Uma visita aos ancestrais – a roda da vida, da dualidade aparente à unidade real







O processo de parição de um texto é algo de extrema magia, um ato em que empreendemos a nossa energia na transmutação de um sentimento, um insight em forma de palavras. Talvez sejam as palavras uma das grandes mágicas de nossa sociedade, capaz de dividir sentimentos sublimes, de atos de extrema beleza ou até atos de torpeza sem limites, afinal toda a magia pode ser usada para as mais diversas finalidades, cada um faz sua escolha sem que eu possa aferir o melhor ou pior uso para a questão. Hoje este algo aconteceu de forma sublime, suplantando mais uma vez um certo conhecimento que dentro de mim está preso, por certo por ainda não ser a sua hora.

Durante as viagens que fiz por esta noite no muito dos devaneios vi um mundo de muito tempo, de senzalas, de escravos e de senhores, um mundo em que o homem talvez tão dividido quanto o é hoje externava as dualidades do mundo social com mais veemência do que hoje a externa. Acordei sem muito dar importância àquele sonhar, e segui as minhas rotinas diárias sentindo uma indiferença e uma leveza peculiar, sentindo o prazer de viver o mundo livre, consciente. Foi então que fui assolado por uma canção de Chico Buarque que falava sobre um escravo e seu lamento ao senhor de engenho. A canção que segue no início do texto para ambientação dos que nestas linhas se aventuram me levou a um mar de sentimentos estranhos, me guiou a um tema que por certo não planejei escrever e nem conhecimento aprofundado tenho, mas foi um conhecimento silencioso que brotou e por isso aqui divido com vosmincês.

Senti na música uma grande tristeza me invadir, não pelo lamento da música mas por me sentir parte vivida naquele causo de lamento dito na prosa bem rimada do compositor. Me vi como o negro velho e surrado nos campos cantando em súplica para o senhor que dizia ser dono daquela alma negra e surrada. Senti-me conectado com parte de minha ancestralidade negra, como bem parte de nós brasileiros, ancestrais dos negros que adubaram com sangue estas terras tupiniquins em nosso passado não tão longínquo de opressão. Mas não contesto aqui nem critico o tempo de opressão que passou, que na verdade mudou a forma de opressão, apenas me remeto àquele tempo em que a opressão era mais física e viviam certas pessoas soba a sombra de grande tiranos, que também são nossos antepassados. Ouvindo a música novamente ao chegar em casa acendi um incenso, e sob o som dos tambores, sob a voz lamentosa, sob os arranjos musicais me vi como um negro dançando na roda, me senti ligado àquela ancestralidade que via nos olhos azuis do senhor do engenho um mostro diferente de sua própria espécie negra como a noite. Era como o céu azul do dia e a escuridão ofuscante da noite, nunca se misturava, na representação do dia a claridade, a beleza o conhecimento, na escuridão da noite os mistérios, o terror, antíteses suscitadas pelo meu primeiro contato com essa ancestralidade. Dancei na roda, rodando como um preto velho, um orixá, sentindo como eram aquelas noites para os negros ancestrais que parte ainda levo dentro de mim, que apenas durante as noites sentiam a liberdade, sob o manto da noite erguiam as suas histórias, dançavam as suas danças, e as vezes fugiam embrenhando-se nas mata adentro em busca da tão sonhada liberdade. Ali a liberdade tinha outro sentido, e as correntes eram mais visíveis que as que temos hoje, os senhores eram mais bem definidos, talvez eu diria que afortunados eram por saber onde estavam as suas correntes, e quem os oprimia, mas se o fizesse repetiria o lamento e não ergueria uma nova história de liberdade. Dançando na roda, com um incenso nas mãos convoquei os meus ancestrais e me vi em um mundo daquele tempo dual. Eu era um preto velho em um ponto mas de outro eu era um observador diferente.

