não sei se deste mundo ou não, mas eram todas fantasmas, inconscientes de suas totalidades. Eu sorri porque achava que estava na descrição de Genaro sobre a Viagem a Ixtlan, pois eu caminhava consciente, a Jéssika estava consciente e víamos pessoas como mortas vivas, caminhando sem consciência da vida, da magnitude desta possibilidade única, inconscientes das forças que agiam sobre elas eu sentia isso e não tinha pena, não me achava superior, sabia apenas que não podia interagir com elas naquele estado em que eu estava, em que a Jéssika estava, eu podia apenas contemplar aquele mundo, que de alguma forma refletia uma experiência para mim. Uma outra visão que tive quando caminhava por aquela cidade, era que a Jéssika, apesar de me ver de estar caminhando comigo naquele mundo, tinha uma visão diferente, a forma como antropomorfizávamos a experiência, a forma como estávamos tonalizando o nagual era diferente para cada um, e até isso eu tinha plena consciência.
Lembro-me que era a data de alguma festividade na cidade, haviam luzes como no natal, e haviam pessoas cantando, brincando, festejando, e eu via a inconsciência naquelas energias todas ali. Não era a felicidade genuína que eu sentia com a minha maravilhosa amiga que estava ao meu lado, não era nem perto disso. Na verdade eu via os sorrisos e alegria das pessoas embriagadas pelas coisas do mundo como uma fuga do real sentir. A empreitada para a liberdade de perceber o universo realmente como ele é, parecia árdua para essas pessoas, eu sentia isso de alguma forma, e por isso elas fugiam de suas frustrações pela inconsciência se embriagando, se mantendo mais inconsciente. Escrevo isso algumas horas depois que acordei, e sinto ainda todas. Quando acordei e pensei sobre essa inconsciência, lembrei de Freud na obra “O mal estar da civilização” e como as pessoas usam o álcool, as drogas e outros maios para amortizar o impacto insuportável para elas da realidade. E isso Freud falava sobre o mundo cognoscível. Acredito que muito mais é usado para abrandar o peso do universo infinito e incompreensível para muitos, o mundo de objetos é o amortecedor perfeito, eu via isso na alegria fugaz das pessoas.
No caminho por uma rua, um inorgânico de outro mundo, senti que o era, tocou em mim e sem palavras me alertou dos perigos daquela cidade que eu e Jéssika passeávamos. Me disse para eu seguir por uma outra rua pois por onde eu seguia haveriam perigos. Agradeço a ele pelo aviso, sem palavras, apenas sendo transmitido através da consciência. Então passávamos por uma série de casas que comemoravam festas, gritando e festejando. Eu sorria de tudo não por desdém, ou boçalidade, pela alegria de estar na companhia de uma fantástica guerreira em um mundo desconhecido. No momento que passávamos por algumas casas alguém pulou sobre a Jéssika e quase a pegou, um lapso de um inconsciente, que não conseguiu afetar as nossas energias. Lembro que cruzamos os nossos braços por detrás do corpo um do outro, e ficamos muito próximos, senti a energia da guerreira, e vi que compartilhamos por alguns segundos a mesma visão magnífica de algo que não consigo interpretar, era o mundo em que estávamos puro de energia, era o ver perfeito. Senti muito amor pelo universo naquele momento, e sentia que eu e Jéssika éramos uno naquele momento.
Caminhamos assim por um tempo que pareceu um segundo e uma eternidade, pela enormidade da visão. Não descreverei a visão aqui porque não é algo que consigo descrever, na verdade não é algo que eu consiga lembrar com palavras, ou possa descrever, sinto apenas uma tristeza sem fim em meu coração quando lembro da cena, mas não é uma tristeza normal, contraposta a felicidade, é algo que me deixa assim por não conseguir ver o mundo desta forma agora, mesmo sabendo que ele é assim aqui e agora, e ai e depois e antes, em qualquer lugar. De qualquer forma me colocaria aqui como um palhaço tentando descrever esta cena se eu tentasse.
