Sobre um grande guerreiro da humildade e seus ensinamentos






Dispam-se de seus preconceitos antes de lerem a este texto, abram seus corações e vejam além do nome de doutrinas, de religiões, leiam com a alma e sintam o que este texto diz para cada um.

Caros amigos, hoje estava pensando e começando a escrever sobre um assunto diverso deste que agora começo. Eu escreveria sobre um tema que vinha pensando há alguns dias, mas meu computador deu um pequeno probleminha, e como nada é por acaso, acredito que o tema não teria sido propício para o momento. O computador foi arrumado, e quando o liguei, ia digitar um assunto e eis que eu cai encima de uma oração cristã, a oração de São Francisco de Assis. Me pus a meditar sobre o tema, e o porque ele havia saltado a minha frente, como um gato a minha espreita. Entendi então a relação, me tocou profundamente no coração a linda oração, que muitas vezes desprezamos por conta de nosso preconceito sem sentido com doutrinas outras que não são as que seguimos. Mas em tudo tem poder, e em todas as pessoas que caminharam com o coração, seja em que trilha for, podemos ver o poder emanar de suas palavras, sejam elas da doutrina cristã, budista ou qualquer outra que seja, a verdade está além das palavras, e as palavras são apenas as setas que nos mostram um caminho, não podemos nos focar na seta, ou nunca encontraremos o caminho para onde elas apontam.
Agora farei o que senti ser a minha missão momentânea, falar sobre este grande iluminado que foi São Francisco, um homem de uma simplicidade ímpar, que sentia ser igual a todos, e dizem que conversava com animais e plantas. Tem uma bela música, que deixarei aqui para download, que fala sobre isso, em algumas linhas a resumo: “Lá vai São Francisco pelo caminho de pé descalço tão pobrezinho dormindo à noite junto ao moinho bebendo a água do ribeirinho lá vai São Francisco de pé no chão levando nada no seu surrão dizendo ao vento bom dia, amigo dizendo ao fogo saúde, irmão lá vai São Francisco pelo caminho levando ao colo Jesus Cristinho fazendo festa no menininho contando histórias pros passarinhos”. Bem, nesta música podemos ver o que foi este grande homem, um grande xamã, claro, seguindo outra linha, diferente da que seguimos, mas um grande feiticeiro que sabia conversar com os ventos, com o fogo, com os pássaros, que detinha em si a humildade de considerar-se igual a tudo e todos, uma história de um homem de grande poder, e grandes lições podemos tirar de seus ensinamentos, porque não?
Durante vários dias, venho percebendo algo que chamo de vibração energética. As pessoas vibram de forma a equilibrar-se ao ambiente em que estão, ou com as pessoas com quem estão convivendo, claro, fazem isso de forma inconsciente a maioria de seu tempo. Uma pessoa que está em paz, em estado de calma, está vibrando a sua energia a um nível muito sutil, contudo, chegar a este estado de paz ou de satisfação não é o problema em si, o complicado é manter este estado de graça. Quando alguém chega cheio de raiva, esta pessoa está vibrando a um certo nível, guiado pela mente, um nível mais baixo de energia, um nível mais pesado e que em si consome mais energia, pois a mente tem que trabalhar arduamente para manter as justificativas que sustentam o sentimento de raiva. Desta forma, em estados de ânimo alterados como este, a mente está guiando a vibração da energia que temos no nosso campo energético. Quando duas pessoas se encontram, o que acontece é que os campos energéticos destas pessoas tendem a se equilibrar, o universo é assim, ele tende ao equilíbrio, sempre, essa é uma lei imutável. O que acontece então, é que as pessoas, de forma inconsciente, não percebem que são levadas a estados emocionais diferentes do que querem nutrir por essa força equilibradora do universo. Nos exemplos acima, quando uma pessoa que está em um estado de paz, vibrando neste estado, encontra com uma pessoa que está em um estado de ódio, e vibrando nesta energia, poderiam acontecer duas coisas. A primeira, e a mais fácil de acontecer quando existem duas pessoas inconscientes deste fluxo, é que ambas as pessoas iniciem uma discussão. A energia pesada da raiva emana com mais facilidade, pois esta energia é mais apetitosa a mente alienígena que rege a nossa vida. As energias se equilibraram em um estado de animosidade, no exemplo acima. Outro exemplo poderia ser a pessoa raivosa chegando a uma pessoa consciente deste fluxo energético. Neste caso, a depender do poder pessoal da pessoa que está vibrando harmoniosamente, a situação pode equilibrar-se em um estado de paz e tranquilidade. Vejam bem como é a sensação ao chegar a presença de um grande mestre verdadeiro, um meditador budista, um templo, uma igreja, qualquer lugar dedicado aos sentimentos mais puros e nobres. A tendência nestes locais é a energia equilibrar-se na paz e na serenidade.
