Os sussurros do duplo - A voz do espírito







Havia um homem, há muito tempo, que vivia sozinho em um mundo. Ele carregava em suas mãos dois itens. Na mão direita ele levava a sua ferramenta de trabalho, ali estava a sua ligação com o mundo que ele vivia, dali ele retirava a sua sobrevivência no mundo. Na mão esquerda ele levava um lampião, a chama deste lampião representava a sua ligação com o espírito, uma chama que apesar da grande escuridão que era a realidade vivida por ele, iluminava o seu coração, e representava a sua ligação com o espírito. Um dia, pensando precisar mais do que deveria para viver, querendo acumular, o home largou o lampião no chão, para com sua mão pegar outras ferramentas, e poder acumular bens. Seu coração não entendia esse desejo, mas sua mente insistia que era preciso. Então a lanterna se apagou e o homem pela primeira vez sentiu-se sozinho neste mundo.
 Sentindo-se sozinho o homem, ao invés de reascender a sua chama, a sua ligação com o espírito, começou a sua amizade com sua mente, e esqueceu-se de seu lampião. Abandonado e apagado o lampião ficou. O homem acumulou posse, e quanto mais tinha, mais queria, mais a mente lhe mandava ter. Seu coração nunca foi tão preenchido quando ele tinha em sua mão a chama que o ligava ao espírito. Um buraco no meio de seu peito só crescia, a medida que cresciam suas posses. Então em um inverno o homem tombou. No campo ele estava no chão, ao lado de seu antigo lampião. Sentindo o vazio, a sua morte chegando ao lado, vendo que sua mente partira, o homem sentiu-se, mesmo a beira da morte feliz, ele não precisava entender. Então o espírito reascendeu a chama da vela, em homenagem aos últimos instantes do homem naquela terra,  e ele pode enfim seguir a sua jornada pela eternidade.


 *História narrada pelo espírito, ao fim de minha interação, neste mesmo dia, com a ayahuasca.



A minha jornada começou como sempre, a sensação de estar entrando em um sonho, entrando na segunda atenção. Contudo a voz do ver logo precipitou-se, senti como um grito que dizia que a mente cotidiana agora seria desligada. No momento da afirmação, foi como se meu corpo imediatamente se dividisse, uma parte de mim queria brigar, a parte da mente, essa parte queria manter-se no aconchegante mundo do dia a dia, mas sabia que não podia. Com a sabedoria da nossa voz profunda, a voz do ver veio como um comando, e me disse que a mente voltaria, mas agora era hora e tempo da mente profunda. A mente social aquietou-se, uma parte de mim dormiu imediatamente, apesar de eu estar mais desperto e consciente que em meus dias normais.

Naquele momento eu estava no lugar da implacabilidade, eu não sentia nada, estava livre do peso que nos prende ao chão desta terra, a esta realidade, o peso eram os sentimentos, os entorpecedores da verdadeira visão. Resolvi abrir meus olhos, eu sabia estar escuro, mas para minha surpresa, quando abri os olhos a luz quase me ofuscou. Vi bolas de energia, de várias tonalidades de cor, variando entre o branco, o amarelo e o verde. Haviam vários tipos de energia ali ao meu redor. Eu me lembrava das pessoas que ali estavam comigo, mas haviam mais tipos energéticos ali. Vi então que eram energias de diversos tipos, inorgânicas. A voz do ver disse que elas sempre estavam ali, ao nosso redor, todo o tempo, mas que nunca as percebíamos. Vi então e consegui interagir com uma delas. Era uma luz verde brilhante, de um tipo diferente da nossa. VI que ela tinha dois centros de consciência, como se fosse um ser dentro de um ser. Eu não conseguia compreender, até que vi que ela estava se alimentando da energia de um ser branco, que era uma pessoa. Não sei como isso acontecia, mas senti que a pessoa chorava ou algo assim. Havia uma grande quantidade de sentimentos ali naquela pessoa, e o mesmo tempo, o sentimento parecia nutrir aquele ser verde de luz. Senti curiosidade, aquela interação energética me atraia, mas não tinha pena ou dó. Senti-me enjoado por aquilo, a minha visão era como a de um pernilongo sugando sangue de uma pessoa. Quando pensei nisso, foi como se eu desse um soco naquela energia verde e ela partisse, eu dizia que não queria ver aquilo, e a energia se ia. Eu então via a pessoa relaxando, entrando em um estado de silêncio.