Para quem já me viu me perguntaria se eu um branco azedo, olhos azuis não estou a tergiversar quando falo de minha ancestralidade negra. Mas digo que não falo por licença literária apenas, falo por verdade de sangue e de energia que tenho dentro de mim, e que venho a pouco compreendendo. O mundo da dualidade aparente vai despindo-se quando entramos mais profundamente na consciência do ser total, a dualidade é apenas parte necessária para a concretização da realidade no que ela o é. Sou branco de sangue mestiço, herdeiro dos templários da Espanha por algum motivo, sou também filho de uma bisavó negra da Terra Brasilis, e ainda neto de outra avó velha índia por demais poderosa, filha desta terra, herdeira dos ancestrais deste nosso Brasil. Sou um misto de muitas coisas, de onde partiu a semente do ocaso que levou ao que sou, passaram-se muitas gerações, muitas histórias, vitórias, derrotas, vidas, muitas vidas que hoje confluíram energeticamente para ser o que sou, esta composição temporária da energia que agora me faz no silencia de uma canção, da dicotomia aparente e na contradição entender-me a mim e de onde venho e porque sou levado àquele tempo.

Enquanto dançava, enquanto meu ponto deslocava-se para àquele conhecimento silencioso que brotava de dentro de mim, eu me via o preto velho dançando, e via um olhar me observando que era igualmente um de mim, um quinhão de eu mesmo que um dia fui, na dualidade aparente que naquele tempo eu sentia hoje, me vi como os olhos azuis que olhavam com desprezo e ódio aqueles negros dançando a sua dança pagã, chamando a deuses que sequer conhecia e sem queria conhecer. Sentia o meu coração cético, raivoso, enfurecido por serem aqueles que dançavam parte de minha propriedade. Eu sentia no hoje a dualidade daquela sensação estranha, eu era o preto que dançava, lá e aqui, e eu era o olho azul que observava, lá e aqui também. Não consegui pensar sobre isso, mas apenas observar a dualidade mágica que ali se fazia, quando a visão se rompeu em um desdobramento ainda mais mágico. Do outro lado, escondido pelas sobras eu era um índio olhando o branco que observava o negro. Eu não conseguia conceber na visão que houvessem homens que pudessem ser donos, ou produtos, que houvessem diferenças, nas sobras pareciam todos humanos, todos filhos da mesma mãe terra que ali sob os nossos pés presenciavam tudo. Havia um homem de olhos cor do céu e cabelo em brasas com o coração igualmente em brasas olhando para um homem cabelo sarará e pele cor da noite, que dançava triste a melodia do lamento pedindo aos céus a liberdade. O negro era preso pelo homem branco, o homem branco era preso por suas posses e o índio que observava tudo esta livre, o coração livre, mas preso apenas pela observação que se fazia.

Nesta hora mágica da dualidade que se tornou uma trinalidade, me peguei no agora. Tonto pela dança de roda que eu fazia ao som dos tambores, senti que me ponto focara-se em outro lugar. Sentei e senti o cheiro doce do incenso, e ao fechar meus olhos vi que dentro de mim eu tinha hoje os olhos azuis daquele homem, ainda carregando certa raiva, que tinha o espírito livre do índio que observava na mata, conectado com tudo e curioso pelo que via, o contador de histórias de sua tribo, e o negro com fé, que apesar da dor dançava, o cabelo sarará da mandinga dos velhos preto velhos de Angola, a força física daqueles. Senti meu coração bater e vi que meu coração era preto, branco, pardo, amarelo, que meu coração era tudo. O branco em mim acalmou-se, o negro parou a dança, o índio cessou as histórias e todos abraçaram-se porque não viram aquele tempo que eram apenas um, unos, apenas estava separados por uma cor, por um corpo, mas eram todos um, as cores, os credos, as dores, os cetros, a terra, tudo era um, e tudo ainda é um. Foi parte da evolução natural nas energias que antes pensavam ser separadas mas nunca foram. Aqui dentro quando pensei e vi vários estes que sou eu que é você que lê este texto agora, tudo é um tudo está conectado, todo pedacinho de tudo está unido de alguma forma, pois esta é a cola que liga a tudo, o espírito. Ali, diante daquela trina cena onde todos se observavam havia uma coisa que perpassava por todos indistintamente, era o espírito. Mas o homem branco não o via cegado pela raiva, o negro não o via cegado pela dor, o índio não o via cegado pela curiosidade, mas eu o vejo, o sinto, o vivo, nós o vemos, e o vemos o sentimos e o sentindo vivemos, plena e completamente, sabendo estar, ser parte de tudo. Não existe dualidade, apenas a unidade inquebrantável da realidade que vivemos, e das diversas realidades que não percebemos.