Bem, neste ponto chegamos a algo que estava sendo amplamente discutido neste blog recentemente, o amor incondicional, o altruísmo. Este é um sentimento que por si só faz com que tenhamos como zona de equilíbrio a paz e os sentimentos mais nobres de um guerreiro. Don Juan, em todos os livros de Castaneda, é relatado sempre como um guerreiro que luta contra a ignorância humana, contra a inconsciência, mas luta de forma elegante, com amor e não com ódio, de forma leve e impecável, e é sobre impecabilidade sobre a ótica da oração de São Francisco de Assis que venho falar hoje. A impecabilidade, diferente do que é pensado por muitos, não é o destratar ninguém, não é o pisar em quem atrapalhe a caminhada, não é destratar quem segue caminhos diferentes, a impecabilidade é tratar a tudo como sendo igual, uma lesma, uma pedra, uma árvore e os nossos irmãos de raça. A impecabilidade é agir dando o melhor de si sempre, e dar o melhor de si é lutar a todo momento contra os sentimentos baixos que fazem a nossa energia vibrar em desarmonia. Sentimos, todos, por mais inconscientes que sejamos, que uma pessoa rancorosa, raivosa, invejosa emana uma certa energia nociva. Os espíritas dizem que pessoas desequilibradas estão acompanhadas de espíritos baixos, e estes espíritos nada mais são que os voladores, que adoram os jorros de energia gerados por sentimentos baixos de raiva, de ódio, de amargura, de inveja, de desejos. Controlar os sentimentos é controlar a forma como vibra o nosso campo energético. Enquanto um ato mal gera uma energia que alimenta apenas ao ego e aos voladores, um ato de bondade, de desprendimento, de altruísmo gera uma corrente energética que nos nutre e não nos desgasta. Isso não é teoria, faça você mesmo, haja de forma rui com alguém, com ódio, raiva, desprezo, inveja e sinta o que isso faz a você, por outro lado, haja com amor, com altruísmo, e veja como sente a sua energia irradiar. Este é o princípio de saber agira com as pessoas, com os animais, com as plantas, com tudo mais que existe, o guerreiro trata a tudo e todos com respeito, pois sabe que tudo e todos são tal qual ele mesmo. É um sentimento que parte de algo egoístico, olhando para si, verá o que lhe faz bem e o que lhe faz mal, e entendendo que somos ligados a tudo, não quererá que o mal que sente seja sentido por ninguém, mas quererá que o bem se espalhe, para que sua energia vibre de forma mais constante em estados elevados entre seres, animais, pessoas que estão vibrando neste mesmo nível energético, uma formula simples de dizer, mas que demanda disciplina no aplicar.
A oração de São Francisco começa dizendo “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz”, o que é algo impressionante, pois é uma invocação ao próprio espírito, onde o grande mago e xamã deixa claro que abstêm-se da vontade do ego  para atender a vontade e os desígnios de uma força maior, dita por ele Senhor, mas que pode ser interpretada da forma como cada um invoca a força superior que rege a tudo e todos, no nosso caso, o espírito, o verdadeiro jogador. Este primeiro trecho da oração, coincide com um dos cernes básicos do nagualismo que diz que o guerreiro segue os ditames do espírito e não de sua vontade.
Na sequência, São Francisco evoca nas suas linhas uma série de ações que combatem a vibração baixa de energia, ele diz: “Onde houver ódio, que eu leve amor”, nesta linha ele demonstra um sentimento que leva ao desgaste sendo combatido por um sentimento puro e depreendido, o amor. E o grande feiticeiro segue, equilibrando a ofensa com o perdão, a discórdia com a união, a dúvida com a fé, e neste ponto cabe um parêntese. A dúvida talvez seja um dos sentimentos mais perigosos de um guerreiro, pois ela desvia do caminho. Duvidando do caminho que segue o guerreiro tende a desconectar-se do espírito, Don Juan falava do “ter que acreditar” que nada mais é do que a fé no caminho, a fé é isso, acreditar sem ver, não duvidar, e mais uma vez o feiticeiro São Francisco é magnânimo ao pedir ao espírito forças para levar a fé aonde houverem dúvidas. Aqui fica uma lição para nós, que nos dizemos guerreiros, e que seguimos este caminho, guerreiro é quem luta pela verdade, pelo que acredita, é quem não esmorece frente as dúvidas, é quem acredita, mesmo sabendo impossível, é o que vai até o fim, ciente de sua fé, ciente de seu destino.
