O amor maior a Terra - O que será do manhã
Hoje caminhei por entre a mata cerrada que rodeia a minha cidade, por entre as matas, por entre os córregos, margeado pela imponente Serra do Carmo. Foi um evento memorável, quase quatro horas de caminhada sob o sol quente do Tocantins. Impressionante o quanto estamos distantes de tudo que nos cerca, me impressiona o quanto somos diferentes de tudo, e como podemos voltar a ser parte de tudo quando apenas fugimos de nossos mausoléus de pedra onde nos enterramos durante as nossas vidas. Sabem, não é ruim que tenhamos casas, afinal a qualidade de vida é parte de nossa caminhada como humanidade, mas nos apartarmos de tudo, em frente a uma televisão, longe de tudo que nos sustenta na existência da vida é apartar-se do que somos.
Toquei no chão quando cheguei ali na base daquela imensa serra, maravilhosa, guardiã de nossa cidade, dona de uma infinta energia, de uma infinita beleza, de insondáveis mistérios. Olhando bem para ela vi a sua relação com o vento, que por milhares de anos a moldou daquela forma, em uma interação energética mágica, antes de ser qualquer interpretação de um mero evento de erosão que inventamos com nossa pobre mente reducionista.
Fiquei sentindo a sua energia, a sua magia, e imaginado os dias que se seguirão, em que o homem já pensa em destruir aquela magnífica e bela serra. Imaginei a nuvem de poeira de minério de ferro, as explosões, e a magnífica energia de nossa protetora se esvaindo pelas mãos de nossos iguais, como foram as diversas e magníficas destruições que já empreendemos como civilização. Não adianta nos apartarmos de tudo que a nossa raça já fez, somos parte dela, somos igualmente responsáveis, compactuamos desse sistema de produção auto destrutivo, impossível de subsistir sem o preço da destruição de tudo que nos cerca, vivemos dele e o mantemos a cada lâmpada a mais que acendemos em nossa casa, a cada vez que substituímos a forma de cozinhar por equipamentos elétricos, a cada troca desnecessária de celular, a cada troca de carro que fazemos. Não adianta criticar, cada indústria, cada nova usina atômica, cada destruição de mata é referendada por nossa compulsividade pelas criações mortas de nossa ciência, pela tecnologia, pelas cidades de pedra. Não vejo condições de reais mudanças em nosso sistema, não vejo solução para a nossa subsistência e existência como civilização.
A escassez dos recursos naturais é um sinal evidente de nossa modernidade. Diversas civilizações foram devastadas pelo mesmo problema na antiguidade, pelo colapso de seus sistemas de produção, assim foi com os romanos, com os maias e com diversas outras civilizações. Mas parece que estamos presos a um ciclo de derrota, um ciclo que nos une única e exclusivamente maneiras fáceis, destruidoras e rápidas de assomar recursos a nossa vida. Olhemos as nossas casas, cada um ocupando cada milímetro quadrado de área construída, acabando com o verde ao seu redor, em sua propriedade, mas querendo reclamar pela preservação de áreas verdes dos gestores públicos. Não pensamos nas gerações de amanhã, pensamos apenas em nossos umbigos, em nosso momento presente quando falamos de recursos. Vivemos pensando no amanhã, lembrando do ontem, mas vivemos exclusivamente predando para viver hoje, em nossa existência.
O que será do futuro, me perguntei olhando para aquele ecossistema maravilhoso, onde estará a água para as gerações futuras, pensei quando bebi água brotando da fonte, onde estarão os alimentos que buscamos com tanta avidez. Não consigo imaginar um futuro para um povo, uma civilização como a nossa, como as que se foram antes de nós em nossa história moderna.
Perdemos em algum tempo da história as narrativas dos povos antigos, dos povos sábios, dos nossos antepassados que sabiam escutar a natureza e subsistiam com ela em perfeita união, estes que há muito se foram deste plano para outros mundos mágicos, estes que ganharam o presente da Terra, nossa mãe por saber retornar a ela tudo que ela nos dá durante a nossa vida. Esse mundo é maravilhoso, muito mais do que as cidades, muito mais do que os nossos sarcófagos, do que nossa destruição poderia gerar, poderíamos ter mudado e ainda podemos mudar os rumos de nossa nação, mas gostaria de saber como. Perguntei a mãe Terra sobre isso mas não ouvi resposta, não ouvi resposta que já não conhecesse, ela me disse claramente, "caminhem o caminho inverso", sempre soube disso, sabemos todos, estamos na contramão de onde deveríamos ir, essa é a resposta.
