O caminho do meio - Entre as idades do silêncio e da razão




Ontem recebi um magnífico presságio, eu pensava acerca dos passes mágicos que um dia eu havia recebido como presente, um que abria um portal, ou no meu entender abria a fenda luminosa no casulo e o outro que fortalecia o duplo, e conectava o corpo físico a ele, todos os dois já falei algumas vezes aqui neste espaço, mas ainda ficava comigo um mistério acerca de sua real finalidade, se é que existia alguma além da que eu concebia, mas, por fim, como são os grandes mistérios do espírito, essa resposta me veio de forma inesperada. Um velho amigo me ligou sobre um programa que passaria no History Channel falando sobre os ovinis e lugares misteriosos no mundo, e que pretendia ir até minha casa para assistir ao programa. Fiquei esperando o amigo e assistindo ao programa, mas ele não veio, e então que eu percebi que ele havia sido apenas o portador de uma mensagem para mim.

Durante todo o programa nada me chamou muita atenção, estranhamente eu estava cansado, com muito sono, custava a manter-me acordado, até que algo me chamou a atenção, era uma parte específica que falava sobre a porta de Hayu Marca. Ali, ilustrando o documentário, passavam imagens de um xamã defumando a porta e depois entrando nela, com os braços abertos, estranhamente da mesma forma que finalizo os passes mágicos que eu comentei. Senti então uma onda de energia, mas ao invés disso me acordar, adormeci profundamente, com a televisão ligada, até meados da alta madrugada, sabia que aquilo era um presságio, um forte presságio do espírito de que algo aconteceria.

Acordei sem nem mesmo me lembrar do acontecido, de forma muito normal segui as rotinas de meu dia, mas estava com a consciência intensificada, em um estado agudo, que prenunciava algo que estava para acontecer, mas eu não conseguia antecipar o que era. Fiz uma prova na faculdade de uma forma inusitada, parecia que os conhecimentos que eu precisava se ajuntavam de forma fácil e rápida em minha mente, em uma prova programada para ser executada em duas horas, finalizei em vinte minutos, consciente de tudo que fazia ali. Voltei para casa e estranhamente me senti compelido a executar alguns passes mágicos, liguei uma música como pano de fundo, músicas xamânicas, e aquilo me levou a uma espiral que me imergiu em um estado super agudo de consciência, de segunda atenção. Eu realizava os passes em um ritmo estranho, natural, meu corpo me guiava na execução de todos eles, eram ritmados com os sons dos tambores, dos instrumentos que tocavam aquelas músicas, eu estava com a mente vazia, o corpo leve, exultando em energia, sentia um prazer sem igual, o êxtase. Executei todo o conjunto de passes, os da série westwood em sequência, e por fim os dois conjuntos de passes que recebi, para abrir a fenda e para fortalecer o duplo. Finalizei em um silêncio tão grande quanto o suor que banhava meu corpo inteiro. Eu tremia, suava, e sorria, contemplava a maravilha daquele pico de energia que me invadira, ms sabia que ainda havia algo a realizar.

Seguindo o som das músicas, segui para o meu canto de meditação, ali me poste na posição de lótus e entrei em uma magnífica visão, que juntou todos os pedaços de tudo que o espírito estava me guiando a mostrar, a revelar e o que me veio foi de uma forma magnífica, esplendorosa e reveladora, a voz do ver me falava enquanto as visões apareciam para mim, uma história completa me surgiu.