Então a oração de poder continua, levando verdade aonde houver erro, levando esperança onde houver desespero, levando alegria onde houver tristeza. Mais uma vez as sincronicidades são incríveis com o que praticava Don Juan e Don Genaro, sempre com pitadas de sua alegria quando os momentos eram de tensão, equilibrando sorrisos e felicidade com a seriedade do caminho, sempre equilibrando sentimentos de morbidez, que são prejudiciais, com a alegria, com suas risadas, não de escárnio, ou de deboche, mas de alegria genuína, de felicidade plena, está é a lição também na oração. “Onde houver trevas que eu leve a luz”, neste ponto, o guerreiro São Francisco mostra que a sua luta e contra a obscuridade, contra as trevas, mas não o demônio em si, mas a ignorância humana, contra os sentimentos baixos, contra a tristeza, contra tudo que leva o homem a sua prisão, contra os sentimentos e pensamentos que emanam da mente alienígena, que emanam dos obscuros voladores, que emanam da mente social, este que nos torna destruidores, matadores de irmãos em guerras, vilipendiadores de nossa Terra com a poluição e devastação, as trevas são tudo que nos leva contra a evolução, tudo que nos deixa a nossa luz ofuscada e apagada, e cada um sabe bem o que é, sem que ninguém precise explicar.
Na segunda parte da oração, o grande mestre São Francisco, solicita mais uma vez ao espírito o seu intento, verbaliza a sua intenção, sabedor que as palavras tem um infinito poder para chamar ao intento ele fala: “Ó Mestre, Fazei que eu procure mais...”, e discorre uma série de situações, e neste ponto cabe uma pequena pincelada de considerações. O que São Francisco pede é clareza no caminho, ele pode que console mais do que seja consolado, pois ele sabe que se consolado precisar ser, é porque lhe faltou sabedoria em sua caminhada, ele pede para compreender mais do que ser compreendido, pois ele não quer ter a visão clara obscurecida pelas trevas da ignorância, ele quer mais compreender, pois sabe que não pode exigir de quem não tenha atingido o seu degrau de iluminação o compreenda, ele sabe que cada um tem seu tempo, e deixa isso claro. Ele pede para amar mais que ser amado, pois ele quer manter a sua visão clara, de que o amor incondicional deve ser inerente ao homem de conhecimento, quem já consegue ver, sabe amar de forma incondicional a tudo e a todos, e pedir que ame, é pedir que se mantenha o seu estado de iluminação, e estando iluminado a ponto de amar a tudo e a todos, o iluminado consegue equilibrar a energia em um nível vibracional mais alto, mais sereno e pacífico, um estado de luz. Na presença de um grande mestre, como já disse, o equilíbrio se tende a energia deste mestre, assim era narrado por Carlos os estados mágicos atingidos estando na presença de Don Juan, e assim deveria ser para os afortunados que estiveram na presença de São Francisco de Assis, um ser de luz, como tantos outros que já passaram, que estão e que passarão por esta Terra.
A finalização da oração é algo magnifico em si, um dos grande princípios do nagualismo é discorrido ali, quando diz que dando que se recebe, é assim com o conhecimento, o acumulando e escondendo, nos afogamos com ele, o compartilhando o fazemos crescer, todo mestre sabe que doar conhecimento lhe faz crescer, isso é o significado deste primeiro verso. “É Perdoando que se é perdoado”, aqui o desapego aparece de forma marcante, e a oração mostra que devemos nos livrar do passado, dos pensamentos e ações que passaram, perdoando, recapitulando, e só assim que somos perdoados por nós mesmos em nosso interior, só assim que nos livramos do passado, e é assim que morremos para o mundo, como ele finaliza a oração “e é morrendo que se vive para a vida eterna”, morremos para o mundo quando realizamos integralmente cada verso da oração, morremos no sentido de nos desligar de nosso eu, nosso ego morre, e apenas com a sua morte, com a morte do eu irreal, o eu apegado, o eu de ódio, o eu de tristeza, o eu que apenas quer receber, o eu que se pensa superior, é apenas matando esse eu, essa mente forânea que despertamos, e despertar em nossa plenitude, é nascer e viver para a vida eterna.

