As testemunhas da imensidão
Dizem que o
tempo apaga tudo, histórias, caminhos, feridas, tudo é questão de tempo para
ser apagado. Minha história aqui neste blog assim começou, e não tardou de ser
esquecida por mim, a medida que se passou o tempo, eu sequer lembrava mais das
palavras primeiras que me foram sopradas quando esta senda de conhecimento foi
erguida, e isso nem tanto tempo faz, comparado aos anos de minha vida que já se
foram. Mas não é a minha histórias que venho relatar aqui, não é a história de
ninguém em especial, mas é uma histórias que pode servir para todos que queiram
esta armadura vestir, a armadura do guerreiro viajante, o que anda, que
desbrava, que tira o véu da ilusão, e que combate a força máxima que pode
derrotar um guerreiro, a inconsciência.
Foi em meados
de 2010 de comecei esta minha jornada de dividir as minas histórias de poder
com quem neste espaço minúsculo do universo visitasse. Lembro que a minha
primeira narração resumia-se no título, O DESPERTAR, nada mais icônico do que
algo que eu descreveria como o primeiro passo no caminho do guerreiro, aliás, o
prelúdio do início da caminhada do guerreiro, pois para caminhar, primeiramente
é preciso despertar. Naquele tempo eu sentia o peso fustigante da solidão do
guerreiro, eu tinha histórias de poder cercando a minha vida e não tinha com
quem dividir, ninguém se dispunha a ouvir as minhas histórias, ninguém queria
saber sobre os relatos de poder, e quem seria eu para julgar estas pessoas, eu
não podia, então guardava comigo o peso e a maravilha das descobertas.
Mas um dia o
espírito me desceu e comecei a compreender o que somos, nós que temos
histórias, nós que temos experiências com o espírito, com o infinito. Eu
pensava, no fundo de minha solidão, que o caminho solitário de um guerreiro
inevitavelmente iria confluir com caminhos de guerreiros outros, dispostos a
trocar figurinhas no andar, dispostos a uma conversa em torno de uma fogueira
em uma noite escura, dispostos a mesclar o seus intentos em torno de um
empreendimento abstrato, e sem racionalismos práticos. Mas em toda a minha
busca o que eu encontrava neste mundo era apenas a solidão. Na época eu comecei
a ter sonhos que me indicavam a direção correta, dividir o conhecimento.
Existiam pessoas que eu conhecia, em caminhos outros que não o nagualismo, que
arriscavam-se em dissuadir-me acerca de meu intento, alegavam que dividir o
conhecimento pode ser perigoso, enquanto outros alegavam que dividir o
conhecimento poderia enfraquecê-lo. No primeiro argumento meditei que existia o
medo de dividir e a arrogância de achar-se melhor que outros, no segundo
argumento tive a visão do hermetismo, do mundo dos escolhidos, iluminados e das
seitas onde guardam-se os segredos pelo poder que eles dão aos associados.
Resolvi não me associar a nenhum destes conceitos.
Lembrei-me
então como um herdeiro dos conhecimentos deixados por um velho bruxo, o nagual
que nos honrou com toda a literatura mágica de uma cultura milenar, don Juan e
seu aprendiz o novo nagual don Carlos. Um homem, e isto é bom deixar claro, que
mostrou-nos a possibilidade infinita de todos os homens, a facilidade de se
acessar a esta mágica, com uma simples chave, o intento. Para além do
hermetismo, o legado deixado por estes dois bruxos está na liberdade de
escolha, na liberdade de pensamento, na abertura de caminhos que por milênios
foram fechados, com os seus devidos motivos, mas que hoje careceriam de razões
para manterem-se herméticos. Desta lembrança que tive, não sem propósito, as
visões me mostravam como retribuir ao presente do nagual.
