Do despertar a perda da forma humana - o prelúdio de um guerreiro




A melhor forma de erguer o futuro é trabalhando no presente, agindo, edificando o edifício do conhecimento no qual o guerreiro inevitavelmente irá ter sua morada. Atualmente, caros amigos, venho tendo uma série de indicações, na verdade, seria mais certo falar sobre imposições do espírito a grandes mudanças, estas servido como etapa conclusiva em uma grande fase de minha vida. O que quero, contudo, dividir aqui convosco, não é a questão de mudanças, e nem a questão do eu, é a questão que me transcende, a questão que pode servir a todos nós, as mudanças.
O guerreiro segue a sua vida de forma impecável, ou pelo menos age no sentido de sê-lo, pois este é um dos objetivos que dá nome ao guerreiro, a posição de eterno combate, seja com as coisas simples ou complexas da vida, seja com os pequenos ou grandes desafios que temos. Contudo, faz-se imprescindível que cataloguemos ou tentemos, quiçá, catalogar as etapas que nos levam na caminhada do guerreiro, e o farei de forma breve, resumida, para uma auto avaliação de cada um de nós que aqui nos encontramos, nesta praça pública de debates sobre a feitiçaria e o mundo dos guerreiros.
O primeiro passo inevitável do guerreiro é o chamado. Não adianta a ninguém ser convidado a entrar neste mundo, não em nossa geração, não existem guerreiros escolhidos agora, pois não temos linhagens fechadas, ocultas, o conhecimento está aberto e esta é uma das fundamentais características de nossa geração, que chamaremos aqui de geração 49º ou geração 1º. Chamo esta geração de geração 49 ou 1, pois ela vem depois da geração de 48 naguais da linhagem de Don Juan, a linhagem de novos guerreiros que se formou após a abertura do conhecimento antes fechado daquela linhagem. Desde os tempos antigos, do pacto cultural, onde os nossos antepassados negociaram com os voladores, recebendo a razão em troca da energia que alimentam aquela espécie, sete linhagens de conhecimento puro se originaram, decorrente da visita dos sete antigos, estes que vieram do outro plano, da terceira atenção para nos guiar para aquele mundo, para nos guiar a liberdade. Esta histórias dos sete antigos já foi narrada aqui, e o que importa agora é saber que a última das linhagens, a linhagem a qual Don Juan participava se abriu, e que somos, nós que seguimos esta linha de interpretação energética, os guerreiros que inevitavelmente temos a energia alinhada com o antigo que deixou este conhecimento que hoje seguimos. Outras linhagens, das seis, segundo as imersões que fiz na segunda atenção, deixaram conhecimentos que hoje já foram muito deturpados, depois de aberto pelos expoentes de suas linhagens, podemos citar aqui Jesus, Budha, Crishna e diversos outros, que apesar de terem deixado uma linhagem, tal qual Castaneda deixou, pura, completa, tiveram os seus ensinamentos manipulados e alterados pelos voladores, para ao invés de servirem a nossa libertação sirvam a nosso aprisionamento cada vez maior como fornecedores de energia fácil a estes ignóbeis seres. Bem como a igreja deturpou o conhecimento de Jesus, os novos budistas criaram infinitas linhas de ensino ornamentando o conhecimento básico e simples de Budha, inclusive mercantilizando o conhecimento, e assim foi como todo o conhecimento que se abriu, sendo que a síntese de quase todos está perdida. Isso é o que tenta fazer a Cleargreen com o conhecimento deixado por Don Juan através de Castaneda, desviando o verdadeiro foco do conhecimento, mas espero que esta geração esteja mais preparada, pelo alinhamento que temos hoje de planetas, e de energias, pois este ano começa o tempo de recuperar os ensinamentos perdidos, os conhecimentos esquecidos.
Então, caros amigos, quando recebemos o chamado, quando percebemos o espírito, quando sentimos a sua existência, nos voltamos a ele, e nos voltando ao espírito ele se volta para nós. Este primeiro passo, representa o compromisso inicial, é onde o guerreiro assume o compromisso inicial de buscar uma verdade que ele sabe existir. Não há como quem caminha convencer alguém que este é o caminho, mostrar, gritar, obrigar ninguém a caminhar nesta senda do conhecimento, a única forma que existe hoje é o despertar pessoal, é quando a pessoa vê que algo maior a cerca, que ela precisa saber o que é.
Logo depois vem o segundo passo na caminhada, que é a busca. Neste momento o guerreiro incipiente já sabe, já sente a presença do espírito, do infinito em sua vida, ele começa a enxergar coisas antes ocultas para a sua visão ordinária. Os sussurros do espírito começam a fazer sentido para ele, mais elementos surgem em sua vida, os sonhos começam a ter vida, os pressentimentos, os presságios, os sinais, tudo começa a fazer sentido, e a vida começa a ser o que realmente é, um conjunto complexo de individualidades coladas por algo que as une, formando o próprio universo, o todo faz sentido sendo a união das partes, e a parte, o caminhante, que antes se via isolado de tudo começa a sentir-se uno a tudo, e percebe ser ele uma parte do todo a ser explorada a ser conhecida, para que com isso possa conhecer o todo.