Comentários

  1. Fui afortunado de estar na presença da energia deste grande guerreiro durante um encontro com uma aliada de poder. Eu o abracei e intentei luz, sua energia me acalmou, senti ele sentado ao meu lado, separado de mim por uma barreira de intensidade.
    Vibramos em harmonia. Compreendi, neste dia, o intento verdadeiro do conhecimento. O intento de luz, de paz.
    No momento em que cantamos sua oração, compreendi profundamente o que o guerreiro Enio delineou nestas poucas linhas aqui, a intenção verdadeira, a grande verdade inerente ao conhecimento é a perda do ego, da auto-importância. É a sapiência de que nós somos todos iguais a todo o resto, que somos seres de luz, de paz.
    Vibremos em harmonia guerreiros!

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  2. Hermano Vento
    este post em sí já foi uma oração. Engraçado como as coisas acontecem. A poucos dias vinha pensando justamente nesse grande Guerreiro e encontro este post hoje.
    Uma das armas, senão a principal do Guerreiro é a humildade.O que este homem tinha em grande escala. Era um guerreiro que percebeu que não é matando o coração dos homens e sim abrindo os corações que ele poderia transmitir verdadeiramente o conheicmento de Jesus. O despagego era outra arma que esse guererero tanto manejava em suas batalhas da vida. despaegou-se de tudo, era rico e até de suas túnicas suntuosas de despojou.
    Um homem impecavel tem um Poder enorme que irradia a energia por todos seus poros. Com certeza esse homem irradiava uma luz de cor ambar a que tanto guerreiros almejam. Não digo que saiam por ai dando suas coisas para os outros pois podemos fazerr uso das coisas em nosso caminho sem a elas contudo nos apegarmos. O apego é um dos grandes inimigos, um dos piores, ninguém quer se desapegar. É um estado de consciencia dificil de se atingir.
    Dárion 08:15
    In lak ech ala Kin

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  3. Outra coisa que ele preconizava em seus atos o Afeto com a Terra e sua integração e harmonia com a Natureza que mais?
    Darion

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  4. É preciso coragem para aliviar a bagagem que carregamos ao longo da vida. Seja ela de bens materias como também de crenças e pensamentos cristalizados ou obsoletos.
    Praticar o desapego é acreditar que o que se possui verdadeiramente nunca se perde, sempre está aqui e, quando compartilhado, aumenta, não diminui. O apego nos mantém prisioneiros. O desapego liberta, é sinônimo de que reconhecemos nossa consciência divina, fonte de alegria.
    Darion

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  5. Cada ato do Guerreiro tem de estar impregnado de desapego, pois está livre de expectativas e pode ser seu ultimo ato sobre a Terra. Somente a consciencia da morte da-lhe o desapego suficiente para abandonar o antigo eu e alcançar a Liberdade.
    Darion

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  6. Um dos exerccicios de desapego que D.Juan fazia Carlitos praticar era conversar com as plantas em voz alta. Conversar com as plantas em voa alta sem pensar no que as pessoas pensem ou digam de você é um ato de depsojo de abandono. Perdemos isso e temos de reconquistar esse atributo essa virtude.
    Dárion

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  7. Obrigado aos hermanos que aqui postam seus comentários, sou muito grato por isso, por estar vibrando com vocês em sintonia, e espero que consigamos ter o coração aberto para compreender as palavras aqui expostas, e o exemplo magnífico de humildade, de desapego, e de amor ao próximo, seja o próximo planta, bixo, homem ou inorgânico. Tudo é um amigos. Este texto e os comentários aqui me emocionam, coisas de um velho guerreiro de coração mole, e a emoção é saber que tem pessoas que caminham ombro a ombro neste entendimento, e a vibração em luz nos faz chegar mais perto a energia ambarina que doa, a energia do sol, que incansavelmente doa sua luz, sua energia e sua força para as energias que vivem nesta Terra. Obrigado a todos.

