Dominando o sonhar - mais um passo na jornada de um guerreiro




Caros amigos guerreiros que frequentam este espaço. Hoje deixarei aqui um relato pessoal de minha caminhada, que em certo aspecto pode vir a ajudar a quem caminha. Tenho pensado e exercitado muito o sonhar ultimamente, fruto de minha impecabilidade com a recapitulação que tem que feito acumular uma grandiosidade de energia que antes estava inacessível, perdida ou sem funcionalidade em meu campo energético. O exercício da recapitulação é um exercício que demanda atenção e concentração, já falamos demais sobre ele aqui, de diversas formas, sendo que posso acrescentar apenas que é um exercício que pode nos trazer uma mudança de 180 graus em nossas vidas e esta guinada está acontecendo comigo hoje. O que relato aqui é um de meus eventos memoráveis, e apenas o relatarei aqui pelo presságio que me foi dado pelo post de Dárion no último texto, explicando os passos relatados no livro “O presente da águia” nos estágios que antecedem o sonhar.

Por muito tempo eu vinha tendo sonhos lúcidos, em que adquiria lucidez de uma forma automática, como se meu corpo energético acordasse durante um sonho, essa é uma forma comum de se conseguir ensonhar. Contudo, foi apenas nestes últimos dias que dois eventos em potencial me deram o vislumbre do que é realmente ensonhar, e qual é o verdadeiro portão inicial do sonhar. De certa forma, fiquei meio decepcionado com certas explicações que vieram no livro “A arte de sonhar” como aquela que começa explicando como começar a nossa caminhada no reino onírico. Para quem leu, lembra que no livro o relato é que devemos olhar a nossa mão no sonho, ter essa lembrança, despertar no sonhar. Apenas depois, no desenrolar do capítulo que fala sobre o primeiro portão do sonhar, é que Carlos menciona de forma breve a questão de dormir consciente de que se está dormindo, este sim o cerne do primeiro portão do sonhar. O que tentarei aqui dividir convosco são duas coisas, sendo a primeira uma sistematização de ações práticas relatadas no livro “O presente da águia” sobre o ensonhar, e depois um paralelo com minhas práticas, para com isso tentar lançar uma luz sobre a prática pessoal de cada um neste maravilhoso mundo de sonhos.

O primeiro contato que tive com a passagem definitiva no primeiro portão do sonhar não foi acordar lúcido em um sonho, nem sequer estar consciente em um sonho que parecia muito real, na verdade, a verdadeira chegada ao primeiro portão do sonhar foi um dia em que acordei de madrugada em minha cama. Eu levantei e tentei por alguns minutos relembrar os meus sonhos, não consegui naquela ocasião. O que fiz então foi voltar a minha cama. Ao deitar verbalizei o meu intento dizendo: - eu sou um sonhador. Então me concentrei quase que instintivamente na consciência de estar caindo no sonho. Mas de uma forma diferente, concentrei-me em meu corpo, queria sentir as sensações que nos levam entre o estado desperto e o estado de sonho, este era o objetivo. Então que comecei a sentir o meu corpo vibrar, o coração pulsava de forma acelerada, a respiração estava mudando, de forma automática. Em uma situação normal eu pensaria que estava passando mal, morrendo, eu realmente sentia isso, não pela sensação física, muito mais pela estranheza da sensação que me invadia o corpo. Resolvi me entregar. Eram cerca de 4 horas da madrugada, segundo o feiticeiro Dárion, um prenúncio de que aquele seria um horário de poder para mim. Na hora a sensação me invadiu, como disse, senti meu corpo formigando, eu parecia estar expandindo meu corpo, eu sentia a energia em mim, uma euforia me invadia a medida que eu deixava o medo de lado. Então eu levantei meu dorso, olhei para trás, a perspectiva estava meio distorcida, deitei novamente. Depois levantei meu corpo inteiro. Neste momento não senti o chão, eu parecia andar em uma substância macia, como andar em um colchão de água com os pés dormentes. Me apoiei na parede, estava meio bêbado, a parede parecia macia. EU não estava percebendo ainda que sonhava. Entrei no banheiro automaticamente, sem abrir a porta, não consegui ligar a luz, nem abrir a torneira, tentei urinar mas não consegui, sequer me vi no espelho. Então vi que era quase dia, o sol já aparecia no horizonte. Voltei para o quarto ainda sem consciência do sonho, então me vi na cama, dormindo ao lado de minha filha que aquela noite dormira comigo. Eu fiquei eufórico, sabia ser um sonho, mas tinha consciência tal qual a realidade, ou maior. Cheguei perto de mim, afora a distorção do quarto, onde eu parecia bem pequeno na cama era tudo igual, e o quarto escuro estava iluminado. EU peguei na cama e a senti, então toquei meu corpo e acordei.

Foi um dia mágico, contudo, foi um dia pessoal, algo que eu não iria relatar pois não acresceria em nada aos que este espaço compartilham, eram sensações físicas, e nada palpável ainda, nada de muito factível e que pudesse ajudar a quem caminha por este estreito caminho do xamanismo tolteca.