Depois chegamos a uma construção que ficava no meio de um destino que devíamos chegar, ou queríamos não sei bem. Naquele lugar eu via a opressão que aquela cidade nos causava, uma melancolia. O mundo de objetos que víamos, em contraposição ao mundo de luz me deixava aturdido, triste. A conexão nossa com a fonte é algo de extrema naturalidade, nascemos com isso, morreremos com isso, mas muito se sobrepõe a nossa verdadeira conexão. Primeiro vem os objetos que o homem criou, inicialmente para facilitar a sua vida, depois as palavras, depois as interpretações, depois a mente que a todo tempo mente, é verdade, mesmo sendo um oximoro. VI ali os objetos, estavam organizados prédios, casas, bares, ruas, faróis, semáforos, tudo organizado tal e qual o homem o fez, mas era tudo apenas sinais mortos, que apenas advinham da nossa infrutífera tentativa de esconder a maravilha do universo, que vem junto com a impessoalidade do universo infinito. O mundo era muito vasto, e muito impessoal, e o homem precisava dar nome a tudo, e cercar-se de coisas conhecidas. Contudo, cercando-se do conhecido, havia apartado-se da totalidade desconhecida e impessoal do universo, havia sabotado a própria jornada que merecia viver.
Eu olhava para a Jéssika e ela sorria, ela estava irradiando beleza, e posso falar com convicção que eu estava perdido de amor por ela naquele mundo, aquele amor que antes descrevi, pois ela era a única coisa viva que eu via para todo lado que eu olhava ali. Ela me levava de alguma forma a uma galeria, onde ela trabalhava, ou irá trabalhar um dia, e me mostrava cada uma de suas obras, ela refletia o infinito ali, com suas mãos brancas e finas, os seus cabelos como uma nebulosa negra ela pintou um quadro para mim ali. Ela havia sentado-se em um banco de madeira para fazer a sua pintura, era algo maravilhoso, ela parecia pegar linhas de luz ao redor dela e colocar na pintura, de forma que a própria pintura tinha vida, e mudava a medida que ela pintava, adquirindo vida própria, bem como o cabelo dela. A galeria ficava em um shopping, dentro de um centro da mente racional do homem, dentro de algo que representava tudo que era a prisão em que o homem havia colocando-se. Ali eu sorria bem alto, pessoas paravam e olhavam. Eu dizia a Jéssika que isso era magistral, que em um celeiro de objetos aprisionantes para o homem ela refletia a liberdade, ela pintava com as linhas do mundo, isso era muito divertido para mim.
Neste momento ela dizia que não queria sair dali para seguir a jornada comigo, eu pedia para irmos pois tínhamos um objetivo a cumprir, um lugar para chegar, e nada poderia nos impedir. Ela caminhava comigo com os olhos tristes por deixar a sua arte, mas mesmo a a arte um dia haveria de ficar para trás, os guerreiros, eu dizia a ela, não devem apegar-se a nada além daquilo que está no horizonte, da inatingível liberdade. Ela entendia o que eu havia dito com perfeição, eu dava um abraço nela, e isso fazia com que a tristeza dela fosse embora, não por conta do abraço, mas eu via que quando nos tocávamos no ensonho, equilibrávamos as nossas energia, era uma cooperação energética, assim como os grupos de guerreiros que partiam deste mundo, cooperavam, suplantavam as falhas de outros com a sua momentânea força, e assim juntos, conseguiam seguir juntos até os confins do universo, assim eu sentia ali.
Ela me falou que ainda me daria um presente, um banco como aquele em que ela estava, eu sorria, porque não teria tempo para sentar e partíamos, não sei para onde, não sei se chegamos, não sei se era hoje, ontem, hoje se será amanhã como agora acredito, mas será um tempo em que empreenderemos uma jornada para algum lugar especial. Estávamos felizes porque estávamos conscientes, havia felicidade naquela jornada. Haviam milhares de pessoas que passavam aos nossos lados, predadores que tentavam-se fazer de minha filha, de maus parentes, mas eu os via como cascas opacas e vazia e sabia serem fantasmas, não sentia-me ligado com os seus propósitos vazios, sem cor. Eu não me sentia melhor pela jornada que empreendia com minha amiga, não me sentia privilegiado, me sentia apenas cheio, completo, talvez nós dois ali naquele mundo caminhássemos no caminho contrário, afinal todos caminhavam em nossa contramão, mas eu sentia que aquele era um caminho pleno de coração, e nele que eu queria continuar, se não fosse para chegar em algum lugar, apenas pelo prazer de caminhar com aquela consciência e com aquela energia que eu estava.