    Luz, paz, Intento.

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  8. Sim Hermano, Grandes Guerreiros se fazem nos pequenos atos.
    Darion

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  9. Chamar são Francisco de guerreiro, Jesus de xamã ou Don juan de santo dá no mesmo.
    A diferença reside no efeito que cada palavras causa sobre nos de acordo com nosso sistema de crenças. Na nossa cultura ocidental, por exemplo, o termo "feiticeiro" carrega um ranço negativo, causa medo e repulsa; já "santo" tem uma conotação divina de bondade e paz. Para alem das palavras porem, o que temos são seres humanos que desenvolveram plenamente suas capacidades e pontecial.
    Um indivíduo pode ser extremamente sombrio e ao mesmo tempo um mestre da segunda atenção. A paz e o amor que tanto falamos nada mais é do que o sentimento de existir simplesmente, longe do alcançe do ego e da mente. É se camuflar na energia, então claro, uma pessoa nesse estado de ser não tem mais vontades e anseios no mundo físico, portanto, é humilde e desapegado aos olhos de terceiros. diria que bondade, humildade, desapego e etc não devem ser aplicadas com algum fim moral ou ético, mas simplesmente é como parecemos ao mundo quando alcançamos determinado estagio de desenvolvimento...afinal se amor é ser uno com o tao, o amor não existe pois o tao não pode ser descrito, claro que procuramos formas de falar e descrever mas no fundo o importante é a experiencia e entendimento direto...não sei se fui claro, nada do que eu falei aqui tem relevância alguma, apenas senti vontade de escrever...abraços

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    1. Sinta-se a vontade para escrever, quando quiser. As opiniões são assim, cada um tem a possibilidade de expressar-se da forma que quiser, é a maneira que buscamos o entendimento. Entendo quando diz que o amor é ser uno com o Tao, seguindo aquela de que o Tao que pode ser descrito não é o Tao. Mas penso que é mais que isso, ou não, como você disse, é uma forma de pontuar. O amor começa, penso eu, de algo egoísta, amamos a nós mesmos, porque isso nos faz sentir bem, e sabemos o quanto é ruim o mal quando feito contra nós mesmos. Tendo essa consciência, chegamos ao ponto de entender que o bem edifica, amplia uma rede de boa energia, de vibrações elevadas, e o mal, causa a destruição. Como somos uma célula de um grande organismo, o universo, queremos o bem de todo o organismo, porque isso refletirá em bem para nós mesmos. Sabe, acho que esse é o princípio, mas depois, o estado de elevada vibração torna-se natural, e ai sim, o fazemos autruisticamente. Acredito que tudo são degraus de evolução pessoal, cada passo de uma vez, cada degrau de uma vez. Não sei se também fui claro, me desculpe, mas tudo que falamos tem alguma relevância, cabe saber aproveitar.

      Luz, paz, intento.

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  10. Hermano anonimo
    as palabras vivem nos pregando peças.Humildade hoje em dia é levada a uma conotação não de valor e sim de miseria,pobreza, e coisas assim ou até mesmo subserviencia. Porém quando falamoa de humildade em nosso contexto assume sua verdadeira forma e valor.
    Dárion

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  11. extractos dos libros de Carlitos sobre Humildade
    Um guerreiro aceita seu destino, seja qual for, e o aceita na mais total
    humildade. Aceita com humildade aquilo que ele é, não como fonte
    de pesar, mas como um desafio vivo. É preciso tempo para cada
    um de nós compreender esse ponto e vivê-lo plenamente. Hoje
    sei que a humildade de um guerreiro não é a humildade de um
    mendigo. O guerreiro não curva a cabeça para ninguém, mas ao
    mesmo tempo, não permite que pessoa alguma curve a cabeça
    para ele. O mendigo, ao contrário, prosta-se de joelhos por qualquer
    coisa e lambe as botas de quem quer que ele considere seu
    185
    superior; mas ao mesmo tempo, exige que alguém que lhe seja
    inferior lhe lamba as botas.4:25
    A autoconfiança do guerreiro não é a mesma que a do homem comum.
    Este busca a certeza aos olhos do espectador e chama a
    isso autoconfiança. O guerreiro busca a impecabilidade a seus
    próprios olhos e chama a isso humildade. O homem comum está
    agarrado a seus semelhantes, enquanto o guerreiro só se agarra
    a si mesmo. Talvez você esteja perseguindo uma quimera. Busca
    a autoconfiança do homem comum, enquanto devia estar por trás
    da humildade do guerreiro. A diferença entre os dois é notável. A
    confiança em si significa saber algo com certeza; a humildade significa
    ser impecável em suas ações e sentimentos.4:14
    Dárion 07:40 11/10/2012

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  12. Já estava com saudades de suas postagens, Vento!