Neste fim de semana, no entanto, comecei a senti um súbito interesse pelo livro “O presente da águia”, alguma coisa me soprava um segredo nos ouvidos, dizendo que eu poderia saber mais sobre o sonhar com o livro. Resolvi pegá-lo e abri imediatamente no capítulo sonhando juntos, e transcrevo aqui o que me interessou:

Anos antes quando eu tinha adquirido um grau de experiência em ensonhar, perguntei a Don Juan se havia processos conhecidos que fossem comuns a todos nós. Ele me disse que em análise final cada ensonhador era diferente. Mas falando com La Gorda descobri que tínhamos tanta semelhança em nossas experiências de ensonho que aventurei um possível esquema classificatório de estágios diferentes.
A vigília repousante é o estágio preliminar; estágio no qual os sentidos ficam  adormecidos mas a pessoa continua consciente. No meu caso, eu tinha sempre percebido nesta fase um derramamento de luz avermelhada, uma luz exatamente como a que via olhando para o sol com a pálpebras bem cerradas.
O segundo estágio do sonho é chamado vigília dinâmica. Nesse estágio a luz avermelhada desaparece, como desaparece a névoa e a pessoa se vê olhando para um cenário, um painel variado e estático. Vê-se um quadro em três dimensões; uma pontinha de cada coisa, uma paisagem, uma rua, uma casa, uma pessoa, um rosto, e assim por diante.
Chamei ao terceiro estágio presenciar passivamente. Nele o sonhador não está mais vendo pedacinhos do mundo, mas está observando, presenciando um acontecimento. É como se o primado dos sentidos visuais e auditivos tornasse esse estágio do sonho basicamente uma questão de olhos e ouvidos.
O quarto estágio tinha sido para mim aquele no qual eu era levado a agor. Nele a pessoa é compelida a aventurar; a dar passos, a aproveitar o máximo do seu tempo. Chamei a esse estágio de iniciativa dinâmica. (CASTANEDA, 1981, p. 107)

Transcrevi o livro para termos uma boa comparação entre o que encontrei e o que vivenciei, eu havia imposto uma meta para mim desde quando este espaço fora criado, de escrever apenas o que eu já tivesse vivenciado na prática, e o sonhar ainda era um terreno um tanto quanto arenoso para mim. Nunca havia considerado que ter alguns sonhos lúcidos seria realmente a arte do sonhar. Presságios em sonhos eu já tivera aos montes, e assumir o controle no sonhar, como o dito já também, inclusive tendo feito incursões no mundo dos inorgânicos por diversas vezes, contudo, nunca havia encontrado uma forma de sistematizar a entrada no sonho, os passos de obter a consciência no sonhar, de forma que apenas incidentalmente eu entrava em sonhos, e acredito que o guerreiro para ter algo ele deve ter o controle, a consciência, e isso que buscava até poder compartilhar algo forte no reino do sonhar.

Feita essa pequena digressão, vamos ao acontecido. Ontem, dormi normalmente, como sempre reafirmando o meu intento em sonhar, sempre dizendo antes de dormir uma frase firme: - eu sou um sonhador. Mas nada aconteceu, não consegui repetir os passos anteriores, e ver como eu passava do estágio de desperto para a atenção sonhadora. Acordei normalmente às 1:30 da madrugada, um bom descanso para quem havia dormido às 20:00. Acordei e tudo estava escuro na casa e silencioso como devem ser as madrugadas. Me levantei para anotar alguns sonhos que eu tinha tido, sonhos normais, sem controle. Fui até a sala e os anotei, tomei uma água e voltei para o quarto dormir.

Nada tinha mudado até àquela hora. Deitei em decúbito dorsal, e repeti de forma firme a velha frase, uma frase para o meu corpo energético e não para a minha mente: - eu sou um sonhador. Me arrepiei na hora, mas não pensei em nada, tentei manter a mente silenciosa enquanto eu voltava para o mundo onírico. Então eu comecei a sentir a velha sensação que havia sentido quando me projetei na data anterior. Tentei então seguir as sensações, cada uma delas. Senti primeiro uma agitação em meu corpo, ele começava a anestesiar-se, e uma sensação de formigamento percorria o meu corpo inteiro. A sensação de formigamento era externa ao corpo e no corpo. O coração começava a acelerar e a respiração a ficar difícil a medida que eu concentrava nas sensações. Isso era apenas a mudança de ritmo respiratório, eu viria a constatar isso apenas depois. Percebi que todas as sensações se dava pela concentração em meu corpo físico, em um lugar bem no seu meio, e ainda na concentração em um comichão, um formigamento, como um arrepio que sentimos quando passa um vento frio. Depois disso entrei em um estado de suspensão dos sentidos. Eu ficava em um lugar bem aconchegante, bem tranquilo de mim mesmo. Eu sabia que já estava sonhando.

Fiquei neste primeiro estágio por um bom tempo, eu tentava me mover mais não conseguia. As vezes sentia que se forçasse eu moveria meu corpo físico, então deixava de forçar. Um momento consegui levantar meu dorso do corpo energético, mas não consegui abrir meus olhos. Também planei por cima de mim mesmo, de minha esposa e de minha filha, e isso foi algo estranho, pois eu podia sentir o sonho delas, de cada uma, eu sentia que podia mergulhar neles, mas não sabia como fazê-lo, eu apenas as sentia, pois estava de olhos fechados em meu corpo energético. Então ouvi uma voz forte de mulher a minha esquerda gritando meu nome, imediatamente abri meus olhos físicos. Não sei mas acho que foram os inorgânicos tentando impedir minha prática de sonho.

