As jornadas do ponto de percepção





Ontem à noite algo inesperado aconteceu, como são os atos pelos quais nos presenteiam o espírito. Chegando à minha casa, durante a noite, percebi a maravilha da lua cheia que brilhava no céu, iluminando os cantos escuros da rua, onde a luz dos postes não costumam iluminar. Não consegui ficar em casa, um impulso, o poder, o espírito me impeliam para sair, largar o que tinha para fazer e apenas caminhar. Não existem prelúdios, introduções ou sumários nas lições que recebemos do espírito, há apenas a ação simples, o aquiescer com os desígnios do intento, é o tudo ou nada, agir ou ficar para trás nas lições. Aceitei agir, há muito o aceitei e entendi que esta era a única chance de conseguir seguir o fluxo energético do universo, e encontrar a liberdade. Mais um antagonismo do caminho, deixar-se guiar pelas correntes energéticas, pelo intento, e ainda assim ser livre.
Na rua eu caminhava banhado pela lua branca no céu. A lua que a tantos iluminou a energia pessoal, envolto em mim havia o manto negro da noite. Caminhando eu analisava as belezas das construções humanas, somando-se as belezas naturais. As plantas nascendo por entre o chão preto de asfalto, rosas perfumando o ambiente de um lado, e de outro os lixos fétidos de nossa civilização. Estranhamente tudo parecia na mais perfeita harmonia, tudo estava em paz, dentro de mim. Meu estado peculiar era como aquela noite em que eu caminhava, havia um silêncio imperioso dentro de mim. Eu sabia estar cercado pela ilusão de um mundo que apenas existia no lugar fixo de meu ponto de aglutinação, e quando foquei a minha atenção neste fato energético algo se moveu dentro de mim. Comecei a sentir como o ponto de aglutinação, como a minha percepção se aglutinava na visão do mundo como eu via. Sol, lua, céu, terra, vento, tudo era a percepção gerada por aquele lugar. Senti um baque vindo de baixo de meu corpo, era o fígado, não apenas nele, era algo entre ele e as minhas costelas, e algo que os puxava de fora para dentro. Quando senti aquela fisgada, a minha percepção mudou drasticamente.
Não vi estrelas, energia, não vi nada disso, o mundo era exatamente igual, mas de uma forma estranha a minha sensação do mundo havia mudado, eu sentia algumas coisas a mais, sabia que havia deslocado a minha percepção de alguma forma especial. Eu caminhava como se imerso em algo líquido e viscoso, caminhava lentamente para sentir tudo ao meu redor. Uma voz me dizia que eu estava criando o mundo, junto com todas as pessoas eu criava aquele mundo que eu mesmo via. “Toda percepção não é apenas passiva, é ativa.” Eu entendia com perfeição as palavras, a voz do ver me dizia que eu era ator e diretor daquela e de qualquer cena que presenciava na primeira atenção, no mundo cotidiano. Eu sentia linhas de energia saindo de meu corpo, no mundo viscoso, e tocando cada parte em que eu me concentrava. Senti que aquilo era uma projeção somada de mim e de todas as pessoas na terra, esse era o primeiro anel de poder. A voz me disse então “mudar a percepção é lutar contra a força que todos no planeta empregam para manter o mundo como ele é.” eu sabia que dependia de um esforço sobre-humano para mudar a percepção do mundo, e ali eu não quereria mudar nada, apenas perceber, como era e de onde vinham as forças que criavam junto comigo o mundo que eu percebia.
Naquele momento mágico percebi como funciona o mundo da primeira atenção, percebi de forma que não há como descrever em palavras, apenas contemplar em ação. O espírito me dava a primeira lição. “A força de uma geração de feiticeiros criou o segundo anel de poder, um mundo além da força de coesão que gera o mundo da primeira atenção, a segunda atenção não é a liberdade, é um lugar onde pode-se chegar a um ponto diferente de fixação do ponto de aglutinação, e perceber a energia em outro aspecto, que mesmo diferente do mundo ordinário, ainda está longe de ser a realidade.” Quando a afirmação me veio, entendi como poderia fazer para mudar o ponto de aglutinação, e criar um ponto extra onde as forças sociais do mundo em que vivemos não mais atuassem. “Em templos, seitas, grupos de pessoas edificam um ponto levemente diferente para a fixação do ponto de aglutinação, onde as suas crenças são possíveis.” Entendi que em cada templo, cada grupo de pessoas, cada cidade, cada conjunto social formava leves diferenças para a fixação do ponto de aglutinação, que permitem ter impressões levemente diferentes da realidade. Em certos lugares as pessoas acreditam em serem míticos, e garantem que os presenciam. Em igrejas, pessoas comumente falam da visão de anjos, santos, deus, tudo permitido pela fixação de seus pontos de aglutinação, levemente diferente da ordinária e geral. Os filmes, usam técnicas que nos levam a mudar o ponto de aglutinação, os livros, um conjunto bem arquitetado de propagandas nos levam até a querer o que realmente não queremos, apenas com a criação de uma força coletiva para ancorar o ponto aglutinante. “O mistério da percepção é o ponto aglutinante, e ele pode ser usado para a libertação ou para a prisão, se você não sabe usar o seu ponto, alguém o está  usando ao seu benefício, forças externas tem esse interesse, e usam esse conhecimento com propósitos específicos, sempre a suas espécies.”