    Ver essa imagem fez meu ventre gelar. Meu avô paterno era um fiel discípulo de São Francisco. Ele afirmava que seu maior desejo era ter uma choupana à beira de um rio, onde pudesse viver da mata e da pesca. Moravam no interior do Paraná, em um ambiente urbano, porém pequeno. Minha avó, também uma profunda buscadora não queria aquela vida e dando-lhe um ultimato, foi com os 4 filhos para uma cidade grande em Minas Gerais. "Se você quiser, venha comigo, se não, estou indo sem você." Apesar dos dois serem buscadores, a simplicidade e humildade do meu avô (que às vezes expressava-se em auto-anulação e auto-boicote) irritava minha avó, sempre orgulhosa. No final da história, divorciaram-se, minha avó viva e ativa até hoje, e meu avô acabou desenvolvendo um câncer fortíssimo e faleceu quando eu era pequena. Por muitos anos ele foi apontado pela família como o vilão da história por não ter tido ambição na vida. Para mim, ele era uma figura muito forte, pacífica e imponente. Transmitia uma sensação de responsabilidade e horna, que meu pai herdou. Passaram-se os anos, e vejo-me hoje herdando a mesma sina que ele - buscando a simplicidade em uma família que não compreende minha busca. Por algum motivo ainda não muito bem compreendido por mim, minha busca que antes só me traziam conflitos familiares, passaram em questão de meses a fazê-los compreender aspectos deles mesmos que eles antes não tinham consciência - e também do meu avô. No final da história, era como se meus avós fossem para mim símbolos de duas partes que viviam dentro de mim mesma. Quando consegui curar esse conflito dentro de mim, foi como se tivesse conseguido curar também o conflito entre meu avô, já falecido (mas vivo em mim) e minha família. Tive a sensação ao escrever isso, que após ter percebido e escrito isso, que a última parte do meu avô que tinha ficado em nosso mundo está pronta para ascender e continuar sua jornada no Infinito. Acabo de ter um calafrio em concordância.

    Sou muito grata!

    Intento!

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    1. Jéssika, impressionante como as pessoas vibram com a mesma intensidade do texto, quando realmente se entregam a ele. Achei muito interessante e emocionante ler o teu relato, pois foi sincrônico com tudo que está aqui, e fico feliz por estar tendo estas descobertas. Vê bem, muitas postagens aqui falam do mesmo sentimento, bem como a história que você mesma relatou, uma história linda, sobre os contrastes humanos, e sobre a superação dos contrastes, isso é um grande presente para mim, eu sou grato por isso, e por cada resposta a este texto, que me despertou um grande sentimento de amor a tudo e a todos, espero apenas manter este sentimento.

      Luz, paz, intento.

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    2. Sinto-me da mesma forma, Hermano...As palavras são ingratas pra descrever...

      Nesses momentos é como se a palavra "guerreiro" é tão imprópria... Deveria ser algo tipo "coração de melão" ou "manteigas derretidas da Paz" sahuasuaushhasu...

      Sinto esse espaço virtual como um lugar mto precioso... Gratidão!

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  13. Divido uma experiência de paz que tive hoje amigos:

    Este dia comecei a entrar em um estado vibracional bem distinto, sentindo muito amor e paz, algo muito interessante. Comecei a concentrar-me neste sentimento e o fazendo percebi quando a mente tentava me boicotar. Percebia pontadas de inveja em certos momentos querendo emergir de mim, ódio, raiva, mas sempre focava na parte positiva das coisa que acontecia, então o estado vibracional foi solidificando-se. Sentia mesma nas palavras ásperas das pessoas, o lado que era a pessoa real, e o lado que era a mente forânea, dava para ver a distinção. Quando alguém me vinham com assuntos pesados, de rancores, de brigas, de intrigas, eu tangenciava levemente o assunto, até desembocar em um pensamento de amor, de luz, de paz. E assim edifiquei a minha semana, a todo tempo pensando na oração de São Francisco de Assis, "onde houver ódio que eu traga o amor, onde houver trevas que eu traga a luz...", era edificante, o sentimento a cada momento ampliava-se, tornava-se mais forte.
    Hoje pela manhã, comprava o presente de minha filha, a seu pedido, do dia capitalista das crianças, não importava, ela pedia e eu podia dar-lhe esta alegria. Na loja eu comecei a ver a imagem de crianças pobres vendo o dia passar, vendo presentes e alegria da televisão, nas lojas, senti uma grande tristeza, não pelas crianças, mas pela injustiça do sistema vigente, que cria desejos falsos, necessidades inventadas, e faz com que os que não consigam atingir estes desejos se sintam excluídos, menores inferiores. Pedi no fundo de meu silêncio que estas crianças pudessem ver além da ilusão imposta.
    No caminho de volta para casa, sentia a alegria do dia ainda, e passando por um terreno abandonado, vi uma criança feliz, brincando com um cd velho, e alguns gravetos de uma árvore abandonada. O sol a castigava, mas ela sorria, senti a sua energia vibrando como a minha. Alheia ao dia, a sua condição inferior economicamente, ele brincava desafiando as leis impostas pelo sistema social vigente. Eu desci do carro e sorri para ele, eu estava irradiando alegria e ele também. Nós se olhamos e ele sorriu, roupas rotas, rasgadas, sujas, surradas, o suor descia pelo rosto, os pés descalços não pareciam lhe incomodar. A pele parda, manchada do sol, ou de pano branco não sei, mas não conseguia esconder o sorriso de seu rosto, nem conseguia esconder os dentes escurecidos por cáries, e pelo mal cuidado. Eu o chamei então, ele estranhou, mas acho que sentiu minha energia, como eu senti a dele, sem palavras. Dei-lhe um grande abraço, esfreguei a cabeça dele como fazemos com as crianças e lhe dei um feliz dia das crianças, peguei o dinheiro que tinha na carteira e lhe dei. Sei que não era muito, quase nada, e parece que ele nem importou-se com o dinheiro, maior era a felicidade de estarmos vibrando em harmonia, do sorriso do abraço. Eu sai, virei as costas com um sorriso no rosto e chorando como uma criança, emocionado pelo momento.
    Fui para casa, chorando por fora, sorrindo por dentro, cheio de júbilo e gratidão para o mundo. Pensando no quanto recebemos, afortunados que somos, todos os dias, e o quão pouco damos e dividimos de tudo que temos.
    Sou infinitamente grato ao espírito por este presente, e sou infinitamente grato ao menino, não sabe ele o grandioso presente que ele me deu neste dia.

    Luz, paz, intento.

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    1. Hermano
      sei com s esentes Hermano. Fizestes uma retribuição ao Espirito do Homem. As vezeso Guerreiro dá espaço a esse parte do coração, Não é coisa de coração de Melão é o espirito falando, nos mostrando nossa parte humana verdadeira.
      então as lagrimas descem pela face do Guerrero, são lágrimas de uma alegria interna.
      Dárion

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  14. Sinto que estou acumulando energia. Não ejaculo já há algumas semanas, tenho caminhado diariamente, me alimentado bem e com sobriedade (vencendo as pequenas batalhas contra gula); mas principalmente, espreitando e observando minha mente, "cortando as asas" dela toda vez que me flagro em devaneios. Acordo e digo em voz alta: "Nenhuma palavras que surgir na minha cabeça é verdadeira, meu ser é silencioso e o resto é ilusão". Também estou fazendo 2 ou 3 sessões de respirações profundas por dia, quando me concentro totalmente na respiração, relaxo o corpo e tento manter minha mente aquietada.
    Essas práticas me proporcionaram um grande bem estar, alegria, paz... Porem sinto que não posso me satisfazer apenas com isso, esse é só um começo, estabilizar meu ser nesse estado, para ai sim, mirar voos maiores.
    Uma coisa que aconteceu devido essas praticas foi que comecei a ver pequenas bolinhas coloridas (notavelmente vermelho com verde, algo assim) durante todo o dia, toda vez que minha mente relaxa, minha atenção está "descontraída"..será que estou começando a ver energia? quando mantenho o silencio por mais tempo, as bolinhas viram minúsculos losangos intercalados, como pequenos olhos agrupados. não consigo ainda manter o silencio e a atenção nessas imagens tempo suficiente para ver o que aconteceria...
    Alguém já teve ou tem essas experiencias sensoriais?

