O mundo dos predadores





Ontem fui levado pelos desígnios do espírito para algum lugar de nossa Terra que sequer tinha conhecimento da existência, uma floresta ancestral, de um tempo diferente do nosso, um mundo que hoje não podemos ver mais, como outrora víamos. Eram três entidades, tipos energéticos que me fazia lembrar árvores. O mais estranho é que fui levado quase que imediatamente para este lugar. Comumente preciso de um tempo para parar o meu diálogo interno, para só então começar as minhas jornadas no sonhar. Contudo, desta vez parece que de imediato fui levado a estes seres, por algum motivo que eu só viria a saber um pouco depois. Durante estes dias a minha energia havia permitido que eu tivesse muitos vislumbres do desconhecido, vislumbres estes que eu dividi aqui neste espaço com vocês, e parece-me que isto me exauriu um pouco a energia que eu havia acumulado. Passei então por um pequeno período de estagnação energética que me deixou inerte para novos vislumbres deste mesmo desconhecido. As coisas no mundo da feitiçaria, no mundo não ordinário dependem em tudo do fator energia, e nos consomem grandes quantidades de energia também. Sugados pelas nossas rotinas ordinárias nos perdemos no vórtice no mundo cotidiano, muitas vezes nos apartando por períodos de tempo do equilíbrio que nos permite prescutar o infinito.

Contudo o que me faz estar aqui é dividir o que me foi compartilhado por estas energias, estas três energias. Contudo, antes de mais nada quero compartilhar o que me fora dito sobre as perdas de energia que temos. Logo que me sentei para meditar, em um tempo pequeno antes do encontro, uma energia que me pareceu ser o Nagual Juan Cortez, me falou sobre as dificuldades de se ter encontros com o infinito. Me disse da seguinte forma: “Não se preocupe, não é exclusividade sua este estado de distanciamento do infinito. Todos os seres humanos tem essa característica, são como chamas fugazes, que iluminam muito rapidamente e logo se apagam, eu mesmo fui assim. Os homens vivem de lampejos de consciência, pequenos períodos em que emergem do sono desta realidade, do sonho coletivo que vivem. O verdadeiro trabalho do guerreiro é emergir quantas vezes forem possíveis, até que consiga controlar-se sobre o mar da ilusão que vivem mergulhados. Contudo, existem certas coisas que fazem pesar o guerreiro. Em cada encontro com o desconhecido, o homem recebe um impacto da energia que é o universo, ali, sem a proteção que lhe fornece a realidade, o homem vê-se sozinho em meio ao desconhecido, e sozinho ele sente o medo, mas o medo não é do guerreiro, é da mente que se vê em uma batalha que não pode enfrentar, ela sente-se realmente como é, pequena, contraditória, confusa, ínfima em frente a imensidão do universo. A medida que uma pessoa sai da corrente do mundo, o mundo que vive tenta mantê-la ali, e a ferramenta para isso é a mente, é o medo, são os outros, somos nós mesmos, pois eu mesmo já fui assim. O mundo vai segurar cada um que tentar sair do mundo, vai atacar com suas ferramentas, vai instigar a preguiça do homem, vai assaltá-lo com o medo, vai prede-lo com os fazeres sociais. Mas a medida que o homem consegue ter os vislumbres do infinito, a mente vai cedendo, a energia vai tomando espaço no lugar que antes era vazio, o homem vai tendo conhecimento, consciência, e co consciência ele começa a sair-se de todas as armadilhas montadas para ele. Um dia a luta cessa, e neste dia o homem se torna livre para seguir o caminho, sem claudicar, ereto, face a face com o desconhecido.”

