O presente da eternidade
Cada segundo é
um momento especial, é por onde está fluindo toda a vida. EM um momento vivemos
a eternidade que se passa sem cessar, continuamente transformando-se nas
contagens humanas dos segundos-minutos-horas. A contagem é a mente tentando
racionalizar a eternidade, engarrafa-la em contagens que nos deixam mais
próximos de um suposto controle que de nada serve. Racionalizar nos afasta da
sensação do momento. O momento é tudo que temos a todo tempo, cada momento em
que vivemos. Apegar-se à totalidade do momento e imergir em sua profundidade
nos dá graus de intensidade em cada questão na qual nos envolvemos e isso é
apenas possível no presente. A intensidade em que vivemos mostra o nível de
integração em que estamos sintonizados com o Espirito, e em que nível de
impecabilidade estamos lidando com o universo energético à nossa volta.
Quando
interagimos na completude com o momento, quando somos integrais em nosso trato
com o que fazemos, a intensidade nos faz imergir profundamente nas experiências
energéticas da verdadeira razão do ser, estando. Sendo completos estamos
completos e conseguimos interagir com toda a sorte de confluências energéticas
que existem na eternidade.
Em um momento como
este conseguimos estar abertos as encruzilhadas cósmicas em que conseguimos nos
conectar com o ontem e com o amanhã e perscrutar nas linhas tênues do infinito
a melodia da vida, a inteligência cósmica. Dedilhando estas linhas infinitas
conseguimos entender a sucessão de eventos infindáveis que nos leva a um
objetivo que sequer imaginamos em nossa existência: a liberdade de ouvir a
melodia dos versos em nossa unidade.
Foi ouvindo
essa melodia que ontem tive um destes magistrais encontros cósmicos, em que
tive um presente, uma resposta, e dei o quinhão de minha participação neste
enredo armado pelo espírito. Por um instante as vezes e sempre encontramo-nos
com pessoas em nossa vida. Nesta longa jornada em que nos achamos imortais, a
mortalidade é fator de cura para a doença da alienação em que vivemos.
Consciente da mortalidade e da oportunidade única que é estar presente no
momento, na fresta por onde passa a eternidade, conseguimos enxergar por entre
a porta entreaberta dos segredos da vida a maravilha que são os encontros e
desencontros da vida.
Cada pessoa que
passa na vida de cada pessoa é um momento de confluência cósmica na existência.
Por um segundo, por um fragmento em que o diálogo que estende, as vezes um
olhar, outras um toque, as pessoas trazem em si a voz, os olhos, os ouvidos as
mãos do próprio Espírito prontas a estabelecer o mais belo e intenso contato
com o outro que ali o espera. É como se fechassem os anéis da lemniscata
tocando-se em dois seres que se fecham abrindo-se no infinito que não se pode
contar. O contato entre os seres, quaisquer que sejam eles, é a chance de se
estabelecer um contato com o próprio infinito, e no estabelecimento desta
energia mágica elevar até as alturas o entendimento da música cósmica que toda
ao nosso redor a todo tempo, esquecida de ser ouvida, de ser reescrita, de ser
cantada, por nossos sentidos tão preocupados e deitados por sobre a cama das
preocupações sociais, muitas vezes cama de um leito de hospital onde jazemos
inertes mortos em vida sem sentir o deleite do infinito em finita jornada que
aqui fazemos.
Atentar-se ao
momento é imergir no presente. Intensidade é ser impecável e seguir os ditames
do espírito. Ser livre é entrar e entregar-se a corrente do fluxo universal e
deixar-se levar pela eternidade que se estende, minuto a minuto, ao nosso
redor, nos dando incontáveis chances de seguir neste cometa.
Como podemos
esquecer e como é belo lembrar-se, mesmo que por breve instante.
Agradeço ao
Espírito, encarnado em prosa e versos, a lembrança da liberdade que é estar
imerso na eternidade.
Buenos dias Guerreros
ResponderExcluirParar o mundo. Como? Desligando nosso eterno dialogo interno. Assim acessamos o mundo mágico. Entramos em um mundo infinito/eternidade (tempo/espaço) onde se vive o aqui-e- agora. Nesse estado entramos em uma zona de contentamento também.
Alveranga
08/01/2015 08:53
Agradecido de coração!
ResponderExcluirZaioN
Texto bonito e profundo!
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