- Pós lúdio –

Quando acordei, bem cedo da manhã, logo enviei um email para o Darshan avisando do sonho, logo saí para levar a minha esposa e filha para as suas atividades, e logo que chegasse iria mandar um email completo para Jéssika explicando do sonho. Quando abri o computador me deparei com uma mensagem da Jéssika falando assim:
“puxa vida, apareça por aí assim q possível... Vou escrever tudo antes q as lembranças esfriem aqui. Cara, eu peguei na sua mão e falava meeeu vc êh real mesmo!!! Kkkkk e aí a gente conversava e outro sonhar q vc tinha acabado de ter... Aiai, bom, deixa eu ir escrever a coisas antes q perca os detalhes rsrs... Puxa pimpão, q coisa fantástica isso tudo... Me avise qdo. Detiver por aí. Nos falamos em breve meu amigo! Um abraço de ursa! Kkk intento!”
Isso me deixou maravilhado, eu sabia que o sonho havia sido real, mas sempre que acordamos acorda também conosco a imbecilidade de nossa racionalidade, que reduz o mundo mágico a um mundo aborrecido de objetos. Mas isso me ajudou a manter o ímpeto de escrever essa experiência. Darsham me respondeu que lembrava de ter tido um sonho, apesar de não lembrar-se dos detalhes, eu sabia que o universo conspirava ao meu favor, havia então finalmente passado por um período crítico em meu ciclo, finalmente havia acabado.
Durante alguns dias que se passaram fui acometido por uma pneumonia. Não sei de que forma aconteceu, os médicos não sabiam também, estou com a imunidade excelente, todos os exames em dia, não tive febre nem dores, era uma pneumonia silenciosa, que se eu não tivesse sido avisado em um sonhar recente por um grande feiticeiros, segundo um dos médicos, ela poderia me trazer complicações, era um tipo de pneumonia silenciosa.
Durante esse período, me senti preso no ensonho, sentindo aprisionado em uma área sem consciência, meu duplo estava inoperante em minha vida, foi um período em que senti a baixa de meu poder pessoal, e acredito que tenha sido por conta de meu duplo energético está distante, aprisionado em alguma área do sonhar. Vejo agora que a criatura que me atacou, me causou cicatrizes maiores que eu mesmo pensava, e isso foi um maravilhoso desafio do universo. De tempos em tempos temos que ser provados, e ver se tudo que organizamos em nossa vida é suficiente para enfrentar as provas que teremos. Ora, acumular energia é mostrar-se para energias ávidas de nossa força.
Agora vi que Darshan e outros guerreiros, como a Jéssika e parte de um grupo me ajudaram com seus corpos energéticos a me tirar do lugar em que eu estava. A conclusão desta jornada deste grupo de fantásticos guerreiros foi Darshan me levando ao encontro da Jéssika, e com isso eu consegui retornar a funcionalidade de meu corpo energético, como mostrou o ensonho que tive com a Jéssika.
Durante o período de baixa de energia, tudo em minha vida cotidiana dava errado, eu ficava rindo com isso, não por ser masoquista, mas por ver como o poder pessoal tem reflexos diretos em nossas vidas. Eram vagas em estacionamento que eu não achava, recebimentos que atrasavam, contas que apareciam, problemas em eletrônicos, carros, brigas sem sentido, tudo era um reflexo de minha situação. Desde o começo da semana tudo começou a mudar, a boa sorte que alguns chamam, eu chamo de poder pessoal, e ela voltou para mim. Eu ficava brincando, chegava em horários de pico em lugares impossíveis de achar estacionamentos, e subitamente aparecia uma vaga na frente de onde eu queria parar. A harmonia voltou nas relações interpessoais, misteriosamente ganhei um aumento (kkkkk), e coisa do gênero, é muito interessante ver como o mundo move-se de acordo com o poder pessoal das pessoas.
Por fim, agradeço a todos que me ajudaram nesta jornada de morte e renascimento.
Deixo este texto como mais um reflexo do universo, e um aviso para que acreditem no mistério da vida, pois isso é tudo que há de verdade em nosso mundo.
Depois de uma noite escura, sempre vem a alvorada.

