Nos limites do mundo



As coisa realmente nos acontecem das formas mais inesperadas. Ultimamente, depois de uma grande aventura que tive nos reinos do sonhar acompanhado de um amigo, certas portas se abriram, certos conhecimentos que ainda estavam obscuros a mim se revelaram em sua completude e como se não bastasse, os ataques de inorgânicos tentando desviar o caminho aumentaram consideravelmente no sonhar. Então que ontem recebi algo que pensava ser um presente no sonhar, acompanhado de algo que eu já sabia, mas como sempre nos fazemos de rogados, de esquecidos, o conhecimento veio como se fosse de outro, mas era algo que eu já conhecia. Graças a uma conversa com um amigo e graças a minha energia pessoal acumulada, uma onda de energia mostrou que aquilo que parecia ser uma amiga no sonhar não passava de um embuste enviado pelos inorgânicos para atravancar a caminhada. Lembro-me que ao final do sonhar, a forma feminina me falava que eu deveria publicar algo no blog, algo sobre os olhos do caçador, os olhos que buscam energia e não beleza, poder e amor, um tema interessante mais um tema já por demais debatido aqui neste pequeno espaço.

Então que algo realmente espantoso aconteceu. Uma onda de energia começou a me percorrer o corpo, como quando uma lembrança de sonho se aflora, ou alguma mensagem está para ser recebida. Senti a presença do nagual do outro lado, senti a presença de Juan Cortez e uma séria de outras lembranças que estavam presas em mim afloraram-se e juntaram-se como pedras de um tabuleiro, de um quebra-cabeças. Entendi perfeitamente a cena, era uma recapitulação guiada, de alguma forma Juan Cortez manipulava o meu ponto de aglutinação para que eu chegasse aquele evento catalisador, represador de várias lembranças.
Lembrei-me que eu era criança, tinha cerca de meus dez anos, morava em uma cidade do Maranhão, Imperatriz. Era uma casa humilde, simples em um bairro simples da cidade. Lembro-me de uma vizinha que lutava contra a morte, ela tinha anemia profunda, era um contraste com os outros moradores da casa dela, todos gordos, fétidos e despreocupados com problemas de subnutrição. Lembrei-me da cara deles, e lembrei-me que o cheiro da morte pairava sobre aquela moça que lutava pela vida, de alguma forma eu sabia que ela morreria, mas não me importava muito com isso, eu não ligava para esses assuntos, eles não me afetavam. Então que um dia, muito antes que eu soubesse qualquer coisa sobre o mundo de energia, sonhei um sonho especial. Sonhei que me levantava em minha casa, eu estava consciente, eu então olhava para trás e via meu corpo dormindo na cama. Olhei para os lados, eu sabia que sonhava, mas tinha medo, queria voltar para o meu corpo, não conseguia. Uma curiosidade me fez caminhar pela casa. Eu ainda dei uma olhada para a casa ao lado e via que a morte vinha buscar a pobre e moribunda moça, isso não me preocupou, tão pouco me preocupou ver que morte era uma grande sombra negra caminhando para o lado dela. Então que mais a frente eu vi um homem na chuva, ele tinha um chapéu e um poncho, com a sombra projetada pelos raios eu o vi de relance, seu olho esquerdo brilhava e ele sorria. Ele me dizia que um dia viria, um dia quando eu tivesse pronto, ele me dizia algo sobre as nuvens, sobre as tempestades e sobre o poder, mas eu não conseguia entender. Lembro-me que mais uma vez ele repetiu que quando viesse novamente eu estaria preparado. Então que eu o vi como um corvo, parecia um corvo negro.

A lembrança foi o suficiente para um mar de lembranças se agrupassem. Vi então que aquele homem era o nagual do outro lado, vi que antes que pensasse ele já havia cruzado o meu caminho, e que de alguma forma tudo se consolidou da forma como ele havia falado, não que eu acredite que aquilo havia sido uma previsão, acredito que tenha sido uma constatação do que aconteceria de acordo com minha energia e a forma como aquele velho feiticeiro me viu  aquele dia especial.