Voltei a fazer os mesmos passos, deitado de bruços, foquei minha atenção na parte de meu estômago, comecei a sentir calafrios e me concentrei neles, a medida que eu me concentrava neles eles ficavam maiores e passavam a meu corpo inteiro, então meu coração disparou e minha respiração se modificou, passando por um período de dificuldade.  Então a imagem de minha sala começou a formar-se em minha frente, dentro de uma mancha vermelha, entrei na imagem. Estava flutuando na sala de minha casa, bem acima dos sofás. Olhava tudo ao redor, escuro, via a luz da rua, dos postes lá fora. Mas não conseguia sair do lugar, estava sem conseguir andar ou me mover, fiquei admirando a cena até que voltei ao meu quarto e acordei.

Depois repeti o processo e entrei em uma cena de uma poltrona, eu estava deitado em uma poltrona, consciente totalmente do sonho, e via a discussão de dois homens por coisas bestas, sobre futebol ou algo assim, a cena não me agradou e voltei ao estado inicial, onde sabia estar deitado, entre o estágio 1 e 2 da descrição de Castaneda.

Então a mancha vermelha se alargou e vi outra cena, a mesma poltrona dividida em pedaços. Eu queria pegar um pedaço dela, e consegui, senti que poderia trazê-la para minha casa, e tentei, intentei que queria, mas uma voz me interrompeu e me disse que isso ainda não era possível, que eu deveria treinar a minha atenção sonhadora inicialmente e que eu ainda não tinha energia disponível o suficiente para trazer um objeto para a minha casa.

Entrei então novamente no estado de sonho, na vigília repousante. Vi outras imagens, no meio delas uma voz me falava que eu ainda não tinha muita energia, e meu corpo ainda estava sendo forjado por mim, por isso os sonhares seriam inicialmente breves. Eu então gritei o nome de Dárion no sonho, no estágio 2, quando comecei a ver uma cena, então entrei em uma cena de uma loja esotérica. Na loja tinham vários gnomos, e figuras pequenas, alguns cristais e incenso. Eu olhava para o Dárion no balcão conversando com a mulher, uma senhora, enquanto uma menina mais nova passava pelo fundo do balcão. Ele pedia algo, mas eu o interrompia, levantava suas mãos e mostrava a ele gritando: - Dárion, acorda, é um sonho, vamos aproveitar, mas ele deixava as mãos caírem e nem dava atenção, como se ele estivesse sonâmbulo ou bêbado. Eu sorria, olhava minhas mãos, e as via estranhas, desfocadas, parecendo três em duas. Eu escolhia um pequeno dinossauro vermelho e colocava ele na frente do Dárion, pedindo para ele se lembrar disso para sonhar.

Então eu voltava, ao estágio 1. Sentia as sensações todas novamente, e então escolhia uma cena de minha infância, de um manancial de água, um ribeirão no meio do cerrado. Eu começava a andar pela água, eu sorria, consciente eu dizia: - Como meu sósia gosta de água, e gargalhava. O lugar estava meio sombrio, mas muito claro, de uma clareza cristalina. Eu caminhava até um tronco caído no meio do rio. De repente minha filha estava ao meu lado, ela tinha medo de atravessar a ponte, eu a pegava e jogava do outro lado, e ela desaparecia, não era ela na verdade, era algo para tirar a minha atenção. Então eu via a magnitude do lugar. Ao redor do riacho havia uma formação rochosa, coberta de uma areia bem branca, que contrastava com o céu negro, eu desejava ir para cima e ia para lá. Eu caminhava por um lugar maravilhoso de uma energia ímpar. Não haviam pessoas, nem animais, apenas eu, o céu e as rochas e areias. Eu estava tão consciente que poderia ficar ali para sempre, sentia o posar no chão, olhava cada detalhe do lugar. Então uma depressão na rocha me chamou a atenção, e uma voz me disse:  - É um local de poder. Eu caminhava para ele e senti meu corpo encher-se de energia do lugar. Não consigo descrever a beleza daquilo, nem o grau de consciência que eu estava ali, digo que nunca nem desperto tive tão consciente de mim e do universo que me cerca. Caminhei então pelo que me pareceu horas por aquele lugar, olhando tudo, e sentindo tudo, tocando, cheirando e observando tudo. Um adentro que coloco, é que quando era pequeno, havia uma feiticeira que gostava de fazer trabalhos de limpeza para meu avô, nesta cidade em que tínha o ribeirão (foto abaixo), ela me falou um dia, há muito tempo, que recebeu seus dons naquele lugar, segundo ela, quando jovem ela entrou em um portal e ficou nove dias sumida do mundo, e o portal se abriu para ela naquele lugar.