Além de negro, branco, índio, sou e somos parte de muito onde a nossa energia que hoje está dentro de nós esteve no universo. Somos fragmentos de estrelas que se foram, de deuses que caíram, de anjos demônios, orgânicos inorgânicos, somos uma junção de milhares de fios e de milhares de histórias. Hoje eu consegui contemplar duas delas que compõem parte de meus filamentos hoje, quem sabe quantos milhares de histórias teremos que acessar para entender de vez, com o coração, que além da mente, no silêncio infinito existe muito mais, existe um poder incrível além de toda a dualidade que nos consome, que nos destrói. Este é o nagual, a unidade que sobrepuja a dualidade, o tudo inexorável e indizível, a completude que podemos sentir, e que já somos desde sempre e para sempre...

Luz, paz, intento.

Comentários

  1. Hermano belo e forte texto.
    Me fizestes recordar que um dia já fui racista, influencia idiota de meus pais que incutiam coisas assim quando criança. Recordei-me também de um sonho. Neste mesmo sonho eu dançava uns batuques e um ser todo desfigurado, queimado( vinha em minha direção e qual foi minha surpresa quando me peguei indo junto a ele e abraçando-o, sem nhenhuma repugnancia daquele ser queimado que agora juntos dançavamos.
    Fortes reflexões tivestes e despertastes outras em mim.
    Mui grato, mias uma vez Hermano.

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    1. Hermano não sem propósito o texto ligou-se sem que eu percebesse a data de ontem, o dia da consciência negra, mas digo que a consciência deve ser maior, além das cores, negra, branca, índia, ou qualquer separação, esse dia deveria chamar-se dia da consciência uni-versal, uma consciência que suplanta diferenças e reuni a tudo e todos na igualdade...

      Luz, paz, intento.

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    2. Como dizia o grande Peter Tosh,
      "DEBAIXO DA NOSSA PELE HÁ LIBERADE NÃO IMPORTA A COR"
      Dárion 21/11/2012 10:13
      * * *

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    3. Sim! Que belo presente recebestes e compartilhastes conosco!! Gratidão Hermano Vento e: " minha jangada vai sair pro mar, e um peixe bom eu vou buscar..." Gaivota 26/03/14 21h50

      A Cabocla dorme serena em paz sem dor em meio a mata!
      Não há temor pois o "Grande Mistério" é quem nos consola!
      Ahow

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  2. Que belíssimo texto, Vento!

    Realmente, somos todos um.

    Ontem, na quietude da tarde de feriado, eu e Tori colocamos juntos uma letra em uma melodia de mais de 10 anos que o Tori havia feito. O refrão era "Somos todos um". rsrs... Em breve pretendemos disponibilizar a música para quem quiser ouvir, assim que conseguirmos gravar algo com qualidade.

    Já senti o poder de meus ancestrais em mim. Comecei curando meu relacionamento com meus pais - um tópico que muitos guerreiros negligenciam. Tem sido uma questão difícil, mas extremamente compensadora. Lembro-me de quando tive esse intento de curar essas relações, automaticamente senti toda a linha de ancestralidade me invadir. Ou melhor, tomei consciência dela. Já senti a dor do Pietro que deixou sua terra amada na Itália, a dor de uma índia que abandonou seu Povo para constituir uma família com um português, o conflito de João, o alemão fugitivo da guerra, do qual ninguém sabe o passado, e minha bisavó curandeira/parteira ouvindo as notícias trazidas pelo Vento de algum lugar distante. É mágico! Fico feliz que tb tenha passado por essa experiência, meu caro...

    um abraço a todos!

    Intento!

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  3. Tentei ler esse texto ontem mas a pagina não carregava.
    Sai a noite pra ir na farmácia. Voltando pra casa, passei por uma dessas lojinhas de praça que vendem plantas. Senti cheiro de incenso,e, me lembrei que já havia comprado incensos ali. Entrei na casinha. Perguntei a um senhor negro se tinha incenso. Ele - com muita simpatia - disse que não, mas que podia me dar um. Fiquei muito agradecido e voltei pra casa com o incenso.