Fiquei meio confuso, mas entendi toda a informação. Em minha casa, fiquei meio afundado com o evento que me desprendeu uma grande quantidade de energia, mas não podia ficar inerte. Teria que sair de casa para uma obrigação, mas a voz do Nagual me obrigou a utilizar os dez minutos que me restavam como o tempo para entrar na segunda atenção. Ele me advertia dizendo:

 - A oportunidade única é a chance que o guerreiro tem de consolidar suas vitórias, de dar um passo adiante, o guerreiro não espera amanhã ele faz agora, já. Lembre-se, não existem seres imortais, apenas egos sem limites. Faça agora o que deve ser feito.

Me levantei mecanicamente, na verdade meu ponto de aglutinação já se movia para o lado esquerdo, sentia minha mente acalmar-se. Sentei-me em frente para o leste, meu local de poder e fechei os olhos, quando um grande vento me levou a consciência junto com o duplo. Eu estava caminhando em um caminho de terra, ao meu lado estava Juan Cortez. Eu o via como uma forma opaca de energia, que variava entre um homem com um chapéu e uma bolha de luz amarelada sem uma forma bem definida. Olhando para frente eu não via o horizonte além de algumas montanhas longínquas. Então uma longa explicação se fez para mim, sobre os nossos destinos.

Ele me falou que a jornada que fez levou mais do que as vidas comuns dos homens, nas seguintes palavras:

 - Enio, muito mais do que as jornadas dos homens, que já é estabelecida por estatísticas, cálculos e previsões da mente ordinária, as vidas dos Naguais duram o tempo suficiente para realizarem as suas tarefas, nem mais nem menos. A minha vida aqui nesta Terra durou muito mais do que eu esperava. Quem me ensinou viveu também muitas vidas normais, pois ainda não era o seu tempo, e assim foi com o nagual que precedeu meu benfeitor. Somos uma linhagem tardia, somos caprichosos demais para partir sem atar todas as pontas de nosso destino.

 - Qual seria o seu destino então Nagual? Perguntei já sabendo a resposta.

 - Meu destino, como o destino de qualquer homem é seguir adiante, é não cair. Cair é sucumbir, é enfraquecer-se. Todos sabem em algum momento entre a sua concepção e o seu nascimento que está destinado ao homem à consciência total de sua energia, e só a consciência total leva a liberdade, na verdade ela é a própria liberdade. O homem não está destinado a viver preso a ilusão deste mundo, a acreditar que a vida se encerra aqui nesta fase da jornada. A morte existe para lembrar o homem de seu destino, ela é o colheitador do infinito, ela vem para colher os frutos podres, que perderam seu tempo de maturação, esqueceram-se de seu destino, ela vem para levar os que já estão mortos, mortos em consciência, mortos em vida, apenas pairando pela vida, sem sentido, sem direção, esquecidos do destino que lhes é reservado.

 - Mas a morte vem para todos Nagual, como permanecer longe dela, isso é a vida eterna?

 - Não venha com baboseiras de vida eterna, isso não existe, não termos contraditórios na concepção humana. Vida aqui é considerada em termos orgânicos, se alguém, mesmo no leito de um hospital, sem consciência ainda tem sinais vitais o homem considera vivo, e isto está longe da concepção ideal de vida, aliás esse é o problema das palavras, a sua limitação. Então, a vida em termos biológicos é finita sim, pois os seres orgânicos são tais quais bolhas de sabão, flutuam em tempo restrito, até que a força do mundo que sempre está a sua volta torna-se irresistível e ele explode. A bolha de sabão quando explode não desaparece, ela volta para o todo, tudo que havia dentro da bolha, volta para a fonte, o todo. Contudo a morte vem sim para todos, de alguma forma, ela na verdade é parte da chave que nos serve a libertação.

 - De que forma que a morte pode ser uma chave?