Assim entendi o que me cercava, e o porque que sempre aparecia algo que me impedia de meditar, de praticar os passes mágicos, de ensonhar, de silenciar minha mente. Foi neste instante,quando eu estava no limbo, na escuridão do silêncio que me apareceram na minha frente três entidades estranhas, de poder ancestral, de uma antiguidade sem precedentes, eu sentia a sua ancestralidade em cada pedaço de meu ser. Eu as via como energias esverdeadas, mas era como se tivessem raízes, que me remetia a sensação de estar diante de árvores, antigas, da época de nossos acestrais, dos tempos pré-civilizatórios, da época das cavernas. Elas se dirigiam a mim como se fosse uma só criatura, mas parecia que o pensamento, ou a voz, apesar de ser único, era continuado entre elas. Elas iniciaram a seguinte explicação:

Somos de uma consciência que seria incompreensível para você,m mas como estamos além podemos nos moldar para o aquém, e sermos entendidas por sua capacidade de consciência que tem hoje. Somos seres que já foram orgânicos, que já foram como tua própria energia, somos seres orgânicos que evoluíram sem serem consumidos, fomos árvores e agora somos seres sem organismo, já livres da limitação que nos fora imposta pelos incomensuráveis desígnios do fluxo de energia do universo.Conhecemos e coabitamos com sua raça desde os confins dos tempos, desde quando vocês não eram o que são hoje, desde que sua percepção não era tão aprisionada nos limites que lhes foram impostos por aquela energia que se mesclou a tua raça.Contudo ainda somos sentidos de alguma forma por vocês, somos chamados de espíritos das florestas, entes, alguns de vocês ainda tem uma memória ancestral de sua própria raça que remonta a memória de quando conseguíamos nos comunicar. Somos o destino do universo, somos conscientes de nossas totalidades, libertos de amarras, já extinguimos a roda evolutiva de nossa energia, até onde nossa consciência pode conceber, não mais retornaremos a fonte. Da mesma forma que hoje você, já fomos providos de um receptáculo que nos moldava a algo, este que já foi rompido, mas que ainda nos deixa com a marca peculiar do que fomos. Somos seres da imobilidade, pois assim fomos quando orgânicos, de alguma forma a imobilidade é nossa predileção. Da mesma maneira, seria o destino de todos vocês a evolução da energia do universo, tal qual é o destino de todas as criaturas que habitam o universo, não haveria como conceber outro objetivo na existência se não a conscientização do próprio universo, essa é a evolução do universo. A energia não consciente de si, evolui infinitamente até adquirir consciência total de si e de tudo que a cerca, de onde ela mesma faz parte.
Mas de alguma forma a consciência do homem está diminuindo ao longo de sua história nesta Terra, e de alguma forma ainda são levados a crer que estão ampliando o seu universo cognitivo, e dizemos: não estão.
Houve um tempo que ainda reside na memória mais profunda da energia de teu povo, na memória ancestral de tempos idos para vocês, já nesta era da razão, já nesta era da ampliação dos sentidos humanos, e do estreitamento da capacidade mágica, que o homem ainda via, interagia com as diversas raças de inorgânicos que coabitam esta fatia do universo, que tem esta Terra como morada. Interagiam como interagem com as raças dos animais de consciência menor, com os insetos, são tempos que ainda hoje são lembrados em histórias, lendas, mitos, que nada mais são que recordações antigas, legadas pela sua nova mente para o esquecimento. Houve ainda um tempo remoto em que o homem conseguia manipular livremente a sua vontade, como lhe é permitida pela energia que tem, eram chamados atos de magia, e com ela o homem conseguia manipular o mundo e a si mesmo, manipulavam de forma soberba o seus pontos de aglutinação para tantos mundos quanto fossem possíveis, não haviam limites para as interações possíveis pelo homem.