Mão quero prever o futuro, não deveria prever, ninguém deveria, ainda mais um futuro negro como vislumbro para a nossa Terra. Deveríamos amar essa passagem por aqui, pois ela é um presente, estar vivendo nesse ser mágico é impagável, não teremos isso nunca mais, a nossa energia daqui partirá novamente ao berço, a fonte, será consumido, ou então partiremos para uma jornada mágica pelos confins dos infinitos universos possíveis, levaremos em nosso peito, em nosso interior apenas o agradecimento por ter vivido aqui, em companhia dessa grande mãe.
Espero sinceramente que mudemos os rumos de nossa nação, espero termos energia para mudar, para retornar ao que fomos um dia, em um passado distante, esquecido no tempo, esquecido na história de nossa Terra. Me pergunto ainda, quem tem o interesse em nos levar a esse rumo que tomamos, ou seríamos unicamente nós os culpados, e pergunto, indo mais além, se importa eleger culpados, ou importa realmente apenas nos tornarmos imperadores de nossos destinos e seguir na direção agora correta de nossa caminhada como civilização nesta jornada. Não quero responder, quero apenas seguir. Esses dias um colega perguntou sobre o que é um caminho com coração, não vou responder essa questão aqui, mas digo com toda certeza que o caminho preconizado como certo por nossa civilização, por nossos valores, com nossos conceitos, esse sei, tenho certeza que não é um caminho com coração, e não o sendo devemos, urgentemente guinar e escolher um que o seja para a nossa raça humana.
Caro Hermano Vento,
ResponderExcluirum belo texto a re repensar.
D. Juan dizi que mais do que nunca o homem moderno deveria aprender o caminho do Gerreiro para sobrevivermos.
Sincermanete, acho que o pouco que estamos fazendo é ludibirar a nos mesmos com propáganddas enquanto que na prática nossa consciencia continua predadora.
Basta sair de casa e vemos as pessoas atirarem papéis, mutucas de cigarro e outras cositas mais como sofás nis rios. Agimos como se o Mundo, a Terra a quem deveriamos amar antes de tudo, fosse uma grande lixeira.
Sinceramente acho isso tudo uma palhaçada. Não temos o verdadeiro intento de salvarmos o planeta. São só palavras sem ação.
No Brasil, uma grande quantidade de blhões está reservada para construção de novas usinas nucleares e tudo isso com o aval e incentivo de nossos governantes. Vejo num noticiário um Ministro de Minas e energia apregoando os benefícios dessa energia limpa. Limpa poque radiação não se vê. Nãos pensem que o mundo inteiro não está contaminando. O Japão em sua "imbecilidade controlada" jogou 150 mil toneladas de agua radiotiva nos mares. Ainda estamos saturados até a tampa da radição de testes e explo~sões nucleares de dantes.
Além disso a cada terremoto-tsunami a Terra gira alguns milesimos de graus em seu eixo. Os dias estão se tornando mais cutos. Isso não vemos, sentimos. O outro grande demonio a eletricidade com suas ondas eletromagneticas interferindo em nosso comportamento atuando em nosso cerebro.
Um grã-fino medito a besta em sua Hilux abre o vidro e joga fora o lixo na rua. Pergunto o porquê. ele diz que se deixar o lixo dentro do carro cria baratas. Há,há,há ...
Abraços Naian.
08;17 20/06/11
O mundo em que vivemos não pde parar. Esse é seu lema "tempo é dinheiro". Foi isso o que nos ensinaram. Recrodei de um evento magnifico e que poderia ser catastófico. A alguns anos, uns quinze anos atrás, um Raio vindo dos confins dos cosmos interrompeu por alguns minutos todas as atividades eletricas no Hemisferio Norte, uma cientista só foram descobrir três meses depois e le deu o nome Magnetar.
ResponderExcluirPenso na Terra como um ser vivo, alegoricamente um enorme cachorro em que nós somos as pulgas. A Terra ainda não começou a se agitar com o tempo tentará se livrar de suas pulgas está apenas nos avisando. Quando isso realmente começar a acontecer, a Terra começar a chacoalhar para se livrar do unico animal predador, que somos nós.
ResponderExcluirNaian
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boa Naian, srrss
ResponderExcluir"buliram muito com o planeta, o planeta como
um cachorro eu vejo, se ele não aguenta mais as pugas se livra delas num sacolejo"
trecho da musica de Raul Seixas
Caro amigo guerreiro,muito boa a reflexão, de fato este mundo está claramente ruindo, tá indo embora pelas próprias mãos de nossos semelhantes, só os muito cegos e dominados não pecebem...