Esta hora um grande silêncio percorria todo meu corpo, eu andava a esmo pela cidade, sorvia cada detalhe do ambiente, imergindo nos entendimentos energéticos hora ou outra, mas sempre voltando a minha percepção ordinária de mundo, à ancoragem no ponto da humanidade.
Entendi que as egrégoras que se criam grupos, religiões, seitas, quaisquer grupamentos de pessoas, servem para deslocar o ponto de aglutinação, logo, em sua essência qualquer conhecimento mágico tem o mesmo foco central, com uma diferença que faz mudar toda a regra do jogo, e o fim que ele busca. Nos conhecimentos mágicos em geral, a busca é pela fixação do ponto em locais específicos, e para tanto existem mapas. Os mapas do ponto de aglutinação são facilmente desenvolvidos. Uma oração pode ser um mapa, quando a pessoa a faz de acordo com o ritual específico, ela leva a um pequeno deslocamento, que permite sensações perceptivas específicas, como um sentimento de paz, de completude, ou até a visão de Deus. Uma dança específica, uma música, tudo feito com uma ritualística bem determinada, leva o ponto perceptivo, ou PA a um local onde certas maravilhas podem ser vistas. Mas isso ainda é prisão. “Desde tempos imemoráveis dentro da linha de conhecimento em que caminha, sabe-se que o mistério está no deslocamento do ponto de percepção. Os mais antigos perderam-se quando descobriram que poderiam fixar o ponto na aglutinação de universos inteiros e novos, formando grupos de pessoas poderosas, eles escolhiam um mundo de acordo com a sua vontade pessoal, e ai estava seu erro, a vontade pessoal ditava a escolha, e assim eles saiam de uma prisão e entravam em outra. Os novos feiticeiros viram que a mudança de seus pontos perceptivos era apenas um subterfugio, e que aprender a deixar a percepção fluída era o segredo em si. Não fixar, flutuar pelo universo infinito de possibilidades é a chave para a liberdade. Conectar-se com esse intento antigo, leva a um mar de possibilidades, em que existem dois objetivos básicos: tirar o ponto de sua fixação, e conseguir ancorá-lo em quantos locais quanto possíveis forem.”
Eu comecei a sentir algo diferente, a minha cabeça girava, vi que realmente o mundo nos tangenciava a grupos, e dentro dos grupos de pessoas havia uma similaridade de pensamentos e até de atuação das pessoas. Como um grupo dos seres humanos, temos certas coisas que são universais em nossa raça, isso é o ponto central de nossa percepção, ai está o foco central da dominação dos que colocaram nosso ponto neste local específico, o local da razão. Contudo, existem oscilações deste ponto de acordo com o ambiente cultural em que a pessoa está, ou ainda em grupos em que a pessoa está, sejam sociais ou religiosos. Agindo em grupos, as pessoas tem força para modificar os seus pontos para áreas específicas. Pessoas que tem esse conhecimento muitas vezes utilizam disso com propósitos egoísticos. Cultos religiosos em que criam robôs utilizam deste conhecimento, e o pior ainda me foi mostrado, seres que sequer vemos utilizam deste conhecimento para nos manter como rebanhos. A caminho do guerreiro, no entanto, propõe uma outra visão do caminho, a visão da liberdade de percepção e não a prisão de rituais de ancoragem do ponto perceptivo do homem.
Voltei para casa naquela caminhada entendendo perfeitamente este ponto do conhecimento, agradecido pelo que tinha visto pelo que o espirito havia me proporcionado. Mas as lições não haviam acabado por ali. Durante a noite mais coisas ainda me foram mostradas, algo essencial ao meu ver, de modo que aprofundou-se o ensinamento sobre a movimentação e ancoragem do nosso PA.