 - A morte é a força que nos ajuda a nos libertar de parte essencial que temos para a vida neste mundo que contudo nos impede de entrar completamente na segunda e terceira atenção. Essa parte é o ovo luminoso. Nosso ovo de luz está impregnado com o intento da humanidade, com o intento que sustenta este mundo. De alguma forma o ovo de luz é a nossa lente pela qual conseguimos compreender o mundo, entender o mundo nos termos da primeira atenção, da atenção do mundo. Sempre que olhamos o mundo o olhamos através daquela lente, quanto mais velho somos mais rígida se torna o ovo, e a nossa visão deste mundo.

 - Mas como conseguimos acessar as outras atenções estando dentro do ovo de luz?

 - Através da fenda no casulo luminoso. Somos como uma larva em um casulo, se você tentar abri-lo antes do tempo, a larva morrerá. Diferente disso se ele for aberto no tempo certo, de dentro para fora, a larva vira uma borboleta e segue seu caminho evolutivo, seu destino. Assim é como o homem. E há tempos atrás os feiticeiros acharam que a chave para se libertar era abrir a fenda por dentro e seguir a viagem com seu corpo de luz, mas eles falharam magistralmente. Viram que sem o amadurecimento correto do corpo luminoso a viagem para fora do ovo de luz era inútil, sem a iluminação completa da energia interna não adiantava o rompimento do ovo de luz, não haveria liberdade para eles. Então, depois de gerações descobriram que só com o rompimento feito pela morte, de fora para dentro que os guerreiros conseguiriam consolidar a sua libertação.

 - E de que forma eles conseguiram para a morte, ou evita-la?

 - Não conseguíamos, não conscientemente. De alguma forma a morte respeita a missão dos guerreiros, principalmente dos Naguais. A morte espera pacientemente, aconselhando, andando lado a lado com os Naguais, até que chegue o momento de terem suas missões completadas. Só então, no momento certo, definido pelo espírito, pelo infinito, e por uma parte do guerreiro, a morte vem completar o ciclo do guerreiro e libertá-lo, é um momento mágico. Muitas vezes ele caminha junto com a morte em seus primeiros passos depois da libertação para depois sumir na vastidão do universo, com sua totalidade energética consolidada, sendo parte do oceano consciente de si e consciente do todo.

Foi então que comecei a turvar a visão e ver uma cena de um limite, como se fosse de uma parede de névoas que dividia o mundo. Olhei para o lado pois pensei ser aquela a parede de névoa que Carlos descrevia nos livros, mas não era, ela não se movia com minha cabeça. Então vi que todo o tempo eu caminhava em paralelo aquela linha, e ao meu lado esquerdo estava o nagual, do outro lado daquela parede.


Entendi que a morte respeitava a busca dos guerreiros pela totalidade e lhes dava o tempo necessário. Isso não era um presente, era fruto da energia cumulada dos guerreiros, cada pedaço que eles juntavam serviam ao todo como parte do propósito da permanência. Por isso nos livros Don Juan ele falava sempre que o guerreiro espera, sabe pelo que espera. O guerreiro espera pela sua liberdade, pela sua morte, ele não a deseja, mas sabe que ela vai chegar no tempo que ele deverá partir.
Então o Nagual me falou:

 - Então Enio, caminhei neste mundo por muito tempo. Quando meu nagual partiu me senti sozinho neste mundo, perdido, achei que não haveria chance para mim. Todos pensamos assim, e sabemos que vamos pensar assim, mas saber não é como sentir a sensação de estar sem seu nagual, pois ele é tudo para um grupo de guerreiros. Mas eu segui em frente. Demorou mais de uma vida normal para que eu recebesse enfim a finalização de minha tarefa, para que eu recebesse um aprendiz com a configuração necessária. Então eu olhei para o lado e vi que a morte voltara a caminhar em minha direção. Logo que eu encontrei meu substituto eu vi que poderia seguir minha jornada e me senti feliz. Não existe alegria na vida eterna, não desta forma, pois se ela fosse eterna não haveria evolução para ela, o universo se estagnaria.

 - Quem era o seu aprendiz Nagual?

