Despertando




Na verdade a conexão da pessoa com o Espírito se faz de maneira peculiar e trás uma série de mudanças sutis em nossa vida. Primeiramente acreditamos ter uma apatia pelas pessoas que nos cercam, e respondo a isso dizendo que estamos apenas aprendendo a forma correta de sentir, que todos somos iguais, e por isso temos que ter sentimentos iguais a todos, nem amor possessivo que aprendemos a ter nem ódio, apenas o amor desapegado de um guerreiro, que acredita que qualquer um tem a mesma capacidade que a nossa para qualquer empreendimento que venha a fazer, todos temos as mesma ferramentas, igualmente dada pela fonte geradora de tudo. Imaginemos dar esmolas a um mendigo, isso é algo aberrante no contexto de um guerreiro, não por conta da ajuda, mas porque estamos considerando aquela pessoa inferior a nós, a nossa capacidade de conseguir algo, dar pensando na incapacidade é o erro, dar desapegado de preconceitos e sentimentos comparativos é a vertente possível para o guerreiro. Porque conseguimos e ela não? Uso energético, é simples a resposta. Qualquer um pode sacudir a poeira e sair da acomodação, mudar a vida, mesmo que seja com a última fagulha energética que esteja dentro de seu campo. Ascender ao mágico fogo da vida depende apenas de uma pequena atitude que se chama iniciar. Tudo então começa a acontecer de forma encadeada, como dominós enfileirados, só basta a ação inicial para tudo mais acontecer em nossas vidas.

Assim é a nossa energia, sacudimos o primeiro filamento, recuperamos a primeira energia estagnada e tudo o mais se transforma. Repentinamente voltamos a estudar, pleitear novos trabalhos. Voltamos a praticar exercícios, a sermos amantes com fervor a agradecer ao invés de amaldiçoar a vida a cada momento. Lembramos então do céu e de sua beleza, da lua e estrelas, apreciamos o sol ao fim da tarde e sua energia revigorante. Começamos a recapitular a nossa vida e até começamos a lembrar de nossos sonhos. Quando menos percebemos voltamos a sentir os cheiros das plantas nos jardins, os mesmos cheiros de nossa infância e ainda a ver a beleza em cada canto de rua, em cada canto dessa nossa Terra. Sentimos agora a terra ao nossos pés e que em todo lugar estamos acompanhados da mãe que nos gerou.

Silenciamos a nossa mente e ela nos diz muito mais que os aborrecidos assuntos que antes nos enchiam a cabeça, aprendemos então que a mente confunde, engana, mente. Subitamente mudamos de emprego, de casa, de roupas de atitudes. Estamos cheios de energia e força e percebemos o mundo com muito mais intensidade do que algum tempo atrás. Crescemos, expandimos a consciência e para isso não precisamos nos internar em conventos, nos esconder em retiros igrejas, pois nosso templo é a própria Terra, é o nosso próprio corpo. Por isso varremos o lixo de energia de nosso corpo, abrimos as suas janelas e portas, perfumemos cada canto e nos postamos respeitosamente a cada dia em cima de nossa mãe Terra, ciente de tudo que nos cerca, no tonal ou no nagual, na espreita ou no sonhar, aconselhados pela morte nossa companheira que um dia há de nos buscar, porque perto dela tudo mais é efêmero e passageiro em nossa vida.

Avante guerreiros, não temos tempo a esperar.

Comentários

  1. Adorei esse texto, realmente são palavras que nos faz pensar mais sobre nossa vida, nosso dia-a-dia, é realmente um "despertar". Parabens e obrigada pelas palavras!

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  2. Comecei do início a leitura de cada postagem a começar do ano de 2010 dois meses depois da descoberta (ou sacudida do Espírito). Gaivota 24/03/14 21h30

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