As jornadas paralelas - o sonhar e o despertar.




Mesmo há tanto tempo já na caminhada do sonhar muita coisa ainda me surpreende. O tema que introduzirei aqui pode não ser o mais pertinente ao assunto o qual irei tratar, mas foi uma indicação começar com ele, então seguirei os presságios. Durante estes dias, vários dias que se passaram, venho narrando aqui as aventuras no desconhecido, mais especificamente no reino onírico. Sinto a minha energia crescendo desde então, de forma que cada vez que sonho, pareço conseguir mais sonhar. Mas existe também um reflexo no mundo cotidiano, decorrente destas práticas, algo que considero salutar discorrer aqui. Uma das coisas que eu tenho notado, é que existe uma relação direta entre exercitar a consciência do sonhar e ampliar a nossa consciência cotidiana, quando despertos estamos. É algo impressionante, parece que uma atenção está ligada indissociavelmente a outra, a segunda atenção, a sonhadora, e a atenção do mundo cotidiano, uma impulsionando a outra ao seu aperfeiçoamento. Quanto as práticas do sonhar, quanto mais elas se aprofundam, mas geram no dia a dia, uma capacidade de nos absorvermos menos em pensamentos, e estarmos mais presentes, atentos, como estamos quando ensonhamos, já que uma pequena desatenção pode nos fazer perder a atenção sonhadora e retornar aos sonhos comuns.
Bem, alternando agora o que vim realmente narrar, volto-me ao cotidiano, a primeira atenção. Nunca fui direcionado as prédicas, o lugar que divido o conhecimento que venho a galgar neste caminho, divido aqui, neste espaço pequeno que nos fora reservado, nunca exercito esta prática em minha jornada diária, por acreditar que as pessoas estejam muito fechadas a algum conhecimento que as tire de suas rotinas seguras e calorosas, e por isso, nunca tento fazê-lo. Contudo, neste final de semana, houve um dia que a coisa naturalmente fluiu em uma conversa com alguns de meus familiares. Foi interessante, iluminados pela lua, já no cari da noite, estávamos todos, pais, filhos, irmãos, tios e conhecidos, rodeados pelo jardim a jogar conversa fora, literalmente, com coisas do cotidiano. Então alguma coisa me fisgou, e inconscientemente comecei a falar sobre a consciência, sobre estar presente, e como as pessoas passam insones pela vida, vivendo sem sequer saber que o estão fazendo. Me surpreendi com a introdução do tema, como por certo todos ali. Contudo, apensar de esperar uma recusa, uma interpelação pela complexidade do tema, me tomei por espantado quando vi que todos me prestavam a sua atenção, como se esperando que eu falasse mais. Então continuei com a prédica, e as pessoas foram cedendo, uma a uma, a esta verdade, que não é minha, mas se apresentou ali. Cada um, como em uma roda do AA, começou a relatar a sua vida, e como eram dependentes dos pensamentos, de seus passados e de seu futuro, e quanto pouco percebiam o seu presente. Cada uma das pessoas falou que entendeu porque o homem sofre, e que o sofrimento é decorrente de comparações, de viver no passado, e de sempre projetar a vida a um futuro. A conversa me surpreendera, mas a minha surpresa maior viria no final.
Conversamos por horas e horas, uma conversa fluída, sem donos da verdade, cada qual entendendo o dito de acordo com sua vida, compreendendo o sofrimento, e as falhas no mundo social que vivemos. Eu me sentia feliz com aquela conversa, sentia que as plantas ao redor, que ali sempre presenciaram a minha solitária jornada, coadunavam com o empreendimento energético que ali se consumava. E a lua acima parecia iluminar as nossas consciências, era um momento mágico. Mas tudo confluiu para um entendimento entre os muitos que ali estava sendo iniciados na percepção de que somos dominados pela mente social, em uma guinada interessante que me fez pensar. As pessoas conseguiam, todas elas compreender o que se estava dizendo, que somos dominados pela mente