A retrospectiva de um guerreiro - retomando a caminhada para liberdade


“O sábio direciona a indomável mente
como o arqueiro direciona a flecha.
A mente se sacode como um peixe na areia,
por isso deves abandonar o terreno das paixões.
Mesmo que seja de difícil controle, 
volúvel e ansiosa, é bom dominar a mente,
pois seu domínio leva à felicidade.
Mesmo que seja de difícil apreensão, 
devido à sua sutileza e tendência à fantasia,
o sábio domina a mente e com isso atinge a felicidade.
A mente caminha sem rumo, solitária, 
sem corpo, escondida nas cavernas. 
Aqueles que conseguem dominá-la
livram-se das correntes de Mara.
O homem de mente descontrolada desconhece o ensinamento sublime, 
e o de confiança temerosa não alcança a plena sabedoria.
Aquele que dominou sua mente e a afastou do ódio,
levando-a além do bem e do mal, permanece atento e nada teme.
Compreendendo que seu corpo é frágil
como um vaso e fortalecendo sua mente,
vencerá a Mara com o aço da sabedoria.
Protegerá sua conquista e estará por cima das coisas terrenas.
Não passará muito tempo antes que o corpo,
desprovido de consciência,
esteja embaixo da terra como um tronco desprovido de valor.
Uma mente mal governada pode causar mais dor que o 
pior dos inimigos e o mais entranhado dos ódios.
Uma mente bem governada causa mais benefícios que um pai,
uma mãe ou um parente amado.” (Dhammapada, a mente)
 

Não foram poucas as vezes em que me vi guiado por energias externas em minha caminhada, em meus exercícios para o lado esquerdo. Nas maiores descobertas que empreendi em minhas jornadas pelo extenso mundo da segunda atenção em sua vastidão, em grande parte das jornadas fui guiado por um guerreiro que já está naquele mundo há gerações, seu nome, segundo ele mesmo, Juan Cortez. Segundo a juntada que consegui fazer de todas as nossas interações naquele mundo, percebi que ele é um índio nativo da região central da América, de índios curandeiros que tinham sua cidade, há milhares de anos, situadas nas proximidades da Sierra Madre Oriental, uma cadeia montanhosa localizada no que hoje é o México. Segundo me consta, no que consigo lembrar, ele vem de uma linhagem de feiticeiros na busca da liberdade, que há milhares de anos atrás receberam o conhecimento de um povo vindo de outros mundos, chamados por eles de “Os Sete Antigos”. Contudo, ele já empreendeu a sua jornada, e por algum motivo que desconheço, ele começou a encontrar-se comigo e distribuir parte de sua conhecimento.

Contudo, sempre tentei dividir tudo que me era dado, como uma forma de gratidão ao Espírito do Homem, dividindo o conhecimento acreditava que ele não se represaria em mim, de alguma forma eu dividiria a dádiva do que eu estava e estou aprendendo e ainda aliviaria o meu fardo de carregar sozinho tais informações, que muitas vezes sequer consigo usar em minha jornada. Foi ai que comecei a perceber que era exatamente neste ponto que eu estava perdendo o tesouro mágico que me fora dado pelo viajante do infinito. Não digo em dividir o meu tesouro, que na verdade nunca fora meu, mas digo na perfeita utilização de todo o conhecimento que me fora passado.

Entendi com perfeição o que me fora dito, que eu era tal qual aquele guerreiro que me guiava, ele me falou que de alguma forma eu chamara a sua atenção com meu corpo sonhador, e que ele tinha “visto” que a minha forma energética era tal qual a sua própria, quando ele ainda era preso pelo casulo da forma humana. Pouco a pouco então, ele me repassou toda a sua história, não em forma de sua vivência neste mundo, mas de forma a me orientar no caminho que ele mesmo havia seguido, a milhares de anos antes, e que o guiou ao lugar em que hoje ele se encontra. Aos poucos, além de um vasto conhecimento daquele mundo antigo, vários dos aliados dos povos daqueles tempos se apresentaram a mim, os “Sete antigos”, um quadro que era apenas pintado nas narrativas de Juan Cortez, foi se tornando mais palpável e crível a mim a medida que a história de cada um daqueles viajantes do infinito era revelada para mim.