Em um sonho comum que eu estava tendo, tive a súbita retomada de minha consciência, foi algo tão grandioso que acordei sobressaltado. Não me recordo do que era o sonho, mas a consciência que adquiri nele que me espantou. Acordei e naquele despertar comecei a indagar-me, madrugada adentro sobre algo especial. Questionava-me porque nos lembramos das ações de nosso duplo quando estamos acordados e ele não se recorda de nosso ser desperto quanto estamos dormindo. Questionando-me sobre isso não conseguia entender, então consegui silenciar a mente e entrar no ensonho para ter a resposta desta questão, focando apenas neste ponto. Consegui entrar em silêncio no ensonho, eu caminhava por entre uma rua asfaltada, aberta, onde haviam várias árvores perfeitamente emparelhadas, e iguais entre si, em ambos os lados da rua. Como era costume ter encontros com Juan Cortez, não olhei para o lado para confirmar, no início achando ser ele, fiquei concentrado em seus ensinamentos, depois me virei para o lado e não havia ninguém, era uma voz que eu não sabia ser masculina ou feminina, não sei se era o emissário do sonhar, nem se era a voz do ver, não sabia, mas reconheci ali que era a voz mesma que eu ouvia desperto e dormindo quando se abria um novo conhecimento para mim. A voz me dizia sobre o ensonho. “Saiba que no ensonho algo não está enfatizado na pessoa. Aqui o mundo te liberta do grilhão que prende o ponto de aglutinação. Porque isso acontece? Ninguém sabe, ou talvez não seja necessário saber, não importa de fato. Importa saber que aqui as amarras são soltas, o mundo te liberta e é possível vagar por pontos perceptivos à vontade, sem nenhuma prisão. Aqui o exercício é o contrário do mundo desperto, aqui é necessário prender o ponto de aglutinação, para não viajar de ponto em ponto sem fixar-se em lugar algum. Do outro lado, acordado, deve-se treinar a fluidez, aqui, deve-se treinar a fixação.” Percebi que quando me concentrava na voz eu perdia de vista a imagem do ensonho, perdia-me nas palavras, as vezes apenas era uma voz, as vezes eram letras, frases, como em um desenho animado. Eu então me lembro de ter fixado os olhos em alguma árvore, me impressionava como eram iguais, a voz me disse. “Não fixe os olhos em nada aqui, no ensonho quando foca-se a atenção em algo, a percepção muda, a energia entende que a atenção deve se focar inteiramente naquele objeto, e o leva a um mundo novo. Aqui acontece algo que ensina muito o sonhador sobre o despertar. No despertar quando a pessoa foca-se em algo, está alinhada com a mente do predador, a mente que guia àquele ponto de fixação da atenção. A mente do predador tempos atrás foi muito necessária à sobrevivência do homem, mas hoje é a sua prisão maior. A fixação em um ponto faz o homem esquecer de todo o restante, focando-se em um ponto, o restante desaparece. O mundo para manter-se como é, necessita de bilhões de consciências especializadas, cada uma edificando um pedaço da realidade. Se todos se focassem em uma coisa só, o restante do mundo desapareceria, se todos focassem-se em tudo ao mesmo tempo, o mundo pareceria uma imagem fantasmagórica, pois não haveria energia suficiente para manter a ilusão do mundo. Percebe que em seu mundo desperto existe sempre o foco na especialização, cada homem é especializado em uma fatia do mundo. Antes, há tempos, os homens eram generalistas, e isso fazia do mundo desperto algo mais maleável, à medida que permitia pontos de vistas diferentes sobre as mesmas coisas. Era o tempo dos deuses e mitos, agora só vividos nos sonhos do mundo”
Neste momento de meu sonhar algo aconteceu, eu percebi que se pensasse em algo, iria para aquele lugar. No ensonho, quando eu me focava na imagem de alguma lembrança do meu eu desperto, o sonho se mudava para àquele lugar, à medida que eu me concentrava na lembrança, e outras coisas do meu campo de percepção desapareciam.
Acordei, eram cinco da manhã, resolvi então sair para passear, correr, meu exercício matinal. O céu estava o presente mais belo que alguém poderia receber, uma bela composição da atenção coletiva, nossa capacidade era mesmo incrível, eu via pelo nascente que se abria. De um lado estava a lua, gigantesca no horizonte, de outro os primeiros raios de sol a nascer. Percebi por um instante uma fiação de um conhecimento conexo ainda com o da noite anterior. Eu podia no mundo desperto focar a minha atenção em qualquer coisa, sem que ela mudasse de todo. Lembrei-me de minhas experimentações com a contemplação, onde entrava em um estado de sonho, e quando isso acontecia a percepção mudava subitamente. Era um atalho para o ensonho muito poderoso a contemplação.