social, que nosso sofrimento vem de ficar idealizando o futuro, e de comparando o momento ao passado, todos tiveram uma boa compreensão de que a mente não consegue suportar o indefinido do momento, o indefinido do estar, por isso nos fica a jogar em passado e futuro, mas todos que ali estavam também disseram não ter forças para mudar tal realidade. O discurso que eu ouvia era um discurso de entendimento, mas de resignação, onde os que estavam cônscios haviam já capitulado de sua possibilidade de se libertar. Uns diziam que todo o mundo era assim, e que não tinha outra opção para vida, outros que o sofrimento é natural do homem, e que faz parte da vida sofrer, outros diziam que não há possibilidade de libertação. Neste momento senti que havia chegado no limite, e apenas aceitei cada uma das proposições, deixando apenas algo para reflexão pessoal de cada um. Eu lhes propus que cada um buscasse, que fosse uma vez, estar conscientes durante o seu dia, tentasse estar onde estivessem de fato, não lutando contra a mente, mas a observando, que se libertassem do passado e do futuro um dia que fosse, para ao menos uma vez sentir o gosto do momento, da completude de estar, e que descobrissem assim o que é o ser, e não aceitassem as teorias, mas sentindo o presente, vissem que o homem pode viver som o sofrimento, o homem pode estar completo, e pode fazer isto exatamente agora, neste momento.
Todos então se recolheram aos seus pensamentos, senti-os afogados na mente, que refutava o que havia sido dito, e afundados, voltarem a ser insones, ali só eu havia ficado, sem pensamentos, contemplando a lua, e ouvindo a energia das árvores coadunarem o que eu havia dito. Eu não era o dono da verdade, nunca fui, mas ali, eu sentia a própria verdade do momento, completo, senti o sono que faz dormir as pessoas enquanto a vida segue, afundados em pensamentos as pessoas ficaram, tal qual zumbis, e eu segui a minha jornada, escolhendo ser o soberano de mim, desperto, sabendo em minha jornada não poder carregar os que escolhem para si a jornada dos que já estão mortos.
Contudo este não é o fim, desviarei ainda para outro tópico para depois chegar a conclusão que me foi soprada, de acordo com o narrado acima.
Voltando ao tópico do sonhar, eu estava sentindo uma onda de energia cada dia mais incrível em minha vida, cada dia maior, decorrente das práticas. Um certo controle em ponto desconhecidos de minha camada energética me fazia entrar com facilidade no sonhar. Então resolvi, em comum acordo com o Dárion, intentar um encontro, aproveitando a energia da lua cheia, e partir para o mundo dos inorgânicos, em uma jornada perigosa mas necessária em nossa caminhada. A nossa intenção era jogar abaixo a terceira porta do sonhar, entrando naquele mundo, e descobrindo o universo por detrás dele. Usaríamos a nossa energia para tanto.
E tudo seguiu de acordo com o intentado, quer dizer, uma parte seguiu. Durante o dia que precedia o encontro no sonhar, conversei com a guerreira Jéssika, e convidei-a e ao Tori para participar da jornada que se faria no Vale da Lua, este seria o lugar do encontro. Quando encontrei-me com ela para passar a mensagem, eu estava em um estado peculiar de energia, estava totalmente imerso em um estado de consciência intensificada, como se uma força me invadisse o campo de energia e me tivesse mantido ali. Eu conseguia ter alguns entendimentos, e um deles, um presságio, foi que caso nos encontrássemos todos, inclusive alguns outros guerreiros que busquei convidar para o mister pretendido, poderíamos ir como um grupo não para aquele mundo, mas para além das dunas brancas, par ao domo dos naguais, em um fantástico feito de feitiçaria. Inclusive não cheguei a comentar com os guerreiros que o intento seria ir ao mundo dos inorgânicos, pois este feito só faria se eu me encontrasse apenas com o Dárion, o que se mostrou depois algo muito perigoso.