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    1. Vez ou outra vejo essas bolas de energia, pelo que percebi, ao longo destas observações amigo (a) anônimo, é um reflexo de nossa capacidade de ver a parede de nosso ovo luminoso, vendo ele de dentro, é o que percebo. As vezes, a medida que aumenta esse estado, conseguimos ver uma áurea de luz ao redor de pessoas, árvores, e conseguimos ver vultos de energia mais facilmente. São capacidades que surgem, pelo menos em mim, da observação e o silêncio da mente. O Dárion tem um nome para isso, essas bolhas de energia, espero que ele fale algo sobre o assunto.

      Luz, paz, intento.

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    2. Hermano anonimo, são os globulos de vitalidade. São consciencia pura vinda do Universo; Conseguimos ver em alguns casos, olhando para o céu limpo. è uma das imagens mais incriveis de see ver. Milhões de pontinhos cortando o céu numa velocidade giganteca. São brilhosos e tem a cor do arco-iris em sí. Consigo ver até mesmo alguns passando bem proximo de mim.
      Darion

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  15. só complementando. não importa se olho pro céu, pruma parede próxima, até mesmo de olhos fechados, estas bolinhas coloridas estão sempre lá..como se estivesse sendo refletida de dentro do meu ser...

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  16. Hermano deves estar tendo um outro tipo de percepção mais profunda. Não as vejo quando estou de olhos fechados e não uvi de telatos de pessoas que viram dessa maneira,
    Darion 08:08
    In lak ech ala kin

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  17. Hermano anonimo assim que li o post a voz de ver me disse que tomasse cuidado com certas praticas respiratorias que ao inves de beneficios poderiam prejudicar se feitas sem a orientação devida.
    Darion 10:21

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  18. Peço que olhem a imagem desse link: http://lindaciganadooriente.blogspot.com.br/2012/09/praticas-clarividencia.html

    É mais ou menos essa "teia" de olhos que estou vendo, já tinha visto no começo das minha descobertas meditando sob efeito de LSD. Agora vejo relances desses olhos e as bolinhas por todo o dia, toda vez que minha atenção relaxa. No escuro então se eu entro em estado meditativo logo vejo as bolinhas de energia e depois vai se formando essa "teia" mas não consigo manter minha atenção e o silêncio por muito tempo....abraço.

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  19. Hermano anonimo, podes estar tendo flashbacks de sua visão. O LSD provoca isso e ainda mais não pode ser tomado mais de 4 vezes no ano. Não deverias fazer uso de tal substancia junto com uma pratica como essas. Uma coisa ou outra, hermano.
    Para desligar o dialogo interno, existem varias tecnicas, a principal que D.Juaa aludia era caminhar bastante com os olhos envesgados e enroscado os dedos das mãos
    ouxando a energia da Terra para os antebraços. Forte intento hermano.
    Dárion 07:40 16/10/2012

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  20. Ao ler o Mensagem do blog lembrei-me de um epsódio de infância. Quando tinha uns 6 ou 5 anos de idade. Uma coisa muito nítida era a hora da oração de São Francisco. Minha mãe uma católica muito devota sempre deixava um copo com àgua na frente do rádio (para captar as vibrações positivas). Sei que num dias daqueles minutos depois de finalizar a oração. Nossa cachorrinha do nada começou ter convulsões e a se contorcer, parecia que estava tendo uma eplepsia. Ninguém sabia o que estava ocorrendo. Na hora era claro que ela ia morrer. Minha mãe num ato instintivo e de fé, fez a único coisa que sentiu que poderia ter feito. Imediatamente pegou a àgua de frente do rádio, abriu a boca da cachorrinha e despejou na goela dela e ficou orando a mesma Oração. Uns minutos depois ela parou de se contorcer e ficou boa. O estranho de tudo é que foi a primeira é única vez que teve isso. Viveu até os 14 anos rsrsrs

    Legal ter lembrado disso, faz bem uns 32 anos atrás!

    Intento!

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  21. SALUDO a Hermano Vento
    pela data natalicia, feliz aniversário Hermano que o Pássaro da Liberdade o presenteie com mais conhecimento e entendimento.
    Dárion 08:16 19/10/2012
    In lak ech ala Kin
    * * *

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