Senti-me envolto em uma fumaça branca, um redemoinho, junto a ele estava uma aliada minha, uma planta, ela estava em forma de uma índia, me disse que levaria aos sete grandes, a um encontro. Então os vi rodeando a porta de Hayu Marca, três de cada lado e um no centro, no meio daquela roda eu e minha aliada surgimos. O céu estava escuro, cheio de estrelas, era fantástico. Minha aliada se abaixava e escorregava para fora do semi-círculo dos grandes. Eu sentia a visão deles se impondo sobre mim, então algo, uma parte de mim começava a realizar os passes mágicos, aos poucos a porta tornava-se uma neblina aquosa, uma mistura de fumaça líquida e pedras. A medida que eu realizava os passes a porta se abria, então eu realizava o conjunto do segundo passe e sentia o meu duplo sendo sugado por aquela porta de luz, indo para um mundo novo. Ali toda minha visão embaçava e eu perdia a coesão. Senti-me flutuando pelo espaço sem fim, escuro, negro, enquanto os sete me rodeavam e me contavam uma história, sobre a nossa raça humana, sobre as eras que nos precederam e sobre o nosso salto na evolução, as coisas se sucederam de forma que eu não consigo juntar as pontas de forma coesa, mas tentarei colocar aqui da melhor forma. Pensei muito em não divulgar isso ainda, mas um último presságio cruzou a minha frente, vi uma pessoa falando de forma clara para outra a minha frente, que o que recebemos como conhecimento deve ser dividido, então colocarei aqui o que se passou, da forma que eu me lembro, na profundidade que eu me lembro.

O homem passou com um salto muito grande saindo da idade do conhecimento silencioso para a idade da razão. De alguma forma, a civilização humana como um todo não conseguiu seguir uma evolução gradual, saiu de uma idade e entrou em outra de uma forma muito abrupta. Apenas algumas poucas civilizações, hoje já perdidas da história humana, conseguiram atingir o ponto intermediário entre essas duas posições. Essas poucas civilizações que já partiram, deixaram para nós resquícios de sua infinita sabedoria e conhecimento, advindos desse ponto intermediário em que conseguiam tirar proveito da imensidão de possibilidades dadas pelo conhecimento silencioso e organizar todo esse conhecimento com a força da organização dada pela razão. Essas civilizações conseguiam dar ordem ao caos do silêncio, sem sucumbir a razão, e conseguiam viajar no mar infinito da segunda atenção sem se perder em suas aberrações.

Mas a grande maioria da civilização sucumbiu ao poder da razão. Isso se deu em grande parte pelo caos de gerações que estavam imersas no silêncio e na imensidão da segunda atenção sem dar coesão aquele caos. Foi uma forma da própria natureza permitir a sobrevivência da raça humana. Mas a energia do homem sempre foi afetada pelos extremos, tanto o extremo e perigoso abismo do caos quanto a aberrante ordem e fixação da razão. Dessa forma, o homem entrou no âmbito de uma pequena faixa de sua totalidade energética, que serviria apenas para manter a ordem do universo, se prendendo a primeira atenção e desprezando a sua maior parte energética e mágica. Dessa forma o homem se distanciou de sua natureza mágica e exploradora, tornando-se escravo da ordem e da razão. Observando o desperdício de toda a energia mágica disponível pelo homem, alguns seres viram no homem a possibilidade de uma incomensurável fonte de energia mágica, que os alimentaria, sendo que para isso era preciso apenas ajustar-se a ordem social da razão que já era imposta naturalmente ao homem. A rigidez dos mundos dessas energias, a ordem que elas obedeciam em seu mundo morto, todo o pensamento de ordem, de sociedade, de organização foi dado para o homem como complemento natural a sua razão recém adquirida. Dessa forma, todo o mundo moderno, erguido sob a égide da razão, foi uma cópia fornecida pela parte de uma mente social que veio para predar a nossa energia emergindo da imensidão do universo, traída pela nossa fixação.

VI então que os livros de Castanheda mostravam essa relação de forma clara, como analogia percebi Don Genaro, como estereótipos perfeito dos antigos feiticeiros, que realizavam maravilhas sem saber o que faziam, apenas executavam do fundo de seu conhecimento silencioso. No outro extremo vi a figura de Castaneda, o extremo homem da razão, que tudo queria inventariar e relacionar, mas nada conhecia das maravilhas da segunda atenção. E no centro o que deveria ser o ponto de nossa raça humana, a figura mágica de Don Juan, um meio termo entre a razão e o conhecimento silencioso, o equilíbrio perfeito entre os extremos do nagual e do tonal, vi isso como se meus pensamentos se misturassem aquela visão como a projeção de um filme.