Neste momento da caminhada, o guerreiro começa a caminhada para dentro, começa a espreitar-se e ver como construiu-se o ser que ele, até então achava ser ele. Recapitulando começa a desconstrução do eu. O guerreiro verifica, passo a passo na recapitulação que ele não é nada mais do que palavras, conhecimentos de outros, experiências montadas, estímulos e respostas de toda uma vida, começa a ver, recapitulando, os locais onde sua energia ficou, e a energia de outros que sedimentou-se em sua própria. É um processo lento e progressivo de retirar camadas, uma a uma, até que, segundo impecável na tarefa de descobrir-se, o guerreiro, depois de todo o lixo removido de sua superfície, descobre o seu verdadeiro eu, as forças que agem sobre ele, os elementos que guiam a sua caminhada, o guerreiro começa a tornar-se consciente, desperto em sua caminhada, que até então, era feita quase que mecanicamente. O incipiente caminhante descobre que até então não tinha desejos, mas seguia o fluxo da vida, que não tinha sonhos, mas seguia os sonhos de seus pais, que não tinha sentido sequer o prazer de uma conquista, por nunca ter conquistado algo que realmente desejasse. O guerreiros então começa a tornar-se livre. A verdade que ele começa a conhecer o está libertando.
A caminhada, no entanto , continua. O guerreiro já sabe as forças que guiam a sua vida, mas ainda não consegue controlar e operar as mudanças necessárias para livrar-se de todas as forças que o controlam. Neste momento, em uma analogia utilizada por Don Juan, o guerreiro é como um bebê, que vê o mundo a sua volta, o reconhece, mas não consegue agir, ele não sabe andar, não sabe falar, e só resta a ele observar o mundo novo que ele está descobrindo.
Guiado então pelo espírito, o guerreiro começa a reunir forças para a sua caminhada, para operar as suas mudanças, reunir forças pode levar uma vida inteira. A recapitulação em si já reuniu uma quantidade grande de energia, mas em sua profundidade, a recapitulação ainda levará o tempo de uma vida. Os hábitos então são explorados, a própria vida do guerreiro, tudo que disperse sua energia começa a ser apartado de seu cotidiano, grandes mudanças começam a ser operadas. Neste momento o guerreiro começa a espreitar seus hábitos, começa os não-fazeres, começa a caçar energia, para os olhos de um caçador, tudo é estratégia, cada detalhe conta, cada ato é um ato que economizará ou desperdiçara a preciosa energia do caminhante. Ele sabe da necessidade de ter energia, começa observando seus relacionamentos, sua alimentação, seus hábitos, tudo, cada detalhe conta para alguém que intenta a impecabilidade, para quem intenta a economia de energia.
Seguindo em paralelo a isto, uma nova parte do homem começa a sair de sua letargia. O homem começa então a sonhar. A sua energia começa a dar resultados práticos, um grande não fazer, um dos maiores começa a ser realizado quase que automaticamente, bastando para isso ter energia, é o não fazer de dormir. Enquanto os homens dormem, o guerreiro ensonha, ele vive uma vida paralela, ele caça energia em seu sonhar, ele vive uma vida, um terço de uma vida, consciente, caçando energia ali também. Enquanto desenvolve a sua jornada no cotidiano, uma outra jornada começa no sonhar, uma jornada de encontrar o seu duplo, há muito adormecido, e o despertar, levar consciência ao corpo sonhador, que esteve sempre ali. De um lado, o corpo sonhador sequer sabia da existência do desperto e o desperto sequer sabia da existência do sonhador. Os dois então, chegará o dia, que novamente encontrar-se-ão, e neste momento o guerreiro apenas terá começado a sua caminhada, pois ai ele estará, além de desperto, completo, seu corpo físico e energético estarão juntos, unidos mais uma vez, funcionais, o lado esquerdo e direito ativos, mais uma vez equilibrados, prontos para enfrentar esta fase da jornada que é a nossa vida.
A caminhada então começa neste ponto, tudo o que se passou antes foi apenas um prelúdio de algo, um conto de poder ainda não vivido. Só quando há o encontro entre o corpo físico e o corpo energético, quando equilibra-se o nagual e o tonal, quando o lado esquerdo e direito estão totalmente funcionais é que a caminhada realmente começa. Neste ponto, caros amigos, o guerreiro precisa mudar, pois está chegando o dia em que ele perderá a sua forma humana, como dizia Castaneda, ou, para mim, retornar a verdadeira forma humana, completa, não alijada como somos normalmente.
Quando então o corpo físico se une ao energético, é preciso que mudemos tudo em nossa vida, e isso é necessário para acomodar a nova quantidade de energia que temos. Precisamos mudar novamente os hábitos, a morada, o trabalho, tudo, é importante que mudemos tudo, tudo que puder, a mudança total é o impulso final necessário para o acúmulo de energia que nos fará perder a forma humana. Esta é a hora de uma reviravolta, do último golpe do velho homem, pois sedimentar-se-á uma nova realidade na vida do guerreiro, uma realidade de controle total, a hora da chegada do nosso ante derradeiro inimigo, é neste momento, em que perdemos a forma humana, que nos encontramos diretamente com o poder, e além dele só teremos a velhice como último combate para atingirmos a liberdade.
Intento guerreiros.