Contudo, de tempos em tempos o homem tem a característica de amoldar e aperfeiçoar a localização de seus pontos de aglutinação, atingindo a massa crítica, mudanças aconteceram. Primeiro o homem amoldou sua capacidade para concentrar-se nos seres como ele orgânicos, e no mundo de objetos que o cercava. Depois o homem perdeu a sua capacidade de manipular a vontade, preso da teia da realidade que lhe foi imposta. Por diversas vezes fora movido o ponto, até onde hoje está, mas não sem um propósito.
Nos lembramos quando aquelas energias vieram para cá, ainda na época da manipulação energética do homem. Ali o homem manipulador do universo foi manipulado por uma parte escura e muito ancestral dele mesmo. Essa energia viu a possibilidade de tirar do homem parte de sua energia e dar ao homem o controle do mundo que ele tanto desejava. Então essa energia foi isolando o homem de todo inorgânico que o cercava, mesmo dela mesma. Então essa energia começou a alimentar-se da energia que o homem usava para interagir com esse mundo, e deram a ele parte de sua mente. Eram predadores, não gostávamos e não gostamos deles, mas não são bons ou maus, na concepção que vocês conhecem, são energias em busca da sobrevivência, de consciência.
Dessa forma, o homem ficou preso ao mundo orgânico, limitado a esta etapa da vida, sem lembrar-se sequer, das possibilidades infinitas que lhes é dada desde que emergem da fonte. São presos pela segurança do mundo, pela incapacidade de ver que a mente que tanto confiam não é sua, e que estão apartados de um mundo infinito que os cerca, presos a um mundo de objetos, e não de energia.
Se todos os homens pudessem ver a aberração energética que são. Seres de luz com energias negras e ancestrais presas a ele, lhes sugando, lhes consumindo, ainda energias com uma massa negra que os guia, como se fosse a sua própria mente.
Lembre-se que vocês ainda são capazes de libertarem-se, voltando a um ponto em que podem ver, pois a simples visão do que são seria suficiente para fazer com que se libertassem dessa aberração energética que viraram.
Só o que nos guia a compartilhar esse conhecimento contigo, é o destino para onde está sendo levado este planeta, a sua destruição, e consequentemente a destruição da matriz energética de tantas quantas são as raças que aqui habitam, inclusive nós mesmas. Nossas vidas estão ligadas a esta matriz, de alguma forma o seu fim está ligado ao nosso fim, diferente da energia que os preda, esta não se importa com o fim desta matriz, pois não representaria o fim daquela raça ancestral.
Assim perdi-me daquela energia. Mas antes vi o tempo que aquelas energia chegaram, sob a ótica daqueles seres. VI sombras gigantes descendo do céu, pesadas, muitos se assustaram, outros deslumbraram-se, então o homem começou a esquecer-se, e esquecendo-se vi as sombras começarem a grudarem nos homens, sugarem a sua energia, a modificar o mundo que vivemos, a nos criar desejos, auto-reflexo, pensamentos superficiais, contradição. Ai que veio a nossa história moderna, os códigos, as guerras, a posse, a modificação do mundo e a sua devastação.