Então que apareceram algumas construções antigas, foi dito então eu estas construções eram o elemento perfeito da mistura entre a infinidade da segunda atenção e a organização da razão, que eram feitos magistrais dos feiticeiros que atingiram o caminho do meio entre os dois pontos extremos. Dizia que eram construções em nosso mundo da primeira atenção que podiam nos levar como mapas vivos para viagens aos confins do universo. Eram construções com propósito, com um intento fortíssimo que serviam aos homem de uma forma nunca vista na história. Mostraram então a porta de pedra, e forma de ligação que ela fazia com um mundo mágico, em que toda a energia da pessoa pode ser levada aos confins do universo. Mostraram as pirâmides mesoamericanas, e pessoas na posição de chac mool, contemplando o nascer do sol dentro das pirâmides, vi a imagem da pessoa sendo invadida pelo primeiro raio de sol do dia, e queimando em energia pelo fogo interior, o fogo frio, transcendendo diretamente para terceira atenção, foi rejubilante ver essa cena, foi fantástico e mágico como nada que eu jamais tenha visto.

Então lembrei da frase que me disse a mãe Terra esses dias, dizendo que temos que “caminhar para trás”, voltar um passo em nossa evolução, pois passamos do que poderia nos ser benéficos, esquecemos o caminho do meio, estamos além, e o além nos fez ficarmos perdidos. Vi que temos que reivindicar a nossa soberania energética, o nosso domínio total, nossa consciência plena, nos lançarmos para além e aquém do que somos, controlarmos o silêncio e a razão. Me foi dito que apenas controlando o domínio da vontade, conseguiremos manipular o intento, e apenas manipulando o intento conseguiremos a dádiva da eterna permanência, livres das armadilhas e aberrações da segunda atenção e da possessividade e organização da razão, da primeira atenção.

Sendo soberanos da vontade, manipulando totalmente o intento, estaremos livres da reivindicação da águia. Nessa hora entendi a dádiva que uma vida de luta e impecabilidade deu aqueles guerreiros que falavam, pois eles tinham em suas energias, em seus interiores a dádiva máxima da fonte do universo, a dádiva da libertação, senti um intenso amor aquela hora, não a eles, mas ao propósito da liberdade. Eles me falaram dessa forma e isso bem lembro “ A fonte só devora os que ao final de suas vidas ainda estão dormindo, aqueles que ainda não despertaram mesmo com a chance magnífica que é viver, esses que sonham o sonho da razão, esses que alimentam a fonte suprema, a grande águia.”

Sejamos então, caros guerreiros, donos, soberanos de nosso poder, reivindiquemos o poder que é nosso, que nos foi dado exclusivamente, seguindo despertos em nossa existência. Através da negligência perdemos a disciplina necessária para nos manter acordados, e quando perdemos essa disciplina nos tornamos como todos, sonâmbulos. A disciplina nos leva ao silêncio, e mesclando o silêncio a razão somos pura energia vontade, intento. Qualquer um idiota pode entrar no silêncio, se drogando, usando plantas de poder, mas só os feiticeiros podem trazer ordem ao caos da segunda atenção, só os feiticeiros podem fazer subsistir a ordem do tonal sobre a força e imensidão do nagual. Só sendo soberanos de nós mesmo utilizamos a vontade para empreender essa mágica suprema e nos tornarmos na totalidade os seres mágicos que somos destinados a ser.
Intento a todos.

Comentários

  1. "A “Porta de Hayu Marca” ou “Porta de Aramu Muru” mede exatamente 7 metros de altura por 7 de largura e tem em seu interior uma caverna menor, de 2 metros de diâmetro. Foi encontrada por acaso pelo guia turístico José Luís Delgado Mamani. Depois de encontrar a caverna, Delgado entrou em contato com arqueólogos do Governo em Puno, La Paz e Lima e logo a região ficou cheia de arqueólogos e historiadores da civilização inca. Eles já tinham ouvido falar das lendas indígenas que diziam que naquela região havia um “portão para a terra dos deuses”. Segundo essas lendas, há muito tempo grandes heróis passaram através da porta para juntarem-se aos deuses numa nova vida de imortais. Em algumas raras ocasiões, dizem as lendas, alguns desses homens voltaram após um pequeno período com os deuses, para inspecionar todas as terras no reino."