Comentários

  1. Sempre tive a visão de que somos como as lagartas que em sua metamorfose se transformam em borboletas. Rastejantes no tempo certo entramos na fase de crisalida onde as transformações se iniciam dentro do casulo. Dolorosas as vezes para que seja efetuada nossa transmutação e criemos asas para alçar vôos em direção ao Infinito.
    Imaginem o turbilhão de forças em ação necessarias para tal evolução.Assim é conosco.
    As mudanças na vida de um Guerrero se processam radicalmente,porém sem por os pés pelas mãos, como Dizia o Velho Nagual.
    Li o texto como sempre faço umas três vezes, até que um cerne,dentre vários no texto desperte. E vi aqui algo, que Hermano Vento falou que me chamou atenção e casa justamente com um assunto assinalado háalguns dias pelo espirito,nest passagem:
    Neste momento, em uma analogia utilizada por Don Juan, o guerreiro é como um bebê, que vê o mundo a sua volta, o reconhece, mas não consegue agir, ele não sabe andar, não sabe falar, e só resta a ele observar o mundo novo que ele está descobrindo.
    O assunto despertado pelo Espírito é nossa respiração. o que os Guerrreros consideram um ato mágico: O Alento. A verdade é que nascemos sabendo respirar direito e com nossas socilizações e opressões vamos nos esquecendo como e começamos a respirar de uma forma errática que nos aprisiona mais ainda.
    Por isso, peço permissão para ir postando algumas consierações sobre esse ato mágico.
    Mui Agradecido
    Dárion. 11:00 21/06/2012
    * * *