Luz, paz, intento.


Comentários

  1. Hermanos Buenos dias
    sabia que iria conseguir algo ,pois propositalmente fui dormir com a imagem de Hermano Vento. Tinha gravado um video
    com ele executando os Passos de Poder, e fiquei vendo antes de domrir estudando os passos e o conhecimento que contém.Quando acordei hoje pela manhã sabia que tinha sonhado com ele só recordo de um raio de luz que percorria o meio de seu corpo, não posso dizer todos os detlahes pois só recordo disso.
    Darshan 09:19 08/02/2013
    * * *

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  2. Fantastica interação Hermanos. Sei que minha participação foi pequena porém meu intento foi grande.
    Darshan

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    1. Sou profundamente grata, caro Darshan!
      Esse encontro foi um presente magnífico. Espero que um dia possamos Sonhar todos juntos, vários guerreiros no mesmo Intento... Imagino o quão poderoso isso seria...
      Intento!

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  3. Hermanos na descrição do lugar aquo proximo da kit tem inclusive não uma galiera e sim um ateliê de artes com quadros a venda e telas para pintar.
    Quando sonhamos juntos criamos linhas que ligam os copros dos sonhadores um aos outros. Sinto que agora estasse formando um grupo coeso.
    Darshan

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  4. Poxa... É simplesmente sem palavras. Gostaria de relatar toda a minha experiencia também, mas ficaria exaustiva de se ler num comentário. Resumidamente, tentarei expor o que foi essa experiencia pra mim. Só soube que se tratava de um Sonhar quando acordei. Até então, para mim, Vento havia se materializado no tonal através de seu duplo, e estávamos interagindo no plano físico.
    Em resumo, Vento aparece em meu banheiro, conversando com alguém, possivelmente Darshan. Chamo-o pelo nome. Não tinha certeza se era ele, pois a porta estava entreaberta. Lembrei-me de uma técnica tolteca, uma vez descrita por meu companheiro Torí, em que a água caindo no duplo, ajudava-o a se estabelizar. Ouvi a água caindo no chuveiro e aguardei. Passado isso, chamei-o novamente pelo nome. A porta do banheiro se abre e lá estava ele, igual ao vídeo dos Passes Mágicos. Uma enorme alegria tomou conta de mim. Tão terna, e tão intensa como eu jamais imaginei sentir. Toquei seus dedos para me certificar se ele era mesmo físico - e era tão físico quanto eu naquele momento! Eu estava eufórica. Nos abraçamos, conversamos muito, e essa parte eu me lembro menos. Lembro também de flashes de uma praia, algum tipo de templo na serra do mar, encrustado nas rochas. Mas não sei se foi um sonho só meu antes disso, ou se também é parte do Sonhar junto que eu não me lembro.
    O que importa, disso tudo, o que mais ficou foi a sensação maravilhosa de um afeto único e mágico que senti. É uma sensação muito diferente que se extendeu até meu copro físico quando acordei. As horas seguintes se basearam em procurar por Vento na internet, pois sabia que ele entraria, relatar os acontecimentos e sentir os vestígios daquela sensação boa que me avassalou. É uma pena que ela tenha que ir embora, mas sinto-me esperançosa em encontrar com outros guerreiros e companheiros de jornada no Sonhar novamente.