Quis chamar aquelas energias mas já não podia. Ouvi uma voz me falar que elas não são chamadas, mas vem ao seu encontro quando temos energia para tal. A voz me falou ainda que quanto mais energia temos mais o mundo social, mas aquelas sombras lutam para nos fazer manter-se preso a teia da realidade, as dúvidas nos são colocadas, o medo, tudo para impedir a nossa liberdade. Eles temem que sejamos novamente livres, que novamente possamos ver, pois como diz o texto antigo, em um fragmento ainda de uma verdade não modificada “a verdade vos libertará.”

Abri os meus olhos e vi as sombras por todos os lados, mas eu não tinha medo, elas não me atingiam, eu ainda não tinha pensamentos. Segui para o meu quarto, ali minha esposa e filha dormiam. Vi as sombras por volta delas, sobre elas, as sobras provavelmente se alimentavam de seus sonhos comuns, de seus medos, de seus desejos, não se importavam se eu as via ali ou não, e eu sabia não poder fazer nada, sabia não ter energia para isso. Cansado, triste e oprimido com a visão eu me detive na tarefa de deitar na minha rede, sem pensamentos eu dormi um sonho sem sonhos, onde só existia a escuridão.

Comentários

  1. Ha alguns dias atrás vi na tv um pequeno grupo de indios pintados para guerra, com seus arcos e flechas em protesto a uma Hidroeletrica que construirão no Pará, no Xingu. Continuamos depredando a natureza e assim continuará tudo em nome do Porgresso? Somos verdadeiros predadores assim como os inorganicos. Sem mais delongas.
    Dárion 12:00 08/11/2011
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  2. Dárion amigo, somos predadores por um motivo, usamos a mente dos predadores, essa mente é predatória, é a sua natureza, e tomamos como se fosse a nossa natureza. Não é a nossa natureza, não somos predadores, os voladores são predadores. Quando mais envolvidos no vórtice de nossa realidade, no vórtice da mente social, mais dependentes da mente predadora, mais predadores nos tornamos nós mesmos. Sabem, é por isso que não é interessante para as energias que tem a Terra como matriz esse tipo de energia predadora.

    Somos escravos, e estamos acabando com nossa matriz energética.

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  3. Então esses seres sugam nossa energia através de nossos sentimentos, qual deve ser o procedimento para afastar essas sombras? Se buscamos acumular energia, isso acaba por nos prejudicar, já que vem um ser e rouba. Como devemos nos defender?

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  4. Rafael, em suma, o procedimento é a disciplina, segundo Don juan, a disciplina deixa nossa energia não palatável a estes seres. O silêncio, a espreita, e não deixar-se levar pela voz do mercador, pelos desejos, pelos pensamentos. Sabe Rafael, nem mesmo eu sei bem como se defender, sei que o silêncio os afasta, sei que a recapitulação também, a disciplina do guerreiro é a principal defesa. Sabe Rafael, o acúmulo de energia só acontece com a disciplina, ela nos faz ver, e vendo podemos nos defender. è um tema complexo, mas vale ser analisado a fundo, ai está a nossa maior prisão.

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  5. Segundo Don Juan, a disciplina do guerreiro deixa nossa energia com um gosto amargo aos predadores e estes com o tempo passam a nos evitar. Podemos até mesmo sentir o predador se banqueteando quando temos alguma explosão sentimental (seja 'boa' ou 'ruim). Ficamos fracos e desorientados. Disciplina é a resposta amigos! E agora a pergunta, o que é a disciplina? Confesso que não entendo isto muito bem.

    Bêni

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  6. Como dizia D.Juan: Disciplina é fazer aquilo que não se quer fazer. Por exemplo: quando vamos fazer a retrospectiva(recaputulação) somos atacados pelos predadores pelos mais diversos meios. Se não persistirmos então desistimos. O segredo é intentar, ter persistência e não desistir, sempre ~com um intento inflexivel. Temos de ser implacáveis com nós mesmos. A implacabilidade, traz a disciplina, esta gera a Impecabilidade, que é o acumuldo de energia, de onde vem nosso Poder Pessoal.
    Uma coisa que notei é que antes de parar o dialogo interno, os preadores nos atacam mais fortemente ainda, para isso devemos nos livrar de pensamentos e sentimentos nocivos, para isso temos inicialmente de girar o olho esquerdo em SENTIDO HORÁRIO com a intenção de expulsar tais energias, depois fszemos o exercicio de envesgar os olhos, para pararmos o dialogo interno. Quando paramos o dialogo interno começamos a ouvir mais fortemente um zumbido, parecido com o de uma cigarra eletrica contínua. É ai que entra a espreita. Devemos tentar selecionar entre os sons do mundo, e aguarramos com tenacidade esse som. A partir dali podemos mover nosso ponto de aglutinação, de acordo com a tarefa a executar.
    Não são formulas mágicas ou encantamentos e sim nossa disciplina que nos faz adentrar na segunda atenção.
    Abraços Guerreros
    Dárion 08:11 09/11/2011
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  7. "Ele fez então a declaração mais prejudicial que tinha feito até então. Ele disse que esta faixa estreita de consciência era o epicentro da auto-reflexão, onde o homem era irremediavelmente preso. Manipulando nossa auto-reflexão, que é o único ponto de consciência que nos restou, os predadores criam lampejos de consciência que eles em seguida consomem de forma cruel e predatória. Eles nos dão problemas frívolos que forçam esses lampejos de consciência a aumentar, e desta maneira nos mantêm vivos para que eles possam ser alimentados com o brilho energético de nossas pseudo-preocupações.