Foi então que
o espírito mostrou-se para mim em sua grandeza, não em uma forma, não de forma
que eu possa aqui descrever sem parecer a todos um tolo, mas mostrou-se em sua
simplicidade e beleza, e desta forma, mostrando o vínculo irremovível que me
liga a tudo e a todos na existência, mostrou parte de minha missão, divulgar o
mito de nossa era, divulgar a esperança de uma raça que já não sabe estar
perdida, mostrou que retribuir uma graça se faz trilhando o mesmo caminho de
quem nos mostrou a iluminação, mesmo ainda não a tendo atingido. Desta forma,
com a simplicidade que sempre manifesta-se o espírito, entendi que a minha
missão seria a divulgação de tudo que eu conseguisse ter do caminho do guerreiro,
tudo que eu conseguisse ver e ouvir andando pela mesma trilha que andaram
aqueles magníficos homens, desde os mais remotos tempos de outrora, desde os
antigos feiticeiros, os novos até nos guerreiros da nova geração, como apelidou
a nossa geração o nagual Castaneda antes de sua partida. Um vínculo nos une, a
quem segue neste caminho, aos mais remotos povos libertos desta Terra, e antes
deles, a gerações de antigos vindos dos confins do universo com o seu
conhecimento mágico, que originou todo o conhecimento que hoje temos como
nagualismo.
O meu destino
é este, manter vivo o sonho, a verdade que revela a realidade por detrás da
vida monótona e enfadonha da realidade aparente. É um destino mágico, que me
faz continuar aqui, dividindo a obra, que me faz andar por fóruns, dividindo
este pensamento, que me faz estar onde puder fazer germinar a semente da
esperança em um coração, porque a mensagem sublime deixada por don Juan em seus
ensinamentos, no fala, nos grita a todo tempo que apesar de sermos, como disse
Rosseau, “acorrentados a todos os lados”, somos seres que podem reivindicar a
sua totalidade, reivindicar a capacidade mínima de aperceber-se acorrentado, e
as forças que nos acorrentam, e com essa visão, que possamos nos erguer da lama
que estamos vivendo e caminhar de verdade pela vida, tendo a possibilidade
mínima de atingir a liberdade, de seguir a nossa jornada mágica para qual
estamos destinados, muito além de definições, de prisões perceptivas, de predações
energéticas, muito além do que poderia ser explicado aqui sem parecer um louco
balbuciando coisas sem sentido.
O nosso
destino, e agora amplio as minhas palavras a quem se sentir herdeiro desta
linhagem de conhecimento, a quem se sentir detentor do direito de seguir nesta
trilha, o nosso destino amigos, e divulgar os atos de poder que somos
testemunhas, as maravilhas que presenciamos, pois só divulgando as maravilhas
que vemos, as maravilhas que testemunhamos é que podemos dar coragem aos que
aqui ou neste lugar, ou no lugar que cada um de nós escolher possam ter a
chance de lutar, lutar por si, lutar para conhecer, lutar para ter consciência,
para ser um ser desperto, acima de tudo, que possa escolher o seu caminho, e
não seguir as imposições sociais que nos ditam como única opção de vida e de
morte.
O nosso
recado, independente do recheio mágico que tenha cada experiência, é redundante
em cada palavra que falamos, em cada gesto que expressamos, o nosso recado, da
geração que anda ombro a ombro comigo, e com tantos outros no mundo inteiro, a
nossa mensagem é de esperança, de liberdade. É uma mensagem que ecoa no coração
de todos os homens nesta terra, ou ecoou alguma vez na vida, ou ainda virá a
ecoar, é uma mensagem que prega que somos capazes, que todos somos escolhidos,
que todos temos as mesmas possibilidades, é uma mensagem que diz que existe sim
algo além de simplesmente nascer, crescer reproduzir e morrer, uma mensagem que
mostra caminhos outros aos que nos foram ensinados, uma mensagem que mostra que
Deus não só existe, mas ele é você próprio também, além de ser todas as coisas
que o cercam, é a mensagem que diz que podemos ser livres, que existe uma opção
para a morte, que já foi oculta antes, mas que está a todos acessível hoje. Somos
as testemunhas vivas do conhecimento tolteca, em cada um de nós, em cada
exemplo de vida, vemos que não existem escolhidos para este caminho, que é
solitário por um lado, mas é cheio até a borda por outro, pois na solidão do
guerreiro que ele encontra forças para entender, que nada neste mundo está só,
está apartado do todo.