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  2. De un extracto do livro "travessia das feiticeiras" de Taisha Abelar
    Conversando com Clara Grau do grupo de D.Juan
    "— Se sua respiração estiver agitada, sua mente ficará inquieta —
    prosseguiu Clara.—Para aquietar a mente, o melhor é começar aquietando sua
    respiração.
    Ela me disse para manter as costas eretas e concentrar-me na minha
    respiração até esta tornar-se suave e ritmada, como a de um bebê.
    Argumentei que uma pessoa fisicamente ativa, como nós, que acabáramos
    de escalar as colinas, não pode ter a respiração suave como a de um bebê, que
    simplesmente fica deitado sem fazer nada.
    — Além disso — completei —, não sei como o bebê respira, não conheci
    muitos bebês e, quando estive em contato com eles, não prestei atenção à
    respiração.
    Clara aproximou-se mais e levou uma mão às minhas costas e a outra ao
    meu peito. Para minha consternação, ela pressionou até meu peito ficar tão
    apertado que pensei sufocar. Tentei afastar-me, mas ela me manteve na mesma
    posição com uma pressão férrea.
    Para compensar, meu estômago começou a dilatar-se e contrair-se
    ritmadamente, à medida que o ar entrava em meu corpo.
    — Assim respiram os bebês — disse ela. — Lembre-se da/ sensação de
    seu estômago dilatando para que possa reproduzi-la, esteja você andando,
    fazendo exercícios ou deitada sem fazer nada.
    Provavelmente você não vai acreditar, mas somos tão civilizados que
    temos de reaprender a respirar corretamente. — Retirou as mãos de meu peito e
    costas. — Agora deixe a respiração ascender até preencher seu peito — orientoume.
    — Mas não deixe que ela encha sua cabeça.
    — É impossível o ar entrar na minha cabeça — falei rindo.
    — Não me entenda tão literalmente — censurou-me ela. — Quando digo
    ar, na verdade estou falando da energia proveniente da respiração, que entra no
    abdômen, no peito e depois na cabeça^
    Darion 11:17 21/06/2012
    In lak ech ala Kin
    * * *

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  3. De un extracto do livro "A travessia das feitceiras" de Taisha Abelar conversando com Clara Grau do grupo de Don Juan
    "— Se sua respiração estiver agitada, sua mente ficará inquieta —
    prosseguiu Clara.—Para aquietar a mente, o melhor é começar aquietando sua
    respiração.
    Ela me disse para manter as costas eretas e concentrar-me na minha
    respiração até esta tornar-se suave e ritmada, como a de um bebê.
    Argumentei que uma pessoa fisicamente ativa, como nós, que acabáramos
    de escalar as colinas, não pode ter a respiração suave como a de um bebê, que
    simplesmente fica deitado sem fazer nada.
    — Além disso — completei —, não sei como o bebê respira, não conheci
    muitos bebês e, quando estive em contato com eles, não prestei atenção à
    respiração.
    Clara aproximou-se mais e levou uma mão às minhas costas e a outra ao
    meu peito. Para minha consternação, ela pressionou até meu peito ficar tão
    apertado que pensei sufocar. Tentei afastar-me, mas ela me manteve na mesma
    posição com uma pressão férrea.
    Para compensar, meu estômago começou a dilatar-se e contrair-se
    ritmadamente, à medida que o ar entrava em meu corpo.
    — Assim respiram os bebês — disse ela. — Lembre-se da/ sensação de
    seu estômago dilatando para que possa reproduzi-la, esteja você andando,
    fazendo exercícios ou deitada sem fazer nada.
    Provavelmente você não vai acreditar, mas somos tão civilizados que
    temos de reaprender a respirar corretamente. — Retirou as mãos de meu peito e
    costas. — Agora deixe a respiração ascender até preencher seu peito — orientoume.
    — Mas não deixe que ela encha sua cabeça.
    — É impossível o ar entrar na minha cabeça — falei rindo.
    — Não me entenda tão literalmente — censurou-me ela. — Quando digo
    ar, na verdade estou falando da energia proveniente da respiração, que entra no
    abdômen, no peito e depois na cabeça^
    Darion 11;26 21/06/2012
    In lak ech ala kin

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  4. Un extracto sobre a respiração:
    A respiração abdominal ou diafragmática, que é a forma mais natural de respirar e também a que nos permite absorver mais oxigênio e prana, energia vital, do ar.

    Para aprender a respiração abdominal, é melhor começar deitando-se. Depois a respiração fica mais automática e você conseguirá fazê-la em qualquer posição.