    Deve ter havido algo tão devastador no que Don Juan estava dizendo que naquele momento eu comecei a sentir ânsias de vômito.

    Depois de uma pausa, longa bastante para eu me recuperar, perguntei a don Juan: "Mas por que é que os feiticeiros de México antigo e todos os feiticeiros de hoje, embora vissem os predadores, não faziam nada a respeito?"

    "Não há nada que você ou eu possamos fazer sobre isso," Don Juan disse em uma voz triste e grave. "Tudo que nós podemos fazer é disciplinar-nos até o ponto onde eles não poderão nos tocar. Como você pode pedir para os seres humanos que passem por esses rigores de disciplina? Eles rirão e farão chacota de você, e os mais agressivos irão até bater-lhe. E nem tanto porque eles não acreditem nisto. Bem fundo, nos recônditos de todo ser humano, há um conhecimento ancestral, visceral sobre a existência dos predadores."
    Un extracto de lado ativo do infinito, cap. sombras de lama. Carlos Castaneda.
    Dárion 08:30
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  8. A eneriga sexual é uma de nossas fontes mais preciosas de energia. D. Juan aconselhava a sermos ávaros com ela, que é a doadora de consciencia. Muitos poucos aceitam esse tipo de disciplina.
    Dárion
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  9. Dárion, muito revelador essas suas postagens, aqui construimos a estrada para a libertação, tijolo a tijolo, todos juntos. A disciplina é exatamente isso, manter-se no caminho tempo suficiente para passar do limiar, o limiar é o ponto de saturação de energia que nos faz ficarmos inalcansáveis para os voladores. O que o Dárion falou é super pertinente, sempre antes de exercitar a energia, recapitulando, realizando os passes, espreitando, sempre algo vai tentar atrapalhar-nos, a disciplina é manter-se intocável em meio a esses assaltos. Manter a disciplina é agir com impecabilidade, e impecabilidade é agir por agir, com intuitos energéticos e não sociais, caçar energia ao longo de nosso dia é a disciplina do guerreiro, perceber o fluxo energético em conversas, mudança de ânimo, sentimentos, desejos é consciência. consciência+disciplina = energia