    Texto encontrado no site: http://www.doismiledoze.com/mitologia-inca-lendas-ou-verdades/

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  2. Hermano Vento,
    magnifico relato. Fico sem palavras.
    No sábado o centro da cidade estava aberto apesar do feriado e fui até um dos únicos sebos da cidade. Procurava algum livro de Castañeda quando um livro em especial me chamou a atenção: "O segredo dos Incas". Somente o folhe-ei porém não o comprei. Com certeza essa sincronicidade só foi possível quando li o Post e encaixei uma coisa com a outra. Teu pressa´gio atraves de um sonho, o que tive através de um livro. uma confirmação de sua visão. Longe um do outro o intento nos guia por trilhas diversas que nos levam ao mesmo caminho.
    Abraços Guerreiros
    Naian
    In lak e´ch ala K´in.
    * * *

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  3. Ontem a tardinha do nada, a voz em falou que postasse uma mensgaem, não entendi bem para qual dos dois Guerreiros se para Puri ou Tori, que não intentasse as "posições gêmeas" no ensueñar.
    Foi isso que entendi.
    Abraços Hermanos Guerreiros
    Naian 28?06/11 08:30
    * * *

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  4. Estranho Naian, muito estranho visto os últimos acontecimentos, acredito que a mensagem seja para o segundo, estranho ela ter sido dada a ti.

    Intento guerreiro.

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  5. Grato Naian e ao Intento pela mensagem. Sinto que algo ou o Espírito fez lhe de conduto. Algo me impulsionava para as posições gêmeas por causa de uma falta de impecabilidade ou mesmo indolência da minha parte. Agora vejo que poderia ser uma cilada, tentar as posições gêmeas por simples facilidade. Uma tendência caprichosa!Grato ao amigo guerreiro! Intento!

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  6. Hermanos Guerreiros
    Ainda ando pelo crivo do pensamento e pensei em não postar a mensagem por ser muito estranho aquilo.Porém somos apenas condutores das mensagens. Fui impecável comigo mesmo, por isso a postei.
    Abraços Naian
    * * *

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  7. Estava mexendo em minhas anotações e por uma sincronicidade incrível encontrei algo: 24/02/2010
    - Você nunca mais teve um sonho com seus amiguinhos do passado? – repentinamente Bridgitte desviou o que estava fazendo e se virou para mim.
    Percebi logo sobre o que ela estava falando. O último sonho que tive foi um fiasco.
    Eu estava em cima de uma pirâmide e retirava uma efígie. Desde esse sonho nunca mais sonhei com eles . Evite sonhar com as pirâmides. Elas são nocivas ao sonhador que ainda não perdeu a forma humana. – advertiu – Não falei nada antes até que senti que a brincadeira se tornou perigosa. Naquele sonho se você não tivesse devolvido a efígie de jade ao seu local, você poderia estar preso naquele sonho até hoje.
    Fiquei estupefado com que ela me dizia pois eu tinha muita afinidade com aqueles homens.
    - Justamente por ter essa afinidade eles podem até seduzi-lo para morar em uma de suas cidades. Populações inteiras, segundo antigos relatos, passaram para o outro lado em cidades construídas de puro intento. Elas existem. Estão localizadas em algum ponto nos sonhos daqueles antigos videntes. Você tem facilidade em deslocar seu ponto de aglutinação a´te as pirâmides porque eles estão lhe emprestando energia para ir até lá. Quando for sonhar não utilize as posições `gêmeas, pois para você podem sder perigosas. Na verade você nem recordava esse detalhe.
    Bridgitte era implacável. Eu na verade nem recorada do sonho em que acordei com o assunto posições gêmeas na cabeça, até que encontrei um alerta no dia seguinte ao sonho, num texto da Internet sem autor.
    De Bridgitte para Naian
    Abraços Hermanos Guerreros
    Naian 29/06/11

