O fim da era da razão - Espreitando a história


 


 Houve um tempo, dentre os tempos e as histórias que se perderam na memória dos homens, que uma grande alteração aconteceu em nosso campo energético, em nossa forma de interagir com essa existência com a nossa forma nesse útero que é a Terra. Várias vezes, por algum motivo que ainda não me é claro, o motivo dessa história chegar a mim ainda não é claro, o que faço então é apenas divulgar, repassar nos meios que disponho hoje as mensagens da forma que elas me chegam. A importância delas, o objetivo delas, o alcance atingido foge de minha atual compreensão, foge de minha atual energia, mas sei que o compromisso que me impus de dividir, mesmo os resquícios de toda essa história, servem a um propósito evolutivo para toda a nossa raça humana, sei que poucos compreenderão, a maioria relegará ao esquecimento, relegará as histórias a uma mera estória, mas o meu objetivo não é comprovar o que não pode ser comprovado, é apenas usar essas histórias como um farol para os acontecimentos que se aproximam, para os acontecimentos que se passaram e par o momento que vivemos hoje, para o momento de transformação que iremos sofrer, para que agora, cientes do que nos guiou até o que somos hoje possamos mudar, evoluir, transcender a estagnação da mágica humana que se fez por esta Terra durante esse longo período escuro que ainda vivemos e que logo cessará.

Diante de toda a história dos povos antigos, dos que aqui vieram para nos ensinar o caminho de nossa maturidade energética, os fatos foram se abrindo para uma maior compreensão do cenário que aqui existia muita antes que qualquer outra energia nos visualizar como alimentos, como um pasto para o seu crescimento e sua dominação. Eram tempos que muito razamente são vistos em visões alegóricas e deturpadas sobre o paraíso, a simplicidade desses tempos que se foram sobrepujam a nossa complexa visão que a razão nos impõe. Não há como mensurar com palavras um reino que era vivido com o silêncio, com propósitos que iam além dessa curta existência nessa forma ovóide de energia que temos hoje que se reflete em nossa percepção como esse corpo físico. Não há como ser mensurado porque essa foi uma das partes que fora acordada, a razão seria parceira da alienação energética, quando o tempo novo, do ser de razão emergisse em nosso ser o ser silencioso e profundo em nós adormeceria. Os antigos de nossa raça, da grande maioria de nossas raças assim acordaram e assim aceitaram, eles queriam e buscavam ávidamente a explicação para o mundo de silêncio e evolução que viviam, pela ganância de alguns, toda a geração que viria e que veio depois daquele tempo pereceu no esquecimento da parte mágica de seu ser.

Exisitia, já muito tempo depois que os viajantes partiram daqui, conhecimentos consolidados da nossa evolução para o tempo fora do tempo, para o mundo além da percepção. Sabiamos claramente que a nossa pequena estada aqui serviria apenas como amadurecimento para a nossa energia interior, para o fogo interior ser forte para conseguir seguir em sua jornada coeso pelo universo sem fim. Éramos criados no silêncio de nossa energia, sabíamos todos de nossas destinos, mas a maioria de nós tinha e tem ainda um aspécto dissoante em nosso ser de luz. Além dessa energia profunda que necessita amadurecer dentro desse ovo de luz, haviam aspéctos dessa energia que sucumbiam as explicações, e na época do silêncio elas eram pobres, vazias, relegadas ao esquecimento pois nunca haviam sido acessadas.

Houve então um grupo de feiticeiros, de várias raças que começaram a intentar diretamente o acesso aquela parte diferente do caminho preconizado para a evolução do homem, o caminho do conhecimento da razão.

Com o passar do tempo, eles viram que o silêncio não poderia conviver com a razão, como eram exímios na arte de intentar o movimento por diversos mundos, esses antigos começaram a contatar-se com energias das mais diversas regiões do universo, aglutinavam mundos inteiros em grupo, viviam com isso muito além do que era necessário para o amadurecimento, viram que poderiam, pulando entre os vários mundos alongar o seu tempo de existência e o seu conhecimento, buscando a interação com essas energias eles descobriram uma em especial, em um mundo especial. Era um mundo de sombras, um mundo lacrado em si, um mundo que nunca antes haviam acessado. Ali, o grupo de anciãos vivenciou as mais portentosas experiências mesclando-se aos seres daquele mundo e a sua energia especial. Como a maioria dos seres do universo, eles trocavam energia entre eles, de nossos antigos era tirada a energia sobrevalente e inutilizada e para nós eles davam uma consciência mais veloz, rápida que ajudava na fixação de qualquer aspecto energético captado pelos antigos. Era a mente deles que nós começamos a utilizar naqueles tempos, naquele mundo sombrio, sem cor, onde haviam monumentos incríveis de fixação da atenção, cidades grandiosas as duas raças viram o que poderiam ganhar nessa relação, mas apenas uma delas poderia compreender as consequências daquela relação no infinito.