Correndo ali no parque, vendo a noite romper-se com o nascente, tive outra visão, como se completando o quadro descrito pelo espírito. “Aqui, se você pensar em algo, a cena na sua frente não mudará. Você tem uma parte densa de sua energia aqui, a casca de seu ovo de luz é seu corpo físico, logo parte de você pode vagar em um pensamento, mas não a sua totalidade. Se tivesse no corpo de sonhar, na parte livre de sua energia, teria imediatamente ido ao local de foco de sua atenção, um pensamento, uma lembrança, tudo para onde focasse a sua mente. Ai reside o perigo da primeira atenção. Como não existem efeitos fáticos em dispersar a mente para lá ou para cá, o homem não percebe que quando foca em alguma lembrança, ou evoca a imagem de alguém, ou o pensamento vaga por qualquer coisa, parte de sua totalidade vai até aquele lugar e muita energia é gasta com esse processo que não tem um objetivo em si, e apenas tira a pessoa da possibilidade única para o corpo denso do desperto, que é o aqui e agora. Concentrar-se nos elementos da percepção do agora é unir os corpos energéticos e sutil ao físico e denso, e permitir um universo mágico de possibilidades. Enquanto lembrar é dispersar energia pela mente, perceber é movimentar o ponto perceptivo àquele ponto que se intenta. Essa é a diferença entre imaginar e perceber, o primeiro é produto da mente, possível apenas no corpo desperto, o segundo é o produto do ponto onde está fixo o PA, e possível em qualquer corpo.”
Correndo ali pelo parque que é meu local de poder, entendi a palavra final que me dava o espírito. Eu percebi durante a corrida quando minha mente queria ir-se para longe, era como se as lembranças formassem uma tela opaca, por onde eu não mais via com clareza o mundo. Quando era domada a mente, o mundo ficava mais belo, eu sentia a minha totalidade no momento único de existência, o agora, e isso me enlevava em energia, era perceptível. Mas uma força constante levava a mente para longe. “Condicionamento, essa é a palavra. Vocês são condicionados desde pequeno a ser assim, dispersos, a mente longe. O pai e mãe de vocês falam sempre para lembrar do que disseram, os professores para lembrar-se daquele exemplo, as propagandas para lembrar-se daquele produto, tudo é baseado nas lembranças, no passado. Um homem sem passado não é ninguém, o passado, as lembranças, as heranças, os antepassados, o nome da família, a história dos pais, as história pessoal é um tesouro para o mundo da primeira atenção, pois apenas a história pessoal permite ao homem ficar disperso, e jorrar energia dispersando-se entre o agora e o passado, e o futuro. Condicionamento social, para adequar as fontes energéticas sob as quais funda-se o mundo que conhecem.”
Percebi as correntes então, percebi minha mente sendo puxada, algo externo a controlava, a levava a correr, e apenas a atenção a trazia de volta. De volta à mente me permitia ser completo. Correndo ali vi que quando tinha o foco completo em mim e no mundo em que estou, sinto-me forte, completo, senti até um vento me correr ao redor do corpo, como um redemoinho. Deleitei-me com aquele vento, as sensações, o corpo estava pleno, a mata verde, o céu mais belo, e mesmo assim eu via como tudo era uma tela ilusória. Era uma linda tela pintada por todos, pena que os pintores não sabiam de sua própria arte - em sua grande maioria. Ao redor eu via que o vento não corria, as árvores não balançavam as folhas, mesmo assim um grande vento me rodava o corpo, eu sentia que podia até voar, mas não queria, estava me deleitando com a sensação de correr livre, de ver o mundo como ele é. Na hora que pensei nisso me veio uma certeza, eu poderia romper a realidade ali mesmo, bastava me desligar do ponto de fixação do mundo, do ponto onde estava fixo a percepção da humanidade. Tinha isso como certo, e percebi que todas as vezes que eu tinha visto algo em minha vida, algo diferente da coesão perceptiva do mundo, um ser inorgânico, uma sombra negra, quando conversava com uma árvore, nada tinha acontecido se não o deslocamento de meu ponto de percepção, e quanto mais distante mais diferentes eram as coisas. Eu já sabia disso a um nível intelectual, pelas leituras de Castaneda, mas perceber isso fisicamente era algo diferente, o vento me acompanhava, e eu sabia que era o poder me circulando, eu queria apenas brincar com ele, e aguardar o que era designado para mim, fora os desejos. Foi uma corrida bela, onde a mente queria correr mais longe, em pensamentos, e eu a tomava as rédeas deixando a mente aqui. Era engraçado as suas maquinações, as vezes pensando em coisas que eu gosto, outras em coisas que pareciam trazer raiva, a mente se molda de mil maneiras para nos dispersar a energia, mas com a atenção ela cede, pela disciplina a mente cede, mas este é um trabalho de toda uma vida, uma vida de batalhas que o guerreiro tem, em que seu inimigo maior é a sua própria inconsciência.