Foi então que vi de forma mais ampla. Vi várias figuras de cor dourada chegando ali, uma tinha a energia parecendo a de um senhor em um cavalo. Mas era uma bola dourada brilhante de luz. Ele olhava para mim e pedia que eu o chamasse de senhor, pois ele era uma divindade. Minha voz profunda se ria daquilo. “Não existem deuses no mundo, só existe energia. Se quiser que eu te chame, te chamo irmão, como qualquer energia, por ter o mesmo quinhão que eu carrego em meu interior.” A energia se ria também, e partia. Eu via que ela passava perto de outras pessoas, e uma energia começava a passar das energias para ela, como a outra forma verde. Via a adoração cega da pessoa e isso dava energia para a forma dourada de luz. Entendi então que assim como os sentimentos, a adoração é uma forma de alimentar energias. Não me preocupei com aquilo. Minha voz do ver, que era agora a minha própria voz, dizia que aquilo era comum no universo, e da mesma forma que não vemos os inorgânicos, não vemos para onde vão os jorros de energia que temos.

Então me distanciei mais ainda, eu me sentia maior que meu corpo, eu sentia os limites de meu corpo energético. De olhos fechados eu conseguia ver tudo, não importava se os abria, se os fechava, a visão se mantinha. A voz me disse então que o meu duplo estava comigo, meu corpo físico estava sobreposto ao meu duplo, e minhas possibilidades energéticas eram ilimitadas. Eu podia saber tudo que eu quisesse, mas incrivelmente eu não queria saber de nada. Apenas sentir o que eu estava sentindo.

VI as bolhas de luz, era uma visão irresistível, vi todas aglomeradas, em torno daquele ritual. Então vi os inorgânicos, suas diversas cores e formas. Vi a energia dos insetos que ali estavam, e ao nosso redor a energia das árvores, vi todas as energias, e de que forma elas se ligavam e transmitiam e recebiam energia. Comecei a ver tudo e parecia a visão de uma constelação. Todas as energias estavam agrupadas, ali naquele lugar, depois nas cidades, nas casas, éramos como constelações. Entendi a mágica do universo. Vi as luzes de cada corpo e o negrume que existe entre elas, não é bem uma luz, pois ela não ilumina ao redor, mas mesmo assim parece ter um brilho próprio. Voei com meu duplo para os limites do universo, vi as constelações, sempre as estrelas agrupadas, em grupos vivendo as suas vidas, seguindo, inevitavelmente para o buraco negro que as atrai. Vi que algumas estrelas são consumidas, outras passam pelo buraco e continuam a sua jornada. Assim mesmo é aqui, agrupamentos de energia, mais energia são atraídas, todas caminhando, mesmo sem saber, para o negrume que as consumirá, a própria morte.

Deixei os fios de luz me levarem, que fosse para o fim do universo, que fosse para o seu início, não me importava, eu não conseguia dar coesão ao que eu via, ao que eu sentia. VI os fios de luz e os segui. VI a energia de todos nós na Terra sobre uma bolha imensa de energia, de consciência que era nossa matriz. Vi então o seu interior, e a forma que podemos nos ligar a essa consciência, mas vivemos em sua borda, alheios ao ser vivente que nos abriga. Mas seguimos ainda assim a sua jornada, bem como ele segue a jornada de nosso sistema de planetas, que segue a jornada de uma galáxia, que segue rumo a um buraco negro, todos se nivelam em seu destino, todos se nivelam em seu fim.

