A história dos viajantes cósmicos






A mudança do ponto de aglutinação por menor que seja nos leva a uma sensação estranha. Perceber essa modificação é algo essencial, às vezes uma grande tristeza sem fundamento nos assola com essas movimentações. Em recente passei por uma destas transformações, e sem que uma série de conhecimentos me invadisse o campo do tangível, uma série de dúvidas me insurgiu. Dentre os intervalos entre os estudos formais da própria história da humanidade em determinados pontos que venho fazendo, liguei a televisão em um canal em que era passada a história da terra. Vulcões, mares, oceanos, a caminhada evolutiva da Terra, uma magnífica dança, mas que me moveu o ponto aglutinatório de forma abrupta.
Na mudança senti uma tristeza, e um sentimento de algo antigo, um conhecimento antigo de um filamento que fora acessado dentro de mim. A história da Terra se refletiu dentro de mim em uma história que agora entendo, uma história dos primórdios de nossa existência.
Me abro então a este conhecimento, antes sentimento, que tendo dedilhar em meus apontamentos rotos, e compartilhar como instrumento do Espírito.


Houve um tempo muito antigo, no tempo da formação deste mundo, em que o ser humano ainda aqui não residia. Lembra dentro deste filamento a história dos mais antigos seres, antes da obliteração do pensamento pelas corrupções da energia plena que tens. Não consegue pensar o porque de certas questões que parecem tão óbvias?
Como aqueles seres antigos aqui vieram e porque? Seres de outros planos e mundos que aqui visitam, que aqui estão sem serem vistos, que aqui vagueiam neste mundo? Não pensa sobre o porquê da alma humana sempre contar histórias de seres de outros mundos, extraterrenos, em todos os tempos, desde os primórdios da escrita até hoje?
Aquela lembrança que acessou era a lembrança de um dentre os bilhões de filamentos do DNA cósmico que reside dentro de ti, bem como faz morada em todos os seres. Este é acessado por aquele que consegui uma quantidade de energia, ou eventualmente por um incauto que se deixa pegar por uma corrente de energia. Não o classificarei aqui.
Este filamento de conhecimento cósmico lhe mostrou a chegada de teu povo antigo, dos tempos mais remotos que contam as histórias antigas de todos os povos, vindos daquele planeta, daquele local distante que hoje vê em tuas visões da reprodução deste mundo. A cidade branca como chama é apenas uma cópia intentada pelos antigos de teu tempo, as crianças dos tempos antigos, tentado ser construído das memórias perdidas nos filamentos de cada um.
Aquela visão que teve foi da chegada neste mundo. Com formas impensáveis muito diferente das tecnologias que tem hoje em teu mundo vieram os anciões antigos, exploradores do cosmo, os antigos de sua raça. O antagonismo que tem com tudo que aqui está se resume a um simples fato facilmente contastado: n]ao são deste mundo, estão aqui como um incidente.
São filhos dos antigos, de muito antes dos sete. Os sete são os filhos dos filhos dos antigos que nos tempos, contados em tuas histórias, vieram retomar aos parentes perdidos no espaço. Todo o restante de teus parentes todos estão nos mundos e planos que chamam de céus, de paraísos ou infernos, nos mundos distantes hoje de tua compreensão mas que podem ser facilmente visitado quando dispõem da utilização da energia que reside dentro de cada um de vocês.
A tristeza foi um início, um resquício ínfimo da memória de tua origem mais antiga, de parte da composição de seu ser, do poder dos ancestrais mais antigos, daqueles que sequer tem relatado em suas historias. Aqueles que aqui chegaram amaram os mares, os seus mistérios, e no centro dele fizeram a sua ilha de vida, a perdida Atlântida talvez seja a memória mais antiga e real deste tempo já perdido. As lembranças do mar e suas profundezas, de quando viajavam nas belezas, voavam como peixes nas águas, arremedos de pássaros no céu. E ao explorar a Terra ali ficaram.
Com o tempo uns poucos aqui ficaram naquilo que chamaram de paraíso, e os outros, viajantes cósmicos se foram, eles sabiam que o espírito do ser humano é o espírito de exploração. Navegadores do infinito perpassaram os antigos por tantos mundos, tantos lugares, e hoje permanecem em constante viajem, olhos e ouvidos do Espírito universal, em comunhão com tudo e todos. Lampejos destas visões compartilhadas pela mente coletiva dos parentes antigos ainda são vistas em projeções fantasiosas de filmes e literaturas todas de viagens espaciais em mundos belos e distantes, claro, obliteradas pelo conhecimento da tecnologia infantil que hoje desenvolveram.