Foi então que fui guiado para as planícies do outro lado, no que considero o local descrito por Castaneda em sua visão do salto, como o Domo dos Naguais. Aquela cidade em que fui levado por diversas vezes e que acredito ser tão real quanto o nosso mundo, aquela cidade intermediária que funciona como um entremeio na viagem definitiva dos guerreiros que rumam a terceira atenção. Ainda tive a chance de conhecer a planície sulfurosa e desértica que precede aquela cidade, percebi que depois daquela planície existe uma floresta de uma vegetação sem igual e que depois dali podemos avistar a cidade branca em sua cintilante perfeição. Ali mesmo naquela floresta que precede a magnífica visão da cidade encontrei-me ainda com uma mulher guerreira, uma mulher que é do mesmo grupo do Nagual Juan Cortez, ela me revelou algumas coisa sobre aquela cidade, mas não consegui compreender, de fato não consigo sequer lembrar-me do que me foi revelado naqueles encontros que tivemos ali, acredito que não consegui o alinhamento necessário para fazer emergir as lembranças daqueles encontros mágicos.

Eu sempre tive a sensação que aquela floresta ficava em um lugar que coincidia neste mundo a Sierra Madre, e que aquela cidade refletia com perfeição uma cidade antiga em que viveu Juan Cortez, uma cidade onde todos conseguiram o intento mágico de libertar-se da visão deste mundo, indo como um grupo para a segunda atenção, para aquele mundo paralelo e onde criaram, onde foram os precursores daquela cidade. Percebi ainda que a passagem daquele povo mágico se deu com a ajuda dos Sete antigos, que aquela cidade fora feita nos moldes da cidade de onde veio os antigos, uma cidade que já falei parece estar localizada, em referência ao nosso mundo, na constelação de Ursa Maior, e de alguma forma, a cidade branca, na segunda atenção é uma ponte de ligação entre o nosso mundo e aquele mundo mágico, em uma inconcebível troca de conhecimento que não consigo sequer mensurar.

Então percebo hoje que aquela cadeia montanhosa de fato tem um poder mágico e revelador para a minha totalidade energética. Percebi que ali fora o berço de uma de minhas aliadas mágicas, o espírito da Sálvia, que me parece ser uma das guardiãs daquele mundo mágico. O portal daquele mundo seria aquela formação natural rochosa. Não fiz nenhuma pesquisa história no intuito de encontrar referências que me levassem a corroborar o conhecimento que me fora dado, e nem intento isso, sei que da forma que tudo aconteceu com aquela civilização sequer restaram resquícios de sua presença aqui neste mundo. Mas vejo que entre aquelas civilizações que se foram sem deixar rastros, a exemplos de tantos outras que se tornaram lendas nas nossas histórias, como atlanta, este povo teve um estreito contato com os povos da mesoamérica, os maias, astecas, incas, deixando parte de seu incomensurável legado para aqueles que ali ficaram.

De tudo que me aconteceu até hoje, no entanto, na ênfase de dividir, esqueci do principal de todo o conhecimento que me foi passado, de praticá-lo, de estuda-lo de forma que ele não se tornasse apenas histórias, mas no incentivo da prática de quem os lesse se tornasse poder e que esse poder honrasse a quem seguisse o caminho dos guerreiros, e aqueles guerreiros que um dia se foram desta Terra seguindo para o mesmo destino que tanto ansiamos em nossos corações, o destino da liberdade.

Lembro-me que, no que concerne aos doze passos do guerreiro rumo a liberdade, perdi-me nas palavras e no esquecimento, abandonei aquele mapa quando já estava seguindo o segundo grupo, que é intitulado de Destruindo o reinado da Mente, eu havia passado por todas as orientações do Nagual referentes ao Despertar do guerreiro, na euforia das novas descobertas e da conexão mais bem estabelecidas com o espírito, me perdi na enormidade e vastidão da segunda atenção, estabeleci pequenas metas, viajei pelos reinos daquelas civilizações antigas da mesoamérica, conheci guerreiros, mas esqueci de minha caminhada, dos passos firmes que deve ter o guerreiro antes da euforia da liberdade.

Então caros guerreiros, o que me proponho aqui é seguir o roteiro que já havia sido estabelecido anteriormente, e revelar o segundo grande passo da caminhada do guerreiro vidente rumo a liberdade total. O nome que foi dado aos passos que se seguem é Destituindo o reinado da mente é nesta tarefa árdua que agora irei seguir os próximos dias, os próximos meses, os próximos anos até que minha tarefa esteja completa, até que eu possa dar o segundo passo em minha caminhada. (para quem quiser ver todos os passos, clique aqui). 