    - Então deite-se, flexione os joelhos e apóie as plantas dos pés no solo (ou na cama se estiver fazendo isso em sua cama). Desta forma os joelhos ficam apontando para o teto. Una os joelhos e deixe os pés afastados entre si aproximadamente um palmo e meio.

    - Só use travesseiro se tiver algum problema no pescoço (na coluna cervical) caso contrário acomode bem cabeça e puxe levemente o queixo em direção ao peito para esticar a nuca.
    - Coloque as mãos sobre o ventre. Os polegares ficam sobre ou na linha do umbigo.

    - Agora comece a respirar pela barriga, sentindo que o ventre sobe, quando o ar entra, e desce, quando o ar sai. Você vai acompanhar este movimento através das mãos que estão sobre o ventre.

    - Quando inspirar o ventre se dilata e quando expira o ventre se contrai. Você pode dar uma gentil ajuda, encolhendo levemente o ventre *no final* da expiração.

    - Preste bastante atenção para não inverter o movimento, isto é, encolher a barriga e inflar o peito quando o ar entra e dilatar a barriga quando o ar sai.

    - O peito deve ficar quase imóvel durante esta técnica de respiração.

    - Experimente relaxar o peito soltando todo o ar antes de começar a respiração pela barriga e faça seu melhor para mantê-lo parado e relaxado. Para isso, relaxe o peito no final de cada expiração.

    Esta é a respiração diafragmática. As crianças novinhas respiram assim naturalmente porque esta é forma correta e natural de se respirar. Com o passar dos anos, ainda na infância, vamos contraindo a região do plexo solar, na boca do estomago, que é nosso centro das emoções.

    Contraimos na esperança de não sofrer mais ataques emocionais, entretanto acabamos por nos agredir mais do que pensamos que somos agredidos pelo exterior.

    Aprender a respirar pelo diafragma é essencial para restaurar a saúde, o equilíbrio emocional, o bom funcionamento dos órgãos abdominais, livrar-se do estresse, enfim os benefícios são inúmeros. De nada adianta enumerar os vários benefícios, melhor
    é usufruir deles. Então, mãos à obra, ou melhor, mãos na barriga! (risos)

    Darion 11:38 21/06/2012
    In lak ech ala Kin
    * * *

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  5. Un outro extacto
    de Vida zen: Dicas para aprender a "respiração animal" dos sacerdotes xamãs
    Falamos de como começar a parar o nosso diálogo interior para aumentar nossa energia e de como usar de maneira adequada a palavra para modificar nossa realidade cotidiana. E é com uma atividade muito presente no nosso cotidiano que vamos começar nossa conversa de hoje, a Respiração.
    A respiração foi e é usada por Xamãs do mundo todo como poderoso instrumento para entrar em transe ou estados alterados de consciência. Existem muitas técnicas respiratórias para isso, mas vamos começar pela mais básica e uma das mais úteis, a respiração animal.
    Quando os Xamãs invocavam seu Animal de Poder ou algum Espírito desse Reino queriam na verdade estabelecer contato com aquelas virtudes que aquele animal possuía e trazê-las para si ou outrem. Também
    observavam o modo como determinados animais agiam, com a mesma finalidade acima citada.
    A Respiração Animal nasceu dessa observação, ela se constitui em respirarmos de modo relaxado e profundo usando principalmente o abdômen, como fazem a maioria dos animais. A respiração humana é dividida em três partes e essa, a abdominal, é a mais importante.
    Podemos exercer essa prática deitados, com a mão colocada sobre a barriga e procurando encher os pulmões enquanto dilatamos o abdomen para executar o processo de modo correto. Isso deve ser feito a qualquer hora que se queira ou se sinta necessidade. Outro modo é em pé ou sentado durante todo o tempo que for possível; nesse caso devemos procurar estar mais conscientes de nossa respiração ao longo do dia e sempre que
    possível realizando a respiração abdominal.
    Essa técnica trás bem-estar e vitalidade e é com essa finalidade que era praticada pelos antigos Xamãs além de trazer tranqüilidade e sobriedade em um momento de tensão ou raiva. Além disso é muito útil para ajudar a parar nossa tagarelice mental e poder ser útil no momento de se decidir, se vai se dizer alguma coisa ou não.
    Dárion 13:13 21/06/2012
    In lak ech ala Kin
    * * *

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  6. Nossa! As coincidências são mesmo gritantes...