O que aconteceu fora algo mágico, e que se mostrou muito perigoso. Intentei logo quando dormi, cedo da noite, entrar consciente no sonhar. Então entrei em um sonhar estranho e sem controle, mas acordei as 15 para as 2 da manhã, alguns minutos antes do encontro previsto. Levantei-me, tomei uma água e me preparei para o encontro. Quando deitei, entrei logo no estágio de vigília, então vi a cena de uma lua gigantesca, dourada, ela me chamava, eu me sentia atraído, quase que hipnotizado por ela. Então me concentrei na cena do vale da lua, e ali apareci, não tinha ninguém, o lugar era deserto, eu perguntei, ou pensei no sonho porque estava sozinho, então uma voz me respondeu:
- Você não deve intentar um lugar para encontrar-se com alguém no sonhar, desta forma, a sua atenção sonhadora não conseguirá concentrar-se em um só item, para encontrar alguém, deve intentar apenas a pessoa, o resto é decidido pelo corpo energético, a atenção sonhadora concentra-se absurdamente em uma coisa por vez, desta forma, dê a ela apenas o ponto central que deve se concentrar, ou seja, na pessoa com quem intenta o encontro.
 Então olhei para frente e eu estava no vale da lua, conforme o tinha em minhas lembranças, com a diferença de que depois do vale da lua havia um mar, caminhei para ele, impelido por uma força estranha, alheia a mim, e vi o reflexo da lua formando um caminho no mar, e caminhei por cima dele, sabia que podia ser uma jornada sem volta, sentia que poderia não voltar, mas estranhamente eu não tinha medo e fui assim mesmo. Dormi no sonho, no meio da caminhada, e acordei em um quarto, parecido com o meu, em um universo paralelo, eu não falo isso por dedução, eu sabia disto, sabia com uma perfeição cristalina que eu tinha na hora do acontecido, era algo que não tem como ser explicado em palavras.
 Naquele universo eu levantava e minha mulher, uma mulher diferente, falava para eu ficar deitado, eu então intentava sonhar naquele sonho, e sonhava com cenas estranhas, e voltava a acordar, eu relatava para mulher o sonho, ela insistia para eu dormir de novo, pois eu tinha que descobrir mais coisas, tudo que eu sonhava ali dizia respeito a algo sendo decidido por alguns homens, como juízes, e tudo que eu via ali, a mulher dizia que estava de fato acontecendo em um futuro, e que podia comprovar a veracidade disto, ela dizia que eu estava lendo o futuro em meu sonho, e insistia para eu sonhar mais, mas eu não dava bola e levantava, e contava o sonho para outros ali na sala, dizia que sabia que aquilo era um sonho, mas que eu tinha que narrar que tinha tido um sonho dentro de outro.
A mulher me levava para o quarto e me convencia que eu tinha que dormir, então eu dormia de novo. No sonho dentro do sonho, a realidade era impressionante, eu havia assumido as posições gêmeas, eu dormira ali daquela vez, exatamente como eu me lembrava ter dormido em meu quarto, em decúbito, com o pé esquerdo apoiado em minha batata da perna direita. No sonho que tive dentro do sonho, eu caminhava com uma tia minha, dizendo para ela que eu partiria, era a tia que havia me dado dois quadros de poder, e que me havia iniciado a minha jornada, me apresentando os livros de Castaneda. Eu dizia que faria um último favor a ela, a ensinaria a sonhar, tivemos uma longa conversa sobre o sonhar, eu relatava tudo que podia a ela, e eu dizia:
 - De que vale uma vida se estamos mortos para a verdade madrinha? Acorde no sonho, e terá uma nova vida.
Chegávamos em um restaurante, lá ela me oferecia algumas coisas, e eu aceitava. O sonho era envolvente, eu ficava indo e voltando de consciência, tinha medo de me perder e acordar ali, naquele lugar, eu as vezes me esquecia que era um sonho, e aquilo me parecia de fato a realidade, tal qual como quando estamos despertos, quando eu tinha esta clareza, o sonho não se dissolvia, nem eu acordava, o que normalmente aconteceria, apenas eu sentia uma grande opressão, uma aflição sem precedentes, naquele sonho dentro do sonho, nada mudava, tudo era tão real e sólido como é em nosso dia a dia. Então uma voz me disse:
 - Espreite o sonho, casse energia no sonhar, e sairá dele.
Então comecei a espreitar, uma velha gritou conosco algo que deixou minha tia preocupada, eu fingi um papel, segui a velha e fiquei seu amigo, estava espreitando um papel, senti minha energia aumentar, eu fazia algumas brincadeiras com todos ali, seguindo o jogo da velha mulher, ela passava de alguém brava para uma amiga, que me dava algo que me ajudaria a sair daquele sonho. Então saímos daquele lugar, eu vi uma cena de uma casa gigantesca de portões fechados, uma grande piscina e uma barraca de camping, então me veio um estalo, eu sabia como sair daquele sonhar, caminhei olhando para tudo que podia, eu tentava sentir a energia de cada coisa, fingindo ser um sonho comum, passei por dois homens conversando, quando a mulher que me acompanhava começou a falar besteiras, então eu sabia que ia acordar, o sonho já perdia a sua solidez, a sua realidade, senti um certo alívio, dobrei a esquina, e quando vi o que tinha ali, uma rua gigantesca, como a rua da cidade que o desafiador me levou, entendi que ele estava ao meu lado, ele era a mulher que eu achava ser a minha madrinha, então acordei.
Acordei naquela casa com aquela mulher, ela sorria para mim, como se eu tivesse conseguido empreender algo, fiquei por um segundo com medo de ter que ter aquela vida, naquele lugar, quando olhei a cena do quarto, acordei em minha cama real. Fiquei feliz e não mais dormi.
Quase fui prendido por uma força além do que eu podia suportar, o Dárion, que podia muito bem ter mentido, me narrou que não conseguiu me encontrar no vale da lua, mas que encontrou uma mulher e que foi com ela para a região das dunas, sem sequer saber de meu combinado. No momento que escrevo isso não contatei ainda a Jéssika, mas pode ter sido ela a seguir com o Dárion para o mundo das dunas, e o que me surpreende é que Dárion não sabia que existiria mais alguém no sonhar além de nós dois. Eu não narraria mais sonho aqui, mas algo me disse que relatasse isso como aviso aos que pensam que os sonos são apenas brincadeiras, e digo que grandes armadilhas podem nos pegar ali, e que para fugir delas basta ter sobriedade e energia.
Apenas então para finalizar, digo de algo que me irrompeu no pensamento, como um presságio. Entendi de fato, de acordo com as palavras de Don Juan, que o mundo dos seres inorgânicos pode ser realmente o único porto seguro no universo impessoal que existe ao nosso redor. Don Juan dizia: “- Que seja”;  ele queria a liberdade de enfrentar a impessoalidade do universo, mas muitos feiticeiros antigos escolheram ficar ali naquele mundo. É um momento de escolha pessoal, onde cada um escolhe o seu caminho. Minha escolha é a mesma de Don Juan, seguir e não ficar naquele mundo, mas a escolha de cada um será determinada pela capacidade energética e predisposição. O que sinto, é que para muitas pessoas, como as que conversei na minha casa, chegar até o terceiro portão do sonhar, já seria tarefa hercúlea, e que talvez, para estas, um mundo como aquele, onde elas estariam seguras e aquecidas, como estão em suas rotinas e mentes, seria uma escolha possível, e talvez isso tenha levado o velho Casta e a Cleargreen a direcionar a energia das pessoas aquele mundo, não sei, é uma possibilidade, mas que não me agrada. Claro, melhor do que ser consumido pela águia talvez seja estar ali, protegido em um universo predador, mas essa é uma opção que eu não consigo conceber para mim, e se eu pensasse nela para outros, eu iria estar me supondo melhor, e esse não é o papel do guerreiro neste mundo, somos todos iguais, e todos temos a mesma possibilidade de vencer e de se libertar, e essa libertação só é possível em um momento em nossas vidas, agora!