    Hoje, quando voltei da aula, tentei novamente ler o texto. Demorava pra carregar e eu desisti (pensei não ser a hora certa de lê-lo). Acendi o incenso que tinha ganho ontem ,e, comecei a escutar um CD do Itamar Assumpção cantando musicas do Ataulfo Alves (dois artistas negros). Ouvia as musicas pelo youtube, fazendo uma pesquisa no google, afim de baixar o CD, cheguei a uma entrevista com o Itamar. A entrevista era dividida em tópicos (http://www.gafieiras.com.br/Display.php?Area=InterviewsTopics&IDInterview=20&IDArtist=19) Eu cliquei num, por achar o titulo curioso, que tinha por título: Chamam o Maluf de turco. Pô, o cara é libanês!
    Transcrevo aqui o trecho que me chamou a atenção:

    "Porque se eu não cantar Arrigo eu não sou um compopsitor brasileiro? “Sou descendente de escravo”. E daí, meu filho, tenho alguma coisa com isso? Tem uma coisa assim, mesmo racismo. Racismo como? Se brasileiro é somente uma raça, porque estão falando que preto é uma raça? Não estou entendendo. E o branco, é outra aqui no Brasil? E os índios ficam aonde? Os sírio-libaneses, os turcos... Eles chamam o Maluf de turco. Pô, o cara não é, o cara é libanês. Então é complicado chamar os caras de turco, uma cultura totalmente diferente. Quero dizer, esses caras não conhecem cultura. Aqui não tem árabe e palestino pra ficarem falando de racismo. O alemão e o francês não se dão. São brancos, que se entendem, mas vizinhos, outra cultura, outra língua. Os pretos ficaram 300 anos em escravidão, e você vem falar de racismo pra preto? Se você fala a mesma língua, se é um país que somente fala português, se não há outra cultura. O judeu que eu conheço, cultura de judeu, o cara que sabe ganhar dinheiro, né? (risos) Candomblé, como é que pode? É no Brasil, meu filho, não é uma mistura somente genética. É uma mistura mesmo no Brasil. Então, há muitos brancos que não têm referência da Europa, têm mais referência da África, muitos brancos se manifestando como pretos. Por que tem essa identidade, esse sentimento... O alemão analisa pela razão, a gente é emoção, é passional pra caramba. Então, essa coisa do Brasil, porque tem muito subterfúgio na coisa..."

    Depois finalmente consegui ler o texto. Sempre algumas "coincidências" me ligando a esse blog e aos seus colaboradores. Ainda não entendo ao certo o que o espírito quer me mostrar com isso. Continuarei atento aos presságios, tenho uma historia curiosa sobre uma indicação clara do espirito, mas deixarei pruma próxima. Um abraço a todos os "malucos" que se dispuseram a viver essa jornada magica, difícil, perigosa,e muito compensadora que é a busca pelo conhecimento silencioso, a retomada da nossa totalidade, a fuga da loucura da "normalidade" humana...Intento

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    1. Léo é muito interessante analisar essas coincidências, mas não são ao acaso, estarmos aqui todos que leem este blog, que comentam ou não, isso por si já é obra exclusiva do espírito, nos reunir um bando de loucos aqui, se vistos sob a ótica da aparente normalidade do mundo social. As questões suas me deixam felizes, a sincronia claro mostra um apontar do espírito para uma direção que estamos seguindo os que caminham na direção que caminhamos, é inevitável que olhemos para paisagens iguais nesta caminhada que fazemos, passamos pelos mesmos pontos e chegaremos ao mesmo, se nosso poder pessoa permitir. Dárion havia me mandado um email falando de um encontro com uma negra, depois do texto li o seu email, e agora você ma falando sobre o mesmo acaso, isso é magica pura amigo, é obra magistral do espírito nos guiando em uma direção específica. O poder está nos rondando a todos que espreitamos os mistérios do universo, o estranho é se não nos sentíssemos confortáveis com as coincidências. Isso é o espírito nos gritando em alto brado: - SIM, ACREDITEM!

      Luz, paz, intento.