 - Meu aprendiz era XXXXXX, ele veio como todos, para receber os trabalhos de uma eternidade e seguir a caminhada. Ele carregaria o fardo, todo ele, e teria o prazer de enfrentar o grande desafio que eu mesmo havia enfrentado. Ele seria o encerramento de meus trabalhos aqui, bem como eu fui antes dele, e outros antes de mim. Mas eram tempos diferentes, agora as coisas estão mudadas. Não existe mais uma linha apenas, as coisas pulverizaram-se, cada um tem que fazer uma busca maior, solitária, sem o acalento de um nagual, mas com o mesmo objetivo final.

 - E como devemos seguir esse caminho solitário?

 - Da mesma forma que estão seguindo. Caminhando!

 - Mas...

 Ele então me interrompeu e disse:

 - Não existe facilidades no caminho do guerreiro, com ou sem um nagual o caminho é igualmente tortuoso. Tive, como todos que seguir grande parte de minha jornada sozinho, com a lembrança de um grande Nagual que me precedeu e que partira sem me levar, mas não chorei, não esperneei, segui em frente com a ajuda do grande mestre, o infinito. Este mestre é igual para mim, para você e para qualquer um que queira realmente seguir o seu destino. Não existe conforto neste caminho, não existem certezas, não existem garantias, com ou sem nagual.

 - Nagual, temos mesmo a mesma chance de conseguir a liberdade?

 - Esta geração que você vive é uma geração diferente. Vocês caminham sozinhos, e a medida que caminham, todos, sem exceção encontram outros iguais, os fragmentos de conhecimento se juntam. Vocês não estão sozinhos no caminho, apesar de cercados de fantasmas e insones existem iguais a vocês, caminhantes que seguem no mesmo rumo, com o mesmo objetivo.

Segui a caminhada, e olhando para aquela barreira vi que algo nos separava, estávamos lado a lado e via que estávamos muito longe, só uma pequena linha nos unia. Então comecei a compreender uma outra parte de seu ensinamento, ele dizia:

 - Voltamos de tempos em tempos, quando alguém se ilumina para nós, é como se pagássemos uma dívida ao infinito, a humanidade, por termos vencido. O que custaria para nós estender o braço por estas linhas e dar a mão para alguém que deseja caminhar. Não carregaremos ninguém em nossos braços, não empurraremos ninguém, mas daremos as mãos para aqueles que apontarem seus intentos em nossa direção. Não precisa perguntar qual é a nossa direção, você já sabe, é na direção da liberdade.

Então eu vi uma série de pessoas andando, eu havia me virado de costas para aquela barreira por algum motivo. Vi pessoas de todas as formas, algumas tinham um brilho mágico em seus olhos, outros pareciam apáticos. Entendi que o mundo mágico estava ali ao nosso lado, mas poucos de nós conseguia ver. Lembrei-me do nagual falando que quando o guerreiro encara a morte ele olha para ela com os olhos do nagual, os olhos do duplo, olhando assim é o espírito, o infinito quem encara a força impessoal da morte, e dessa forma ela sabe que deve esperar. Olhei mais uma vez na barreira e via dois olhos brilhando como o fogo, os olhos do nagual.

Uma grande tristeza me invadiu, percebi então que todos caminhamos tão perto de nosso destino mas não damos importância para ele. Eu estava em meu quarto e ao mesmo tempo podia ver as linhas que separam os mundos a minha frente. Eu via as pessoas como fantasmas, inconscientes de si mesmas, me entristecia com isso, mas não podia me importar, eu tinha uma árdua tarefa pela frente, uma tarefa inconcebível no caminho para a liberdade.

Enquanto voltava para a consciência cotidiana, percebi que não tinham passados sequer três minutos. Enquanto escrevia as lembranças para que elas não se perdessem, lembrei-me ainda de um pequeno fragmento. O nagual dizia que a consciência total era a liberdade, e quanto mais nos tornamos conscientes menos tomamos decisões seguindo nossa vontade. Dizia que nossa vontade é apenas a vontade da mente, mas que quanto mais temos energia mais seguimos as determinações do infinito, não é uma decisão nossa. Temos o poder mas não temos a vontade. Seguindo os desígnios do espírito começamos a entrar no fluxo do universo, e entrar no fluxo, na corrente, é seguir a linha evolutiva que nossa energia vai seguir. Ele falava que é uma contradição aparente de nossa mente, que tenhamos todo o poder mas não possamos usá-lo de acordo com nossa vontade, mas de alguma forma, as escolhas do espírito são as melhores escolhas para os nossos atos, e as escolhas únicas que podem nos guiar a libertação, a consciência total.