Somos os que
erguem o mito, os que mantemos a mensagem, os que respeitam a todos como
iguais, e que na igualdade entendem que todos podem ter as mesmas capacidades.
Somos a antítese do hermetismo das seitas mágicas da Terra, somos as
testemunhas vivas do conhecimento mágico, e os detentores do intento que pode
fazer a grande mudança na Terra um dia, depois que cada um de nós mudarmos a
nos mesmos.
Somos hoje, em
pouco mais de dois anos, ainda poucos os que frequentam este espaço, na
contagem de quando fiz este texto éramos pouco mais de 40 mil visitas, e isso
na verdade não importa. O que me importa de fato, é que daqui já vi surgir o
intento em muitas pessoas, e que cada uma destas deve ter tido a chance de
despertar o intento em mais uma pessoa, e outra, e se esta chama for se
alastrando pela Terra, tenho a certeza que nós, os guerreiros da nova geração,
seremos os filamentos iluminados de nossa bela esfera, e se atingirmos a
quantidade suficiente de poder, poderemos atingir o intento deixado pelo velho
nagual, de conseguir levar a nossa terra e a nossa humanidade para uma nova era
de iluminação.
Intento guerreiros,
testemunhas da imensidão.
Que belas palavras, Hermano...
ResponderExcluirSinto também o mesmo impulso de expressar as histórias de Poder com as quais me envolvo. Essa expressão também tem o seu papel na complexa e sagrada teia do Espírito. Um papel belo e vital.
Intento aos Caminhantes!
Fortes palavras Hermano e dentre estas fortes palavras uma para mim teve uma força maior, uma especie de Poder: COMPARTILHAR.
ResponderExcluirOntem mesmo isso me veio a consciencia como palavras mágicas. A voz me soou aos ouvidos. O nagual Carlitos poderia ter guardado todo o incomensurável conhecimnento para si, em forma de Poder e não o fez. Fez o que fizestese e fazemos, compartilhamos nossas andanças, percalços, tropeços e avanços. E assim vamos avançando, sempre avançando em busca de algo abstrato que o homem normal, ocidental não conhece e talvez nunca chegue a conheçer: a Liberdade.
Muito agradecido, Hermano, não só por compartilhar e sim por nos permitir compartilhar.
Dárion 08:08 29/08/2012
* * *
Dárion
Hermano e todos que aqui estão,
ResponderExcluirMe desculpem não ter colocado isso no texto, mas gostaria de dividir aqui também o presságio que me levou a escrevê-lo, acho pertinente ao momento.
Eu assistia um desenho, passei rapidamente por ele, enquanto a tv estava ligada, algo em mim se afixou a mensagem que estava sendo passada.
O desenho se tratava de um mundo dominado pela opressão e pela dor, onde as pessoas eram sacrificadas, mortas e seus sonhos e liberdade eram destruídos por um opressor.
Então, no desenho, um grupo de pessoas que buscava a liberdade começava a inspirar histórias de esperança no coração das pessoas, das crianças, do velhos, de forma que as histórias de liberdade começaram a ter uma força de impelir os escravizados a mudarem a sua realidade, mostrando que existe uma possibilidade além da dor e da escravidão.
Os seres que dominava o mundo, então começaram a lançar igualmente histórias para tentar desmerecer os que contavam as histórias de liberdade, querendo dissuadir a esperança que começava a brotar dos corações, mas não funcionava, porque as histórias não tinha essência, não tinham coração.
E assim começou a revolução, a partir de histórias de liberdade, a partir da chama que elas faziam brotar em cada coração.
Então desta forma o espírito me mostrou o que fazer amigos, e se estes textos que aqui escrevo, e o que os participantes mandam servir para criar uma fagulha que seja no coração, de uma pessoa que seja, já teremos feito um trabalho digno do espírito, já teremos contribuído e retribuído ao espírito do homem.