Então uma hora fui sugado daquele lugar. No meu quarto, já confiante, repeti o processo, me senti mais energizado, creio que pelo local de poder em que cheguei no sonho. Então intentei o nome de Jéssika e Tori. A imagem que surgiu foi de uma cidade, parecia na verdade uma estação de metro. Eu me levantava de uma maca que estava ali no centro. Estava consciente de tudo. Procurava o Tori e o chamava, mas não o via, então via uma outra maca com a Jéssika ali, eu a acordava. Ela levantava bêbada. Eu insistia para ela ver as mãos e acordar, mas era inútil, ela parecia bêbada. Mas caminhava comigo naquele lugar. Eu estava novamente em um estado de consciência aguçada, impressionante, eu queria ver todos os detalhes. Então nos dirigíamos até a entrada de um evento. Eu via várias pessoas conhecidas ali que tentavam me impedir de entrar no lugar, mas eu não estava nem ai, eu tinha tanta energia que queria testar as possibilidades de minha consciência. Eu entrava no lugar, e a medida que as pessoas tentavam chegar perto de mim eu as repelia apenas com a vontade. Toda hora eu olhava para as mãos e me repetia que era um sonho, eu estava ansioso, pois a realidade era absurdamente grande. Vi então uma amiga, ela esta estática ali. Eu corria e falava para ela que a daria um presente, a mostraria uma coisa mágica. Então eu levantava as mãos dela e falava que era um sonho, mas ela não entendia. Eu mostrava para ela energia nas coisas mas ela não percebia, então a Jéssika a levou dali. Eu não sei para onde mais as duas iam em um carro para algum lugar. Eu sorria daquilo, eu derrubava algumas coisas, estava cheio de vigor, queria ver as possibilidade do que eu podia fazer ali, consciente como estava. Logo lembrei de ver meu corpo. Intentei verbalmente que queria ver meu corpo dormindo. Logo fui para a maca de onde havia despertado no sonho. Eu estava ali, alguns anos mais novo, dormindo profundamente. Não entendi a cena, então fui me ver mais de perto. Era eu, careca, de cabelos raspados como costumava a usar. O eu que estava na maca acordava. Eu sabia que era eu. Na hora desta sensação eu me vi da perspectiva daquele eu mais novo. Eu ainda sabia que era um sonho, eu olhava minhas mãos e olhava para o outro eu, de um lado eu estava mais novo e do outro eu estava bem velho, com cerca de 60 anos, cabelos brancos e maiores, estava mais magro, mas muito cheio de energia. Então minha percepção teve uma dualidade, eu me via novo, e velho. Resolvemos, resolvi me fundir, aqueles dois eus iriam se fundir. Nesta hora a coisa mais louca aconteceu, eu sabia que estava no quarto, deitado, sonhando, e tinha três percepções distintas, mas juntas. Dei as mãos para mim mesmo e comecei a me fundir. Então na hora veio uma compreensão de algo que acontecia há alguns dias. Sempre eu sonhava com o meu passado e futuro, quase todas as noites, coisa banais do futuro que aconteciam no dia seguinte, e coisas do passado que eu recapitulava. Entendi então que cada uma era a lembrança de uma parte de mim, eu estava em pedaços e agora estava me recompondo. Quando essa percepção veio me senti fundindo a percepção em uma só, eu podia acordar em qualquer lugar, eu sabia, mas acordei em meu quarto, sentindo a totalidade de meu ser. Eu tremia, e agora que escrevo estas linhas me sinto tonto, o mundo rodando, meu estômago embrulhado, parece que o mundo vai desabar, mas vamos em frente.

Então acordei, me levantei, aquela quantidade de sonhos me exauriu, e ao mesmo tempo me deixou energizado. No meio da tarde tirei uma sesta no meu serviço, e na hora senti a mesma sensação, consegui refazer os passos, mas quando a mancha vermelha se aproximava, eu acordei, não queria sonhar ainda, não tinha tempo, e senti que não era o lugar.

Apenas para finalizar, transcrevo ainda uma parte do capítulo do mesmo livro, “As complexidades do sonhar”, que podem ajudar no preparo do sonhar para os guerreiros que aqui frequentam.

A vantagem de estar em elevado estado de conscientização é que eu podia seguir minha transição de um estado de vigília a um estado de sonho [...] O primeiro passo foi uma dificuldade incomum de respirar. Não uma dificuldade em inspirar ou expirar; não fiquei sem ar – ao contrário, minha respiração mudou de ritmo de repente.[...]
Zuleica me disse que deixasse meu corpo fazer o que fosse necessário, esquecendo de direcioná-lo ou controla-lo. [...] A princípio senti uma coceira muito especial, uma sensação física que não era agradável nem desagradável; era como que um tremor nervoso. [...] Fiquei pasmo ao perceber que era não só uma sensação generalizada em todo meu corpo físico como fora dele, e ainda assim eu continuava a sentir. (CASTANEDA, 1981, p. 200-201)

Finalizo deixando algumas dicas práticas para o sonhar, da forma percebida nestas experiências. Primeiramente, para ensonhar precisamos estar descansados, não adianta tentar ao dormir, quando estivermos cansados, no primeiro sono. Recomendo dormir primeiro 4 ou 5 horas e acordar durante a madrugada para experiência. Don Juan recomendavam ensonhar pela madrugada ou no começo da manhã, pois a primeira atenção está dormindo. Recomendo ainda ao acordar durante a noite, levantar, caminhar um pouco, despertar um pouco a mente, escrever algo, ou apenas beber um pouco de água, relaxar das necessidades fisiológicas e voltar a deitar. Recomendo ainda deitar em decúbito dorsal. Fazendo isso, concentre-se no meio do corpo, e tente sentir algum calafrio, se sentir, concentre-se nele e deixe-o invadir todo o corpo, nesta hora, o coração pode acelerar e a respiração mudar o ritmo, não tenha medo, concentre-se em uma cor que vai aparecer, e entre na cena, você estará sonhando. Os passos também parecem servir para levantar o corpo energético no lugar de sonho, mas esta é uma outra prática que ainda não consegui atingir de todo, então deixo para escrever aqui em uma outra oportunidade.