Esta parte que se segue é para os guerreiros despertos, aqueles que já seguiram os primeiros passos, os passos fundamentais do guerreiro no caminho da liberdade. O guerreiro desperto é aquele que já tem consciência do espírito, que já consegue ouvir, mesmo que por sussurros a voz interior, a voz profunda e ancestral que reside em seu interior. É para o guerreiro que já conseguiu transformar grande parte de sua vida e que já escuta os sussurros do espírito, as indicações de seu caminho recebidos do infinito. É aquele que já consegue se espreitar, domar a sua mente, sem deixá-la vagar livremente por onde quer, e consegue já vislumbrar o silêncio interior. É o desperto entro os insones, o que apesar de vagar ainda na mesma ilusão de todos que o cercam consegue saber que aquela não é a real natureza do universo que o cerca e que o preenche.

É então, começando a dominar a mente, ingressando nos primeiros passos do silêncio interior que o guerreiro chega ao que seja talvez o seu maior desafio, a destituição do soberano de nossa vida, a Outra mente, a mente social. Para isso o guerreiro deve inicialmente caminhar sobre as suas pegadas, restabelecer a sua recapitulação, pois ele precisa entender com o seu corpo total que a vida é um infinito de repetições, criadas pela nossa própria mente. Navegando pela própria história pessoal o guerreiro vê-se a frente de um ser antagônico, egoísta, apegado, repetitivo e enfadonho, e vê que este é ele próprio, um ser fácil de ser espreitado e de ser caçado e como um caçador ele começa a matar as suas rotinas, as suas falhas, a modificar-se, revelando a sua história pessoal ele começa a apagá-la, e apagando ele começa a conhecer-se, pois ele apenas conhecia a mente predadora que sempre guiou a sua vida, por toda a sua breve caminhada nesta Terra.

Este é o passo que proponho aos que aqui se encontram, aos que visitam este pequeno passo do infinito, a retornar as suas pegadas para o passado, a espreitar-se, a revelar-se e a destituir a soberana mente. Ao conseguir este feito, liberto das amarras do passado o guerreiro estará livre para voar, e podendo voar uma nova perspectiva da vida se abrirá para o guerreiro, muito mais vasta e real que a visão que nos dá a nossa pobre mente, e só assim o guerreiro estará pronto para as principais façanhas do guerreiro rumo ao infinito.

Intento aos que se propõe a caminhar o caminho do guerreiro,
A combater o bom combate,
A desafiar a grande consorte,
A não odiar a nossa grande desafiadora,
A Morte.

Comentários

  1. Buenos dias Guerreros.
    "Peço permissão para entrar na Segunda Atenção...
    As vezes o Espirito brincava comigo e dizia que não (isto mesmo, brincava) e depois me concedia a permissão então as 18:00 hs. eu iniciava a Oração:
    "O Corpo do Guerreiro se transforma em Arco
    seu Espirito se transforma em Flecha
    a Ponta da Flecha é seu Coração
    O Guerrero curva o Arco
    aponta a Flecha a atira
    em direção ao Infinito, a Imensidão."
    Foi essa a oração que me foi dada e que muitas vezes eu relutava em fazer devido a mente predadora.Dizia para mim mesmo que detestava rituais.
    o outro consistia em antes entrar na 2ª atenção, lavar o rosto com a intenção dita:
    "A máscara do palhaço se desfaz perante as águas da ilusão" e depois lavar os dois pés.
    Quando da partida de Bridgitte, que voltará quando tiver eu cumprido uma tarefa em esepcial. Me assegurou que retornaria. Somente quando, não aontes, nenhum contato.
    Em meio a desolação de tanto conhecimento acumulado em dezenas de cadernos de anotações que vivi sob sua mentoria, e por um afastamento próprio, não fiz mais os rituais.
    Ontem sem uma razão aparente, voltei a executá-los, apesar de detestar rituais como já disse.
    Hoje vi a postagem. Hermano Vento, Sincronicidade pura, escrevestes com a pena que toca no Coração do Guerrero. Uma concordancia do Intento, do Infinito, do Espírito,do Abstrato.
    Abraços a todos e Forte Intento,
    Dárion 24/08/2011
    IN lak´ech Ala Kin.
    * * *