Os feiticeiros agora compreendiam que existia algo além do silêncio, tudo poderia ser fixado, o mundo poderia deixar de ser um turbilhão entre grupos de energia e virar um mundo só, perfeitamente intentado por todos, a Terra poderia ter em fim a imagem que aquele grupo de anciãos intentava para eles e não conseguiam estender a toda a raça humana.

É óbvio que toda aquela energia nova que eles sentiam anestesiava toda a perda energética que eles estavam tendo, entre as idas e vindas do grupo, cada vez maior de anciãos, dos antigos, a barreira imperceptível que separa os mais diversos mundos começou a se desfazer entre as duas energias. A forma predadora, revestida da dádiva da razão começou a mesclar-se com a raça humana e tudo começava a mudar. Um pacto entre duas energias se havia formado, uma mente os homens teriam, a razão eles chegariam enquanto a energia havia conseguido uma energia sem igual para a sua existência no universo.

Assinado o pacto e mesmo sem ver, gerações e gerações começaram a se desprender do conhecimento silencioso, o mundo, antes fluído em percepção começou a se tornar cada vez mais rígido, em sua rigidez, cada vez mais se tornou parecido com o mundo dos predadores. Algumas raças ainda permaneceram distantes daquela forma, pois sabiam as consequências que viriam daquela interação energética. Foram os povos que assim ficaram, dentre tantos outros, apartados da razão, ainda agregados ao silêncio que era a única forma da libertação humana que iriam sucumbir na história da Terra.

As raças se separaram, os conhecimentos antigos se perderam. Ficava cada vez mais clara a intenção de extirpar-se qualquer vestígio do conhecimento silencioso entre os homens, pois essa era a única forma de extinguir a mácula da razão e dos predadores em nossa existência. Os conhecimentos antigos foram mudados, alterados, foram virados de forma a manter a coesão do mundo e o pacto como ele havia sido firmado.

As raças ainda ligadas ao conhecimento silencioso foram sendo dizimadas, ao longo do tempo pelas raças que mais se ligaram a razão. Todo o conhecimento antigo que não havia sido modificado havia de ser, na história da Terra, considerado impuro, indigno e ser varrido da face da Terra. Todo conhecimento mágico real começou a ser considerado apenas arte da imaginação, todo o reino da Terra, todo o mundo mágico de nossa existência começou a ser subjugado a razão, a mente era sobrevalente a tudo que existia para o homem.

A nossa passagem na Terra então começou a ser apenas para o cultivo de nossa mente, que nunca fora nossa de fato. Começamos a cultivar em nossas vidas então, ao invés de nossa energia, destino máximo preconizado pela fonte, a nossa razão. Erguemos templos a ela, pilares de sustentação cada vez mais fortes, o mundo subjugava-se a toda a raça da dominação, esquecidos de sua jornada mágica nesta Terra, de sua necessidade de evolução aqui, da necessidade de ascender seu fogo interior para queimar em energia quando a amiga morte nos visita, em nosso derradeiro suspiro nesta Terra.

Assim, alimentando os que nos dominam, perdidos e guiados pela razão, nascemos todos puros, inteiros, mas pela mágica do antigo pacto nos é dada a mente, nos é alimentada e assim cresce a medida que definha nosso ser mágico interior. Definhando nosso ser vivemos na antítese mágica de nossa existência, nascemos com o puro fogo mágico, cientes de nosso destino, ciente da universal verdade evolutiva de nosso ser, mas declinamos de nossa caminhada e vivemos a caminhar em círculos, arquejantes, levando o pesado fardo da mente, alimentando os nossos pesados inquilinos e predadores, como bonecos de corda sendo guiados ao abismo infinito.

Somos como sementes puras de luz que definha antes mesmo de brotar.

Contudo, o conhecimento do silêncio ainda reside dentro de cada um, o espírito ainda nos fala a cada um, não existe força no Universo que possa impedir por um infinito tempo a evolução da energia, pois esse é o seu imutável fluxo.