Intento a todos!

Comentários

  1. aushasuasuh... Fico feliz pelos seus avanços, guerreiro! Não disse que era apenas uma questão de tempo? rsrs... Engraçado que essa noite eu não tive nenhum Sonhar especial, mas me lembro de ter sonhado com multidões... Sempre que possível tente me acordar no Sonhar... Tentarei fazer o mesmo... Um hora vai acabar funcionando... Uma vez o Tori quase conseguiu...rsrs... Logo Logo estaremos todos aprontando altas no Sonhar! kkkkk... Agora é importante a gente manter a serenidade e a confiança... Da vez que eu cheguei no terceiro portal do sonhar, minha euforia me bloqueou de tal forma que mal conseguia me lembrar dos sonhos comuns durante a noite... Mas acho que nós já smos experientes o suficiente pra sabermos qdo estamos saindo do controle...

    Sinto que daqui pra frente essas coisas vão passar a acontecer com frequencia cada vez maior... Assim que conseguir alcançar meu duplo posto no meu blog como que o lance funciona para as mulheres (parece que existem diferenças pequenas porém cruciais). Ironicamente tenho sido treinada no Sonhar para o Sonhar, rsrs... E em um desses 'treinamentos', uma velha senhora me passava uma mensagem muito importante: recapitular e sonhar andavam extremamente juntos, lado a lado. Se um trava, o outro também trava... Ela deixou muito claro que eu não podia me esquecer disso, que isso era muito importante. Então repasso o recado aos passantes. O que libertamos na recapitulação, disponibilizamos para o Sonhar e o que usamos no Sonhar sela o que recuperamos na Recapitulação. A única coisa que pode romper esse ciclo virtuoso é falta de impecabilidade em nosso dia-a-dia e/ou quando desviamos essa energia para 'outros fins', rsrs... Ainda assim, o equilíbrio geral entre as energias masculinas e femininas em nós é fundamental para conseguir manter a Disciplina. Isso foi outro ponto que ela mencionou... Cada um deve encontrar o equilíbrio ideal entre forças masculinas e femininas em nós. Fazendo isso teremos a energia necessária para mantermo-nos focados e disciplinados nesse ciclo virtuoso, mesmo apesar das forças externas que possam agir em nós para que nos afastemos dele. E além disso, manter o Intento fixo, o propósito dentro de nós, como um norte, um foco.

    Agora é continuar fazendo o que já sabemos fazer... Guerrear! rsrs...
    Temos um universo inteiro por descobrir!

    Intento!

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  2. No livro O segundo circulo do poder as irmanzinhas fazem uma serie de demonstrações.
    Primeiro elas rolam no chão para receber energia da Terra, depois uma delas corre pelas paredes, outra se pendura no teto e balança como um pendulo, e por ultimo Josefina esconde totalmente seu corpo atras de seu antebraço. Elas explicam que usam as "linhas do mundo" para realizar esses atos da segunda atenção, e chamam isso de SONHAR. Então é possível "sonhar" desperto, partindo da vigília?

    Sempre fiquei um pouco confuso com esse conceito de "sonhar"/ensonho, mas definitivamente ter sonhos lúcidos não é "sonhar", pelo contrario, tem inúmeras pessoas que leem a arte de sonhar, ficam lúcidos nos sonhos e pensam que são feiticeiros, se tornam fanáticos, isso é perigoso. Ao se tornar lucido no sonho você não está ganhando nada, só estará chamando atenção dos inorgânicos, e eles se aproveitaram desse estagio e da fragilidade/falta de controle/falta de sobriedade do individuo. Esse livro A arte de sonhar está carregado do intento do mundo dos inorgânicos, é de uma época em que CC dizia "esqueçam os livros" "queimem os livros", isso já foi muito debatido aqui, mas é sempre bom ficar atento aos caminhos obscuros que CC trilhou principalmente na fase final de sua vida.

    Só uma duvida, Darion e Jessika, vcs notaram algo nesse dia que o Enio ensonhou com vcs?? ou foram só imagens sem relação com seus corpos energéticos? não entendi muito bem isso..

    abraço a todos e obrigado pelo relato Enio, precisamos de mais pessoas dispostas a caminhar como o Enio, pessoas que enfrentam o medo do desconhecido e se entregam nos esforços de desvendar os mistérios do caminho na pratica, confesso que ainda estou engatinhando, as vezes avanço mas sinto também que retrocedo muito, cada passo que eu do pra frente volto 2 pra trás, não temos tempo a perder, o que vc faria se hoje fosse seu ultimo dia na Terra?? é essa sobriedade que me falta...