Intento caminhantes.

Comentários

  1. Buenos dias Hermanos
    Como combiando com Hermano Vento na noite da Lua Cheia
    Segui ao intento de nos encontrarmos no vale da Lua. Consegui inclusive chegar até lá e não encontrei Hermano Vento, eis que apareceu uma mulher e meu sonho mudou
    para uma região que parecia um deserto com dunas e um mar além,parecia com Canoa Quebrada eu ficava ali tentando procurar alguém e ela me conduzindo para vários locais, Caminhei naquele deserto de dunas bastante tempo até que percebi que poderia me perder ali então acordei. Era a mesma mulher que havia sonhado uma vez. Caso eu a visse agora eu a reconheria pois ainda estou com seu rosto
    em minha mente. Devia ter uns 23,25 anos, cabelos castanhos claros enrolados e seu rsot era branco com algumas poucas espinhas e um nariz um pouco alongado.
    Inclusive quando acordei semti a mesma caimbra na batata da perna esquerda como da vez em que havia sonhado com ela.
    Senti algo também quando estava no Vale da Lua com se ali mesmo fosse um antro de inorgânicos.
    Darion 09:55 06/08/2012

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  2. Intento Guerreiros

    Tudo muito interessante o Relato, amigo Mensageiro.

    Algumas "coincidências" sempre chamam à atenção. Bem, sobre o combinado do encontro no Vale da Lua, estva certo que não tive sucesso, porém alimentava o meu espírito com a idéia de que o Intento ou tal propósito acaba por criar um depositivo de acumulo no qual pode ser acionado com práticas sistematicas.

    Despois que a Jéssi acordou do seu descanso, ficamos conversando sobre os procedimentos para o encontro do Sonhar no Vale da Lua. Quando percebemos já era 01: 20 da madrugada. Combinamos fazer uns exercícios de respirações e depois calar nosso diálogo interno. Começamos às 01:45 da madrugada. Sugeri à ela que lembrasse do Vale da Lua, mas era eminente que nos concetrassemos no Enio. Deveríamos Intentarmos encontrar o Enio no Sonhar, independente de onde fosse.
    Bem... depois de alguns minutos comecei a sentir uma sensação de balonamento (sensações preliminar para o deslocamento do psicossoma)... assim que começou a sensação intentei o Enio e tive lampejos de sua imagem. Mas, logo voltava a vigília. Continue tentando e diversas sensações preliminares aconteciam e buscava o encontro com o Enio, mas sempre aparecia imagens fugases. Quando percebia a vibração no meu corpo já estava cessando e voltava para a vigília. Permaneci nesse estado por uns 50 minutos. Entre a consciência de expansão e uma semi-inconsciência e a volta a vigília. Nesses três pontos, lembro me de imagens rápidas onde via o Vale da Lua que me sugeria uma sensação de "solidão" ou de não haver ninguém lá e, ao mesmo tempo, a sensação de estar com o Enio em algum momento.
    Voltei totalmente para a vigília. já deveria ser 3 da madrugada. Percebi que a Jéssi já estava dormindo profundamente. Mas, continuei com o Intento, mesmo porque não conseguia mas dormir. Qualquer sensação de sono desapareceu. Fiquei meio frustrado, pensando nas imagens rápidas que tive quando minha mente se expandia. Imaginei que a Jessi poderia estar dendo melhor "sorte" rsrs Mas, de repente uma sonolência me acertou como uma rajada e apaguei.

    Bem ... deixo a Jéssi narrar algo que ela lembrou.

    Legal que o Hermano Dárion conseguiu o Intento.

    Enio, dois dias antes do encontro do Sonhar planejado tive uma visão em túnel onde me mostrava a porta de algo semelhante a entrada de uma caverna ou buraco exótico de uma cor azul meio fosco com véus muito complexo, que às vezes, lembrava partes microscópica do tecido humano (sei lá, só imagino isso até agora pra comparar). Parei bem na entrada desse lugar com imensa curiosidade. Uma voz me disse: Essa é uma das entradas para o Mundo dos Inorgânicos.

    Cada vez mais fico espantado pelo progresso do teu Sonhar. Intento e vamos nos propor a novos encontros no Sonhar!