As palavras são mágicas, enquanto uns poucos de nós se interessam pela liberdade, a todo momento um milhão desdizem e criticam o caminho, e desviam as pessoas do mito da liberdade, temos que ser impecáveis nas palavras, nos atos, sobretudo na postura, não podemos mais nos dar ao luxo de refletir em nossos atos as mazelas do mundo, devemos lapidar e polir o nosso espelho para que ele reflita nada mais que o infinito, e assim, refletindo o infinito, nos nossos olhos, bem como em nossas palavras, as pessoas possam sentir a mão do espírito, e entender que existe sim uma opção, existe sim uma liberdade, e podemos sim ser seres despertos e conscientes.
Chega de dominação, a liberdade está em nossas mãos.
Uma anotação de 2008 que fazia tempos que queria postar
ResponderExcluirHavia uma mangueira enorme nos fundos do sítio.
Neste dia, sem nenhuma razão aparente, aventurei-me e fui lá. Sempre gostei do desconhecido, que as vezes cai no proibido. Meu antigo espírito aventureiro. Quando cheguei a uns dez metros da mangueira, vi Bridgitte suspensa em uma escada de cordas. Estava empoleirada em um degrau da escada a uns quatro metros do chão. A escada estava segura a um galho forte e grosso bem perto da copa. Era feita de duas cordas e os degraus de tábuas de madeira. Quando a vi ali dependurada, me recordei de quando era criança. Todas as tardes no quintal da casa de minha tia-madrinha depois de ter feito as tarefas escolares, adorava ir até o quintal e passar o resto da tarde dependurado no alto de um goiabeira. Parecia um mico. Pulava de galho em galho procurando as goiabas mais maduras que os morcegos ou os pássaros não haviam bicado.
- Suba até aqui, a vista é linda! – disse ela.
Comecei a subir os degraus da escada.
- seu Poder Pessoal o trouxe até aqui. Seus sonhos e suas entradas na segunda atenção me dizem que seu mundozinho está desmoronando. Com suas preocupações você fica inseguro e tenso. Essa tensão consome um enormidade de reserva extra de energia que utilizamos para sonhar, por isso a maioria das pessoas não recorda de seus sonhos.
Bridgitte esclareceu-me ainda o objetivo daquela escada. Era um artefato para curar doenças fora do corpo físico, energias nocivas aprisionadas em nossa luminosidade como: raiva, ganância, medos.. e insegurança no meu caso. A intenção é que quanto mais alto se fica suspenso sem tocar o chão, maiores os efeitos purificadores.
Dárion 08:57
.Recordamos que em O Presente da Águia , Silvio Manuel apresenta a Castañeda e La Gorda uma série de três exercícios para conduzi-los diretamente à "segunda atenção". Consistia em trabalhar com os sentidos (ou com a ausência deles), privando os guerreiros ora de um e ora de outro sentido. Primeiro, colocou-os numa caixa fechada para bloquear a visão e a mente. Depoisos fez rolar no chão sobre o lado esquerdo para trabalhar a audição e a rotina. E por fims uspendeu-os numa árvore para anular o psiquismo.
ResponderExcluirDárion 09:46 29/08/2012
* * *
As vezes falamos da busca pelo desconhecido a outra pessoa, e nem imaginamos que terá algum efeito sobre ela, mas algumas vezes somos surpreendidos.
ResponderExcluirFalei para um primo mais novo sobre a meditação e sobre o conhecimento transmitido pelo Carlos Castaneda, e ele ontem me mandou uma mensagem no face dizendo que já fazia alguns dias que estava praticando meditação, e afirmou que na meditação sentiu o "gosto das cores" e que sentiu também uma enorme alegria e vontade de dançar. E ai combinei com ele de fazermos meditação por dez dias, mesmo que não morando perto, já que ele ta em Londrina PR e eu em Sorocaba SP, e observarmos os resultados. Acho que o artigo do Ênio vai nesse sentido de que compartilhar o conhecimento é libertação.
abraço
Rafael
ResponderExcluirum guerreiro não guarda nada para sí, quanto mais se espalha o conhecimento
mais energia se produz, pois energia atrai energia. Vejo compartilahr também é uma forma
de se libertar.