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  8. "Os sábios alertam que muitos dos homens livres sonhadores do passado
    desgarraram-se e utilizaram uma técnica anormal do sonho lúcido, chamada de
    “posições gêmeas”. Só que esta técnica anômala tem o poder de fixar fortemente o
    centro interativo da percepção e da consciência no novo local de estacionamento,
    trazendo com isso maior coesão, maior uniformidade, coerência e nexo
    perceptivos, mas, ao mesmo tempo, impedindo drasticamente a possibilidade de
    soltura e fluidez do centro interativo, obstando o seu retorno à posição habitual da
    nossa realidade do dia-a-dia.
    Fixar fortemente o centro interativo da percepção e da consciência em um
    novo posicionamento por tempo demasiado é muito perigoso. Podemos esgotar a
    nossa energia vital e impedir a fluidez do centro interativo no seu movimento de
    retorno ao local habitual de estacionamento. Quando a energia vai se reduzindo
    vamos perdendo também a lembrança do lugar de onde viemos e corremos o risco
    de ficar presos em algum mundo de uma dimensão desconhecida."
    Extracto do texto que encontrei na época
    Naian 29/06/11
    In Lak´ech ala Kín
    * * *

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  9. Sobre portais:
    Continuou dizendo que a energia se distribui pelo universo na forma de camadas. Todos os seres conscientes pertencem a uma delas e nós podemos sintonizar a energia de outras faixas graças a um fenômeno conhecido como "o alinhamento da percepção".

    Em alguns pontos as camadas se cruzam, gerando vórtices de energia, onde se dão lugar fenômenos da maior importância para os bruxos que Vêem. Lá as condições para o alinhamento são ótimas e isto ocorre de um modo espontâneo. Os videntes falam de passagens, pontes e barreiras no espaço onde as coordenadas do tempo se anulam e a consciência do viajante penetra em mundos estranhos. Seres inorgânicos provenientes de todos os cantos do universo aproveitam esses pontos para cruzarem a fronteira para a Terra. E nós também podemos fazer a mesma coisa.

    "Para vocês podem parecer incríveis tais fenômenos, mas para mim caem do céu. Em certa ocasião me levaram para um lugar no norte do México, no deserto, e me mostraram um espaço onde o intento cósmico forma um redemoinho. Durante horas todos nós lutamos para penetrar na área, mas foi impossível. Era como se houvesse uma barreira ali!"

    Nós lhe perguntamos o que era aquilo e respondeu:

    “Eu nunca pude decifrá-lo. Mas quem sabe que uso tiraria disso um bruxo com suficiente poder!”.

    "Em outra ocasião eu pude testemunhar os mais extraordinários efeitos de uma dessas passagens de energia. Eu dirigia no meio do deserto quando uma tempestade caiu sobre a rodovia, nublando completamente minha área de visão. De repente apareceu um reboque próximo a meu carro. O motorista me fez sinais para que o seguisse e durante uma longa distância eu avancei com ele, protegido pela enorme lateral do caminhão. Finalmente, a tempestade se acalmou e ambos paramos. Nós estávamos em um caminho de pedras que eu não conhecia.

    “O motorista do caminhão desceu e me cumprimentou. Eu o reconheci; era um xamã índio da área, a quem eu já tinha conhecido previamente. Ele me falou que, ao me proteger desse modo, estava me pagando o presente que eu lhe tinha feito anos antes e que não tentasse identificar o lugar onde nós estávamos, porque era um esconderijo da segunda atenção”.

    "Eu fiquei assombrado pelas palavras dele. Aquele guerreiro tinha suficiente energia para me transportar com carro e tudo para o outro mundo! Depois de uma breve conversa, ele me disse que era tempo de sair dali, porque a tempestade já tinha terminado. Eu o segui por um caminho desconhecido e novamente eu estava na rodovia. Do caminhão reboque não havia nem rastro".
    Un extracto de Encontros com o Nagual
    Naian
    Abraços Hermanos Guerreros
    * * *

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  10. Buenos dias hermanos
    Época de férias. Bom para sair das rotinas e estudarmos (digo estudar não somente ler) um pouco os livros do Nagual Carlitos e nos aprofundarmos mais. Existe muita coisa oculta que nos passa desapercebido. Isso foi uma das coisas que sempre me atraiu nos livros do Nagual. Era como se estivessem vivos. Quando re-lemos, vemos que passamos por cima de muitas coisas.
    Abraços e intento forte Guerreros
    Naian 01/07/11 07:46
    * * *

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