Então, viajando pelo infinito espaço, senti a solidão que todo guerreiro deve sentir um dia. O negrume infinito entre as faixas de luz era de uma terrível solidão, me gelavam todo o corpo, eu me sentia ser consumido esmagado, era uma pressão irresistível. Decidi deixar-me morrer. Então eu vi parte de minha energia saindo de meu campo de luz, senti isso, era como uma fumaça opaca, ela me deixava. Eram sentimentos presos, era parte da mente social, era o conjunto de correntes que eu guardava mais profundamente em mim. A voz do vez me dizia, eu mesmo dizia que agora o duplo não mais se distanciaria de mim, eu teria duas mentes, inteiras, uma por ser minha mente verdadeira, outra por ser necessária nesta fase de minha jornada. Senti que poderia viver naquele escuridão por toda a eternidade, mas não era esse o meu destino ainda, eu não estava completo, a consciência que eu tinha era apenas uma ínfima parte do que eu ainda conquistarei em minha jornada nesta terra. O momento de compreensão cessaria, pois eu ainda não tinha toda energia disponível para aquela jornada. A medida que a escuridão me comprimia, eu me sentia como uma laranja espremida, meu sumo, minhas entranhas pareciam fugir de meu ser, foi então que votei.

Olhei então ao redor e as imagens de energia e de pessoas agora estavam sobrepostas. Olhei para baixo e vi em meu peito algo como um brilho âmbar dourado. Na visão que eu tinha parecia uma águia, um colete com esse formato. Ali estava o meu duplo, junto ao meu corpo, uma energia que eu não mais veria distante de mim. 

Passei por vários mundos, lugares nesta jornada, mas não consegui ainda juntar os pedaços desta visão. No fim de minha jornada não consegui falar, não consegui comer, me sentia duplicado, como se visse tudo acontecendo comigo de minha visão normal e da visão de uma pessoa que ficava alguns centímetros atrás de mim, algo estranho que sinto até hoje. Uma parte, da mente normal, até descontrola-se as vezes, mas a outra parece rir-se de minhas explosões normais de energia. Consigo alternar muitas vezes entre uma mente e outra, mas não de forma completa. Ao fim daquela noite, minha mente normal falou: “Agora eu assumo daqui.” Agradeci aos escudos que temos, pois senti que se permanecesse mais naquele mundo, na visão do duplo, no Nagual, me desfaria em mil pedaços, esmagado pela pressão e energia que ali havia.

Na volta para casa, meu carro foi coberto por uma névoa. Senti-me preso, o tempo parecia parado novamente. Então a voz do duplo me veio novamente e disse: “Sussurros do duplo.” E me veio uma compreensão. A voz do ver, na verdade, não é a voz de outra pessoa qualquer, é a nossa única voz interior verdadeira, ela é a nossa voz sem o falsete dos voladores, sem a interferência de nossa mente social. Quando nos encontramos com o espírito, nos encontramos com nosso eu verdadeiro, como nossa essência, que não está dentro nem fora, está sim em tudo. Assim, os cernes abstratos é a ligação que fazemos com nosso eu verdadeiro, com nossa essência, e estar ligado ao espírito é estar ligado ao nosso duplo. Lembrei-me da frase de Don Juan, ele dizia que quanto mais próximo de nosso corpo físico está o duplo, maiores são as nossa possibilidades, e vi a verdade nesta afirmação, entendi mais do que interpretando palavras aquele conhecimento deixado pelo velho Nagual.

A neblina se dissipou e consegui chegar em minha casa. Dormi um sono e sonhei, naquele dia, tanto o sonho quanto o mundo desperto eram um só, pois eu e meu duplo estávamos novamente juntos. O sonho e o sonhador, o tonal e o Nagual.

Intento guerreiros!