    intento a todos

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  10. Uma outra coisa é que não temos um sentimento de urgência. Vivemos deixando as coisas para amanhã, como se tivessemos todo o tempo do mundo, assim, deixamos rastros em nossas pendências que nos consomem energia sem que percebamos. O que engraçado é que quando fui postar essa msg uma funcionária do colégio chegou e perguntei se já tinha terminado uma tarefa. Ela disse que não deixava nada para amanhã, em concordancia com o que eu iria postar.
    Dárion
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  11. "Muitos aprendizes depois de buscarem durante anos e não vendo suas expectativassatsifeitas se abandonam decepcionados sem se darem conta que estavam talvez a um passo de seu objetivo. É ai que se encontra seu erro. Um Guerreiro não nutre expectativas. Ele para por um tempo. Toma folego e então persiste em seu mergulho no mar escuro da consciencia. A peristencia continua destroi toda a apatia do mar da tranquilidade."
    Un extracto de Encontros com o Nagual
    Dárion
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  12. Vejamos as palavras do Nagual Carlitos
    "Os sentimentos raramente se apresentam em uma forma pura. Eles se disfarçam. Para os caçar como coelhos, nós temos que proceder sutilmente, com estratégias, porque eles são rápidos e não se pode entrar em acordo com eles”.
    "Podemos começar com as coisas mais evidentes, como por exemplo: por que me levo tão a sério? Quão apegado estou? A que dedico meu tempo? Estas são coisas que nós podemos começar a mudar, acumulando energia suficiente para liberar um pouquinho de atenção. E isso, por sua vez, permitirá que entremos mais no exercício”.
    "Por exemplo, em vez de passar horas a fio vendo televisão, indo fazer compras ou conversando com nossos amigos sobre coisas transcendentais, nós poderíamos dedicar uma pequena parte desse tempo para fazermos exercícios físicos, recapitular nossa história ou então ir sozinhos a um parque, tirar os sapatos e caminhar descalços na grama. Parece algo simples, mas com essas práticas nosso panorama sensorial se redimensiona. Recuperamos algo que sempre esteve aí e que tínhamos dado por perdido”.
    "A partir dessas pequenas mudanças, podemos analisar elementos mais difíceis de detectar, nos quais nossa vaidade se projeta até a demência. Por exemplo: quais são minhas convicções? Eu me considero imortal? Sou especial? Mereço que me considerem? Este tipo de análise entra no campo das crenças, a mera fortaleza dos sentimentos. Assim devem empreender essa análise através do silêncio interno, estabelecendo um fervoroso compromisso com a honestidade. Caso contrário, a mente fará uso de todo tipo de justificativas".
    Carlos acrescentou que estes exercícios devem ser feitos com um sentido de alarme, porque, verdadeiramente, trata-se de sobreviver a um poderoso ataque.
    "Percebam que a importância pessoal é um veneno implacável. Nós não temos tempo e o antídoto é a urgência. É agora ou nunca!”.
    Uma vez que vocês tenham dissecado seus sentimentos, devem aprender como canalizar seus esforços mais além da faixa do interesse humano, até o lugar da não piedade. Para os videntes, esse lugar é uma área de nossa luminosidade tão funcional como é a área da racionalidade. Nós podemos aprender a avaliar o mundo de um ponto de vista desapegado, da mesma que nós aprendemos, quando crianças, a avaliá-lo a partir da razão. Só que o desapego, como ponto de enfoque da atenção, está muito mais próximo da realidade energética das coisas”.
    "Sem essa precaução, a convulsão emocional resultante do exercício de espreitar a nossa auto-importância pode ser tão dolorosa que o aprendiz pode ficar louco ou ser levado ao suicídio. Quando ele aprender a contemplar o mundo a partir da não compaixão, intuindo que por trás de toda a situação que implique um desgaste energético há um universo impessoal, o aprendiz deixa de ser um nó de sentimentos e se torna um ser fluido”.
    O problema da compaixão é que nos obriga a ver o mundo através da auto-indulgência. Um guerreiro sem compaixão é uma pessoa que conseguiu se colocar no centro da frieza e ele já não se compadece no "pobrezinho de mim". É um indivíduo normal, só que, como não tem piedade por suas fraquezas nem pelas das demais pessoas, conseguiu aprender a rir de si mesmo.

    "Um modo de definir a importância pessoal, é entendendo-a como a projeção de nossas fraquezas através da interação social. É como os gritos e atitudes prepotentes que adotam alguns animais pequenos para dissimular o fato de que na realidade eles não têm defesas. Somos importantes porque nós temos medo, e quanto mais medo, mais ego.

    "Porém, e afortunadamente para os guerreiros, a importância pessoal tem um ponto fraco: ela depende do reconhecimento para subsistir. Como a pipa, ela precisa de uma corrente de ar para ascender e ficar no alto; caso contrário, cai feito pedra e se quebra. Se nós não damos importância à importância, esta se acaba."
    Un extracto de Encontros com o Nagual
    Dárion 08:00 10/11/2011
    Abraços Guerreros
    * * *

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  13. veja essa 'historinha' :
    http://www.youtube.com/watch?v=Pmud4CHTgqY

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