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  2. Nunca esqueci a oração que Silvio Manuel deu a Carlitos e a todos nós Guerreros para os momentos difíceis:
    "Já me dei ao poder que rege meu destino
    E não me prendo a nada, para não ter nada a defender.
    Não tenho pensamentos, por isso verei.
    Não receio nada, por isso lembrarei de mim mesmo.
    Desprendido e à vontade,
    Passarei como um jato pela Águia em direção a Liberdade."
    Dárion 24/08/2011 08:37
    IN lak´ech ala Kin
    * * *

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  3. No dia 10/03/2010
    Tive um sonho terrível, não era um pesadelo. Foi o sonho mais estranho que tive em miha vida. Não havia nada. Nenhuma paisagem, nem pessoaa, somente uma sensação indescritível. Mesmo assim mantive minha consciencia. Uma pressão enorme me envolvia. Não sentia nenhuma dor.Sentia que ia morrer ali. Meu Intento foi maior e voltei. Estava lúcido. Quando olhei para minha cama, os lençõis estavam encharcados de suor, como se eu tivesse tomado banho e me deitado molhado. Nunca havia suado tanto em um ensonhar. A palma direita de minha mão estava enrrugada com ose tivesse peramencodp dentro dagua por horas. Quando me levantei percebia como se meu corpo não fosse meu, como se eu não estivesseali. Fui tomara banho. Tinha um compromisso sério no Colégio. Não pderia faltar.
    No esmo dia, quando cheguei no Colégio, fui buscar ajuda no único livro de Carlitos que se encontrava lá agora em minhas mãos. Intentei a resposta ea bri aletaotiamente. Foi mesmo em cima. Encotrei a resposta à pág.203. Falava sobre a 2ª armadilha de sonhar.
    Engraçado. Nodia anterior eu havia pensando como poderia ver por mim mesmo as Emanações Águia.
    Darion 24/087/2011 09:00
    In lak´ech ala Kin.
    * * *

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  4. Un extracto
    "Sabiam que eu já não tinha remédio com minhas tendências místicas,
    Taisha até mesmo me comprou um livro sobre São João da Cruz em uma
    livraria de Los Angeles à qual nos levaram, pois ela era como que a
    encarregada de fazer a grande honra de me atender, por uma maior
    afinidade energética ou psicológica, segundo parece, e ficando ao meu
    lado me falou da importância fundamental do Espírito em suas vidas,
    de como todas as suas ações eram realizadas à luz dos sinais do
    Espírito: "Por exemplo, adoramos ir ao México, mas não depende
    unicamente de nós tomar essa decisão; um dia antes de viajar podemos
    receber um sinal do Espírito que nos impeça e para nós deve dar no
    mesmo, ir ou não ir ao México".

    Apesar de que o nagual levava um pouco na brincadeira meu lado
    místico, costumava dar-me valiosas sugestões: "O melhor modo de
    chamar o Espírito e fazer-se notar por ele é oferecer-lhe um `gesto'".

    Perguntei-lhe se praticar um "não-fazer" era um "gesto" para o
    Espírito e assentiu com a cabeça, acrescentando o que ele sugeria
    como máximo "gesto" e que para mim coincidia com a contemplação
    mística:

    "Ter sempre o Espírito em mente. É sua testemunha as 24 horas do
    dia. Dê-lhe o melhor de si mesmo. O Espírito é a testemunha do
    guerreiro, portanto têm que ser impecáveis em suas vidas."

    Insistia em tornar mais abstrata minha idéia de Deus, quer dizer,
    transcender a imagem cultural e psíquica que eu havia formado desse
    poder superior que segundo Dom Juan rege os destinos humanos:

    "Chame o Espírito como algo abstrato... subtraia de todo o
    concreto... não tem forma, não é nada, e esse nada é tudo... quando
    estiver só, chame o Intento (outra denominação que dão ao Poder)...
    tem que restabelecer o vínculo (com o Espírito)... restabelecer uma
    relação que já existia."

    Precisamente para não se criar uma imagem concreta dessa realidade
    superior que de maneira pessoal ou impessoal se manifesta aos bruxos,
    dão-lhe diferentes nomes: o Nagual dos tempos, o Poder, a Águia, o
    Espírito, o Intento, o Abstrato, o Infinito, o Mar escuro da
    consciência, ou simplesmente Castaneda chamava Aquilo ("it" em
    inglês) a essa força perene de vida que nos sustenta, que abarca o
    Universo inteiro.