Comentários

  1. É estranho caro Ênio, mas esta noite ouvi seguidamente uma voz em meus sonhos que me dizia para vir aqui, no seu espaço. Quando entrei, faziam poucos minutos que você havia postado este texto. Ainda não entendo o que isso quer dizer, mas algo sobre a história do lampião fez minha região umbilical ficar agitada. Ótimo texto e intento a todos.

    Bêni

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  2. Hermano Vento é um fato energético que um dia o nosso outro eu assume o controle de nossas vidas deixando "nosso eu" nos bastidores. Assim temos um maior discernimento. A mente que antes comandava cedeu espaço para valores verdadeiros. è dificil falar porém entendi perfeitamente o que trasnmitistes. Sei disso porque estou paasando por algo semelhante.
    Algo aconteceu desde aquele dia 11:11.
    Mui grato a Hermano Vento
    e abraços Hermanos Guerreros.
    Dárion

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  3. Hermano Guerrero Bêni o mesmo aconteceu comigo apesar de consultar todos os dias, aconteceu essa sincronicicade. Não faziam nem 05 minutos depois que Hermano Vento havia postado o texto. Enbraçado a mensagem bateu mais profundamente em nós dois.
    Abraços Dárion
    * * *

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  4. Buenos dias Hermanos
    Neste periodo do ano estamos em um turbilhão energético. Devemos ser cautelosos em nossas decisões e atitudes sem nos precipitarmos. Estamos numa verdadeira panela de pressão energética onde os predadores fazem a festa cosnumindo nossa energia. Com uma simples palavra "perdão". Devemos pedir perdão a nós mesmos por nossas falhas, enquanto isso pedimos perdão e esperamos que nos perdoem quando na verdade deveriamos estar recapitulando os eventos que passamos por cima e nem sequer nos recordamos´. É a mente predadora pensando que com uma simples palavra prderemos nos redimir e recuperar nossa energia. Não devemos levar uma coisa pela outra.
    Abraços Dárion
    in lak ech ala Kin. 05/12/2011

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  5. Estava aqui no colégio e subitamente entrei na segunda atenção e senti o zumbido mais fortemente no ouvido esquerdo. Entrei na Internet e como um sortilégio encontrei de primeira o texto de Carlitos que queria postar. Aqui vai:
    SENTAR-ME EM silêncio com Don Juan era uma das experiências mais agradáveis que já conheci. Estávamos confortavelmente sentados em cadeiras estofadas na parte de trás de sua casa nas montanhas de México central. Era fim de tarde. Havia uma brisa agradável. O sol estava atrás da casa, às nossas costas. Sua luz desvanecente criava sombras primorosas de verde nas árvores grandes do quintal. Havia grandes árvores ao redor de sua casa, e além, que obliteravam a visão da cidade onde ele vivia. Isto sempre me dava a impressão de que eu estava num ermo, um ermo diferente do estéril deserto de Sonora, mas ainda assim ermo.

    "Hoje, vamos discutir um tópico muito sério em feitiçaria," disse don Juan abruptamente, "e vamos começar falando sobre o corpo de energia."

    Ele tinha me descrito o corpo de energia inúmeras vezes, dizendo que era um conglomerado de campos de energia, a imagem no espelho do conglomerado de campos de energia que compõem o corpo físico quando este é visto como energia que flui no universo. Tinha dito também que ele era menor, mais compacto, e de aparência mais pesada que a esfera luminosa do corpo físico.

    Don Juan tinha explicado que o corpo e o corpo de energia eram dois conglomerados de campos de energia mantidos juntos por alguma estranha força aglutinadora. Ele tinha enfatizado incansavelmente que a força que mantém juntos aqueles grupos de campos de energia era, de acordo com os feiticeiros de México antigo, a força mais misteriosa no universo; em sua avaliação pessoal, era a pura essência do cosmos inteiro, a soma total de tudo que existe.