    Depois de tempos tão difíceis, esse Sonhar foi um realmente um presente que me inspira a continuar caminhando! Além de uma confirmação de estar na direção correta. Não encontro palavras para descrever as sensações que tenho agora. Creio que se quisermos continuar colocando em palavras essas experiencias, teremos que inventar novas palavras pra conseguir... rsrs

    Em breve, posto aqui o link do relato da experiencia no meu blog, em detalhes para os que se interessarem.

    Um forte abraço a todos!

    Intento!

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    1. Aqui está meu relato completo...

      http://sussurrosinternos.blogspot.com.br/2013/02/sonhando-juntos-1.html

      Me Perdoa. Eu Te Amo. Sou Grata.
      Intento!

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  5. Grande feito! parabéns aos guerreiros por essa experiencia mágica. Sim, é possivel! Por mais que nossas mentes tentem insinuar que não, por mais que a sociedade conspire pra nos afastar, pra apagar nosso brilho. si se puede!
    Me identifiquei na parte em que contas sobre seu momento de fraqueza, estou passando por um momento assim!
    Na verdade a muito tempo vivo nessa gangorra. Alternando períodos de extrema paz, silencio, intensidade, força, sobriedade; mas ai algo em mim contra ataca, vai tomando conta aos poucos e me vejo afundado na preguiça, displicência, inconsciência, a mente doentia e contraditória falando sem parar todos os tipos de absurdo, impulsos sexuais incontroláveis despejando minha energia, enfim, em outra palavras, períodos energizantes e repletos de poder e períodos opacos de fraqueza..
    Percebi que eles duram aproximadamente 2 semanas cada, percebi tao claramente essa gangora que quando estou no periodo de fraqueza dou risada do fundo do meu ser, observo-o e espero pacientemente ele passar, sempre passa, sempre algo no meu ser sofre e clama pela volta ao contato com o espirito, ae volto a fletar com o nagual, vou fundo nele, sinto o choque da sua frieza, impessoalidade, o abismo é tão grande, que meu "eu social" se debate e toma conta...e assim estou, em busca de certo equilíbrio, organizar minha vida, minha mente, meu tonal , para ai sim buscar voos mais altos...
    Minha insolência e inconsciência era tanta esses dias, que quando primeiro li esse relato só conseguia sentir inveja e maldizer a tudo e a todos,alias fico de mal com a vida, começo a falar mal de todo mundo, vendo e buscando o erro nos outros, para não olhar pra mim, falo isso francamente por saber que essa pessoal mesquinha não representa a magnitude do meu verdadeiro ser...Essa é a grande batalha, contra nos mesmo, contra os ataques da mente social lutando pelo controle do nosso ser, a espreita talvez seja percebe como ela ataca, aonde ela ataca, por onde, e lutar disciplinadamente para nos mantermos "still", fixo, inabaláveis...
    Bom pouco tenho a contribuir nesse momento, apenas falando, o que não poderia falar com outras pessoas...Força e Coragem a todos, abraços e boa caminhada

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    1. Perder-se também é caminho...serve para reconhecimento de pontos a lapidar.
      Abraço

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    2. Tava lendo textos antigos do blog atras de informações sobre o centro de decisões e me deparei com essas palavras.

      "A grande oscilação de um guerreiro no caminho também é motivo de constante tristeza e pesar, o elo, a conexão com o Espírito que se faz e desfaz como um passe de mágica, sempre suprimido pela mente que nem nossa é, pela mente social, pelo estado de sítio que vivemos a nossa sociedade. É um trabalho incessante, são idas e vindas infinitas, que parecem nunca cessar, em que por um momento compreendemos e sabemos de tudo, em outro não conseguimos nem saber por onde andamos e o que contemplamos, em um momento bebemos da fonte da sabedoria, do conhecimento silencioso, e noutro somos bestas presas a um racionalismo conflitante permeados por dúvidas e piedade."

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  6. já tem um bom tempo que não tenho sonhos sóbrios

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