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    2. Hermano Leo
      anteontem mandei um e-mail para Hermano Vento falando sobre a implacabilidade que tive de ter.Justamente assim que sai de casa uma negra baixa, vestida de preto, moradora de rua(parecia o proprio demo) veio em minha direção me chamando de tudo que era nome. Enquanto ela me xingava sem nenhuma razão eu dizia: Muito agradecido. Todas as vezes eu dizia isso e quando cheguei no colégio tivemos uma sincronicidade incrivel pois assim que enviei o e-mail, no mesmo instante Hermano Vento postava a mensagem no Blog.Sincronicidade pura. E agora tu vens participar com mais essa confirmação de nossa ligação pelo Intento.
      Dárion 09:06 23/111/2012
      * * *

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  4. Como eu posso evitar, ou ao menos me defender de energias intrusas durante meu sono?
    Tem acontecido com muito frequência. Estou sonhando um sonho comum, de repente fico lucido, tão lucido que começo a pensar como se estivesse acordado (ate musica eu chego a cantar), só que me bate um medo dos inorgânicos - como se sentisse que eles estão me espreitando- ai fico tentando acorda de qualquer jeito. Acontece que no instante que eu penso neles, é que eles me atacam, ai acordo, ou melhor penso que acordei, estou no meu quarto lutando ferozmente contra eles, ele ou eles se agarram no meu ser, grudam mesmo, me fazem girar no ar, ai fico acordando no meu quarto (sonhando ainda), e lutando, travando lutas corporais mesmo (que sinto serem inúteis), até que de fato acordo, realmente..
    Nessa ultima noite durante essa lutas essa sombra mordeu meu dedo, e quando acordei sentia meu dedo, não doendo, ou machucado, mas podia sentir uma especie de coceira...Enfim, o que eu acho é que devo meditar mais, força mais o desligamento do meu dialogo, pra quando estiver sonhando minha mente não "funcionar" como se desperta, e também acho que devo de alguma forma esquece-los, pois a partir do momento que penso neles, fico com medo, é como se abrisse a brecha pra eles invadirem o sonho, me parece também que lutar contra eles não adianta nada, talvez algumas palavras proferidas com intensidade, ou até um gesto...não sei..
    Não espero que ninguém aqui resolva meus problemas, só dividindo mesmo, e de certa forma desabafando...

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    1. Leonardo,
      acontece a mesma coisa comigo constantemente. Seres, durante o sonho, ficam me perseguindo e parecem que roubam minha energia. Quando eles se aproximam a minha barriga começa a coçar, na região do umbigo. As vezes no sonho são pessoas conhecidas, mas que me perseguem. Acho que são os inorgânicos. Também são as noites que ocorrem os sonhos lúcidos. Isso sempre ocorre quando eu pratico meditação. Parece que quando praticamos meditação acumulamos energia, e esses seres começam a perseguir-mos pra roubar essa energia. Ainda não aprendi como me defender, já usei pedras, como turmalina e não adiantou. Também preciso saber pra mim poder me defender.

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    2. Outra coisa que lembrei, é que um medo muito grande as vezes toma conta de mim durante o estado de quase sonho. Agora não estou sentindo isso, mas constantemente eu sinto. Já li no livro do Carlos Castaneda que está relacionado aos inorgânicos.

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    3. Uma dica é vocês visualizarem uma grande esfera impenetrável em volta de vocês e intentarem que nenhuma energia negativa possa atravessar. A prática do Ritual Gnóstico do Pentagrama pode ajudar também em purificar o ambiente e energizar o guerreiro.

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  5. Hermano Léo
    sinto que estás atravessando o segundo portal do ensonhar, é aí que eles tentam nos atacar mesmo estando conscientes de que estamos sonhando. É importante não ter medo pois é dessa energia que eles mais apreciam. Continue enfrentando-os. Ao invés dedizer não tenho medo, diga tenho coragem pois a mente é traiçoeira e quando dizemos não tenho medo a mente tira o "não" e emtendemos que estamos com medo. É uma das coisas da PNL (progrmação neurolinguistica).
    dárion

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  6. Dárion,
    Não sabia que os inorgânicos apreciavam mais a energia do medo. Isso esclarece muita coisa. Você sabe o porquê o medo aumenta quando os inorgânicos estão por perto?

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    1. Os inôrganicos Rafael apreciam jorros energéticos, pode ser medo, felicidade, amor, mas tem que ser extremos, como é mais fácil suscitar o medo no ensonho, geralmente é o primeiro desafio. Os antigos conseguiam controlar o fluxo de emoções para atrair os inorgânicos.