    Fazendo crítica alusiva ao meu intelectualismo espiritual,
    acrescentou: "O Espírito recebe o que você lhe dá em ação, não o que
    explica."
    Los testiguos del Nagual - Carlos Hidalgo
    Dárion 24/08/2011 09:23

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  5. Dárion, fico fascinado com os seus comentários e com as sincronicidades que vivemos, o que percebo é que as similaridades nada mais são do que mostras que estamos percorrendo o mesmo estreito caminho do guerreiro. Achei fantásticas as orações que lhe foram dadas, melhor ainda o compartilhar delas conosco, espero que sirvam a todos que aqui passam não para ser uma boa leitura, mas para ser o manual de um guerreiro.
    Peço que poste aqui o que me mandaste por email, sobre a forma de acordar livrando-se das influências desnecessárias vividas no sonhar.
    Intento

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  6. Buenos dias Hermanos Guerreros
    Postarei em breve toda as sequencia.
    Abraços.
    Dárion 25/08/2011 09:39

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  7. Buenos dias Hermanos Guerreros
    Todo o que posto neste espaço tem um sentido.
    Não são informações desconexas. Estas informações se fazem necessárias para o devido Intento de um pro ´próximo Passo de Poder

    Um extracto de a Travessia das feiticeiras de Taisha Abelar
    “Ordenou-me que colocasse meus pés no regato e sentisse as rochas lisas
    no fundo. A água estava gelada e fez-me estremecer involuntariamente.
    — Movimente os tornozelos no sentido horário—sugeriu ela. — Deixe a
    água corrente levar embora seu cansaço.
    Após alguns minutos girando os tornozelos senti-me revigorada, mas
    meus pés estavam quase congelando.
    — Agora tente sentir toda a tensão fluir para seus pés, e livre-se dela
    estalando os tornozelos—disse Clara.—Assim, você também se livrará do frio.
    Continuei remexendo a água com os pés até ficarem entorpecidos.
    — Acho que não está funcionando, Clara—falei, retirando os pés da
    água.
    — É porque você não está direcionando a tensão para fora de seu corpo
    — disse ela. — A água corrente leva embora o cansaço, o frio, a doença e
    qualquer outra idéia indesejável, mas, para que isto aconteça, você precisa ter
    esta intenção. Caso contrário, vai mexer os pés até o regato secar e não terá
    resultado.
    Ela acrescentou que, fazendo o exercício na cama, é preciso usar a
    imaginação para visualizar um rio em movimento.
    — O que você quer dizer exatamente com "ter a intenção"? — perguntei,
    enxugando os pés com as mangas da jaqueta. Após esfregá-los v— O que você quer dizer exatamente com "ter a intenção"? — perguntei,
    enxugando os pés com as mangas da jaqueta. Após esfregá-los vigorosamente,
    finalmente eles ficaram aquecidos.
    — Intenção é o poder que sustenta o Universo — disse ela. — É a força
    que tudo concentra. E faz o mundo acontecer. —Não conseguia crer que estava
    escutando cada palavra dita por ela. Definitivamente ocorrera alguma grande
    mudança, transformando minha habitual indiferença entediada na atenção mais
    extraordinária. Não que eu compreendesse o que Clara estava dizendo, porque eu
    não compreendia. O que me surpreendia era o fato de conseguir ouvi -la sem
    aborrecer-me ou distrair-me.”
    Dárion 27/98/2011 08:00
    * * *

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  8. Outro extracto de Atravessia das feiticeiras
    Ela me pediu para pressionar firmemente os cristais entre os dedos
    indicador e médio. Ajudando-me por trás, delicadamente ela me fez esticar os
    braços à frente, na altura dos ombros, e girou-os no sentido anti-horário. Fez-me
    iniciar grandes círculos que foram se tornando cada vez menores, até que o
    movimento foi interrompido e os cristais se tornaram dois pontos voltados para a
    distância; suas linhas imaginárias convergiam para um ponto no horizonte.
    — Quando fizer os círculos, mantenha as palmas frente a frente —
    corrigiu-me ela. — E sempre comece com grandes círculos uniformes. Desse
    modo, você ganhará energia, a qual poderá direcionar para tudo que quiser
    influenciar, seja um objeto, um pensamento ou um sentimento.
    — De que maneira apontar os cristais poderá afetá-los? — perguntei.
    — Movimentar os cristais e apontá-los como eu lhe mostrei ,retira energia
    das coisas — explicou. — O efeito é o mesmo que estourar uma bomba. É
    exatamente o que você quer fazer neste estágio de seu treinamento. Portanto,
    nunca, em hipótese alguma, gire os braços no sentido horário enquanto estiver
    segurando os cristais.
    * * *