Mas o ser que reside apagado dentro de cada um de vocês ainda lembra, ainda sente o cheiro de outros mundos quando dorme, e mesmo insones, tanto em sonho quanto em vida, fazem viagens em jornadas breves em lampejos. podemos vê-los como espectros quase a lembrar de como antigamente viajavam em suas máquinas energéticas de percepção.
Os sete fora a boa vontade dos parentes antigos ao tentar fazer como em civilizações mais próximas fizeram, civilizações que desapareceram como um todo, voltando a jornada cósmica que a todos aguarda.
Lembrou então da descida neste mundo, tudo tão azul, de cores belas, aqui fomos acolhidos e ficamos, nesta Mãe amiga e acolhedora, por tempo determinado, mas os que aqui ficaram, tendo sucumbido a esta beleza, falaram ser temporário, mas não o foi. Sente saudade de sua verdadeira natureza, de viajante, livre das amarras da percepção que lhes prende. A jornada sem maquinários, a jornada pela energia interna e a externa, o encaixe de percepções e a mudança de planos, tudo conceitos que lhes fogem as mãos agora.
Como veriam ser urgente o treinamento dos sonhos, como fazíamos desde cedo com as crianças. Treinamentos de vida e morte, pois disso dependia a continuação de nossas gerações de nômades de percepção, viajando e fazendo com que o universo se amplie em conhecimento, com que os olhos Dele, grande espírito, se perceba onipresente e onisciente em todas as coisas, e cantando poemas. A liberdade de perceber passa perto das asas aberta dos contos de anjos e deuses que tens. Porque acreditam terem esses contos? De onde tiraram tais conceitos se não de lembranças de fragmentos de teus avós antigos?
Sim, estes deuses que pairam livres pela existência somos nós, unidos ao espírito batemos nossas asas de luz pelo cosmo e cantamos a orquestra divina, em mundos a fio, conhecidos e desconhecidos, Pairamos livre por sobre a roda da existência apenas contemplando, apenas sendo o que devemos ser, a percepção do próprio Criador.
A saudade marca a alma de cada ser humano que aqui está, e esta saudade os faz criar um buraco de dor e inconformismo, que foi suplantado nos antigos da geração que ficou pelo pacto que já conhece.
Para eles o esquecimento foi melhor que a lembrança constante dos parentes que tinham partido. Naquele pacto escolheram que era melhor esquecer ao próprio Espírito, para não sentir a dor, e poder edificar a paixão de uma outra forma. Cansados eles estavam, e podiam o estar, mas transigiram com o direito dos que viriam nas gerações futuras, todos. A ninguém foi dada a escolha, à partir daquele tempo, de saber se ficavam ou se partiam. O quinhão dado no acordo fora por demais saboroso para aqueles que a cada dia quiseram se baquetear com o prato saboroso de comer sem se esforçar.
O escuro tom daquela energia transformou o bálsamo de luz amarelado em esverdeado, um verde escuro, que foi se clareando com o tempo na história dos antigos. E depois depurando-se na lembrança da liberdade pelos novos de teu tempo, na formação da cor âmbar e depois na cor esbranquiçada como a nossa própria, livre como a energia primeira da qual foram gerados.
Estranho todo o conhecimento porquanto esteja sem energia para compreender, mas a claridade é o conhecimento que é gerado pela própria energia. Não é conhecimento que gera energia mas energia que abre o conhecimento, que por si traz mais energia, em um ciclo que traz a liberdade.
Não há culpa ou erros na escolha dos que ficaram, o erro foi impedir os próximos de fazerem as suas próprias escolhas.
Agora o conhecimento está aberto, aliás sempre esteve, mas era ofuscado pelas cores metamorfoseadas dos dominadores. Já fomos aquele mundo de dor, e também há a lembrança daqueles dominadores dentro de vocês. AS lembranças de terror, de dor, de sofrimento, as lembranças que estão mais superficialmente acessíveis e são mais utilizadas no teu trato cotidiano. Aquele mundo muito mais predador que o convencional no universo, antagônico à liberdade e sincrônico à dominação está regendo à vida de vocês neste mundo, neste ciclo recente começado há pouco mais de 2000 anos. O ciclo da degradação.
Mas há também a liberdade ao chegar ao fundo do mar, a liberdade de apoiar os pés na parte mais profunda e seguir.
Os pés de vocês está no fundo, é hora de seguir o caminho contrário, é hora de escolher a única coisa possível: a liberdade!

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