    Ele afirmava que o corpo físico e o corpo de energia eram as únicas configurações de energia contrabalançadas em nosso ‘reino’ de seres humanos. Não aceitava, portanto, nenhum outro dualismo senão aquele entre estes dois. Os dualismos entre corpo e mente, espírito e carne, eram para ele uma mera concatenação da mente, emanando dela sem qualquer base energética.

    Don Juan tinha dito que por meio da disciplina é possível para qualquer um aproximar o corpo de energia do corpo físico. Normalmente, a distância entre os dois é enorme. Uma vez o corpo de energia está dentro de uma certa gama, que varia individualmente para cada pessoa, qualquer um pode, através da disciplina, forjá-lo como a réplica exata do corpo físico — ou seja, uma entidade sólida e tridimensional. Daí surgiu a idéia dos feiticeiros do outro ou o duplo. Pelo mesmo princípio, através dos mesmos processos de disciplina, qualquer um pode forjar seu corpo físico sólido e tridimensional para ser uma réplica perfeita do corpo de energia — ou seja, uma carga etérea de energia invisível ao olho humano, como é toda a energia.

    Quando Don Juan me contou isto, minha reação tinha sido perguntar-lhe se ele estava descrevendo uma proposição mítica. Ele respondeu que não havia nada de mítico sobre feiticeiros. Os feiticeiros eram seres práticos, e o que eles descreviam era sempre algo bastante sóbrio e razoável. De acordo com Don Juan, a dificuldade em entender o que os feiticeiros fizeram era que eles agiam a partir de um sistema cognitivo diferente.

    Sentando nos fundos de sua casa no México central aquele dia, don Juan disse que o corpo de energia era de importância fundamental em tudo que estava acontecendo em minha vida. Ele viu que era um fato energético que meu corpo de energia, em vez de se afastar de mim, como em geral acontece, estava se aproximando de mim com grande velocidade.

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  6. "O que significa, que está se aproximando de mim, don Juan?" eu perguntei.

    "Significa que algo vai dar-lhe um tranco," ele disse sorrindo. "Um tremendo grau de controle vai entrar em sua vida, mas não o seu controle, o controle do corpo de energia."

    "Você quer dizer, don Juan, que alguma força externa irá me controlar?" eu perguntei.

    "Há dúzias de forças externas controlando-o neste momento," don Juan respondeu. "O controle a que me refiro é algo fora do domínio da linguagem. É seu controle e ao mesmo tempo não é. Não pode ser classificado, mas certamente pode ser experimentado. E, acima de tudo, pode certamente ser manipulado. Lembre-se disto: pode ser manipulado, para seu total benefício, claro, o que novamente, não é seu benefício, mas o benefício do corpo de energia. Porém, o corpo de energia é você, e assim poderíamos continuar para sempre, como cachorros que mordem os próprios rabos, tentando descrever isto. A linguagem é inadequada. Todas estas experiências estão além da sintaxe."
    Antes de postar tive várias interferencia dos voadores tentando me impedir varias maneiras.
    Abraços Hermanos
    Dárion 05/12/2011 11:00
    In lak ech ala Kin
    * * *

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  7. Rcordei que esta noite havia tido um sonho em que várias mulheres vieram me visitar, diga-se de passagem lindas mulheres que tentavam me seduzir. Senti que queriam minha nergia porém não me entreguei a sedução apesar de já fazer muito tempo que não tinha brincadeiras sexuais. Minha nergia estava ao máximo e foi dificl não entregar-me. Porém no sonho apareceu uma mulher de branco que me dizia que minha férrea disciplina que estava demonstrando no sonhar ficaria cada vez mais forte em minha vida diária. Estava sendo testado.
    Abraços Dárion
    * * *