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    1. Leonardo, é muito interessante perceber isto, eu mesmo não havia notado, mas no livro a Arte do Sonhar, propositalmente por algum motivo Castaneda modifica algumas coisas e suprime outras em relação ao sonhar. Acredito que o mais importante seja a questão de conscientizar-se de entrar no sonho, só assim adquirimos o controle total. Sobre a época que foi escrito a arte do sonhar você está certo, na época o nagual havia modificado algumas coisas em sua vida, tais como:
      1 - ele não dava mais palestras gratuitas e intimistas, e nem levava grupos a excursões em montanhas e locais de poder;
      2 - ele tinha uma linguagem mais abstrata e menos pessoal, começou a colocar-se mais distante;
      3 - As mulheres começavam a responder por ele no grupo;
      4 - ele mandava esquecer os livros, dizendo: aquilo é o velho eu sou o novo (referindo-se a tensegridade);
      5 - em uma de suas últimas aparições, ele disse que havia direcionado a energia de grupos de tensegridade para libertar Don Juan e seu grupo do domo dos naguais, na segunda atenção, e permitido a eles entrar na terceira atenção;

      Ou seja, foi uma mudança drástica, e como última pontuo a principal, a inclusão goela abaixo de Carol Tigs em sua lista, como mulher nagual, sendo que antes havia sido colocado nos livros que CLara era a sua contraparte, a mulher nagual que partiu junto com Don Juan, e como na tradição tolteca esperaria por ele do outro lado das linhas paralelas, como um guia ao grupo.

      Ou seja, no fim tudo mudou, bem como o seu ensino do sonhar, o que pode ter desviado muita gente do caminho original, não sei as implicações disto, mas, sigamos e nossa busca pela liberdade.

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    2. Difícil saber exatamente o que ocorreu e como se deu, minha intuição me diz que Castaneda e as bruxas fizeram algum tipo de pacto com os inorgânicos, essa historia de que as 3 receberam os ensinamentos diretamente do Dom Juan também nunca me "desceu".

      Tenho pra mim que um dia, no momento certo, farei uma viagem ao México, Confiante que o intento me guie e me coloque em contato com nativos que ainda carregam a tradição oral viva, alias, não precisamos nem ir tão longe, no Peru, na Venezuela, até mesmo em algumas regiões do Brasil, as tradições nativas continuam vivas..Enquanto isso sigo o meu caminho solitário no caos do meio urbano.

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  3. Caros amigos, vou dar um puxão de orelha em nós todos. Acredito que devamos agora deixar de lado esta questão de o que Carlos fez ou deixou de fazer depois de certo tempo, já discutimos sobre isso, e nada que falarmos vai mudar em nada a situação, e o pior, estaremos desviando o foco do legado deixado por ele para a pessoa que foi ele, são coisas distintas. Inobstante as possíveis mudanças feitas por ele, acredito que devamos ter uma deferência a todo o legado que ele nos deixou, por ser uma pessoa ímpar, somente estamos aqui, discutindo tais assuntos, e evoluindo em nossa caminhada por conta do que ele deixou, por conta de seu legado.
    Deixemos de adentrar nesta esfera, e sejamos humildes para reconhecer no nagual Carlos o homem que nos deu a chance mínima de estar aqui, só isso demonstra o poder que ele teve, e a força de sua herança. Deixo aqui meus agradecimentos a ele, o novo nagual, de quem somos herdeiros e continuadores solitários de um conhecimento que a cada dia nos permite ir mais longe na senda do autoconhecimento.

    Meu forte intento ao nagual Carlos,
    onde quer que ele esteja,
    seja o que o tenha levado até lá.
    Um dia todos nos encontraremos, de uma forma ou de outra no outro lado.

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    1. Olá Enio,

      Fico feliz que tenha tocado nesse assunto... Creio que esse Caminho e o xamanismo como um todo tenha muito a ver com uma busca interior, em direção a si mesmo. Nosso instinto de manada tende a nos boicotar com sua tendência a transformar os que nos ajudam, os mensageiros, em heróis. Esse hábito abre o espaço necessário à deturpação do Conhecimento verdadeiro. Vamos ser gratos aos que nos apoiaram, mas não permitamos 'pedestais' para ninguém em nossos corações.

      Intento!

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  4. Hermanos Guerreros Buenos dias
    poderia dar uma dezena de relatos de ensonhos que tive, ensonhos que iteragiam com a realidade. Em um deles sentia que um kamarada (Marcos),sabendo dos meus exercicios de ensonho, uma vez tentou entrar em um deles. Então eis que conscientemente no ensonho fui até a porta de seu quarto onde ele estava com sua esposa e gritei para ele parar com as tentativas. Eis que no dia seguinte relatei o fato para uma outra pessoa que ele não conhecia. No mesmo dia me encontrei com o kamarada e ele me disse em tom de brincadeira, "Velho bruxo, FDP" você apareceu na porta de meu quarto brigando comigo até minha mulher se acordou com aquilo.
    Nm outro ensonho, fui levado até terras maias ou toltecas (este povo se mesclou no auge seu periodo), lá um antigo me mostrava uma piramide e estava nevando fora da piramide! Em nossa incursão me mostrou um báu contendo objetos antropomórficos como apitos ele diza que eram chochoques. Fiquei com aquilo na cabeçá, a internet nem existia. Anos mais tarde consegui uma confirmação. Procurei na Net com várias grafias para o nome que ele tinha falado: Chochoque,chochok, xoxok. Qual foi minha surpresa quando encontrei XOXOQUE, a grafia correta. Era uma palavra nahua usada mo estado de Durango(Mexico). Só agora,depois entrando em contato com um aluno de Castaneda (Mestre? Prata da Soicedade Nagualista) ele me disse que aquela palavra significava "aliados". Tem isso lá pode procurar nas entradas.(MELO Brasil). Como poderia saber dessa palavra antiga a´te mesmo esquecida e nunca estive no México?
    Dárion 08:35 18/07/2012
    * * *