Comentários

  1. Hermano que grandes presentes de poder recebestes nessa interação mágica. Já sabias de tudo issom implicitamente, só que agora tivestes a percepção na própria carne.
    Darshan

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    1. Exatamente hermano, já sabia de tudo aquilo em um nível intelectual. Sabe o que percebi hoje relendo o texto, que essas foram as lições para o meu nagual de conhecimentos que já tinham sido batidos incessantemente no tonal, aquela história dos cernes e do conhecimento da feitiçaria, que devem ser ensinados para os dois lados do corpo, o esquerdo e o direito para se consolidarem em nossa totalidade.

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  2. Hola guerreros, também estou sintonizado com estas idéias, tivemos o tal encontro de tensegridade em uma fazenda no interior da Praia do Rosa-SC umas 20 pessoas, fiquei só um dia e seguindo alguns sinais, vim um pouco mais ao norte visitar uns amigos no interior de Bombinhas. Inesperadamente, acabamos dando um destes passeios mágicos em umas praias que nao tem acesso nem habitantes, no máximo algum vestígio de uma fogueira, é inevitável se deparar com estas questoes, encontrar elas aqui é bem legal .Abracos.

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  3. "Estas são apenas palavras," ele costumava dizer, "palavras dispostas numa ordem agradável; uma
    ordem em conformidade com os pontos de vista de seu tempo. O que eu lhe dei não são apenas
    palavras, mas referências precisas do meu livro da navegação."
    A primeira vez que ele mencionou seu livro de navegação, eu fiquei muito impressionado com o que
    pensei que fosse uma metáfora, e quis saber mais sobre isto. Tudo o que Don Juan me disse naquele
    momento eu tomei como metáforas. Achei extremamente poéticas as suas metáforas e não perdi
    uma oportunidade de comentá-las.
    "Um livro de navegação! Que bela metáfora, Don Juan", disse-lhe nessa ocasião.
    "Metáfora, coisa nenhuma!", disse ele. "O livro de navegação de um shamã não é como qualquer um
    dos seus arranjos de palavras."
    “O que é então, Don Juan?”
    "É uma conexão. É um registro de todas as coisas que os shamãs percebem em suas viagens ao
    infinito."
    "É um registro do que todos os shamãs de sua linhagem perceberam, Don Juan?"
    "É claro! O que mais pode ser?

    ----------------------------------
    de um libro de Hermeneuticade de Carlos Castaneda
    Darshan

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  4. ....Subjetivamente falando, inconsciência e o ato de estar ausente,mas também de não dar atenção à consciência! Gaivota, 04/04/14 21h

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