    Gostaria de compartilhar uma técnica muito interessante que encontrei recentemente, também referente à respiração.
    No link a seguir, o autor passa uma meditação através da respiração, para conectar-se ao Hara, que no Aikido é um conceito equivalente à "energia como ela flui no Universo". Vou passar aqui a técnica em si me maneira organizada, pois no texto ele intercala a técnica com a explicação dos termos, e apesar de enriquecer o texto, isso deixa a execução da técnica a partir da leitura um pouco difícil... Mas recomendo ainda assim que leiam o texto na íntegra, pois ele possui conceituações e conexões preciosas entre a respiração e o Hara. http://aikidonotas.blogspot.com.br/2007/08/hara-o-centro-vital-do-homem.html

    1 - Sente-se ajoelhado ou com as pernas cruzadas, sustentado pelo chão. É importante que os joelhos estejam abaixo do nível do osso ilíaco para que a energia possa se acomodar no ventre.

    2- Sinta a "energia sob a pele". Conscientize-se de sua energia em toda sua dimensão. Dentro e fora do corpo. Sinta seu corpo descontraindo suas tensões de baixo para cima e depois de cima para baixo.

    3- Sinta sua expiração ficando mais prolongada que sua inspiração. Pode ser que isso faça algumas partes de seu corpo se contraírem novamente. Não faz mal. Repita o processo de sentir-se relaxando. Sem pressa e com determinação. Nós sabemos como respirar naturalmente. São nossas emoções de insegurança e ansiedade que atrapalham o bom andamento dessa respiração. Simplesmente deixe sua verdadeira respiração fluir... Deixe fluir...

    4- Adote uma mudança de postura corporal. Isso é feito em três etapas: a.) No início da expiração, relaxe os ombros, "desligue-se" deles. b.) No final da respiração, transfira esse relaxamento para a região dos quadris. c.) Contraia corretamente o abdômen, ou seja, sem tensionar os órgãos internos, e sim apenas criando uma tensão suave que permita a manutenção de uma postura ereta. Os erros mais comuns nessa etapa são: Não se descontraem os ombros, mas deixa-se que eles caiam; Não soltamos, mas pressionamos os ombros para baixo; Descontraímos os ombros mas não nos concentramos na bacia; Não deixamos o abdômen dilatar-se relaxadamente, mas empurramos a barriga para fora; Deixamos tensa a região estomacal, em vez de deixá-la à vontade.

    5- Mantenha sua atenção focada na respiração e, quando sentir que é o momento, sinta a energia do universo, o Hara, acomodando-se no ventre e erradiando energia para todo o resto do corpo.

    Vale lembrar que você é sustentado pela Terra. "Quando nos entregamos à Mãe-Terra, nos libertamos de nossos bloqueios e tensões, pois nela nos firmamos."
    A respiração natural é pessoal e única. É uma expressão do seu verdadeiro eu no Universo e a conexão com tudo que existe. Levam-se anos para que uma pessoa desenvolva sua respiração natural e livre. Porém durante esse exercício podemos provar desse contato - ter o "Alento" mencionado.


    Intento!

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  7. Jota
    mui agradecido por mais essa contribuição
    tem um Passo de Poder em que nos conscientizamos inevitavelmente da respiração do diafragma, ela aparece mesmo;
    de pé abrace a si mesmo agarrando tenazmente as omoplatas com as mãos (uma pessoa que a vê pensa que alguem está te abraçando), então (como um daqulese compasos marcadoires de ritmo usado nas aulas de piano)incline-se primeiro para a esquerda e depois para a direita. Sentirá o ar sendo respirado não pelos púlmões e sim pelo estomago(diafragama). É extremamente energizante e simples pois puxa a energia da Terra para cima.
    PS: TUDO É SINCRONICIDADE
    Darion 13:56

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  8. Faça esse Passo várias vezes.Sentirá logo uma onda de energia e um bem-estar tremendo.
    Darion

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