      Para o controle destas emoções concordo com Dárion, intentar em voz alta que tem coragem antes de dormir é uma solução provável. Mas as técnicas dos inorgânicos vão mudar com o tempo, para sentimentos de euforia, alegria, amor e amizade em sonhos, é questão de tempo vencer cada barreira.

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  7. Me parece que os inorgânicos ficam o tempo todo tentando roubar nossa energia. Essa energia parece que nos é roubada quando nossos sentimentos (raiva, amor, medo) estão mais expostos. E, pelo que observo, os inorgânicos podem aparecer no seu sonho das formas mais variadas, como alguém que nós conhecemos, um cachorro, um objeto.
    Você já notou isso Darion?

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  8. É verdade Rafael, quando estou transbordando energia costumo ter sonhos onde meus pais morrem, por exemplo, e com isso, descarrego emoções como sofrimento, desespero, raiva, eu choro nos sonhos e essa descarga de energia é alimento pra eles. Temos é quer tomar controle do sonho, para discernir uma morte no sonho, saber que é um sonho e não sentir/se emocionar, como se fosse um acontecimento real...Não da pra retroceder, é tomar controle dos sonhos e domina-los por completo, usando-os a nosso favor...
    Confiança & Coragem pra desbravar outros mundo, no intento...

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  9. Leonardo,
    teve uma vez que sonhei com um cachorro que tive na infância, ele chegou e ficou próximo de meu pé, mas ai percebi que o cachorro estava puxando uma energia de mim, e na hora, não sei como, sabia que não era meu cachorro, mas um ser que estava disfarçado e sugando minha energia. O mais interessante foi que o fato de eu não aceitar que ele tirasse energia de mim impediu que ele continuasse. Também tive outras experiências que identifiquei que algo estava roubando minha energia e quando não aceitei o ser parou.
    Porém, teve muitas vezes, a maioria, que aparecia pessoas conhecidas no meu sonho, disfarçada, é claro, e ficava me provocando para ter certos sentimentos.
    Será que a resposta não seria o autocontrole quando estamos acordado?Isso poderia fazer com que reagisse-mos da mesma maneira quando estivermos sonhando.
    Uma certeza eu tenho, os seres inorgânicos manipulam nossos sonhos para reagirmos com emoções para drenar nossa energia. A questão agora é como impedir isso!
    abraço

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  10. Hermanos Rafael e Leonardo.
    O que temos de fazer é desmascarálos. Como? Quando temos consciencia de que são seres inorganicos, sentimos isso então sabemos de suas intenções e quando fazemos isso eles são desmascarados e não agimos de acordo como eles querem então recebemos um jorro de energia do desmascaramento. Tudo depende do seu autocontrole no sonhar.
    Dárion
    Na sexta um inorgânico falou que eu não era tão implacável e disse que ia me mostrar.
    Ele esperou eu ensonhar novamente já com baixa energia pois já era o segundo sonho.
    Então no segundo ensonho me vi com minha tia/madrinha que me criou. Estavamos num carro ela dirigindo e eu do lado então ela avançou sobre uma ponte que não estava acabada. Batemos em um barranco do outro lado e olhei para ela quando ela começou a falar percebi que era um inorgânico, então pulei em cima dela e a agarrei com força e recebi a dose de energia que era minha e que ele estava querendo roubar.
    seus olhos pareciam o de um demonio. Não liguei e gritei você não é nada. Do lado de fora do carro passou uma pessoa olhando como se eu estivesse fazendo algo errado com a velha. Então meu escudo foi acordar conscientemente. Imagina ser atacado pot tres inorganicos de uma vez e ter consciencia disso?
    Dárion 26/11/2012 09:16

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  11. Minha tia/madrinha já morreu e foi a pessoa que praticamente me criou. O rosto era dela porém a energia que senti vi que era um inorganico.
    Darion

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  12. O segreo é estarmos alertas pois somos atacados pelos sombrios mesmo durante nosso dia-a- dia e quando aprendemos a desmascará-los no cotidiano fica mais fácil de desmascará-los no ensonho.
    Darion
    Sabemos quando um pensamento é intruso pois sentimos isso.Vemos que não tem nada a ver conosco.

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