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  5. Mas isto não vem ao caso, são experiencias pessoais.
    O que gostaria de acrescentar era que D.Juan dizia:
    Calaro dialogo interno é a chave para a entrada na feitiçaria e que a Retrospectiva (Recapitulação) é a ESPINHA DORSAL de tudo que fazemos, é o que nos dá a energia extra para utilizarmos no ensonahar quando através do exercicio (da restrospectiva) nos liberamos das amarras dos eventos dirunos que regurgitamos durante o sonhar.
    Abraços Guerreros
    Dárion 08:40
    PS: Isso sem contar o ensonho pré-concebido que tivemos Hermano Vento e eu, onde quase nos queimamos em uma estrela.
    * * *

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  6. Devemos dar bastante atenção a elucidação que Hermano Vento deu sobre os passos no ensonhar(sonhar com lucidez). Nos livros "não" eocntramos isso com explicações detalhadas, só após a vivencia é que chegamoa a um consenso.
    Grato Hermanos
    Darion

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  7. Esta foi a confirmação que encotrei na net que a palavra que o antigo me disse dentro na piramide. |Veja que nem mesmo o cara do texto fala de que nem todos mexicanos falam nauhautl e tem a tradução: de XOXOQUE que quer dizer "verde" e segundo o "Maestro"? Plata signifca "aliado":

    "¡¡HAAA!!! Se me estaba olvidando, Jesusa quiere que todos divulgemos el ultimo mensaje de la finada Ernestina Ascencion Rosario, el cual fue: "PINOME XOXOQUE NOPAN OMOTLATLAMOTLAQUE" que para aquellos que no hablamos Nahuatl, significa: "Soldados vestidos de verde se me echaron encima", asi que adibulgarlo a unque le pesa a la CNDH."
    Darion 09:40

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    1. Nossa... Não entendi (talvez por não conhecer o contexto). O que tem a CNDH a ver com isso? Encontrei essa tradução no google tradutor:

      "HAAA eu estava esquecendo, Jesusa divulgemos quer que todos a última mensagem do falecido Ernestine Ascensão Rosário, que era:" PINOME XOXOQUE nopan OMOTLATLAMOTLAQUE "para aqueles que não falam o Nahuatl, significa" soldados vestidos verde pulou em mim ", por isso pesa mbora adibulgarlo à CNDH."

      Está correta essa tradução? Essa CNDH é um negócio de Direitos Humanos, é isso?

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    2. Jota
      o texto que interessa é somente a parte nauatl para mostrar que a palavra XOXOQUE
      existe, só isso. O texto foi de um alerta de campesinos indios mexicanos contra a violencia da polcia que jogu essa tal mulher de um desepnhadeiro.
      a palavra XOXOQUE foi o que o antigo tolreca me ddisse na piramide.
      Leia o texto anterior que escrevu que entedreás.
      Darion
      Intento

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    3. Ah tah... Eu tinha entendido o lance do xoxoque, só não tinha entendido o lance da mulher campesina... Obrigada por elucidar =]

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    4. Dentro da piramide o Antigo havia me dado um manto feito de penas pois estava
      nevando lá fora.

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  8. Acrescentando uma coisa:
    devemos dormir como Hermano Vento falou, só que deitados do lado direito que é a região de sonhar. D.Juan fala isso várias vezes.
    Hermano Leo
    no "Segundo Circulo do Poder" o exercicio de "rolar no chão" para captar eneriga da Terra, só se aplica para as mulheres. Para os homens devemos ficar deitados de peito para cima com os braços verticais ao lado do corpo com as mãos em garra e com as solas dos pés juntas.
    Darion 09:47 18/07/2012

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  9. Um alimento de Poder
    Sementes de Chia.Isto mesmo,Chia. Usada pelos maias e aztecas chamada de alinento dos
    Guerreros.
    Só não tome a noite é um RedBull natural.
    Darion 09;48 19/07/2012
    APROVADO
    Intento a todos.

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  10. Para quem tem duvidas sobre olivro de Ana Catan
    o próprio cara que escreveu o prefacio(luis carlos maciel junior) esclareçe
    em Castaneda e a fresta entre dois mundos:

    LCMJ: Você conheceu a Ana Catan?
    LCM: Conheci.
    LCMJ: Ela foi realmente discípula do Castaneda?
    LCM: Duvide-o-dó!
    LCMJ: Mas no seu prefácio você admite como muito possível isso.
    LCM: Sim. Eu fui amigo dela, ela me pediu o prefácio. Sei lá, pode ter sido tudo uma coisa de segunda atenção.
    Li en não acrescentou nada
    Darion

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    Respostas
    1. Dárion amigo, já falei a mesma coisa a uma amiga, mas cada um segue o que sente no coração, sigo nesta linha, não vi poder no livro, mas pode ser que o livro tenha algum poder e eu esteja com a vista embaçada.

      intento

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    2. KKKKKKKKKKKKKKK
      Hermano Vento sou miope porém não sou cego.Vejo quando alguém quer tirar proveito de alguma coisa. Assim se sucederam com varios autores, Ken Eagle Feather, e otros más.
      abraços hermano.
      Darion

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  11. Caros amigos, compactuo aqui alguns entendimentos posteriores, seguindo os passos sobre entrar de forma lúcida no sonhar, dedilhei este conhecimento com ajuda da guerreira J.