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  3. Hilton, o lobo, fico sempre feliz com tuas visitas amigo, e fico mais feliz ainda no empenho despendido para o ensonhar. Sabe, sinceramente esperava muito ter encontrado um grupo de guerreiros naquele lugar, mas coaduno com o pensamento do Dárion, e acho que ali no vale da lua temos um ponto que facilita a entrada no reino dos inorgânicos. Sabe Tori, antes de falar, me deu um arrepio falar de tal porta, parecendo uma entrada de uma caverna, eu tive um lampejo naquele dia, antes de caminhar no reflexo da lua, de uma porta no meio das pedras do vale da lua, e me senti impelido em entrar ali, mas não me lembro de muito mais.

    Intento Tori e obrigado pela visita.

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  4. Rs rs Grato amigo. Pois é ... Talvez, uma coisa leve à outra, se continuar firmes no propósito do Sonhar é provável que venhamos a encontrar um grupo de guerreiros, não sei se exatamente lá no Vale, pois já que tal lugar pode facilitar a entrada no Mundo dos Inorgânicos, por que não? Afinal, quando parei em frente da entrada, sinceramente me atraiu muito, mas num sentido sóbrio, além da curiosidade e também não senti nada do tipo móbido. Mas todo cuidado é pouco. Mas sei que tudo depende do nosso senso sóbrio.

    Então, Enio, vc se sentiu impelido. Penso que de uma forma ou de outra nos sentimos assim ... impelidos. Se estamos trabalhando com a impecabilidade não devemos nos deter, o lance é não se precipitar e não entrar naquele mundo como um peixe entra no fundo do lago, vamos até a margem e, depois, mais um pouco e mais até estarmos com energia escura o bastante para mover nosso P.A mais profundamente e, quem sabe, intentarmos de vez ir além das Dunas.

    Intento!

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  5. Olá guerreiros,

    Fico mto feliz com o progresso de todos no Sonhar... Continuando nesse Intento acredito que em breve nos surpreenderemos com os resultados...

    Bom, vou relatar o que me lembro...

    Tive dificuldades em acalmar a mente e as emoções naquela noite, como estava tendo há dias devido a alguns eventos... Minha mente simplesmente não queria calar a boca não importava o qto eu ordenasse, relaxasse, meditasse, fizesse exercícios... E ao mesmo tempo ela estava nitidamente esgotada. Nada do que eu costumava fazer funcionava. Sentia que haviam mtas coisas se passando em meu subconsciente e que isso deixava-me mentalmente exausta, porém fora do alcance de minha percepção ou consciência. Ainda assim, consegui ter alguns 'vislumbres' do Vale da Lua... Encontrei o Hermano Vento, e também quem acredito ser o Dárion. Senti a presença de outras pessoas ali também e vi também uma amiga também caminhante, com quem comecei a conversar a pouquíssimo tempo, porém ela não parecia desperta no sonho. Chegando lá mtos minutos já tinham se passado. Intentei para que Tori se juntasse a nós e ele apareceu. Em seguida, senti que algo me impedia de ficar mais consciente no Sonhar e tentei lutar para ir... Então o Enio me disse que já não dava mais para esperar... Tive mais um vislumbre deles anadndo em direção ao que parecia uma gruta mágica e então sumiram. O Dárion andava mais distante dos dois, também na direção da gruta, ele parecia mais ágil, mais 'vibrante' do que Enio e Tori (uma característica que ele sempre tem quando tenho algum sonho com ele), ainda assim, os três pareciam despertos... Outras das presenças que sentia ali também foram com eles... Em seguida o sonho fica confuso. Me debato mentalmente para ficar consciente naquele vale até me sentir muscularmente exausta, quando então percebo que esse não é o caminho. Acordo, me espreguiço para tentar aliviar a tensão muscular, deitei sobre o lado direito e deixei que qualquer coisa que fosse pra acontecer, acontecesse naturalmente, como tendem a ser minhas melhores experiências com o Sonhar.