Por fim lembro de ele ter mandado mais um recado, disse que ele não me escolheu, mas que de alguma forma eu tropecei em seu destino, em seu caminho, e ele sabe que meu tropeção foi obra do espírito, por algum motivo, e por isso ele tem que ter comigo de tempos em tempos. Disse que não era por afinidade que estava comigo, bem como não era por afinidade que estavam com um amigo meu, mas por simples vontade energética do infinito.

Essa é a sua forma de agradecer ao espírito pela sorte de ter se libertado.

Minha forma de agradecer é dividindo com vocês o conhecimento que recebo do infinito.

Intento caminhantes, nos encontraremos um dia em Ixtlan!


Comentários

  1. Buenos dias Guerreros
    Hermano Vento teve muito trabalho e gastou enormidades de nergia para essa postagem,Agradeço imensamente seu empenho. Ainda não li o texto inteiro. Parei na parte das bolhas de sabão quando lágrimas escorreram da face do Guerrero pos recordei de uma canção que um amigo cantor fez inspirado nnuma conversa que tivemos ao por do Sol. Diz mais ou emnos assim:
    e o shao-lin
    Ele arrebenta e destrói
    Desorienta e corrói
    com sua língua voraz
    e faz questão de dizer
    Não pare!
    Não morra!
    Continue a viver
    que algo de novo vai te acontecer
    Nós somos a festa
    Bolinhas de sabão
    Tão lindas e frágeis girando
    no meio desse imenso salão
    "cantor serraõ"
    ------- Dárion 23/12/2011 07:30

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  2. Ainda estou no colégio trabalhando e de vez em quando num momento livre como o quando chego,da merenda ou do almoço dou uma espiada no BLog.
    Quando terminei de ler o texto, senti que já havia vivido esse momento em un ensonho, não um sonho comum ou um dejaveau, Senti como se tivesse acontecido realmente.
    Dárion 08:33 23/12/2011

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  3. Em nosso vôos pelo Infinito, no ensonhar, Hermano Vento e eu (Dárion) quase nos queimamos perante uma imensa Estrela, espreitando a nós mesmos conseguimos sobreviver e retornarmos. Algo incrível aconteceu então. Uma linha de comunicação se desobstruiu e conseguimos contato com dois Naguais, sincronicamente. Hermano Vento com o Nagual Juan e eu com seu aprendriz, que também já partiu:. Nossa condição energética perimitiu que a um certo nível energético se desenrolasse essa comunicação. Simplesmente aconteceu, pois tudo é simples na magia do mundo da segunda atenção. Falo por mim mesmo, venho tendo contatos quase diariamente com esse Nagual mais recente. Depois de uma série intessificada de Passos do Poder, já´na segunda atenção executando o Passo de Poder “O Harpista” com o intento voltado para a área da vontade, quse momentaneamente iniciamos nossa conversação. Tendo de acreditar como venho feito durante todos esses anos o Nagual me disse que não precisava provar nada para mim, eu sabia que era ele. Desde o Sábado passado tenho tido conversações com ele. Me falou que o Nagual Juan apareceria para meu amigo, que chamo de Hermano, assim como ele apareceu para mim. Tudo isso em decorrência de um fato que culminou com a aproximação de nossos corpos energéticos a nossos copros físicos. Me falou que poderíamos ter conversas sobre a segunda atenção e nunca sobre sua história pessoal que não interessava, eram meros detalhes. Reunir todas as informações demanda uma quantidade imensa de energia. Vou tentar ao longo do dia reunir as informações que podem e devem ser partilhadas com todos os Guerreros que visitam esse espaço virtual.
    Dárion 09:15 23/12/2011
    In lak ech ala KIn
    * * *

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  4. Dárion, me ajudou bastante ontem com suas palavras, parece que elas me ajudaram a distinguir entre o que eu estave vivendo de verdade e o papo dos mercadores no sonhar.
    Algu despertou, hoje muito mais coisa aflorou-se, mas devagar vamos dividindo o conhecimento.