Darion
Para expulsar doenças (Segundo Crculo do Poder)
— Claro. Você pode curá-la e fazê-la sair dessa armadilha de morte — dissera ele.
— Como? — perguntei-lhe.
— É um processo muito simples — disse ela. — Basta lembrar-lhe que ela é uma doente incurável. Como é um caso fatal, tem poder. Não tem mais nada a perder. Já perdeu tudo. Quando a gente não tem nada a perder, torna-se corajosa. Só somos tímidos quando ainda há alguma coisa a que se agarrar.
— Mas basta lembrar isso a ela?
— Não. Isso lhe dará o ímpeto que ela precisa. Depois ela tem de empurrar a doença para longe com a mão esquerda. Ela tem de estender o braço em sua frente com a mão fechada, como se estivesse segurando uma maçaneta. Tem de empurrar e ficar empurrando enquanto diz "fora, fora, fora". Diga-lhe que, como não tem mais nada a fazer, tem de dedicar todos os segundos da vida que lhe resta a fazer esse movimento. Eu lhe asseguro que poderá levantar-se e sair dali andando, se quiser.
— Parece tão simples — disse eu. Dom Juan riu-se.
— Parece simples — disse — mas não é. Para fazer isso a sua amiga tem de ter um espírito impecável.
Sentir as Linhas do Mundo (viagem a Ixtlan)
— Eu estava implicando um pouco com você — disse Dom Juan, quando voltei e tornei a. me sentar. — Mas sei que, se você não falar, não entende. Falar para você é fazer, mas falar não serve e, se você quiser entender o que eu quero dizer com não fazer, tem de executar um exercício simples. Como estamos interessados em não fazer, não importa que faça o exercício agora ou daqui a dez anos.
Mandou que eu me deitasse e pegou meu braço direito, dobrando-o no cotovelo. Depois, virou minha mão para a palma ficar voltada para a frente; curvem meus dedos, de modo que minha mão ficou na posição de quem está segurando uma maçaneta e depois começou a mover meu braço para a frente e para trás, num movimento circular que parecia o ato de empurrar e puxar uma alavanca presa a uma roda.
Dom Juan disse que um guerreiro executava esse movimenta cada vez que queria expulsar alguma coisa de seu corpo, como uma doença ou uma sensação desagradável. A intenção era empurrar e puxar uma força adversa imaginária até a pessoa sentir um objeto pesado, um corpo sólido, opondo-se aos movimentos livres da mão. No caso do exercício, não fazer consistia em repeti-lo até se sentir o corpo pesado com a mão, a despeito do fato de a pessoa não poder acreditar que fosse possível senti-lo.
Comecei a mover o braço e, dali a pouco, minha mão ficou gelada. Comecei a sentir uma espécie de polpa em volta dela. Era como se eu estivesse remando numa substância líquida, pesada e viscosa.
Dom Juan fez um movimento súbito e agarrou meu braço para parar o movimento. Meu corpo todo tremia como se abalado por alguma força oculta. Examinou-me quando me sentei e, depois, andou em volta de mim, antes de tornar a sentar-se onde estava antes.
— Já fez bastante — disse ele. — Pode executar esse exercício em outra ocasião, quando tiver mais poder pessoal.
— Fiz alguma coisa errada?
— Não. Não fazer é só para guerreiros muito fortes e você ainda não tem o poder de lidar com isso. Agora, só vai apanhar coisas horrendas com as mãos. Portanto, faça-o pouco a pouco, até sua mão não ficar mais fria. Quando ficar quente, você chega a poder sentir as linhas do mundo com ela.
Parou para me dar tempo de perguntar a respeito das linhas. Mas antes de eu ter oportunidade, começou a explicar que havia um número infinito de linhas que nos ligavam às coisas. Disse que o exercício de não fazer que ele acabava de descrever ajudaria a qualquer pessoa a sentir uma linha que saísse da mão que se movia, uma linha que a pessoa poderia colocar ou lançar sempre que quisesse.
Darion 09:20 03/09/2012
In lak ech ala kin