Haviam sido predicada, nos tempos da dominação silenciosa da razão, pelas tribos do silêncio, que haveria o tempo em que o grande Nagual acordaria, e nesse tempo, que seria visto como um turbilhão, a nossa grande mãe Terra, a que nos abriga nessa breve passagem de amadurecimento energético, acordaria e a grande comoção energética de seu despertar de luz seria o suficiente para levar a energia de milhares de pessoas a atingir o limiar perceptivo do silêncio. Foi dito pelo grande sábio daquele tempo que o despertar seria gradual, e seria sentida a mudança com o declínio do império da razão. Esse tempo viria com o alinhamento de energias do universo, a energia de vários povos de luz, o crecimento gradual do silêncio expulsaria os que de nós se alimentam, os que nos dominam os que nos escravizam. Com o despertar mágico do Grande Nagual vários seriam levados a explosão de luz interior, retornando ao conhecimento puro da essência mágica da luz de cada um, queimando de seu interior, assim como a nosso mãe queima em suas terras profundas, nas terras de luz. Nesse tempo os homens mais uma vez veriam, nesse tempo as antigas tradições se ergueriam em suas verdades mais profundas, nesse tempo o colapso seria o pilar da transformação, nesse tempo que em breve chega, nesse tempo que agora vejo o homem mais uma vez poderá sentir o doce sabor da libertação.


Considerações sobre o texto – Apêndice explicativo

Gostaria de me fazer entender quando falo de todas essas histórias dos povos antigos, de nossas origens, e quando falo de raça predadora não quero me referenciar a bem e mal. Tomo, obviamente a nossa raça como referência e para nós a barganha foi lastimável em vários sentidos. Contudo, fui levado a ver em uma das visões que nós também ganhamos o acesso a razão, e de qualquer forma, sendo a nossa luta para sair da dominação algo que empreende um esforço descomunal, relegado a poucos a chance de sair da corrente da realidade e da razão para alcançar a liberdade, foi me mostrado que essa caminhada, maior do que o que era normal para os nossos povos primeiros, é um desafio imposto pelo infinito, pelo fluxo energético do universo e faz com que, as pessoas que sobresaem-se a esse desafio, nasçam de dentro de seu ovo de luz, ascendam o fogo interior com uma clareza especial trazida pela razão, apartada da mente.

Não existe concepção de bem ou mal no mundo energético, não existe também a concepção de salvador que virá salvar os povos, o despertar da consciência profunda da Terra é uma conseqüência de sua destruição, e essa destruição é conseqüência da interação energética entre o homem e a mente predadora que o habita, a condição de libertação do homem se tornou a condição de restauração da Terra, isto é um fato, e as modificações energéticas são fatos que mantém a única imutável relação existente no universo, que ele está, em cada pedaço de sua energia, em constante mutação, e nos tempos que virão essa mutação, esse despertar do grande Nagual será de importância ímpar para a evolução do homem no seu caminho evolutivo.

Sobre o tempo que me referi, ao tempo antes do pacto dos antigos, vi esse tempo e não consigo de fato compreendê-lo, não consigo ao certo precisar a forma de vida que levávamos como raça naquele mundo da forma que ele era. Vi da forma que o mundo era visto, um emaranhado de fios de luz, de energias, para mim, preso ainda a minha razão e mente é um mundo confuso que não me parece ter um sentido, e sei, com toda certeza que é um mundo com muito mais sentido que o que vivemos, mas a nossa mente não aceitaria essa premissa de imediato, sem uma boa luta pelo domínio de nosso corpo energético. Vi uma similaridade entre o que era nosso mundo e o mundo que já vi, a dimensão da cidade branca. Uma vez que estive na cidade branca, vi todos ali como formas de luz, interagiam-se entre si e entre o mundo de uma forma inconcebível para a minha mente, não sei ao certo as suas ações, os seus objetivos, senti uma intensa solidão em não saber e vi que parte do nosso caminho é a dissolução da mente, pois com ela, muito do caminho do conhecimento não pode ser compreendido, pois a maior parte dele só pode ser vivida e sentida com o nosso campo energético.

Desculpo-me aqui por não ter podido explicar, pois as palavras engasgam-se em minha boca ao tentar expressar a grandeza e o sentido do mundo da era do silêncio, a mente ainda me aprisiona, ainda me cerca e luta incessantemente para manter o seu reinado sobre o ser silencioso que nos habita a profundeza.

No intento.

Comentários

  1. muito grato Enio!

    Maravilhoso texto!
    Toda vez que eu leio os textos deste blog sinto uma forte onda de energia a mim tocar...
    São os susurros do intento!
    É tempo de liberdade!
    Intento

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  2. Fico feliz por isso, muito feliz. Só acidentalmente somos o conduto por onde passam as mensagens do Espírito, quando isso acontece e quando a mensagem chega a alguém a felicidade que brota em mim é indescritível.

    Só eu tenho a agradecer.
    Intento

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