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  8. Olá pessoal,
    Muito interessante sua experiência Ênio, principalmente a parte dos seres que consomem nossa energia. Será que a melhor forma de irmos lutando contra eles é gradualmente tentando parar o diálogo interno e ir desintegrando a autoconsideração e sentimentalismos?
    Quando praticava a meditação mais assiduamente, sentia que na semana que praticava tinha sonhos que alguem me perseguia e sugava uma energia na região do umbigo, o sonho era tão forte que as vezes esse ser aparecia em vários sonhos da mesma noite, como se ele pudesse ir pulando de um sonho para outro. E quando isso ocorria, acontecia uma coisa muito estranha, essa região perto do meu umbigo começava a coçar muito, e eu ficava coçando, não no sonho, mais coçava na realidade. Isso acontecia quando eu meditava, e quando eu acumulava energia na meditação.
    Outra coisa interessante que acontecia, na semana que meditava, era como se as outras pessoas não pudesse me atingir emocionalmente. Nessa semana eu não me abalava com o que me diziam, e me sentia bem, como se tivesse um escudo protetor.
    Iniciei ontem meus 21 dias de limpeza do reiki, dizem que nesse período alguns sentimentos que estão escondidos em nós passa a emergir, para que seja trabalhado, estou aguardando pra ver.
    Grande abraço a todos

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  9. Ênio,
    qual é a melhor forma de se proteger quando somos perseguidos nos sonhos? Tem algumas técnicas na internet, principalmente a gnose(ageacac) de samael, mas não confio muito. Tenho alguns receios do Samael.
    abraço

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  10. olá Rafael
    Será que esses 21 dias tem a ver com os 21 cernes abstratos?
    Urso Marron

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  11. Olá Urso Marron,
    na verdade os 21 dias de limpeza acontece porque o fundador Mikao Usui ficou 21 dias de meditação até receber a iniciação do reiki. Ele teria recebido a revelação de mestres espirituais e esses 21 teria um motivo pra isso. O motivo na verdade eu não sei. Vou pesquisar sobre os cernes abstratos.
    abraço

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  12. Ah ta,
    Lembrei o que é cerne do abstrato, mas não sei se tem alguma relação com os 21 dias. abraço

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  13. Os cernes amigos Rafael e Urso Marrom, são na verdade o mapa de todos, TODOS os guerreiros rumando a reconexão com o espírito, com o seu eu verdadeiro, com o puro intento, com o duplo, com tudo que é mágico. Excrevi um texto sobre esse assunto aqui no blog, foi um dos textos mais fortes que, em minha concepção, recebi do espírito.
    Acessem em tirem as dúvidas, pois os cernes, para mim, são a essência de todo o caminho.

    O endereço da postagem: http://inconfidenciaguerreira.blogspot.com/2010/12/os-cernes-abstratos-o-mapa-para.html

    Intento

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  14. Rafael, a forma de defender-se é ter parcimônia no sonhar, ter consciência. Então voltamos ao ponto inicial, ter energia é a chave mágica. Bem, mas eu, particularmente, encontrei uma pedra em meu sonhar, e depois no cotidiano uma igual, ela cabe perfeitamente em meu umbigo, me ajuda bastante no sonhar.
    Tente, no sonnho que essa criatura aparece, apontar o dedo mindinho para ela, ou grite no sonho que quer ver sua energia, a criatura se revelará, e talvez você tenha o combate necessário para livrar-se dela.
    Faça as programações antes de sonhar, meditando em silêncio antes de dormir.

    Intento

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  15. — A vaidade não é algo simples e ingênuo — explicou. — De um lado, é o núcleo de tudo que é bom em nós e, por outro, o núcleo de tudo que não presta. Livrar-se da vaidade que não presta requer prodígios de estratégia. Através dos tempos, os videntes renderam homenagens àqueles que conseguiram.

    — Os guerreiros combatem a vaidade por uma questão de estratégia, e não de princípio — argumentou Dom Juan. — Seu erro é compreender o que eu digo em termos morais.

    — Considero-o um homem altamente moral, Dom Juan — insisti.

    — Você apenas notou minha impecabilidade — observou.