    O primeiro estágio que precede o sonhar, a vigília repousante, é o estágio embrionário do sonho, ele é comum para dois tipos de sonhar, os antes do 3º portal e os de depois do 3º portal, então vamos as diferenças de cada passo para cada intenção.

    Relembrando o 3º portal é quando o guerreiro se vê dormindo, e decide agir, é o forjar o corpo energético de sonhar no agora e agora. Antes do 3º portal o corpo sonhador faz viagens no infinito, em outros planos, em outros tempos ou dimensões, mas sempre acontece o sonhar em outros locais do PA.

    Seguindo, no estágio de vigília repousante, quando sentimos a transição da primeira atenção para a atenção sonhadora, quando o nosso corpo fica dormente, fazemos a escolha entre os sonhos:

    1 - Quando nos concentramos no agora e agora, no local em que estamos dormindo, trazemos o duplo para junto de nosso corpo físico, e para o tempo e espaço onde estamos, ou seja, no nosso quarto, na hora em que estamos dormindo, desta forma, podemos nos levantar e ter a experiência de ver o nosso corpo dormindo, e experienciar mover o corpo energético, que é muito complicado, pois geralmente tentamos mover como movemos os músculos no dia a dia.

    2 - Quando esperamos alguma imagem aparecer, uma cena formar-se na nossa frente, estamos na verdade enviando a nossa consciência, a atenção ao corpo sonhador, ao outro eu, o duplo, onde quer que ele esteja, e desta forma, fazemos uma viagem ao desconhecido, é o tempo do outro. Não estamos conectados com o tempo e espaço de onde dormimos, e conhecemos assim lugares incríveis, outras épocas e lugares, e outros mundos completos, enquanto o nosso PA exercita o seu movimento.

    A diferença básica é que no 1, o nosso PA vai sempre a um lugar específico, o lugar onde é forjado o corpo luminoso, e através da prática de fixação do ponto ali, conseguimos consolidar um outro eu prático, que pode agir em nosso mundo (mas para mim isso ainda não é possível, mas em breve, espero, será). No ponto 2 os deslocamentos acontecem para diversos lugares, e transportamos a nossa consciência para outros tempos e espaços, e mundos, e assim exercitamos o movimento de nosso PA, podemos até encontrar pontos específicos do PA, voltando a locais que já visitamos.

    Elucubrando além, venho pensando nas posições gêmeas, e o que fazemos com isso é exatamente fixar mais ainda o PA em um ponto desconhecido, seguindo o método 2. Os riscos desta manobra é que a medida que ficamos no local com o PA fixo, a tendência é nos esquecermos do nosso mundo real, e podemos até, dizem os que chegaram ai, nos perder nestes mundos e nunca mais voltar.

    intento

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  12. Hermanos Guerreiros ótima dissecação dos estágios do ensonho
    gostaria de acrescentar "ESCOLHER UM TEMA PARA SONHAR", que por incrivel que pareça
    começou a bater esse tema para mim já de manhã assim que acordei e deu tempo de caçar e consegui encontrar em "Portal para o Ininito"

    Ele aí me perguntou se eu era capaz de escolher alguns temas para sonhar.
    Eu disse que não tinha a mínima idéia de como fazer
    — A explicação dos feiticeiros para escolher um tema para sonhar — disse ele — é que o guerreiro escolhe o tema contendo propositadamente uma imagem na mente, enquanto ele desliga seu diálogo interno. Em outras palavras, se ele é capaz de não conversar consigo mesmo por um momento e depois manter a imagem ou o pensamento do que ele deseja ao sonhar, nem que seja apenas por um instante, então o tema desejado lhe virá. Estou certo de que você fez isso, embora não tenha consciência do fato.
    Darion 07:46 23/05/2012

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  13. Agradeço ao empenho dos Guerreros Vento e Jessika que nos dispnobilizaram esse intento.
    Darion 08:00 23/07/2012

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  14. Hermano Dáro, muito obrigado pela complementação importante, eu havia me esquecido desta parte, muito importante em nosso propósito de consciência, digamos que seja esta a cereja no bolo do sonhar, kkkkkk.
    Lembrando que já tivemos a chance de conseguir juntos esta façanha, de ensonhar juntos e ainda nos lugares que escolhemos, como na ponte, nas pirâmides.

    Intento hermano

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  15. E aproveitando sempre o embalo da melodia da Lua cheia.KKKKkkk
    Darion

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  16. Gostaria também de parasbenizar ao guerreiros que esmiuçaram tão bem a arte do ensonho com informações que não encontrei até hoje nem nos livros nem em outros blogs. Trabalho muito bem feito.Dá um capitulo de um livro.
    Darion

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  17. Buenos dias Guerreros
    Hoje dia 25/07/2012 é segundo os Maias o chamado "dia fora do tempo"
    que serve para quebrarmos os ciclos de altos e baixos em nossas vidas e pedir uma
    harmonização em todo o Planeta e Universo. Milhares de pessoas estão neste momento
    sintonizados ao redor do Mundo com este Intento.
    Abraços Hermanos
    Darion 10:34 25/07/2012

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    Respostas
    1. Muito importante a informação Dárion, estejamos hoje presentes no hoje, ao máximo que pudermos, e assim tentarmos nivelar o ciclo de nossa energia com a consciência, para com isso superar as transições energéticas que regularão o período que virá.

      intento

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