O retorno aos trabalhos do presente!
Não deixe que a vida passe! Se por
algum motivo ou objetivo se impõe que abandones o prazer de viver o agora, o
hoje, então inverta a ordem das coisas e deixe de lado este objetivo antes
mesmo de começar. Não existe no amanhã benefício que valha o sacrifício do
agora, do presente. Quem sacrifica o hoje pelo amanhã sacrifica a própria
essência do que é o existir, pois está a
matar a vida que se faz por um fantasma ilusório de não existir.
Não trilhe caminhos de promessas ou
sonhos ilusórios que o farão viver na miragem de um pretenso amanhã diferente,
aliás, não existe um a amanhã diferente que não seja edificado na própria
essência do hoje, não existe um destino sem um caminho. Não se isole e nem se
aparte da vida que acontece agora, seja pelo motivo que for, não existe
objetivo na separação, a vida é a união, desde o nascimento na união do sexo,
dos gametas, nos átomos, a vida é sempre união e não separação. Da mesma forma
que não se pode patinar por sobre o gelo imutável do passado, não se pode
agarrar-se nos talvezes do futuro, isso seria como tentar segurar-se, em meio a
uma queda livre, nas nuvens do céu, ou caminhar pelas águas infindas do oceano.
Em um caso ou outro não haverá sucesso nesta empresa.
Fia-se no presente do viver o futuro
que virá que será o próprio fio do agora cosido no tecido do amanhã. Não
adianta abandonar o fio e esperar que a trama se faça por si só, apenas na
ilusão do achar. Basta concentrar-se na tecelagem do futuro, a tecelagem de
viver o agora, que se descobre que o amanhã nada mais é do que o mesmo fio que
hoje é segurado pelo tecelão, em formas moldadas pelo andar da vida. Fiar a
própria história é estender o fio de vida e moldá-lo à sua maneira e entender,
acima e além de tudo, que o mesmo fio do hoje é o tapete do amanhã em uma linha
reta de presente que se transforma e se molda a cada dia. Viver o agora é tecer
o futuro que ao chegar será o próprio presente.
Não é o rio que, sonhando ser o mar,
que deixar de fazer a sua jornada presente. Não é a chuva que, igualmente tendo
o mesmo sonho, que deixa de fazer a sua queda como a magistral força do
presente. Histórias que se transformam em uma mesma história, é vida que segue
seu fluxo, mas para essa transformação, essência do próprio viver, a presença é
a única garantia que se tem. O rio pode ser represado e o leito pode secar sem
que nunca chegue a ser mar, mas sendo um rio em sua integralidade, com a força
do presente, terá cumprido o seu objetivo na vida. A chuva que cai poderá nunca
consolidar-se em um curso d´água, nem por isso deixará de ser chuva em sua totalidade,
em sua presença marcante, mesmo que seja a chuva de veraneio em meio ao seco
sertão, que sequer a terra conseguiu molhar: ela caiu do céu graciosa, e foi
chuva em sua perfeição e integralidade!
Não se prenda no futuro da mesma forma
que não se deve agarrar no passado: são maneiras de se morrer em vida, de
sentir a sua força vital a exaurir-se. Esteja, seja, haja! O presente de cada
verbo ao ser proferido mostra a sua força máxima, e o resto, passado ou
presente, perfeitos ou imperfeitos, são apenas flexões do verdadeiro verbo a se
proferir.
EU CAMINHO, EU SOU, EU FAÇO! Os verbos
no presente são as forças no caminho de quem tem a presença em si.
Eu farei, eu fiz, eu caminharei eu
caminhei! Estes são apenas espectros, fantasmas, flexões do puro verbo na boca
e na vida de um já moribundo andante.
Não existe vida no amanhã, não existe
existência no ontem.
EU SOU A TRANSFORMAÇÃO, EU SOU A VIDA
QUE PULSA...
EU SOU: essa é a simples frase do homem que chega a sua iluminação!
EU SOU: essa é a simples frase do homem que chega a sua iluminação!
EU ESTOU AQUI MAIS UMA VEZ GUERREIROS,
ESTE É MEU CAMINHO ESTA É A MINHA MISSÃO!