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  9. Hermanos Gierreos o que intentei demonstrar através destes extractos foi a importância dos movimentos em sentido ou anti-horário.
    Com movimentos em sentido hoarário, doamos, expelimos, rejeitamos, fazemos a energia sair de nosso corpo.
    Com movimentos em sentido anti-horário, captamos, púxamos energia para nosso casulo. Ou seja movimento horario, energia para fora. Movimento nati-horário energia para dentro.
    Dárion 26/08/2011 08:15
    In lak´ ech Ala Kin
    * * *

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  10. Bosso olho esquerdo é uma porta de conexão com a segunfda atenção, Bridigtte o chamava de a manivela do Intento.
    Para intentarmos algo devemos incialmente parar o diálogo interno, com a atenção determinada demos rotacionar o olho esquerdo em sentido hoário para que a energia começe a sair de noss centro do corpo.
    pelo contrário, por exempolo, quando quisermos capatar a eneriga do Sol(como já posteianterioremtne), devemos fazer a rotação com o olho esquerdo em sentido ant-horário, intentando puxar as lihnhas de energia do Sol para dentro de nosso corpo direicoando para os órgãos vitais.
    Dárion 26/08/2011 /8:45
    * * *

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  11. Hermanos Guerreros, Buenos dias
    ** * * Como incetivo para todos * * *
    Uma vez Bridgitte me falou:
    - O Poder pode ser sentido, experimetnado, vivenciado. Praticando estamos a cada dia confirmando-o. Não importa a estória contada e sim o cerne,seu espírito. A razaão é por demais pequena para conceber o Poder. Por isso temos de acreditar e confiramos. Então chegamos ao conhecimento de primeria mão sem a intervenção da razão. Um "brujo", independente de ter ou não religião, pode adquirir poder através de sua conduta impecável, de sua vivência acertada.
    O Valor do Caminho do Guerreiro, não é tanto aonde nos leva e sim a intensidade com que o desfrutamos.
    Dárion 30/08/2011 10:05
    In lak´ech ala Kin.
    * * *

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  12. Mais um post, Hermanos, só que agora é para rirmos um pouco:
    Quem quiser rir um pouquinho com a criação de certas pessoas. Lí um livro extravagante, por deveras dissociado de tudo aquilo que o Nagual seguia. Acho que a autora tomou Ayauhasca demais. KKKKKKK
    O nome do livro é: Pelo caminho do Guerreiro de Ana Catan
    Acho que ela estava precisando de dinheiro e explorou o nome de Carlitos pra vender livro.
    Dárion
    PS: desculpem a sinceridade.

    ResponderExcluir
  13. Hermanos Guerreros
    Buenos dias,
    Ontem a noite uma coisa muito estranha aconteceu. Peguei todas as jades que tinha e coloquei-s em pontos do casulo luminoso e intentei um contato com os Antigos Videntes para que eu pudesse alcançar o Domo onde descansam os brujos. Me disseram que D.Juan não gostava deles porém pedi que guiassem até lá. Fiz uma viagem espacial acordado. Primeiramente meu corpo voou com uma velocidade incrivel pelo mar escuro da consciencia até que encontrei um citurão de asteroides e de lá fiquei observando o que eles me indicaram como Alpha Orionis, uma estrela. Ela tinha uma conformação estranha parecendo quatro ameixas verdes juntas. Não tive energia para ir além. E estava acordado e vendo tudo isso. Não usei nenhum enteógeno somente as jade para manter contato através da 2ª atenção.
    Dárion 06/09/2011 08:30

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  14. PS: Eu mesmo fiquei abismado com aquilo. Ficção cientifca pura em meu quarto e ainda por cima ensuenhando acordado.
    Somos capazes de coisas incríveis que nem mesmo somos capaxes de imaginar. Ainda estou perplexo com as visões que tive.
    Confirmei na Internet Alpha Orionis é a estrela Beteguelse da Constelação de òrion.
    Abraços
    Darion 08:41 06/09/2011
    * * *

    Abraços

    ResponderExcluir

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