ResponderExcluirtua reflexão me levou a relembrar de como me sentia, alguns anos atráz na adolescência, antes mesmo de conhecer o caminho, quando já olhava esse mundo louco com alguns amigos...
já sabia que esse mundo caminhava para alto destruição, andavamos na rua imaginando como seria o futuro próximo da humanidade , quando o desequilibrio atigiria um limite crucial e como um efeito dominó levaria a humanidade inteira ao caos e a guerra, ficavámos a imaginar os sobreviventes escondidos em esgotos, formando gangues e grupos, disputando restos pra comer e sobreviver num cenário de horror e devastação...
lembro que costumavamos invadir as construçoes dos prédios mais altos da cidade e ficavamos ali vendo o desfile da loucura humana... movidos por um desejo inconsciente por liberdade,sem o saber desejavamos o caminho do guerreiro, eram sentimentos muito pugentes que tinhamos sobre a realidade ao redor, e mesmo assim não impediu que a mente predadora arranjasse formas muito sutis de nos manter dentro do jogo social, prova que hoje alguns desses raros amigos acabaram sem perceber se moldando a imposição da mente...
mas ai tem o outro lado da moeda, um outro mundo está nascendo, e ele só pode nascer tbm com nossas próprias mãos, sinto que o que podemos fazer é trabalhar a gente mesmo... e intentar que o maior numero possível de irmãos tbm façam isso, para sonharmos todos o NOVO SONHO!
Tenho que acreditar que a tranformaçao é posssível ,se cada um de nós se dedicar a ouvir a voz que a todos está nos falando nesse periodo que estamos vivendo as grandes transformações serão efetivadas e Cabum!estaremos de fato começando a grande aventura da LIBERDADE!
Intento guerreiros!
Puri
Hermano Puri,
ResponderExcluirA Impecabilidade conduz a Evolução. Para evoluirmos, o principio primeiro é o desapego.
Coisa dificil de se atingir. Cair nas malhas do sistema é a saída mais fácil. Se entregar a "loucura coletiva" e não a "loucura controlada" do Guerrreiro e prosseguir como se nã o tivessemos um objetivo único: a evolução da humanidade. Assim os predadores nos atacam e conseguem seus objetivos tornando os homens cada vez mais cegos para a Liberdade.
Abraços Naian 08:30 21/06/11
In lak´ech ala K´in.
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Sim amigo Naian. considero o desapego um dos atos mais magnifícos do espirito do guerreiro,
ResponderExcluirainda não o possuo. de fato se entregar, se diluir no sistema é muito fácil, difícil é manter o propósito de liberdade aceso,difícil enquanto possuimos essa mente predadora, que insiste em nos entorpecer dia e noite,
sabe amigo percebo nitidamente em mim mesmo a luta pela busca do silêncio e os desejos da mente levando o pensamento e a energia em várias direções,a oscilação que passa o aprendiz no caminho é para mim muito frustrante.
horas em que o conhecimento jorra da fonte e outras em que me comporto como idiota total preso em auto-justificativas e auto-ilusoes tolas...
como dizia o velho Nagual o único antídoto para o guerreiro é insistir apezar dos obstáculos no caminho...
Intento a nós todos!
Puri
Guerreiro Puri
ResponderExcluirOs predadores são extremamente sofisticados. Mesmo na segunda atenção, co o dialogo interno parado sofremos ataques dos predadores. Não quer dizer que continuamos sua presa, somente sofremos os ataques. Vale distinguir a voz do predador, percebemos logo e assim que os desmascaranos uma onda de energia revigortante
de energia nos invade. Percebemos logo sua intromissão com pensamentos que não condizem com o caminho do Guerreiro.
Abraços
Naian
22/06/11
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Quando um homem comum é tocado pelo conhecimento, torna-se consciente que a vida comum ficou para trás, que o conhecimento é uma coisa assustadora, que os meios do homem comum não são mais um escudo para ele e que tem de adotar um novo modo de vida para sobreviver. A primeira coisa que tem de fazer nesse ponto é desejar tornar-se um Guerreiro, um passo e decisão muito importantes. A natrueza assustadora do conhecimento não nos deixa nenhuma alternativa senão nos tornarmos Guerreiros. Quando o cohecimento se torna uma coisa assustadora o homem comum compreende que a morte é a companheira insubistituivel que se senta ao seu lado na esteira.
ResponderExcluirD.Juan
Abraços e intento Guerreiros.
Naian 08:54 22/06/11
Fui apresentado ao Camnho do Guerreiro por um guerreiro magistral. Conseguia inclusve ler meus pensamentos. Foi assim que aprendi a parar meu dialogo interno, pelo metodo dos espreitadores. Tinha de parar meus pensamentos para que ele não conseguisse lê-los. Eu lia os livros de Carlitos e sentia que podia intentar aquele caminho misterioso: o mito do Nagual.
ResponderExcluirRendo homemagem até hoje aquele irmão guerreiro que compartilhou o conhecimentro comigo ou talvez estivesse até hoje levando a vida mediocre que antes levava.
Naian
09:11 22/06/11
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