    — A impecabilidade, assim como o ato de livrar-se da vaidade, é um conceito vago demais para ser de algum valor para mim — comentei.

    Dom Juan engasgou-se de riso e desafiei-o a explicar a impecabilidade,

    — A impecabilidade não é nada mais do que o uso apropriado da energia — disse ele. — As minhas afirmações não têm um pingo de moralidade. Economizei energia, e isso me torna impecável. Para compreender isso, você mesmo tem de economizar energia suficiente.

    O Fogo Interior, de Carlos Castaneda

    “A energia economizada provoca um estado de bem-estar que nos vicia no próprio estado. Torna-se um vício, a bem dizer uma virtude. É como uma "droga" (virtude), mas que nos prende e nos vincula ao estado de bem-estar. Daí só nos resta buscarmos por mais. E é isso que constitui a impecabilidade: a busca incessante por níveis ótimos de energia em tudo o que fazemos”.

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  16. Un extracto do Fogo Interior:

    "Ficamos em silêncio por muito tempo. Eu desejava pensar sobre o que ele havia dito. Subitamente, começou de novo a falar.

    — Os guerreiros elaboram listas estratégicas. Anotam tudo o que fazem. Depois decidem quais dessas coisas podem ser mudadas de modo a permitir que poupem parte da energia que despedem.

    Argumentei que sua lista teria de incluir tudo que há sob o sol. Pacientemente, ele respondeu que a lista estratégica sobre a qual estava falando cobria apenas padrões de comportamento que não eram essenciais à nossa sobrevivência e bem-estar.

    Aproveitei a oportunidade para salientar que a sobrevivência e o bem-estar eram categorias que podiam ser interpretadas de infinitas maneiras; portanto, não havia modo de concordar sobre o que era ou não essencial à sobrevivência e ao bem-estar.

    À medida que continuava falando, comecei a perder o ímpeto. Finalmente, parei porque percebi a futilidade de meus argumentos.

    Dom Juan disse então que, nas listas estratégicas dos guerreiros, a vaidade figura como atividade que consome a maior quantidade de energia, daí seu esforço para erradicá-la.

    — Uma das primeiras preocupações dos guerreiros é libertar aquela energia para poder encarar o desconhecido com ela — continuou Dom Juan. — A ação de recanalizar aquela energia é a impecabilidade."
    Darion 08:00 07/11/2011
    * * *

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  17. Caros Hermanos Guerreros
    Muita coisa já foi postda neste Blog. Antes de iniciar um trabalho que já foi feito, como no caso dos cernes abstratos, é só colocar em "Pesquisar neste Blog:", quer está do lado direito no incio do tema. Possivelmente o assunto já foi postado, evitando assim um trabalho desnecessário, uma energia que poderia ser usada para a discussão e eentendimento do mesmo.
    Abraços Guerreros
    In lak ech ala Kin
    Dárion
    * * *

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  18. acabei de ler e achei muito bom o artigo sobre os cernes do abstrato.
    Abraço a todos

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  19. Buenos dias Guerreros
    Bridgitte sempre me dizia que devemos ter um lema:
    1. Conhecimento do Poder
    2. Coragem de Ousar
    3. Confiança no Agir
    abraçoos Guerreros
    Darion 08:08 08/11/2011
    * * *

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  20. Bridgitte me mostrou uma vez um não-fazer, um passo para expulsar as preocupações. Disse que o homem médio tem uma pratica parecida, porém sem o devido intento de expulsá-la.
    Consistia de quando estivesse preocupado, Parado, inicia-se um passo com o pé esquerdo, desse mais dois passos e no último passo (o terceiro que seria com o pé esquerdo) girasse 180 graus em sentido horário, depois novamente.
    Recordei logo dos desenhos em que tio Patinhas fazia algo parecido até fazer um buraco em sua sala. O intento era que com o giro em sentido horario expulsaria a preocupação.
    Abraços Dárion.
    * * *

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