    O Velho Nagual me falou assim:

    - Mais uma vez XXXXXXXX se enganou. Avise seu amigo que as escolhas não foram feitas por nós, nem por afinidade energética, e sim por conta do intento, o espírito decidiu assim, não há como sabermos os porques de certas coisas, temos apenas que aceitar as indicações do espírito.

    Ele ainda me disse:

    - A liberdade do guerreiro não é fazer o que quer, porque quer, o guerreiro já não tem vontade própria, ele recebe as indicações diretamente do espírito. Lógico que nos divertimos com isso, pois as indicações nos levam a seguir o próprio fluxo evolutivo do universo. Mas não decidimos nada. Posso dizer que a decisão do guerreiro é uma apenas, decidir entrar no caminho do conhecimento, depois de certo limite não há como sair deste caminho, nem voltar atrás.

    Ele ainda me falou que sou muito burro, que por conta de minha preguiça, de não estar todo dia recapitulando, au ainda tenho dificuldades de recordar coisas que ele me contou há muito tempo. Me disse que a preguiça é o reflexo da falta de energia, que é um dos principais temperos para deixar nossa energia deliciosa para os voladores.
    Me disse que é um exercício magnífico ficar me repetindo as coisas dias após dias sendo que eu sempre penso que elas são uma novidade. Me disse que é possível eu ler meus textos em outro lugar e sequer lembrar que são meus.
    Mas falou que minha burrice é temporária, que quando eu levar a sério a recapitulação diária, até o dia de minha partida, os meus sonhos serão mais organizados, e minhas memórias do outro eu, do duplo serão facilmente recuperadas.
    Disse que eu escrevesse, pois bem como alguns feiticeiros, veem dançando, ou olhando eu vejo escrevendo, esta é minha forma de ver.
    Por fim ele me falou sobre como as coisas acontecem na segunda atenção, ele disse que ali não existe o tempo linear, que uma imersão hoje na segunda atenção pode ser a continuidade de um evento de anos atrás, sem interrupção, de forma que ele não conseguiria explicar isso em palavras. Disse ainda que segundos aqui podem ser horas na segunda atenção, e segundos lá podem ser horas aqui.
    Ele finalizou dizendo:

    - Mas se você não fosse tão burro e recapitulasse, lembraria dentre as tantas vezes que estes assuntos já foram tratados e vivenciados pela sua energia.

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  5. Hermano Vento
    O Novo Nagual me disse que foi intencional usar a palavra afinidade energética uma maneira de validar nossos encontros. Era a maneira do Velho Nagual implicar com ele, como nossas palavras são falhas. Me disse que eu olhasse no dicionário "afinidade" e que não existia afeto ou afeição, isso sim, em nossas interações que veio a ter comigo em cumprimento a uma ordem da Águia, quer queira quer não. Disse que eu não tinha disciplina e era desleixado. Já havia falado inclusive de minha retrospectiva (recapitulação) falha.
    Dárion 11:50 23/12/2011
    * * *

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  6. Um assunto me veio a mente. Ele mesmo havia tocado no assunto no Sábado, quando de nosso primeiro encontro. No sábado á tardinha depois de praticar os Passos de Poder ainda estava em consciência intensificada quando ia até um mercadinho próximo da Kit para comprar algo para comer. Havia passado a tarde inteira praticando e nem me dei conta do tempo. No meio do caminho a voz me disse:
    - Intensifique seu campo de força de proteção.
    Imediatamente o fiz. Quando dobrei a esquina, um rapaz mal encarado ,um ladrãozinho do bairro falou: “iron man” e sorriu .! Ele me conhecia.
    Ontem ,coloquei o tema “protetor silencioso”
    Começei uma série intensa de Passos dePoder intentando contato com o Nagual
    Falou-me que eu tornasse nossos encontros mais leves , menos pesados. Eu queria ir direto ao assunto: Protetor. Silencioso Então uma onda de energia invadiu-me e remeteu-me a meus 3,5 anos. Falei-lhe que por essa idade tomei consciência de meu ser socializado. Vi coisas fundo dentro de mim meu ponto de rupotura com o Nagual, em que meu tonal assumia controle. Ele falou que agora eum estava num ponto crucial da feitiçaria. Já havia me arriscado demais para voltar atrás. Isso é bom.
    Dárion 12:00 23/12/2011