Prólogo (uma história do vento)
Porque a vida se torna um mar de
querer, o fluxo da vida por meio da consciência humana é como um mar de
desejos, as ondas de querer nunca cessam, independentemente de como navegamos,
ou quão longe ou perto estamos na praia.
Livrar-se deste mar de desejos é
livrar-se das oscilações das ondas de querer. Porque quereríamos nos livrar das
ondas de querer? Porque o subir e descer no mar da vida ordinária nos faz
oscilar entre o ápice da perfeição humana e o vale da aberração humana.
Chegar até a praia da vida eterna
é conseguir firmar-se inicialmente na areia fofa, dura de caminhar da praia que
nos levará ao cume de nossa evolução. Ao caminhar passamos por entre as
florestas densas das dúvidas até chegar a planície calma e após isso à montanha
da perfeição, quando então nos tornaremos pássaros e chegaremos ao infinito que
é nosso destino.
A grande maioria das pessoas
gostam de prender-se nas águas turbulentas do mar, satisfazendo-se com a calmaria
de tempos em tempos, mas sem nunca buscar explorar as correntes que os levarão
até a praia.
Outros poucos chegarão às praias
da libertação, não serão mais afetados pelos altos e baixos das ondas, mas
poderão afundar na areia seca que não é seu destino.
Menos ainda conseguirão adentrar
na floresta do terror humano, vencer os inimigos pessoais. Alguns ali, vencidos
pelo terror, se tornarão como seres de poder que explorarão aos outros iguais,
pois externamente estarão quase libertos, mais internamente serão prisioneiros
da própria sombra das grandes árvores que os cercam.
Destes uns ainda mais raros
chegarão às planícies da boa ventura, e ali regozijar-se-ão de tão grande
caminho que trilharam. Alguns farão morada neste ponto, e por ali ficarão por
muitos e muitos tempos. Serão despertos, iluminados dentro e fora. Na terra a
firmeza os sustentará, no céu o sol brilhante refletir-se-á em seus interiores
calmos e satisfeitos. Estes estarão no limiar da verdadeira liberdade.
Entre todos apenas uns poucos,
quase nenhum seguirão rumo à subida maior das montanhas. Enfrentarão ainda
monstros maiores, o caminho vertical será árduo. O que antes se sentia
iluminado agora verá que longe ainda estava da verdadeira evolução, a evolução
além da humana. Subindo as encostas da montanha verá e se tornará a própria
evolução do universo em si e ao chegar no cume da montanha vera por trás de si
todo o caminho que trilhou.
Ao longe verá o mar da condição
humana ordinária, as ondas a levar acima e abaixo o ser no desejo, perdidos e à
deriva levados por ondas além de seu poder de controle.
Depois a praia, vazia, quente,
sem vida, mas iluminada.
Depois a selva onde dentro nada
se vê.
Após a planície, linda e bela,
calma como o vento suave que faz farfalhar as folhas da primavera, com o sol
quente acima.
E verá então a si mesmo e ao céu
que sempre o acompanhou em todas as suas fases de caminhada, e verá o sol como
seu objetivo, o céu. De montanhês se tornará pássaro, e de pássaro o próprio
vento, e de vento o próprio universo.
A condição humana foi apenas
passagem breve no existir, as pernas fortaleceram-se no caminho, a coragem, o
coração se encheu e quando velho estava acomodado na planície, resolveu seguir
o seu destino e no cume da montanha da evolução se tornou livre: pássaro,
vento, sol.
Ser de brilho infindo, vento
consciente, livre agora e eternamente!
Boas voltas Hermano Guerreiro
ResponderExcluirKawak 07/07/2014 07:56
estar junto de guerreiros é um alento, um apoio.
ResponderExcluirJorge
Salve Jorge.....grande nome de guerreiro carregas e, também me contento com este espaço de interação de guerreiros!! Salve Hermano Vento que bom que estás novamente aqui!! Gaivota
ResponderExcluir"Não se isole e nem se aparte da vida que acontece agora, seja pelo motivo que for, não existe objetivo na separação, a vida é a união, desde o nascimento na união do sexo, dos gametas, nos átomos, a vida é sempre união e não separação".
ResponderExcluirAbriu mais uma Porta pra mim, Agradecido.
Por isso Estamos Aqui. Agora.
zAiOn 12:05 9/7/2014DC
Triste ver guerreiros perdidos no culto do eu, não importa o contexto.
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