    Caí então em um sono profundo, do qual nada me lembrei qdo acordei de manhã, porém sentia que mta coisa tinha acontecido. Os nervos e tendões dos meus braços e ombros estavam doloridíssimos, me sentia cansada e minha mente ainda tagarelava sem parar. Alguns dias depois, indo dormir, comecei a me lembrar da experiencia daquela noite. Após cair naquele sono profundo, fui levada a um sonhar em que sabia estar sonhando, havia coerência, porém eu era instruída a apenas testemunhar os fatos, a fim de guardar toda minha energia para ficar 'desperta' (mesmo sem me lembrar) pelo máximo de tempo possível. Nesse sonhar, algumas coisas bem pessoais me eram mostradas e iluminadas. Assumi também alguns compromissos quando acordasse novamente, tarefas nada fáceis que terei de encarar com impecabilidade. Isso tinha a ver com o grande ruído que minha mente estava fazendo... Era como se minha mente estivesse sendo "revirada" para que essas coisas me fossem mostradas naquela noite, lembro que era a madrugada da tradicional festa pagã pela Deusa Briggit, guardiã do fogo, da arte, da inspiração. Tempo de varrer o que não presta mais para que o novo possa se acender... De fato, minha mente foi varrida por essa força naqueles dias.

    Após esse episódio, iniciei uma maratona de sono de 14 horas ao todo (com intervalos para comer, onde eu erroneamente achava que finalmente tinha acordado). Na Sexta 19:30, acordei com a mente finalmente calma, e no Sábado a tarde ela simplesmente desligou-se em vários momentos - o que pra mim foi um alívio e uma paz infinitos...

    Até a próxima - seja aqui ou no Sonhar.

    Intento, Caminhantes!

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  6. Hermanos Guerreros
    depois que Hermano Vento falou, recordei que caminhei entre as pedras daquele lugar e entre umas brechas mais profundas senti vontade de adentrar ali foi então que o sonho mudou e a mulher apareceu e me guiou para aquele deseto-praia pois não era um deserto em si havia ali um mar além, distante de onde eu estava. Não eram as dunas sulfurosas, nem avermelhadas, com a sensação de inferno. Era mais algo como uma região da costa da Africa em que o deserto dá no mar.(não sei se´a costa do Mosquito o nome do lugar). Só sei que a sensação que tive era que poderia me pderder ali.
    Darion 08:34 07/08/2012

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  7. Jota, como já relatei acordei com uma caimbra danada na batata da perna esquerda. Muito estranho isso pois só senti isso quando sonhei com a mulher em questão uma vez antes desse sonho e nesse.
    Darion 08:49

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    Respostas
    1. Pois é... Reparei isso no seu relato, Dárion...
      Porém acho que essas dores possam ter origens diferentes (apesar do mecanismo pra elas se somatizarem ser o mesmo)... Acho que minhas dores têm relação com eu ter qse que 'feito força' pra tentar me projetar... Tinha alguma coisa mto torta cmg naqueles dias, era como se intentar estar lá fosse interpretado pelo meu corpo não para relaxar, mas sim enrijecer mais ainda a musculatura, coisa que não acontecia antes... Mas parece que as coisas já estão voltando ao seu funcionamento natural...

      Se me permite um palpite aleatório, lembro-me de uma vez que relatou ter encontrado uma 'cena-chave' para sua recapitulação enquanto massegeava sua panturrilha (acho que a esquerda tb)... Seria legal tentar 'juntar as peças' pra tentar saber porque esse ponto específico no seu corpo dói quando ela aparece... Pode nos dar pistas sobre essa mulher.

      Ah, e não precisa me chamar de Jota não... Meu nome é Jessika. Uso meu nome abreviado por precaução. Meu blog contém coisas pessoais que não quero correr o risco de alguém conhecido se identificar com o evento. Sinto-me mais à vontade pra escrever assim, só isso. Aqui, no entanto, estamos seguros, rsrs...

      Intento!

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    2. Jessika
      agradeço o itento, vi sim. Uma coisa não está ligada pois já tinha reparado nisso também.
      Darion 08:00 08/08/2012
      * * *

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