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  7. Enquanto executava os movimentos do Passo de Poder,conversavamos, sobre vários assuntos da segunda atenção.Falou que aqules preambulos eram necessarios para afrouxar ainda mais meu ponto de aglutinação. Perguntou então o que recordava sobre o assunto: O Protetor Silencioso.
    Falei que recordava pouca coisa.
    Recordaca que no livro o Poder do Silencio havia uma parte em que D.Juan morria em um campo de milho e havia sido enterrado em uma cova rasa.
    E que em algum momento nessa parte ele falava sobre o assunto. Só isso.
    Bom.Recordou inclusive o livro.
    Pediu que eu pegasse o livro para averiguar.
    Quando procurei o livro não estava na Kit onde moro. Estava no colégio onde trabalho. No meio de vários livros era o unico que não estava ali comigo.
    - Não se preocupe. - então começou a exclarecer o assunto.
    - Ao nascermos a Morte nasce conosco, assim como o Protetor Silencioso.
    - é como um anjo da guarda? - Perguntei.
    - Diria que é mais como um guardião. Um guardião do Tonal.- parou um instante.
    Esse guardião, o Protetor Silencioso se apresentava somente em casos de perigo imimente, raiva, medo ou morte. Os antigos videntes tinham técncias bizarras para brincarem com seus aprendizes e fazerem o Protetor aparecer. Assutavam-os até quase a morte. Para os videntes ele prenunciam a morte.
    Ha esse altura eu estava exaurido. Então ele falou:
    É normal. A simples presença de um Nagual cansa as pessoas.
    assim terminamos nossa conversa, porém não o assunto.
    Hoje pela manhã, fui trabalhar normalmente, inclusive postei alguma coisa, mas não peguei no livro. Trouxe-o para casa e no inicio da tarde, intentei novamente entrar em contato com o Novo Nagual, o que consegui após uma série intensificada.
    O novo Nagual disse que prestasse bastante atenção para o assunto que novos videntes chamam "A morte simbólica do Guerreiro".
    Falei que estava com o livro. Então fui averiguar. Então realmente no Poder do Silencio na pagina 222, no capitulo "Os Requisitos do Intento":
    "Dom Juan disse que um protetor silenciso veio a ele depois que sua raiva se esgotou. Foi na forma de uma onde de energia inesperada que o deixou com a nitida sensação de que sua morte era iminente."
    Logo em segudia encontrei a parte que o Nagula havia me indicado, Está na página 224.
    * * *
    Peço aos Guerreros caminhantes que leiam esse capitulo, em sua integra, para maior exclarecimento e uma proxima discussão.
    Dárion 17:15 23/12/2011
    Intento Guerreros
    In lak ech ala KIn
    * * *

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  8. Caros caminhantes que aqui passam. Não há outro caminho para o incremento energético senão a recapitulação.
    Aproveitem o fim de ano e recapitulem, limpem o seu passado, iniciem por este ano, depois voltem para os outros.
    Apenas o guerreiro sem bagagens pode prosseguir sua viagem.
    Somente sem o peso da passado o guerreiro pode voar live nas asas do intento.

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  9. Enio, ao ler o texto da experiência profunda e cheia de conhecimento do Nagual,uma força Silenciosa me invadiu. Creio que as palavras são desnecessárias o que importa mesmo é deixar o silêncio mover o ponto de aglutinação!
    Grato por dividir tal ensinamento... um grande empurrão! Tava mesmo precisando ler isso!
    Intento, caro Mensageiro !!!!

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